segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Quais São as Causas do Crescimento do Cristianismo?

 

Quais São as Causas do

Crescimento do Cristianismo?

Porque o cristianismo se difundiu e por que ele se expandiu com tanta rapidez?

Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Atos 2 e 41

Em número cada vez maior, homens e mulheres criam no Senhor e lhes eram acrescentados, Atos 5 e 14

Mas, muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram, chegando o número dos homens que creram a perto de cinco mil. Atos 4 e 4

1.Contexto Cultural: Plenitude dos tempos: Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, (Gálatas 4 e 4)

Qual é o significado da palavra plenitude: aquilo que é completo, pleno, cheio até a medida. Deus age mediante tempos de plenitude. A plenitude dos tempos indica medidas que precisavam ser alcançadas para a vinda do messias, são elas:

1.1 - Judeus:

A) O Monoteísmo: A crença em um só Deus revelado à partir de Abraão, o Judaísmo

B) Região Territorial: A Palestina onde o cristianismo deu seus primeiros passos ocupava uma posição geográfica privilegiada pois ocupava uma área onde era a encruzilhada das grandes rotas comerciais que uniam o Egito à Mesopotâmia, e a Arábia com a Ásia Menor.

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C) Dispersão dos Judeus – Diáspora: (em grego clássico: διασπορά, "dispersão") define o deslocamento, normalmente forçado ou incentivado, de grandes massas populacionais originárias de uma zona determinada para várias áreas de acolhimento distintas. O termo "diáspora" é usado com muita frequência para fazer referência à dispersão do povo judaico no mundo antigo, a partir do exílio na Babilônia no século VI antes de Cristo. e, especialmente, depois da destruição de Jerusalém em 70 depois de Cristo.

1.2 - Cultura Grega:

Dentre muitos fatores da cultura grega que se expandiu através de Alexandre “O Grande” que venceu os Persas no século IV antes de Cristo, se destaca a língua grega, que foi uma língua universal. Como exemplo disto, temos a Septuaginta, é o nome da versão da Bíblia hebraica traduzida em etapas para o grego koiné, entre o século 3 antes de Cristo e o século 1 antes de Cristo., em Alexandria; A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, a LXX), pois setenta e dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a tradição, teriam completado a tradução em setenta e dois dias. A Septuaginta, desde o século 1, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.

1.3 – Império Romano:

A) Conquista mundial: O Império Romano conquistou cerca de 30 nações e possuía quase cinco milhões de quilômetros quadrados.

A política dos romanos era, em geral, tolerante em relação a religião e aos costumes dos povos conquistados, até que as perseguições imperiais acontecessem, o cristianismo já havia se alastrado.

B) Estradas bem pavimentadas: As estradas se estendiam por 85 mil quilômetros em todo território.

C) Pax Romana: A Pax Romana, expressão latina para "A Paz Romana", é o longo período de relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo Império Romano que iniciou-se quando Augusto, em 28 antes de Cristo, declarou o fim das guerras civis e durou até o ano da morte do imperador Marco Aurélio, em 180 depois de Cristo ; Com isto podia-se entrar e sair de um país facilmente.

2.A Pregação do Evangelho: Muitos viram o Senhor Jesus Ressurreto e outros que não viram eram convencidos desta verdade (1ª Coríntios 15 de 1 ao 8); Isso os levou a cumprir fielmente a ordem do Senhor Jesus (Mateus 28 do 19 ao 20); (Marcos 16 do 15 ao 16).

O apóstolo Paulo disse aos cristãos romanos: “Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação […] primeiro do judeu, depois do grego” (Romanos 1 e 16).

A) Judeus: Como já vimos (1.1 e 2) os judeus eram Monoteístas; Estavam presentes, em grande número, em todas as partes do Império Romano; E tinham as Escrituras em grego (Septuaginta); Os apóstolos e discípulos do Senhor Jesus não cessavam de pregar e ensinar (Atos 5 e 42), (Atos 6 e 4); (1ª  Coríntios 9 e 16); (2ª  Timóteo 4 do 1 ao 2) a mensagem era Cristocêntrica, anunciavam com grande sabedoria provando nas Escrituras que o Senhor Jesus era o Cristo, o Messias (Atos 2 do 14 ao 41); (Atos 9 do 19 ao 22); (Atos 19 do 8 ao 10).

