quinta-feira, 27 de julho de 2017

Lição 5 A Identidade do Espírito Santo


Lição 5 A Identidade do Espírito Santo

INTRODUÇÃO: As Escrituras Sagradas revelam a identidade do Espírito Santo, sua deidade absoluta e sua personalidade, sua consubstancialidade com o Pai e o Filho como Terceira Pessoa da Trindade e suas obras no contexto histórico-salvífco. Todos esses dados da revelação só foram definidos depois do Concílio de Niceia. A formulação da doutrina pneumatológica aconteceu tardiamente na história da Igreja, na segunda metade do século IV. A presente lição pretende explicar e mostrar como tudo isso aconteceu a partir da Bíblia.

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs 



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(Fazendo o Download da lição, o arquivo fica no seu dispositivo, podendo ter acesso quando você quiser, sem precisar da internet).





#1.O ESPÍRITO SANTO

1. A revelação divina: A Bíblia mostra que a revelação divina foi progressiva, como disse um dos pais da Igreja no século IV: "O Antigo Testamento manifestou claramente o Pai e, obscuramente, o Filho. O Novo manifestou o Filho e, obscuramente, indicou a divindade do Espírito Santo. Hoje, o Espírito habita entre nós e se dá mais claramente a conhecer" (Gregório de Nazianzo). O Senhor Jesus revelou o Pai (Jo 1.18), e o Espírito Santo é quem revela o Filho (Jo 16.14; 1Co 12.3).

2. O esquecimento: Há abundância de detalhes na Bíblia sobre a identidade do Espírito Santo no que diz respeito à sua personalidade e divindade, bem como ao seu relacionamento com o Pai e o Filho. Ele aparece, literalmente, em toda a Bíblia desde o Gênesis, na criação (Gn 1.2), até o Apocalipse (22.17). Mas esses dados da revelação precisavam ser definidos, daí a necessidade de formulações teológicas exigidas pela nova realidade cultural em que a Igreja vivia e pelas demais civilizações em que o evangelho havia penetrado. Essa difícil tarefa levou séculos para ser concluída, e as várias tentativas resultaram também em heresias.

3. O Espírito Santo e os primeiros cristãos: À luz do Novo Testamento e comparando com a literatura patrística dos séculos II e III, fica claro que os cristãos da Era Apostólica conheciam mais sobre a identidade do Espírito Santo do que os pais da Igreja do referido período. A verdadeira identidade do Espírito Santo, com base bíblica, só aconteceu a partir de Atanásio e dos três grandes capadócios. Antes disso, a conceituação sobre o Espírito Santo era quase sempre inadequada.

Nota: Convidei meu irmão em Cristo, Charlin Rosa, amigo de longas datas, que está cursando a Faculdade Teológica Sul Americana, para comentar os subtópicos 2 e 3, para que tenhamos uma melhor compreensão. Desde já o agradeço pela cooperação.

Nos anos após o Concílio de Niceia em 325, a heresia do Arianismo (foi uma visão cristológica sustentada pelos seguidores de Ário, que negava a existência da consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, que os igualasse, concebendo Cristo como um ser pré-existente e criado) e outros erros similares continuaram a afetar a igreja. No Concílio de Niceia foi concordado que Deus é de uma só essência, ainda que tri-pessoal, e que Jesus Cristo é uma só pessoa em duas naturezas, divina e humana, mas as controvérsias continuaram pelos anos seguintes recaindo agora sobre à divindade e obra salvífica do Espírito Santo, assunto este que não foi abordado no Concílio de Niceia. Assim como Gregório de Nazianzo afirmou que a revelação foi progressiva, assim também se deu na sistematização das doutrinas teológicas mais fundamentais para a fé cristã, a medida que novos conceitos surgiam sobre a Trindade, a Igreja se levantava para refutar e outras vezes para complementar as ideias propostas. Nos primeiros séculos não temos um desenvolvimento aprofundado das doutrinas, pois os pais apostólicos tinham como objetivo a confirmação das doutrinas deixadas pelos apóstolos do que propriamente a sistematização, lembrando de que os primeiros séculos também foram tempos de intensas perseguições, portanto os lideres não tinham como investir tempo para um aprofundamento maior, tempo este que foi oferecido com maior disponibilidade após o imperador Constantino se declarar cristão.

