quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Lição 8 A Bondade que Confere Vida


                              Lição 8 A Bondade que Confere Vida


Introdução: Você já teve o coração transformado e regenerado pelo Senhor Jesus? Então, não há mais espaço, em sua vida, para sentimentos e desejos que faziam parte da sua velha natureza. Na lição de hoje, veremos que os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, falso testemunho e blasfêmias procedem do interior do homem, ou seja, da velha natureza adâmica (Mt 15.18,19).

Nota: Não está contido neste artigo, a lição da revista, mas somente os subsídios, as reflexões, os comentários dela. A revista ou as lições que vamos estudar neste trimestre, você encontra nas livrarias evangélicas, ou pela Internet.

O comentarista desta revista é o Pastor Osiel Gomes: Formado em teologia, filosofia, direito, pedagogia, psicanálise e pós graduado em docência do ensino superior, lecionou grego no seminário Batista e Hebraico. Atualmente está concluindo o mestrado na EST.

Subsídio, estudo, reflexão

#1.BONDADE: O FIRME COMPROMISSO PARA O BENEFÍCIO DOS OUTROS

1. A bondade como fruto do Espírito: Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, em seus estudo sobre obras da carne e fruto do Espírito, na página 1803, define bondade, como zelo pela verdade e pela retidão, pode ser expressa em atos de bondade ou na repreensão ou na correção do mal; É ser reto, justo, é ser amigo do bem e inimigo do mal, é ser uma pessoa que ama e faz o bem.

2. A bondade de Deus é singular: Segundo o Comentarista:  Ele é bom para todos os homens, independentemente da condição destes (Sl 145.9). A bondade do Pai pode ser revelada na sua provisão, pois Ele faz com que o sol e a chuva se levante sobre os justos e injustos (Mt 5.45). Contudo, a maior prova da bondade de Deus está no fato de Ele ter enviado seu Filho unigênito para morrer por nós, homens pecadores e maus por natureza (Jo 3.16; Rm 5.8). Em geral costumamos agir bondosamente somente com aqueles que nos tratam com benevolência, mas o Criador é bom para com todos; e, como filhos seus, precisamos seguir o seu exemplo.

3. Um homem bondoso e uma mulher bondosa: Como exemplo de um homem bondoso, o comentarista menciona Jó, vemos que ele era bondoso, com seus filhos, com os aflitos, com pessoas desconhecidas, e até mesmos com seus 3 “amigos”, que lhe acusaram, no final se seu livro, Jó ora por eles, demonstrando um coração bom, puro, sem rancor e mágoa (Jó.42.10).

O exemplo de uma mulher bondosa, o comentarista menciona costureira Dorcas, que de coração bondoso, ajudava o necessitado e fazia boas obras a todos quanto podia.
Nossa fé em Deus e amor ao próximo, não podem ser somente em palavras, pois tem que se manifestar em obras (Tg.2.14-17)

*Obras: gr. Ergon, nossas obrigações para com Deus e o homem, são provas de uma fé sincera e  um coração puro proveniente da graça de Deus.

#2. HOMICÍDIO, A DESTRUIÇÃO DO PRÓXIMO

1.Não Matarás: Segundo o Comentarista: Em Êxodo 20.13, temos uma ordem de Deus em favor da preservação da vida. A ordenança divina é bem clara, de forma que até uma criança pode compreender: “Não matarás” (Êx 20.13; Dt 5.17). Encontramos, em todo o Pentateuco, várias advertências a respeito da violência contra a vida. Deus é bom. Por isso, Ele estabeleceu leis para os homicídios dolosos, ou seja, quando uma pessoa mata a outra intencionalmente (Dt 27.24,25) e culposos, quando não há intenção de matar (Dt 19.4-6). O Senhor Jesus, nosso maior exemplo de bondade e amor, reforçou a legislação divina ao ensinar que podemos atentar contra a vida do nosso próximo até mesmo por palavras (Mt 5.21, 22). O apóstolo João também deixa claro que quem aborrece o seu irmão é homicida (1 Jo 3.15). Que venhamos a amar o próximo, cuidar dele e preservar a sua vida, pois esta é a vontade de Deus para nós.
*Todos os seres humanos foram feitos a imagem e semelhança de Deus, todo ser humano merece amor e respeito, Deus nos deu o dom da vida e só Ele tem o direito de tomá-la, devemos amar a Deus e o próximo como a nós mesmos (Mt.22.34-40), mesmo aqueles que dizem ser nossos inimigos, que nos odeiam, maldizem e maltratam (Mt.6.43-44), faça o bem sempre que possível (Rm.12.17-21).

