Quais
São as Causas do
Crescimento
do Cristianismo?
Porque o cristianismo se difundiu e por que ele se expandiu
com tanta rapidez?
Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia
houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Atos 2 e 41
Em número cada vez maior, homens e mulheres criam no Senhor
e lhes eram acrescentados, Atos 5 e 14
Mas, muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram,
chegando o número dos homens que creram a perto de cinco mil. Atos 4 e 4
1.Contexto
Cultural: Plenitude dos tempos: Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, (Gálatas 4 e 4)
Qual é o significado da palavra plenitude: aquilo que é
completo, pleno, cheio até a medida. Deus age mediante tempos de plenitude. A
plenitude dos tempos indica medidas que precisavam ser alcançadas para a vinda
do messias, são elas:
1.1 - Judeus:
A) O Monoteísmo: A crença
em um só Deus revelado à partir de Abraão, o Judaísmo
B) Região Territorial: A
Palestina onde o cristianismo deu seus primeiros passos ocupava uma posição
geográfica privilegiada pois ocupava uma área onde era a encruzilhada das
grandes rotas comerciais que uniam o Egito à Mesopotâmia, e a Arábia com a Ásia
Menor.
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C) Dispersão dos Judeus –
Diáspora: (em grego clássico: διασπορά, "dispersão") define o
deslocamento, normalmente forçado ou incentivado, de grandes massas
populacionais originárias de uma zona determinada para várias áreas de
acolhimento distintas. O termo "diáspora" é usado com muita
frequência para fazer referência à dispersão do povo judaico no mundo antigo, a
partir do exílio na Babilônia no século VI antes de Cristo. e, especialmente,
depois da destruição de Jerusalém em 70 depois de Cristo.
1.2 - Cultura Grega:
Dentre muitos fatores da cultura grega que se expandiu
através de Alexandre “O Grande” que venceu os Persas no século IV antes de
Cristo, se destaca a língua grega, que foi uma língua universal. Como exemplo
disto, temos a Septuaginta, é o nome da versão da Bíblia hebraica traduzida em
etapas para o grego koiné, entre o século 3 antes de Cristo e o século 1 antes
de Cristo., em Alexandria; A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta
(ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, a LXX), pois setenta e
dois rabinos (seis de cada uma das doze tribos) trabalharam nela e, segundo a
tradição, teriam completado a tradução em setenta e dois dias. A Septuaginta,
desde o século 1, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de
língua grega e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.
1.3 – Império Romano:
A) Conquista mundial: O
Império Romano conquistou cerca de 30 nações e possuía quase cinco milhões de
quilômetros quadrados.
A política dos romanos era, em geral, tolerante em relação a
religião e aos costumes dos povos conquistados, até que as perseguições
imperiais acontecessem, o cristianismo já havia se alastrado.
B) Estradas bem pavimentadas: As
estradas se estendiam por 85 mil quilômetros em todo território.
C) Pax Romana: A Pax
Romana, expressão latina para "A Paz Romana", é o longo período de
relativa paz, gerada pelas armas e pelo autoritarismo, experimentado pelo
Império Romano que iniciou-se quando Augusto, em 28 antes de Cristo, declarou o
fim das guerras civis e durou até o ano da morte do imperador Marco Aurélio, em
180 depois de Cristo ; Com isto podia-se entrar e sair de um país facilmente.
2.A
Pregação do Evangelho: Muitos viram o
Senhor Jesus Ressurreto e outros que não viram eram convencidos desta verdade (1ª
Coríntios 15 de 1 ao 8); Isso os levou a cumprir fielmente a ordem do Senhor
Jesus (Mateus 28 do 19 ao 20); (Marcos 16 do 15 ao 16).
O apóstolo Paulo disse aos cristãos romanos: “Não me envergonho
do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação […] primeiro do judeu,
depois do grego” (Romanos 1 e 16).
A) Judeus: Como já vimos (1.1 e 2) os judeus eram Monoteístas; Estavam presentes,
em grande número, em todas as partes do Império Romano; E tinham as Escrituras
em grego (Septuaginta); Os apóstolos e discípulos do Senhor Jesus não cessavam
de pregar e ensinar (Atos 5 e 42), (Atos 6 e 4); (1ª Coríntios 9 e 16); (2ª Timóteo 4 do 1 ao 2) a mensagem era
Cristocêntrica, anunciavam com grande sabedoria provando nas Escrituras que o
Senhor Jesus era o Cristo, o Messias (Atos 2 do 14 ao 41); (Atos 9 do 19 ao 22);
(Atos 19 do 8 ao 10).