No de 381 o Imperador Teodósio convocou o Concílio de Constantinopla dissipar o arianismo e também formular uma declaração teológica com respeito a trindade, cerca de 150 bispos, incluindo trinta e seis que mantinham posições heréticas, debateram durante três meses sobre este assunto. Na conclusão do Concílio de Constantinopla foi especificado a divindade do Espírito Santo, asseverando que Ele é igual a Deus pais e a Deus filho, sumariando este trabalho num credo que ficou conhecido como “Credo Niceno-Constantinopolitano”

O pensamento trinitário foi bastante desenvolvido, por causa da heresia ariana que negava a divindade do Filho em relação ao Pai, do sabelianismo (Sabelianismo é a visão de que Deus é uma única pessoa; não há uma segunda pessoa chamada Filho, nem uma terceira chamada o Espírito), que negava as Pessoas, para reforçar a unidade em Deus, e do grupo dos pneumatômacos (macedonianismo foi um movimento herético que surgiu em meados do século IV, que deve seu nome ao Patriarca de Constantinopla Macedônio I e que negava a divindade do Espírito Santo, os seguidores dessa nova abordagem radical também foram chamados pneumatómacos, "adversários do Espírito"). Era necessário especificar em Deus a unidade e as propriedades, as suas particularidades. Basílio, o grande, depois Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa aprofundaram mais que quaisquer outros Pais da Igreja o mistério trinitário, estes três homens ficaram conhecidos como os Pais Capadócios).

Gregório está convicto de que a Trindade se revelou ao ser humano aos poucos, progressivamente e pedagogicamente, de modo que Deus mesmo preparou a humanidade à sua manifestação. Assim Gregório diz que nós adoramos Deus, o Pai, Deus, o Filho, e Deus, o Espírito Santo, três Pessoas numa única natureza divina, à qual é dada a glória, a honra, a onipotência6. Não são três seres separados, um do outro, à maneira do politeísmo, como fez Ario ou a doutrina idealizada por Sabélio. 
O Nazianzeno, como os Pais desse período histórico, procuraram superar essas duas heresias: de um lado, a confusão proveniente de Sabélio, que negava as Pessoas para ressaltar a unidade em Deus, e, de outro, as Pessoas tornavam-se essências diferentes, negando-se a unidade.
Gregório afirma que as três Pessoas são eternas, estão fora do tempo e do espaço: “Desde quando o Pai existe? Não existe um momento no qual o Pai não existisse; ele sempre existiu. Isto vale também para o Filho e o Espírito Santo”. Assim o Filho e o Espírito Santo são coeternos com o Pai, porque provêm dele. Como o Pai é sem princípio, o Filho e o Espírito Santo são sem princípio, assim como o sol não é anterior (ánarcha) à luz.

Gregório encontrou dificuldades para falar do Espírito Santo, não porque ele duvidasse da sua divindade ou existência; ao contrário, ele acreditava na sua existência e na sua divindade, mas porque a Escritura fala pouco dele. No entanto, ele não deixou de criticar aqueles que diziam que o Espírito Santo não existia ou que seria uma criatura, ao levantar esta pergunta: Ele deve ser colocado entre os seres que subsistem por si, ou é uma força de Deus? Se ele fosse uma força, deveria ser causado por um outro e, um dia, ele poderá terminar. Se ele fosse uma criatura, como nós, como podemos nos tornar perfeitos nele? Ora, se o Espírito é Deus, então ele não é uma criatura, nem servo como nós.