2.Aborto, a morte de um inocente indefeso: Segundo o Comentarista: Quando falamos em homicídio, estamos também nos referindo ao aborto. Este ato perverso está inserido no sexto mandamento, pois é um atentado contra a vida de um indefeso, além de ser um ato contra Deus, que é o doador da vida (Is 45.12; Mt 10.28). O aborto, segundo o Código Penal Brasileiro, é também um crime. Embora faça parte do Código Penal, alguns, erroneamente, acreditam que o aborto deve ser uma escolha da mulher. Mas o Criador não permite que nós, seres criados, venhamos a decidir quem deve ou não viver. Deus nos criou, nos conhece e nos ama desde quando nosso corpo ainda estava sendo formado no ventre de nossa mãe (Sl 139.16).

*É uma vergonha, um escrúpulo uma lei, em que se aprova a legalização do aborto até o terceiro mês de gestação, pois a vida está na concepção, o feto é um ser humano como nós, ele só é “pequenininho”, mas com tempo cresce, se desenvolve, nasce e viverá ativamente como nós hoje.

Veja este vídeo: O Grito Silencioso www.youtube.com/watch?v=T-cND3VXy-E  

3.O Primeiro Homicídio: Quando o pecado entrou no mundo só existia um casal, Adão e Eva, após isso, eles tiveram 2 filhos, Abel que era pastor de ovelhas e Caim que lavrador, uma certa vez, ambos trouxeram uma oferta ao Senhor, a de Abel teve a aprovação de Deus, enquanto a de Caim não, porque suas obras eram más, porque Deus se importa tanto com a oferta, como também o ofertante, a inveja e a ira encheu o coração de Caim, isso revela, os efeitos do pecado, Caim com um coração mau investiu contra a vida de seu irmão Abel e o matou (Gn.4.1-8), o Senhor aborrece a maldade e puniu Caim (Gn.4.11-15); Deus é justo favorece o bom e castiga o mau, façamos pois então o bem (Gl.6.7-10)

#3. SEJAMOS BONDOSOS E MISERICORDIOSOS

1. Servindo ao outro com amor: Segundo o Comentarista: Jesus deve ser o nosso exemplo de serviço e amor. Ele declarou que não veio ao mundo para ser servido, mas para servir e dar a sua vida por nós (Mt 20.28). Vivemos em um mundo egoísta, onde as pessoas só querem ser servidas. Por isso, precisamos, como sal e luz desse mundo, mostrar-lhes o nosso serviço e compaixão (Mt 5.13,14). Paulo exortou os crentes da Galácia para que levassem as cargas uns dos outros (Gl 6.2). Para realizamos tal ato precisamos amar, pois levar a carga do outro significa ajudar o irmão que está enfermo, enfrentando tribulação ou enfrentando necessidade financeira. Você tem ajudado seus irmãos a carregarem suas cargas ou você tem ainda acrescentado mais peso a elas?

*Devemos entendermos que precisamos uns dos outros, não somos independentes e suficientes (1Co.12.21-22), por isso devemos servirmos uns aos outros, não por interesse, mas por amor (1Co.12.25-26), sigamos o exemplo da igreja em Tessalônica (1Tss.4.9-10).

2.Ajudando o Ferido: Segundo o Comentarista: Vivemos dias difíceis, nos quais o egoísmo tem imperado em nossa sociedade (2Tm 3.1). Precisamos demonstrar ao mundo o amor de Deus mediante as nossas ações enquanto ainda temos tempo, pois sabemos que, em breve, Jesus virá. Que não venhamos a agir como o sacerdote e o levita da parábola do Bom Samaritano, mas que sejamos como aquele que acolhe e ajuda ao ferido (Lc 10.25-37).

*Na parábola registrada na narrativa de Lucas (Lc.10.25-37), Jesus ensina a um doutor da lei sobre amor ao próximo e como manifestar esse amor, pois não devemos amar só de palavras.

(1Jo.3.16  Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. 17  Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? 18  Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade).