B) Gentios: Muitos gentios (gregos e romanos) consideravam o ensinamento das sinagogas uma sabedoria profunda e convincente, mas, em outros momentos, não estavam tão certos disso. Alguns gentios submetiam-se ao ritual da circuncisão e, desse modo, tornavam-se parte do povo judeu, estes eram os judeus prosélitos (Atos 2 e 10). No entanto, a maioria permanecia na categoria dos tementes a Deus, isto é, espectadores interessados nos cultos da sinagoga. A maioria dos “tementes a Deus” conhecia bem o Antigo Testamento, entendia suas ideias teológicas e aceitava seus valores morais. A resposta mais frutífera à pregação do evangelho vinha desse último grupo. Quando os pregadores cristãos deixavam claro para essas pessoas que, mesmo sem se submeter ao ritual da circuncisão — que tanto gregos quanto romanos consideravam degradante e repugnante —, elas poderiam receber tudo o que o judaísmo oferecia e ainda mais, não lhes era difícil dar o passo seguinte e aceitar Jesus como o Cristo.

Saiba mais sobre a Missão de Anunciarmos o Evangelho: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/01/cumprindo-nossa-missao-de-pregar-o.html 

3.O Poder do Espírito Santo: A Igreja Primitiva cumpriu com êxito a missão de pregar o Evangelho do Senhor Jesus, porém, antes de começarem à pregar, o Senhor lhes ordenou que esperassem em Jerusalém para receberem o revestimento de poder (Lucas 24 e 49); (Atos 1 do 4 ao 8); Este revestimento trouxe ousadia na proclamação do Evangelho (Atos 4 e 31); (Atos 6 e 8), eles davam grande testemunho do Senhor Jesus com sinais e maravilhas (Atos 2 e 43); (Atos 4 e 33); (Atos 5 do 12 ao 16); (Atos 8 do 5 ao 7 e o 13); (Atos 19 do 11 ao 20), permaneciam firmes nas aflições (Atos 5 e 41), não temiam as perseguições (Atos 5 e 29); (Atos 14 do 19 ao 28); (Atos 20 do 22 ao 23) e nem mesmo a morte (Atos 7 do 51 ao 60); (Atos 20 e 24); (Atos 21 e 13).

4.A Perseguição:  Em muitos casos, ajudou a divulgar a fé cristã — por exemplo, os martírios costumavam ser testemunhados por milhares de pessoas no anfiteatro. O termo mártir significava “testemunha”, e é precisamente dar testemunho o que muitos cristãos realizavam no momento da morte. O público romano era duro e cruel, mas não completamente desprovido de compaixão. Não há dúvida de que a atitude dos mártires, e particularmente das jovens mulheres que sofriam juntamente com os homens, causaram uma impressão profunda na população de Roma. Em várias ocasiões, o que encontramos é uma coragem tranquila frente ao tormento, gentileza com os inimigos e uma aceitação jubilosa do sofrimento como o caminho apontado pelo Senhor para o reino celestial. Há um grande número de casos de pagãos que se converteram ao testemunhar a condenação e morte de cristãos. Por essas e outras razões, as igrejas cristãs multiplicaram-se até o ponto em que Roma não mais conseguiu ignorar ou suprimir a fé, tornando necessário que se chegasse a um acordo. (Atos 8.1 e 4).

Saiba mais sobre as perseguições contra os cristãos: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/perseguicoes-contra-igreja-crista.html

5.A expressão prática do amor cristão: Provavelmente estava entre as causas mais poderosas do êxito do cristianismo. Tertuliano informa que os pagãos comentavam: “Vejam como esses cristãos amam uns aos outros!” Essas palavras eram sinceras, uma vez que o amor cristão encontrava expressão no cuidado dispensado aos pobres, viúvas e órfãos, em visitas aos irmãos nas prisões ou àqueles que haviam sido condenados a uma vida nas minas e em atos de compaixão durante períodos de fome, terremotos ou guerras. Uma dessas expressões de amor cristão teve um efeito particularmente profundo: a Igreja costumava providenciar o funeral de irmãos pobres, pois, para os cristãos, privar alguém de um sepultamento digno era algo terrível.

A compaixão cristã pelos corpos dos mortos explica como os cristãos foram associados às catacumbas, corredores subterrâneos utilizados como cemitérios em Roma e seu entorno. O impacto que esse ministério de misericórdia causou nos pagãos pode ser visto na observação de um dos piores inimigos do cristianismo, o imperador apóstata Juliano (332-363). Naquela época, Juliano concluiu que era mais difícil do que imaginava dar nova vida à religião romana tradicional. Ele queria pôr o cristianismo de lado e trazer de volta a fé antiga, mas viu claramente o poder de atração exercido pelo amor cristão: “O ateísmo [isto é, a fé cristã] foi especialmente promovido por meio do serviço amoroso prestado a estranhos e do cuidado com o sepultamento dos mortos. É um escândalo o fato de não haver um único judeu mendigando e de os galileus ateus cuidarem não apenas de seus próprios pobres, como também dos nossos, enquanto aqueles que nos pertencem buscam, em vão, a ajuda que deveríamos dar”. (João 13 do 34 ao 35); (Atos capítulos 2 ao 4); (1ª Pedro 2 do 11 ao 12); (1ª  Pedro 3 do 8 ao 17)