A visão que Gregório tem do Espírito é a sua procedência do Pai. Ele não é gerado, porque ele não é o Filho, mas ele é Deus como o Pai e o Filho. A ele não falta nada, porque é Deus, assim como também o Filho. Ele não é diminuído segundo a substância, enquanto os termos de “não ter sido gerado”, “ter sido gerado e proceder” indicam o Pai, o Filho e o Espírito Santo, de modo que se conserva não confundida a distinção das três hipóstases na única natureza e única dignidade da essência divina. O Filho não é o Pai; o Pai não é o Filho e o Espírito Santo não é o Pai e o Filho.
Gregório aprofundou a doutrina trinitária proveniente de Basílio de Cesaréia, no sentido de um maior realce à unidade em Deus e às características das Pessoas. Ele reconheceu o mistério no qual se pôs como alguém limitado nos argumentos, mas confiante naquele que tudo pode para conduzir as pessoas, um dia, à salvação”. (Charlin Rosa).

#2.A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO À LUZ DA BÍBLIA

1. A divindade declarada: O Espírito Santo é chamado de Senhor nas Escrituras Sagradas: "Ora, o SENHOR é o Espírito" (2 Co 3.17; ARA). Os nomes "Deus" e "Espírito Santo" aparecem alternadamente na Bíblia: "Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? [...] Não mentiste aos homens, mas a Deus" (At 5.3,4b). Deus e o Espírito Santo aqui são uma mesma divindade. O apóstolo Paulo também emprega esse tipo de linguagem: "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?" (1Co 3.16). Isso vem desde o Antigo Testamento: "O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca. Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou" (2 Sm 23.2,3). É nessa linguagem que a Bíblia diz que o Espírito Santo é Deus.

*A Bíblia Sagrada sempre revelou o Espírito Santo como Deus, e não apenas uma força ativa ou uma energia cósmica como dizem as “Testemunhas de Jeová”, os textos bíblicos que o comentarista mencionou, são apenas uma amostra dessa verdade contida nas Escrituras.

2. A divindade revelada: O relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Filho revela a sua divindade e a sua consubstancialidade com Eles. Isso está claro nas construções tripartidas do Novo Testamento (Mt 28.19, 1Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Ef 4.4-6; 1Pe 1.2). Em relação ao Pai, o Espírito penetra todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus (1Co 2.10,11); é igualmente chamado de "Espírito de Deus" (Gn 1.2) e de "o Espírito que provém de Deus" (1Co 2.12). Concernente ao Filho, Ele é chamado por Jesus de "outro Consolador" (Jo 14.16). O termo grego para "Consolador" aqui é parácleto, que significa "ajudador, advogado" e é aplicado ao Senhor Jesus como Advogado (1Jo 2.1). Ele é chamado de "Espírito de Jesus" (At 16.7), "Espírito de Cristo" (Rm 8.9) e ainda "Espírito de seu Filho" (Gl 4.6).

*Consubstancialidade: Palavra composta por duas partículas: homo e ousios, ambas do vocabulário grego. O termo homo significa o mesmo e o termo ousios significa essência, substância. Assim sua definição seria ALGO DA MESMA SUBSTÂNCIA, COM A MESMA ESSÊNCIA.

*Assim como Deus Pai e Deus Filho se revelaram, o Espírito Santo também se revela e continua se manifestando através de suas obras, vejamos 2 principais:

A) O Espírito Santo é quem convence o pecador de seu pecado (Jo.16.7-8): Não há como contestar as milhões de pessoas que foram e estão sendo transformadas, que tiveram suas vidas mudadas pelo o Evangelho de Jesus Cristo (Gl.5.22), então te pergunto como alguém pode crer, amar, servir alguém de quem nunca viram, mas só ouviram falar? Isso porque o Espírito Santo testifica de Jesus (Jo.15.26), a função nossa, da igreja é pregar o evangelho (Mc.16.15-16), convencer do pecado e transformar é do Espírito Santo.

B) O Espírito Santo se manifesta através dos dons espirituais (1Co.12.4-11): Não há como contestar a manifestação do Espírito Santo através dos seus dons espirituais, em pleno século XXl, vemos os dons espirituais ativos como:

#O falar em variedade de línguas: Desde 1906, na rua Azusa em Los Angeles-EUA, o falar em línguas tem ocorrido sempre, sendo experimentado por milhões de pessoas em diversos países do mundo e das mais variadas denominações eclesiásticas. O falar em línguas e o dom de variedades de línguas, visam primariamente a edificação do crente, numa íntima comunhão com Deus (1Co.14.4-5,13-14,26-28,39-40).