Os judeus se achavam “melhores”, mais “religiosos”, que os samaritanos, mas na parábola o Samaritano dá um “banho” de amor, bondade, benignidade, generosidade, no Sacerdote e o Levita que eram ministros oficiais do judaísmo. Vejamos:

a) Vs.33: “chegou ao pé dele”: Não passou de largo como o sacerdote e o levita (vs.31-32), isso revela que o bom samaritano não era preconceituoso, arrogante, mas humilde.

b) Vs.33: “vendo-o, moveu-se de íntima compaixão”: o bom samaritano não era indiferente a dor do outro (vs.31-32), era um homem de coração bondoso.

c) Vs.34: O bom samaritano não fica só no “abstrato”, ele vai pro “concreto”, não fica somente no sentimento e parte para a ação, isso revela a genuinidade do amor e da bondade dele, a expressão “e cuidou dele”, revela que ele gastou seu tempo cuidando do ferido, pois não era egoísta, deu uma “pausa” na sua viagem, para ficar com alguém que nem conhecia.

d) Vs.35: O bom samaritano agora investe seu dinheiro, para beneficiar o ferido, isso demonstra sua generosidade e liberalidade, pois não era avarento.

# Entenda Mais: Após a morte do rei Salomão, cerca de 900 anos antes de Cristo, o seu filho Roboão e Jeroboão se desentenderam e dividiram o povo judeu em dois reinos: Duas tribos (Judá e Benjamin) ficaram no sul, sob o reinado de Roboão, filho de Salomão, com capital em Jerusalém e 10 tribos ficaram no norte do país sob o reinado de Jeroboão, com a capital em Samaria, Jeroboão entrou pelo caminho horrível da idolatria (1Rs.12.26-33). No ano de 722 antes de Cristo, o reino da Samaria foi vencido pelo rei da Assíria e o povo foi levado para a Assíria em cativeiro (2Rs.17.21-24). Durante este tempo, povos pagãos, não judeus, vieram para a Samaria, e houve muitos casamentos mistos de judeus que permaneceram em Samaria com pessoas pagãs. Isto era proibido pela lei de Moisés; por isso o povo de Jerusalém, chamados de judeus, odiavam os samaritanos. Não os consideravam mais judeus por terem se misturado com povos não judeus e por terem entrado pelo caminho da idolatria.

3. Ajudando os irmãos. Paulo ensinou aos gálatas a fazerem o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé (Gl 6.10). Quantos irmãos, em nossas igrejas, estão carecendo de uma ajuda financeira, de uma oração ou de uma palavra de consolo. Mas, às vezes, nos tornamos indiferentes à dor do outro e nos esquecemos de ajudar aqueles que estão perto de nós. Não espere que seu irmão peça a sua ajuda se você sabe que ele está enfrentando alguma dificuldade e pode ajudá-lo, ajude-o. Também não espere receber recompensa: faça por amor e bondade. A recompensa virá do Senhor quando então recebemos os nossos galardões.

(Mt 10.41 Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo. 42  E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.).

(Gl.6.9 E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido).

Conclusão: Que possamos demonstrar ao mundo e aos nossos irmãos a bondade de Deus que um dia foi derramada em nossos corações. Que jamais venhamos aceitar qualquer forma de homicídio, pois somos novas criaturas e sabemos que Deus abomina tal prática.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)   

Cristais – Mg 15/02/17


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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Lição 7 Benignidade: Um Escudo Protetor contra as Porfias


Lição 7 Benignidade: Um Escudo Protetor contra as Porfias

Introdução: Na lição de hoje estudaremos mais um aspecto do fruto do Espírito, a benignidade e mais um aspecto das obras da carne, a porfia. Veremos que o crente cheio do Espírito tem um coração benigno e procura ter relacionamentos saudáveis, evitando discussões, disputas e polêmicas. O conselho de Paulo a Timóteo foi para que ele fugisse das discussões, polêmicas e debates acerca da lei, pois tais discussões são inúteis e não acrescentam nada à fé dos irmãos (Tt 3.9).

Nota: Não está contido neste artigo, a lição da revista, mas somente os subsídios, as reflexões, os comentários dela. A revista ou as lições que vamos estudar neste trimestre, você encontra nas livrarias evangélicas, ou pela Internet.

O comentarista desta revista é o Pastor Osiel Gomes: Formado em teologia, filosofia, direito, pedagogia, psicanálise e pós graduado em docência do ensino superior, lecionou grego no seminário Batista e Hebraico. Atualmente está concluindo o mestrado na EST.