B) Gentios: Muitos
gentios (gregos e romanos) consideravam o ensinamento das sinagogas uma
sabedoria profunda e convincente, mas, em outros momentos, não estavam tão
certos disso. Alguns gentios submetiam-se ao ritual da circuncisão e, desse
modo, tornavam-se parte do povo judeu, estes eram os judeus prosélitos (Atos 2
e 10). No entanto, a maioria permanecia na categoria dos tementes a Deus, isto
é, espectadores interessados nos cultos da sinagoga. A maioria dos “tementes a
Deus” conhecia bem o Antigo Testamento, entendia suas ideias teológicas e aceitava
seus valores morais. A resposta mais frutífera à pregação do evangelho vinha
desse último grupo. Quando os pregadores cristãos deixavam claro para essas
pessoas que, mesmo sem se submeter ao ritual da circuncisão — que tanto gregos
quanto romanos consideravam degradante e repugnante —, elas poderiam receber
tudo o que o judaísmo oferecia e ainda mais, não lhes era difícil dar o passo
seguinte e aceitar Jesus como o Cristo.
Saiba mais sobre a Missão de Anunciarmos o Evangelho: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/01/cumprindo-nossa-missao-de-pregar-o.html
3.O
Poder do Espírito Santo: A Igreja
Primitiva cumpriu com êxito a missão de pregar o Evangelho do Senhor Jesus,
porém, antes de começarem à pregar, o Senhor lhes ordenou que esperassem em
Jerusalém para receberem o revestimento de poder (Lucas 24 e 49); (Atos 1 do 4
ao 8); Este revestimento trouxe ousadia na proclamação do Evangelho (Atos 4 e 31);
(Atos 6 e 8), eles davam grande testemunho do Senhor Jesus com sinais e
maravilhas (Atos 2 e 43); (Atos 4 e 33); (Atos 5 do 12 ao 16); (Atos 8 do 5 ao
7 e o 13); (Atos 19 do 11 ao 20), permaneciam firmes nas aflições (Atos 5 e 41),
não temiam as perseguições (Atos 5 e 29); (Atos 14 do 19 ao 28); (Atos 20 do 22
ao 23) e nem mesmo a morte (Atos 7 do 51 ao 60); (Atos 20 e 24); (Atos 21 e 13).
4.A
Perseguição:
Em muitos casos, ajudou a divulgar a fé cristã — por exemplo, os
martírios costumavam ser testemunhados por milhares de pessoas no anfiteatro. O
termo mártir significava “testemunha”, e é precisamente dar testemunho o que
muitos cristãos realizavam no momento da morte. O público romano era duro e
cruel, mas não completamente desprovido de compaixão. Não há dúvida de que a
atitude dos mártires, e particularmente das jovens mulheres que sofriam
juntamente com os homens, causaram uma impressão profunda na população de Roma.
Em várias ocasiões, o que encontramos é uma coragem tranquila frente ao
tormento, gentileza com os inimigos e uma aceitação jubilosa do sofrimento como
o caminho apontado pelo Senhor para o reino celestial. Há um grande número de
casos de pagãos que se converteram ao testemunhar a condenação e morte de
cristãos. Por essas e outras razões, as igrejas cristãs multiplicaram-se até o
ponto em que Roma não mais conseguiu ignorar ou suprimir a fé, tornando
necessário que se chegasse a um acordo. (Atos 8.1 e 4).
Saiba mais sobre as perseguições contra os cristãos: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/perseguicoes-contra-igreja-crista.html
5.A
expressão prática do amor cristão: Provavelmente
estava entre as causas mais poderosas do êxito do cristianismo. Tertuliano
informa que os pagãos comentavam: “Vejam como esses cristãos amam uns aos
outros!” Essas palavras eram sinceras, uma vez que o amor cristão encontrava
expressão no cuidado dispensado aos pobres, viúvas e órfãos, em visitas aos
irmãos nas prisões ou àqueles que haviam sido condenados a uma vida nas minas e
em atos de compaixão durante períodos de fome, terremotos ou guerras. Uma
dessas expressões de amor cristão teve um efeito particularmente profundo: a
Igreja costumava providenciar o funeral de irmãos pobres, pois, para os
cristãos, privar alguém de um sepultamento digno era algo terrível.
A compaixão cristã pelos corpos dos mortos explica como os
cristãos foram associados às catacumbas, corredores subterrâneos utilizados
como cemitérios em Roma e seu entorno. O impacto que esse ministério de
misericórdia causou nos pagãos pode ser visto na observação de um dos piores
inimigos do cristianismo, o imperador apóstata Juliano (332-363). Naquela época,
Juliano concluiu que era mais difícil do que imaginava dar nova vida à religião
romana tradicional. Ele queria pôr o cristianismo de lado e trazer de volta a
fé antiga, mas viu claramente o poder de atração exercido pelo amor cristão: “O
ateísmo [isto é, a fé cristã] foi especialmente promovido por meio do serviço
amoroso prestado a estranhos e do cuidado com o sepultamento dos mortos. É um
escândalo o fato de não haver um único judeu mendigando e de os galileus ateus
cuidarem não apenas de seus próprios pobres, como também dos nossos, enquanto
aqueles que nos pertencem buscam, em vão, a ajuda que deveríamos dar”. (João 13
do 34 ao 35); (Atos capítulos 2 ao 4); (1ª Pedro 2 do 11 ao 12); (1ª Pedro 3 do 8 ao 17)
A visão católica dos cristãos primitivos, entretanto, era
tão evidente no impacto social do evangelho quanto em sua expansão geográfica.