#A profecia: É transmitir uma mensagem vinda direta da parte de Deus, sob o impulso do Espírito Santo; Talvez você que esteja lendo esse estudo já foi alvo disso, alguém que chegou até você e disse: Deus manda te falar “isso” ou “aquilo” e era exatamente o que você estava precisando ouvir.

#A palavra da ciência: Mais conhecido “dom de revelação”, a pessoa por revelação divina, declara a você, suas informações pessoais, fatos que só você sabe, circunstâncias do passado ou do presente que você está passando; Como alguém pode falar inúmeras coisas sobre você, sem te conhecer e nunca te ter visto? É o Deus Espírito Santo se revelando a você!

#Dons de curar: Não há como contestar as inúmeras pessoas que receberam um milagre na área da saúde, que foram curadas de várias enfermidades e muitas delas desenganadas pela medicina, por doenças consideradas incuráveis, mas creram no poder de Deus e pediram oração por si ou por outros, e o dom do Espírito Santo entrou em ação na vida dos servos de Deus e elas foram curadas.

3. Obras divinas: A divindade do Espírito Santo é vista não apenas na declaração direta das Escrituras, nem somente pelo relacionamento dEle com o Pai e o Filho, mas também nas obras de Deus. O Espírito Santo é o Criador do Universo e dos seres humanos (Jó 26.13; 33.4; SI 104.30). Ele gerou Jesus (Mt 1.20; Lc 1.35) e o ressuscitou dentre os mortos (1Pe 3.18); e ressuscitará os fiéis (Rm 8.11). Ele é o Senhor da Igreja (At 20.28); autor do novo nascimento (Jo 3.5,6); dá a vida (Ez 37.14), regenera o pecador (Tt 3.5) e distribui os dons espirituais (1Co 12.7-11). Assim, o Credo Niceno-Constantinopolita-no declara: "E no Espírito Santo, o Senhor e Vivificador, o que procede do Pai e do Filho, o que juntamente com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o que falou por meio dos profetas". A confirmação bíblica dessa verdade é abundante (2 Co 3.17; Rm 8.2; Jo 15.26; Fp 3.3; 2 Pe 1.21).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O divino Consolador tem pleno poder sobre todas as coisas. Ele tem poder próprio. É dEle que flui a vida, em suas dimensões e sentidos bem como o poder de Deus (SI 104.30; Ef 3.16). Isso é uma evidência da deidade do Espírito Santo. Ele tem autoridade e poder inerentes, como vemos em toda a Bíblia, máxime em o Novo Testamento.Em 1 Coríntios 2,4, na única referência (no original) em que aparece o termo traduzido por 'demonstração do Espírito Santo', designa-se literalmente uma demonstração operacional, prática e imediata na mente e na vida dos ouvintes do evangelho de Cristo. E isso ocorre pela poderosa ação persuasiva e convincente do Espírito, cujo efeitos transformadores foram visíveis e incontestáveis na vida dos ouvintes de então, confirmando o evangelho pregado pelo apóstolo Paulo (1Co 2.4,5)" (GILBERTO, António. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 175).

#3.OS ATRIBUTOS DA DIVINDADE

1. Alguns atributos incomunicáveis: A divindade do Espírito Santo é revelada também nos seus atributos divinos. Aqui apresentamos apenas alguns, devido à exiguidade do espaço. O Espírito é onipotente (Rm 15.19) e a fonte de poder e milagres (Mt 12.28; At 2.4; 1Co 12.9-11). Ele é onipresente, está em toda parte do Universo (SI 139-7-10); e é onisciente, pois conhece todas as coisas, desde as profundezas de Deus (1Co 2.10,11), passando pelo coração humano (Ez 11.5), até alcançar as coisas futuras (Lc 2.26; Jo 16.13; 1 Tm 4.1). Assim a Bíblia ensina que o Espírito Santo é eterno (Hb 9.14).