Subsídio, estudo, reflexão

#1. A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR

1. O que é benignidade?: Do grego, chrestotes, que segundo o comentarista, significa índole boa, bom caráter, benevolência, humanidade e bondade; Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, no seu estudo sobre “As obras da carne e o fruto do Espírito Santo” na página 1803, descreve que benignidade, é não querer magoar ninguém, nem provocar dor. A benignidade em nossas vidas, nos faz sermos pessoas amigáveis, gentis, educadas, de presença agradável.

2. Jesus, exemplo de benignidade: O comentarista na argumentação desse subtópico, falando a respeito da benignidade de Jesus, menciona a história de Jesus e a mulher cananéia, esta mulher estava com sua filha terrivelmente endemoninhada, esta clamou a Jesus pedindo que expulsasse o demônio de sua filha, Jesus provou sua fé, e esta por sua vez foi aprovada, e mesmo não sendo uma israelita, pois era de origem siro fenícia, os fenícios descendiam dos cananeus e mesmo sendo uma pagã, pois era grega, Jesus a atendeu, ele não conseguiu ficar indiferente ao sofrimento daquela mulher, ao contrário dos discípulos que pediram a Jesus que a despedisse, sem se importarem com a aflição daquela mulher (Mc.7.24-30).

3. A benignidade na prática: Existe uma poderosa ferramenta de mensagem, se chama bom testemunho, é quando nós vivemos em conformidade com a fé que cremos e pregamos, como cristãos devemos primeiramente vivermos os ensinos de Jesus Cristo e depois ensiná-los, o que tem acontecido é que muitos não tem autoridade para ensinarem, pregam o amor de Jesus, mas odeiam, invejam, são estúpidos, mal educados, arrogantes, e isso bloqueia o anúncio do evangelho. Jesus quando esteve aqui na terra, mesmo sendo o santo Filho de Deus, tratou bem a todos pecadores, ele era querido por todos e estava sempre rodeado pela multidão, ele alcançou os corações dos mais desprezíveis da sociedade, como o leproso, a mulher do fluxo de sangue, o cego Bartimeu, o paralítico do tanque de Betesda, a mulher samaritana, o publicano Zaquel, o endemoninhado de Gadara, meretrizes como Maria Madalena e o ladrão da cruz. Temos que termos esse entendimento, se maltratarmos as pessoas, agir com indiferença para com elas, como as ganharemos para Cristo? Lembremos que o ide de Jesus é por todo mundo e a toda criatura (Mc.16.15).

#2. A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO

1. Inimizade e porfia: Segundo o Comentarista: Embora estas duas palavras pareçam ter o mesmo significado, elas são distintas. Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é ódio, indisposição e malquerença; porfia significa contendas de palavras, discussão, disputa e polêmica. Embora tenham significados distintos, elas são obras da carne, da velha natureza, por isso, devemos fugir de tais ações (Gl 5.20,21).

2. Evódia e Síntique: Segundo o Comentarista: Eram irmãs valorosas que serviam a Deus na igreja de Filipos (Fp 4.2). Tudo indica que essas irmãs se deixaram levar pela velha natureza e estavam envolvidas em alguma porfia. Não sabemos ao certo o motivo da diferença entre elas. Alguns autores dizem que foram questões pessoais, outros que se tratava de uma disputa por questões eclesiásticas. Porém, tal atitude era reprovável. Então, Paulo exorta ambas para que acabem de uma vez por todas com as diferenças. O apóstolo, como líder daquela igreja, não procurou saber quem estava com a razão, mas com amor e firmeza ordenou que elas parassem com tal atitude. Em meio às porfias não existem vencedores. Todos acabam perdendo e dando lugar ao Diabo (Ef 4.27).