A visão católica dos cristãos primitivos, entretanto, era tão evidente no impacto social do evangelho quanto em sua expansão geográfica. Ao longo dos primeiros três séculos, a maioria dos cristãos era composta por pessoas simples, humildes: escravos, mulheres, comerciantes e soldados — talvez isso simplesmente decorra do fato de que a maioria da população pertencia a essa classe. Seja como for, Celso, o crítico declarado do cristianismo, tomou nota disso: “Longe de nós, dizem os cristãos, ser homens com cultura, sabedoria ou discernimento; o objetivo deles é convencer apenas pessoas desprezadas e insignificantes, idiotas, escravos, mulheres pobres e crianças, Estes são os únicos que eles conseguem converter”.

Celso estava correto ao observar que muitos pobres e desfavorecidos aceitavam a mensagem da vitória de Jesus, e é mérito da Igreja não ter negligenciado os pobres e desprezados. Mas, ao final do segundo século, a nova fé estava a caminho de se tornar o movimento mais poderoso e cativante dentro do império; além disso, muitas mentes brilhantes da época estavam se tornando seguidoras de Cristo.

A escravidão tomou a sociedade romana como um câncer, e o escravo, fosse homem ou mulher, estava sempre à disposição de seu senhor para as tarefas mais subalternas. Caso não o satisfizesse, poderia ser descartado ou até mesmo abatido como um animal sem valor. Nesse tipo de sociedade, alguns cristãos também tinham escravos, mas os tratavam com bondade e permitiam que tivessem os mesmos direitos dentro da igreja um ex-escravo, Calisto, tornou-se bispo de Roma.

Saiba mais sobre o Amor ao Próximo: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/01/o-amor-ao-proximo_12.html

6.O Catolicismo Romano e a Reforma Protestante:

No ano 312 d.c, Constantino tornou-se o mais novo imperador do Império Romano e  “converteu-se” ao cristianismo depois de ter vencido a batalha da Ponte Mílvia contra Maxêncio (ou Magêncio) e o cristianismo se tronou a religião oficial do Império Romano, mas Constantino continuou com sua crença pagã, sendo assim, houve uma fusão entre o paganismo e o cristianismo e a Igreja Católica Romana foi oficializada; Sendo o cristianismo a nova religião do Estado, virou um “status” ser cristão, houve uma falsa conversão dos pagãos ao cristianismo (toda a população se tornou cristão sem mesmo terem se arrependidos de seus pecados, orgias, imoralidades e etc; Somente alguns grupos mantiveram o cristianismo puro e verdadeiro, um dos mais conhecidos foram os Valdenses.

Na mesma intensidade que o “cristianismo” crescia, também se afastava das matrizes deixadas pelo Senhor Jesus e seus apóstolos e isto foi duramente combatido por muitos homens de Deus, dentre os mais conhecidos foram: John Wyclif, Jan Huss e Martinho Lutero.

Foi com Martinho Lutero que oficialmente deu-se início a Reforma Protestante, este movimento trouxe o cristianismo de volta às suas origens.

Saiba mais clicando no Link: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/10/a-reforma-protestante.html

7.O Pentecostalismo:

Este certamente é um dos maiores proponentes do crescimento do cristianismo moderno.

O Senhor Jesus operou vários milagres pelo poder do Espírito Santo e Ele mesmo ordenou que os seus discípulos esperassem em Jerusalém até que fossem revestidos do poder do Espírito Santo e depois saíssem e anunciassem o seu Evangelho (Lc 24.49); (At 1.1-4-8); Vimos no tópico (3), o êxito que os apóstolos tiveram nessa importante tarefa.

O Cristianismo que temos hoje, isto falando de expansão territorial e números de adeptos, com certeza é fruto do Pentecostalismo, pois aqueles que creem na continuidade no batismo com o Espírito Santo e nos dons espirituais, são capacitados e inflamados por Deus para anunciarem o evangelho à todas as pessoas e em todos os lugares, um exemplo disto é a fundação e o crescimento da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil.

Saiba mais sobre o Pentecostalismo clicando no Link: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/07/pentecostalismo-biblico-e-historico.html

Estas são as principais causas do crescimento da Igreja do Senhor Jesus!

Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; (Mateus 16 e 18)

Principais Fontes:

Curso Médio De Teologia: Por Marcelo Miranda Cavalcanti

História do cristianismo: Uma obra completa e atual sobre a trajetória da igreja cristã desde as origens até o século XXI - Bruce Shelley, Giuliana Andrea Niedhardt

História da Igreja – Matheus Soares

Wikipédia

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