*Atributos incomunicáveis, são atributos que o Espírito Santo não compartilha com ninguém, pois são atributos que só a trindade santa possui, ou seja, Deus Pai, Deus Filho(Jesus) e Deus Espírito Santo.

2. Alguns atributos comunicáveis: A santidade de Deus é o atributo mais solenizado nas Escrituras (Is 6.3; Ap 15.4). O termo "santo" é aplicado ao Espírito como consequência direta de sua natureza e não como resultado de uma fonte externa. Ele é santo em si mesmo; assim, não precisa ser santificado, pois é Ele quem santifica (Rm 15.16; 1 Co 6.11). A bondade é outro atributo divino, por isso, Jesus disse: "Ninguém há bom senão um, que é Deus" (Mc 10.18 e passagens paralelas de Mt 19.17; Lc 18.19); no entanto, a Bíblia ensina que o Espírito Santo é bom (Ne 9.20; SI 143.10). O Espírito é a verdade (1Jo 5.6) e sábio (Is 11.2).

*Atributos comunicáveis, são atributos que o Espírito Santo, compartilha com pessoas, que creem em Deus, receberam e confessaram Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas e desenvolvem uma comunhão com Deus, obedecendo sua palavra (Bíblia Sagrada).

3.O Espírito Santo e a Trindade: O Espírito Santo iguala-se ao Pai e ao Filho, tendo também um nome, pois o Senhor Jesus determinou que os seus discípulos batizassem "em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Isso significa ser o Espírito Santo objeto de nossa fé, pois em seu nome somos balizados, indicando reconhecimento igual ao do Pai e do Filho.A expressão "comunhão com o Espírito Santo" (2 Co 13.13) mostra que Ele é não apenas objeto de nossa fé, mas também de nossa oração e adoração. Há uma absoluta igualdade dentro da Trindade e nenhuma das três Pessoas está sujeita à outra, como se houvesse uma hierarquia na substância divina. Existe, sim, uma distinção de serviço, e o Espírito Santo representa os interesses do Pai e do Filho na vida da Igreja na terra (Jo 16.13,14).

CONHEÇA MAIS
Credo Niceno-Constantinopolitano
Entre 361-81, a ortodoxia trinitariana passou por mais refinamentos, mormente no tocante ao terceiro membro da Trindade, o Espírito Santo. Em 381, em Constantinopla, os bispos foram convocados pelo Imperador Teodócio, e as declarações da ortodoxia de Niceia foram reafirmadas. Além disso, houve menção explícita do Espírito Santo em termos de deidade, como o 'Senhor e Doador da vida, procedente do Pai e do Filho; o qual, com o Pai e o Filho juntamente é adorado e glorificado; o qual falou pelos profetas." Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal, CPAD, p.177.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O Espírito Santo é Deus

O Espírito Santo não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim como Deus e Jesus o são. O Espírito Santo é chamado Deus e Senhor (At 5.3,4; 2 Co 3.18). Quando Isaías viu a glória de Deus escreveu: 'Ouvi a voz do Senhor,... vai e diz a este povo' (Is 6.8,9). O apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: 'Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo' (At 28.25,26). Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus" (BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p. 97).

IV-PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

1. As faculdades da personalidade: A personalidade do Espírito Santo está presente em toda a Bíblia de maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. Há nEle elementos constitutivos da personalidade, tais como intelecto, pois Ele penetra todas as coisas (1Co 2.10,11) e inteligência (Rm 8.27). Ele tem emoção, sensibilidade (Rm 15.30; Ef 4.30) e também possui vontade (At 16.7; 1Co 12.11). As três faculdades intelecto, emoção e vontade caracterizam a personalidade.

*A palavra Espírito não pode ser confundida com alguma forma corpórea, sua personalidade é espiritual e incorpórea, a bíblia usa pronomes pessoais como, “ele”, “aquele”, “dele”, para se referir ao Espírito Santo.