Temos que entendermos que Deus nos fez distintos uns dos outros, cada um tem seu jeito, seu temperamento, suas convicções e etc; Mas em Cristo somos um só corpo (1Co.12.12), devemos unirmos nossas forças e deixarmos nossas diferenças de lado para a promoção do Reino de Deus, o que acontece hoje, é que as pessoas são muito imaturas, pois não sabem discutir ideias e opiniões sem “levarem” pro lado pessoal, não discutem para chegarem em um acordo, mas para provarem que estão com a razão e são “melhores” que os demais, o problema é que nestes casos, os ânimos se afloram, as pessoas se iram, e atacam verbalmente e em muitos casos até fisicamente. Portanto algumas instruções:

a) Ame e respeite seu próximo, pois ele é imagem e semelhança de Deus, filho de Deus, irmão em Cristo.

b) Controle seu temperamento, tente conversar sem se irar e não haja ou fale irado.

c) Qual é o assunto que está sendo discutido é de grande relevância ou fútil.

d) Em assuntos religiosos, leia o texto (2Tm.2.23-26).

e) Em casos de verdadeiro confronto, em você não pode se omitir, ore a Deus para que Ele te dê graça e sabedoria para falar e resolver aquela situação (Ester.4.15-16; 5.4-8; 7.3-6).

3. Miriã e Arão: Segundo o Comentarista: Moisés havia sido escolhido pelo Senhor para conduzir o seu povo até Canaã, e uma das suas características mais marcantes era a mansidão e a humildade (Nm 12.3). Todo líder precisa dessas duas características para que tenha uma liderança bem-sucedida. Certo dia, Miriã e Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados pelo fato de ele ter se casado com uma mulher cuxita (Nm 12.1). Eles não estavam preocupados com Moisés, mas, por trás da porfia, também havia outro sentimento, a inveja. Eles certamente desejavam a liderança do irmão. Um sentimento carnal traz consigo outros sentimentos, despertando o que há de pior em cada pessoa. As consequências da inveja e da porfia foram terríveis para Miriã e para todo o povo, pois tiveram que ficar retidos, em um lugar, até que Miriã pudesse se ajuntar novamente à congregação (Nm 12.15). Tenha cuidado com a porfia, pois ela trará prejuízos a você e ao povo de Deus.

#3. REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE

1. Retirando as vestes velhas: A cultura deste mundo é demoníaca e humanista, começando por Satanás, que desejou, cobiçou ser igual, semelhante a Deus (Is.14.12-14), contudo não teve êxito e foi lançado fora do monte de Deus (Ez.28.16); Este não satisfeito com a sua queda, quis também a queda da humanidade, no jardim do Édem tentou a Eva, com toda astúcia, disse a ela que Deus não permitiu que eles comessem do fruto, porque no dia que eles assim fizesse seriam como Deus, sabendo o bem e o mal (Gn.3.1-5), Eva foi atraída por sua concupiscência e cedeu a tentação (Gn.3.6), na expressão “arvore desejável para dar entendimento”, vemos esse “ar” de orgulho, soberba, o desejo de superioridade, “de querer ser igual, melhor e maior”; Essa é uma marca forte do pecado, que todo ser humano possui (Rm.5.12), isso é natureza humana, carnal e não agrada a Deus (Rm.8.8) é necessário nos despirmos do velho homem com suas concupiscências, e nos revestirmos a cada dia do novo homem, que é gerado pelo Espírito Santo em nós, sigamos o exemplo de nosso SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO (Fl.2.5-11) e a recomendação do apóstolo Paulo (Fl.2.3-4, 14-15).

2. Sede benignos: Segundo o comentarista: A benignidade é um antídoto e um escudo contra as porfias. Tornamo-nos benignos porque fomos perdoados e justificados por Jesus Cristo e agora o Espírito Santo habita em nós e nos ajuda a viver de modo santo e justo. Fomos perdoados por Cristo. Por isso, precisamos também conceder o perdão àqueles que nos ofendem e magoam (Mt 6.12,14,15). De certa forma, é até fácil agir com bondade com aqueles que agem conosco dessa mesma forma, mas precisamos ser benignos com aqueles que nos odeiam e nos maltratam. Jesus nos ensinou a amarmos até mesmo os nossos inimigos (Mt 5.44).

3. Imitando a conduta de Paulo: Segundo o comentarista:  O apóstolo Paulo tinha uma vida ilibada, e como líder, era um exemplo para os crentes de Corinto. Sua maneira de viver era tão santa que ele desafiou os crentes a serem seus imitadores (1Co 11.1). Sua família, seus amigos e seus irmãos em Cristo podem imitar seus atos e suas ações? Paulo seguia o exemplo de Jesus. Precisamos também seguir o exemplo do Mestre e nos tornarmos semelhantes a Ele. Não podemos nos esquecer que ser cristão é ser semelhante a Cristo. Jesus deve ser o padrão para o nosso viver. Ele tinha uma vida social intensa; ia a casamentos (Jo 2.1-12), jantares na casa dos amigos (Jo 12.1-11), mas não se deixou seduzir pelas coisas desse mundo.