Ao longo dos primeiros três séculos, a maioria dos cristãos era composta por
pessoas simples, humildes: escravos, mulheres, comerciantes e soldados — talvez
isso simplesmente decorra do fato de que a maioria da população pertencia a
essa classe. Seja como for, Celso, o crítico declarado do cristianismo, tomou
nota disso: “Longe de nós, dizem os cristãos, ser homens com cultura, sabedoria
ou discernimento; o objetivo deles é convencer apenas pessoas desprezadas e
insignificantes, idiotas, escravos, mulheres pobres e crianças, Estes são os
únicos que eles conseguem converter”.
Celso estava correto ao observar que muitos pobres e
desfavorecidos aceitavam a mensagem da vitória de Jesus, e é mérito da Igreja
não ter negligenciado os pobres e desprezados. Mas, ao final do segundo século,
a nova fé estava a caminho de se tornar o movimento mais poderoso e cativante
dentro do império; além disso, muitas mentes brilhantes da época estavam se
tornando seguidoras de Cristo.
A escravidão tomou a sociedade romana como um câncer, e o
escravo, fosse homem ou mulher, estava sempre à disposição de seu senhor para
as tarefas mais subalternas. Caso não o satisfizesse, poderia ser descartado ou
até mesmo abatido como um animal sem valor. Nesse tipo de sociedade, alguns
cristãos também tinham escravos, mas os tratavam com bondade e permitiam que
tivessem os mesmos direitos dentro da igreja um ex-escravo, Calisto, tornou-se
bispo de Roma.
Saiba mais sobre o Amor ao Próximo: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/01/o-amor-ao-proximo_12.html
6.O
Catolicismo Romano e a Reforma Protestante:
No ano 312 d.c, Constantino tornou-se o mais novo imperador
do Império Romano e “converteu-se” ao
cristianismo depois de ter vencido a batalha da Ponte Mílvia contra Maxêncio
(ou Magêncio) e o cristianismo se tronou a religião oficial do Império Romano,
mas Constantino continuou com sua crença pagã, sendo assim, houve uma fusão
entre o paganismo e o cristianismo e a Igreja Católica Romana foi oficializada;
Sendo o cristianismo a nova religião do Estado, virou um “status” ser cristão,
houve uma falsa conversão dos pagãos ao cristianismo (toda a população se
tornou cristão sem mesmo terem se arrependidos de seus pecados, orgias,
imoralidades e etc; Somente alguns grupos mantiveram o cristianismo puro e verdadeiro,
um dos mais conhecidos foram os Valdenses.
Na mesma intensidade que o “cristianismo” crescia, também se
afastava das matrizes deixadas pelo Senhor Jesus e seus apóstolos e isto foi
duramente combatido por muitos homens de Deus, dentre os mais conhecidos foram:
John Wyclif, Jan Huss e Martinho Lutero.
Foi com Martinho Lutero que oficialmente deu-se início a
Reforma Protestante, este movimento trouxe o cristianismo de volta às suas
origens.
Saiba mais clicando no Link: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/10/a-reforma-protestante.html
7.O
Pentecostalismo:
Este certamente é um dos maiores proponentes do crescimento
do cristianismo moderno.
O Senhor Jesus operou vários milagres pelo poder do Espírito
Santo e Ele mesmo ordenou que os seus discípulos esperassem em Jerusalém até
que fossem revestidos do poder do Espírito Santo e depois saíssem e anunciassem
o seu Evangelho (Lc 24.49); (At 1.1-4-8); Vimos no tópico (3), o êxito que os apóstolos tiveram nessa importante
tarefa.
O Cristianismo que temos hoje, isto falando de expansão
territorial e números de adeptos, com certeza é fruto do Pentecostalismo, pois
aqueles que creem na continuidade no batismo com o Espírito Santo e nos dons
espirituais, são capacitados e inflamados por Deus para anunciarem o evangelho
à todas as pessoas e em todos os lugares, um exemplo disto é a fundação e o
crescimento da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Brasil.
Saiba mais sobre o Pentecostalismo clicando no Link: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/07/pentecostalismo-biblico-e-historico.html
Estas são as principais causas do crescimento da Igreja do
Senhor Jesus!
Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra
edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;
(Mateus 16 e 18)
Principais
Fontes:
Curso Médio De Teologia: Por Marcelo Miranda Cavalcanti
História do cristianismo: Uma obra completa e atual sobre a
trajetória da igreja cristã desde as origens até o século XXI - Bruce Shelley,
Giuliana Andrea Niedhardt
História da Igreja – Matheus Soares
Wikipédia
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