(Tg.4.4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5 Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?)

2. Reações do Espírito Santo: Outra prova da personalidade do Espírito Santo é que Ele reage a certos atos praticados pelo ser humano. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (At 10.19,21); Ananias mentiu ao Espírito Santo (At 5.3); Estêvão disse que os judeus sempre resistiram ao Espírito Santo (At 7.51); o apóstolo Paulo nos recomenda não entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30); os fariseus blasfemaram contra o Espírito Santo (Mt 12.29-31); os cristãos são batizados em nome do Espírito Santo (Mt 28.19).

(At.19.1 E SUCEDEU que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,
2 Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
3 Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João.
4 Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
5 E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
6 E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam.
7 E estes eram, ao todo, uns doze homens.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"É difícil sugerir que um dos títulos ou propósitos do Espírito Santo seja mais importante que outro. Tudo o que o Espírito Santo faz é vital para o Reino de Deus. Há, no entanto, um propósito, uma função essencial do Espírito Santo, sem a qual tudo que se tem dito a respeito dEle até agora não passa de palavras vazias: o Espírito Santo é o penhor que garante a nossa futura herança em Cristo: 'Em quem [Cristo] também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o senhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória' (Ef 1.13,14)" (HQRTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 401).

CONCLUSÃO: A frase que se refere ao Espírito Santo como "terceira Pessoa da Trindade" se deve ao fato de seu nome aparecer depois do Pai e do Filho na fórmula batismal. Não se trata, pois, de hierarquia intratrinitariana, porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus que subsiste em três Pessoas distintas.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões) 

Cristais – Mg 27/07/17

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domingo, 23 de julho de 2017

Porquê Fracassamos?


         Porquê Fracassamos?



Introdução: Quantas vezes fracassamos e nos perguntamos: Porque? Então na maioria das vezes apontamos várias causas, o Diabo, as pessoas, circunstâncias e algumas pessoas chegam ao ponto de acusarem o próprio Deus pelos seus fracassos.

O texto Josué capítulo 6, nos revela a vitória do povo de Israel sobre a cidade de Jericó, o incrível milagre das colossais muralhas vindas ao chão, era primeira cidade a ser conquistada, era Deus cumprindo a promessa a Josué (Js.1.1-8).

Em Josué capítulo 7, somente alguns homens sobem para conquistarem uma pequenina cidade, que era Ai (Js.7.2-3), mas o texto nos revela...

Continue lendo no meu livro: Os 5 estudos bíblicos mais acessados do meu Blog.

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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Lição 4 O Senhor e Salvador Jesus Cristo


Lição 4 O Senhor e Salvador Jesus Cristo

INTRODUÇÃO: Há inúmeros pontos da cristologia dignos de ocupar a mente e o coração de todos os seres humanos. O nosso espaço aqui é exíguo para um estudo completo. Temos de nos contentar com alguns pontos relevantes sobre a verdadeira Identidade de Jesus.
A provisão do Antigo Testamento sobre a obra redentora de Deus em Cristo é rica em detalhes. Os escritores do Novo Testamento reconhecem a presença e a obra de Cristo na história da redenção, nas suas instituições e festas. O nosso enfoque aqui é a verdadeira identidade Jesus.

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. 
https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs 

Subsídio, estudo, reflexão

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#1.O FILHO UNIGÊNITO DE DEUS

1.O Filho de Deus: O apóstolo João explica o motivo que o levou a escrever o seu evangelho com as seguintes palavras: "Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" (Jo 20.31). Temos aqui dois pontos importantes. O primeiro é sobre a identidade de Jesus: Ele é o Cristo e o Filho de Deus; o outro é o motivo dessa revelação, a redenção de todo aquele que crê nessa verdade. É de toda importância saber o significado do título "Filho de Deus". A profecia de Isaías anuncia: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu" (Is 9.6). Note que o menino nasceu, mas o Filho, segundo a palavra profética, não nasceu, mas "se nos deu". O nascimento desse menino aconteceu em Belém, mas o Filho foi gerado desde a eternidade (Jo 17.5,24), pois transcende a criação: "E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele" (Cl 1.17). É como disse Atanásio, em resposta aos arianistas, referindo-se à eternidade de Jesus: "o Pai não seria Pai se não existisse o Filho".