Leia o texto (1Co.9.1-17) e vai notar a humildade e o desinteresse de Paulo de se vangloriar e de se autopromover, ainda que tivesse direito, pois entendia que fora chamado para promover o Evangelho de Jesus Cristo (At.9.15-16); (1Co.9.12,15); (Gl.1.10-16), que juntos possamos fazer das palavras de João Batista, as nossas palavras “Importa que Ele CRESÇA e eu diminua" (Jo.3.30).

Conclusão: Se realmente desejamos expressar um cristianismo vivo, autêntico, precisamos excluir do nosso meio as porfias, pois são obras da carne e maculam corpo de Cristo. Precisamos seguir o exemplo de Jesus Cristo, que, com sua benignidade, atraía as pessoas para se reconciliarem com Deus. Jesus manifestou sua benignidade curando os enfermos, libertando os oprimidos pelo Diabo e morrendo na cruz pelas nossas ofensas e delitos.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)   

Cristais – Mg 08/02/17


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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Lição 6 Paciência Evitando as Dissensões



                     Lição 6 Paciência Evitando as Dissensões

Introdução: A impaciência é uma das características da vida moderna. As pessoas, a cada dia, estão mais ansiosas, o que contribui para o aumento das dissensões. Basta ler os noticiários para vermos casos de brigas e confusões. Muitos desses casos acabam em tragédia e famílias destruídas. Por isso, podemos de imediato perceber a relevância da lição de hoje para os nossos dias. Estudaremos a respeito da paciência, como fruto do Espírito, e as dissensões, como obra da carne.

Nota: Não está contido neste artigo, a lição da revista, mas somente os subsídios, as reflexões, os comentários dela. A revista ou as lições que vamos estudar neste trimestre, você encontra nas livrarias evangélicas, ou pela Internet.

O comentarista desta revista é o Pastor Osiel Gomes: Formado em teologia, filosofia, direito, pedagogia, psicanálise e pós graduado em docência do ensino superior, lecionou grego no seminário Batista e Hebraico. Atualmente está concluindo o mestrado na EST.

Subsídio, estudo, reflexão


#1.Paciência, Ato de Resistência à Ansiedade

1. A Paciência como fruto do Espírito: O termo paciência no grego é makrothümia , traduz como perseverança, que demora a irar-se, daí se traduz em algumas traduções como longanimidade; A paciência, fruto do Espírito, nos habilita a suportar as provações e nos leva a sermos complacentes com as falhas dos outros. O nosso Deus é longânimo (2Pd.2.9) e como filhos dele, devemos sermos assim também e somente com ajuda do Espírito Santo podemos sermos pacientes, longânimos e perseverantes.

2. A Paciência e a Ansiedade: Segundo o Comentarista: Muitos cristãos vivem sofrendo por antecipação, pois se esquecem do que Jesus nos ordenou: “[...] Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida [...]” (Mt 6.25). A ansiedade é uma perturbação interior causada pela incerteza, pelo medo. Ela gera angústia e sofrimento, porém Deus não quer que seus filhos vivam com o coração perturbado, ansioso (Jo 14.1). A paciência, fruto do Espírito, nos ajuda a enfrentar as lutas e os sofrimentos da vida sem desanimar. Os sofrimentos não são para nos destruir, mas servem para nos lapidar, para nos tornar mais pacientes e perseverantes (Hb 12.7-11). Precisamos aprender a esperar com paciência e tranquilidade em Deus, tendo a certeza de que todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28). Lancemos diante do Senhor tudo aquilo que nos aflige, pois Ele é bom e tem cuidado de nós (1Pe 5.7);

3. Jó, Exemplo de Paciência em meio a dor: Eis aí um dos grandes exemplos de paciência para nós, o patriarca Jó; Como é de conhecimento nosso, o patriarca Jó, em um só dia perdeu seus 10 filhos e todos os seus bens (Jó.1.13-19), logo depois, perdeu sua saúde (Jó.2.7-8), como bem disse o comentarista, Jó perdeu tudo, mas não perdeu sua fé! Todas as investidas do diabo, as aflições e tribulações de nossa vida, são com o intuito de roubar a nossa fé, pois é a nossa fé em Deus, que nos faz crer, acreditar, perseverar nos caminhos do Senhor com a esperança viva, que Ele agirá ao nosso favor (Jó.19.25); (Tg.5.7-11)

#2.Dissensões, Resultado da Impaciência

1.Exemplos Bíblicos de Impaciência: Segundo o comentarista: A falta de paciência sempre é perigosa, pois nos faz tomar atitudes erradas e a falar o que não devemos. Na Bíblia encontramos exemplos de pessoas que foram extremamente pacientes e impacientes. A primeira da lista é Sara. Devido à sua esterilidade e idade avançada, ela é tomada pela impaciência e decide agir por conta própria, oferecendo sua escrava Agar a Abraão para que ele tivesse um filho com a escrava (Gn 16.1-4). Esperar com paciência até que as promessas de Deus se cumpram não é fácil. Por isso, precisamos estar cheios do Espírito Santo a fim de que não venhamos a tomar decisões por nossa conta (Ef 5.18). Outro episódio de impaciência e que serve de lição para nós é o caso de Saul. O Senhor havia ordenado que Ele ficasse em Gilgal até a chegada de Samuel (1Sm 13.1-9). Saul esperou durante sete dias, mas depois perdeu a paciência e ofereceu ele mesmo os holocaustos. Essa era uma tarefa exclusiva dos sacerdotes (Hb 9.7). O texto bíblico afirma que, acabando ele de oferecer sacrifício, Samuel chegou (1Sm 13.10). A impaciência de Saul e a sua desobediência o levaram a perder o trono e a alma (1Sm 13.11-14).

Fica para nós o Salmo 40 e o verso 1: “ESPEREI com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”.

2. Deixe de Lado toda Dissensão: Segundo o Comentarista: Se em uma igreja há brigas e divisões, isso mostra que os crentes são carnais (1Co 3.3). Quem é guiado pelo Espírito não incentiva e nem faz parte de discussões e contendas. Quantos ministérios já foram despedaçados e as ovelhas dispersadas por causa de contendas. Paulo, em Romanos 16.17, exorta os crentes a ficarem atentos àqueles que estavam promovendo dissensões e escândalos a fim de se apartarem deles. Não se associe com aqueles que promovem disputas. Siga a recomendação de Paulo e fuja destes. Onde há dissensões não existe vencedor, pois todos saem perdendo. Jesus disse que todo reino dividido não subsistirá, por isso, tenhamos cuidado (Mt 12.25). Ser paciente e manso não é um sinal de fraqueza como alguns erroneamente acreditam, mas paciência e mansidão são exemplos de força e maturidade.

3. Evitando o partidarismo: Segundo o Comentarista: Em toda a forma de partidarismo, existe sempre interesses que visam apenas o bem de alguns. O partidarismo quebra a unidade da igreja e impede a presença de Deus. Jesus não morreu na cruz por uma igreja dividida, mas para formar um só corpo a fim de que os perdidos possam se voltar para o Pai (Jo 17.21). Que venhamos a fazer todo o possível para manter o vínculo da paz, e não deixar que as disputas e partidarismos venham macular a Igreja do Senhor.

Na igreja de Corinto, os irmãos começaram a se dividir e formar partidos em torno de Paulo, Apolo e Cefas. Uns diziam que pertenciam a Paulo, enquanto outros a Apolo (1Co 1.12). Paulo dá fim à discussão e às inimizades perguntando aos irmãos: “Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós?” (1Co 1.13). O apóstolo exorta-os para o fato de que pertencemos unicamente a Cristo. E se pertencemos a Ele não podemos aceitar as inimizades e as facções. A inimizade é obra da carne e seu alvo é destruir a unidade na Igreja do Senhor, mas o crente que tem o fruto do Espírito busca o bem de todos, procurando manter o vínculo da perfeição, estendendo as mãos para ajudar e tratando a todos com amor e respeito (Cl 3.13,14). Que você como Filho de Deus possa se revestir de entranhas de misericórdia e de benignidade como recomenda as Escrituras Sagradas (Cl 3.12).

#3.Paciência, Prova de Espiritualidade e Maturidade Cristã

1. Pacientes até a volta de Jesus: Segundo o Comentarista:  Tiago consolou os irmãos que estavam sofrendo com a opressão dos ricos injustos, afirmando que a vinda de Jesus estava próxima. Se você está sofrendo e enfrentando alguma situação de injustiça, não se desespere, pois em breve Jesus voltará e dará fim a toda a dor, sofrimento e injustiça (Tg 5.7). Um dia todo sofrimento chegará ao fim, pois o Justo Juiz voltará para julgar toda a injustiça. Para fazer os irmãos crescerem em esperança e longanimidade, Tiago utiliza também o exemplo do agricultor. O lavrador cultiva a terra e lança nela a semente, mas ele precisa esperar com paciência até que a semente germine, a árvore cresça e apareçam os frutos.
Assim é a carreira cristã, do início ao fim, a vitória está na perseverança (Mt.24.13); (Lc.21.19); (Hb.10.36-39); Jesus é nosso grande exemplo (Hb.12.1-2).

2. Quando a paciência é provada. Sabemos que existem momentos em que a nossa paciência e fé são testadas, mas quem acredita e aguarda a vinda gloriosa de Cristo não se exaspera. O Senhor prova a paciência e a fé dos seus filhos. Ele provou a paciência e a fé de seu amigo, Abraão. O patriarca teve que esperar muitos anos até que a promessa de ter um filho com Sara se cumprisse. Depois, ele foi novamente provado quando o Senhor pede que ele lhe ofereça Isaque em holocausto (Gn 22.2,3).

No auge da provação, Abraão estava com sua fé firme, perseverante no Senhor, suas atitudes revelam isto, vejamos algumas:

a) Gn.22.3: Abraão ao ouvir a ordem de Deus, logo se prontifica para obedecer, a semelhança de sua chamada(Gn.12.1-4), não ficou retardando, demorando, isso indica a expressão “Então, se levantou Abraão”.

b) Gn.22.4: A Jornada até o monte Moriá durou 3 dias, nesse período, Abraão poderia ter desistido e voltado atrás, mas não o fez.

c) Gn.22.5: No pé do Monte disse aos moços que lhes acompanhavam, que ele(Abraão) e o moço (Isaque) iriam ao monte para a adorar e tornariam a eles, perceba que o verbo está no plural. Abraão cria que após sacrificar seu filho Isaque, Deus poderia ressuscitá-lo.      (Hb.11.17-18).

d) Gn.22.7-8: Na subida do monte, ao ser interrogado pelo filho a respeito do cordeiro para o holocausto, Abraão responde: “o cordeiro para si Deus proverá”. Isso que é fé (Hb.11.1)

3. Maturidade cristã. A paciência é uma característica da maturidade e do crescimento espiritual. O crente que não ora, não jejua e não medita na Palavra de Deus não pode alcançar a maturidade cristã. Sem disciplina, o crente permanece imaturo (Ef 4.14). Infelizmente, muitos estão sofrendo de “raquitismo espiritual”. Estes, além de não experimentarem um desenvolvimento espiritual saudável, estão sempre envolvidos em confusão, pois são impacientes. O crente maduro permanece firme diante das perseguições e aflições. Tomemos como exemplo os profetas do Antigo Testamento, pois alguns deles sofreram terríveis perseguições por causa do nome do Senhor. Jeremias muito sofreu, mas permaneceu firme, não perdendo sua esperança e crendo nas misericórdias de Deus (Lm 3.21,26).

Somente os cristãos maduros entendem o texto bíblico abaixo:
(Rm.5.3  E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, 4  E a paciência a experiência, e a experiência a esperança).

A tribulação fortifica o cristão, a tribulação é uma espécie de luta na carreira de um lutador, quanto mais luta mais preparado ele fica, e então adquire paciência (perseverança, resistência) que é a capacidade de lutar, sofrer e suportar as aflições da luta e não desiste, com isso o cristão adquire experiência, assim como o lutador experiente que já enfrentou vários adversários, gerando então a esperança, porque sabe que em todas lutas, tribulações que enfrentou, Deus esteve ao seu lado e não o desamparou, assim temos esperança, sabendo que Deus não nos desamparará.

Conclusão: Que venhamos crescer em graça e sabedoria, buscando desenvolver o fruto do Espírito e deixando de lado toda discussão e partidarismo, pois em breve o Senhor Jesus voltará. Os que primaram por uma vida cheia do Espírito Santo receberão o seu galardão. Cultivemos o fruto do Espírito.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)   

Cristais – Mg 03/02/17


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