(Jo.3. 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna).

2. Significado: O significado do termo "filho" nas Escrituras é amplo, e uma das acepções diz respeito à mesma natureza do pai (Jo 14.8,9). Quando Jesus se declarou Filho de Deus, Ele estava reafirmado sua divindade, e os judeus entenderam perfeitamente a mensagem (Jo 5.17,18). O Mestre disse: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30). E, mais adiante, no mesmo debate com os judeus, Jesus esclareceu o que significa ser Filho de Deus: "àquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, vós dizeis: Blasfemas, porque disse: Sou Filho de Deus?" (Jo 10.36). Alegar que Jesus não é Deus, mas o Filho de Deus, como fazem alguns, é uma contradição.

*Quando a bíblia fala “Filho de Deus”, não está dizendo que Deus gerou Jesus, e que Jesus foi gerado por Deus, sendo assim uma criatura, como diz os Testemunhas de Jeová, a expressão “Filho”, designa a natureza, ou seja, Jesus é Filho de Deus, tem, possui, é da mesma natureza, da mesma essência de Deus, e como Deus, o é de eternidade a eternidade.

3. Significado de "unigênito" (v.14b): A etimologia do termo "unigênito", monogenés, em grego, indica a deidade do Filho. Essa palavra só aparece nove vezes no Novo Testamento, sendo três em Lucas (7.12; 8.42; 9.38), uma em Hebreus (11.17) e as outras cinco em referência a Jesus nos escritos joaninos (Jo 1.14,18; 3.16,18; 1Jo 4.9). O vocábulo vem de monos, "único", e de genes, que nos parece derivar de genós, "raça, tipo", e não necessariamente do verbo gennao, "gerar". Então, unigênito, quando empregado em relação a Jesus, transmite a ideia de consubstancialidade. É exatamente o que declara o Credo Niceno: "E [cremos] em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, o Unigênito do Pai, que é da substância do Pai, Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não feito, de uma só substância com o Pai".

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Unigênito: Monogenés é usado cinco vezes, todas nos escritos do apóstolo João, acerca de Jesus como o Filho de Deus; em Hebreus 11,17 é traduzido por "unigênito", sobre a relação de Isaque com Abraão.
Com referência a Jesus, a frase 'o Unigênito do Pai' (Jo 1.14), indica que, como o Filho de Deus, Ele era o representante exclusivo do Ser e caráter daquele que o enviou. No original, o artigo definido está omitido tanto antes de 'Unigênito' quanto antes de 'Pai', e sua ausência em cada caso serve para enfatizaras características referidas nos termos usados.
O objetivo do apóstolo João é demonstrar que tipo de glória ele e seus companheiros apóstolos tinham visto. Sabemos que ele não está fazendo somente uma comparação com as relações terrenas, pela indicação da preposição para, que significa 'de, proveniente de', A glória era de uma relação única e a palavra 'Unigênito' não implica um começo de Sua filiação. Sugere, de fato, a relação, mas esta deve ser distinguida da geração conforme é aplicada aos homens.
Podemos apenas entender corretamente o termo 'unigénito' quando usados para se referir ao Filho, no sentido de relação não originada. *A geração não é um evento no tempo, embora distante, mas um fato independente do tempo. O Cristo não se tornou, mas necessariamente é o Filho. Ele, uma Pessoa, possui todos os atributos da deidade pura. Isto torna necessário a eternidade, o ser absoluto; sobre este aspecto Ele não é 'depois' do Pai' (Dicionário Vine: O significado exegética e expositivo das palavras do Antigo e do Novo Testamento. 14,ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p. 1045).

#2.A DEIDADE DO FILHO DE DEUS

1. O Verbo de Deus (Jo 1.1): O "Verbo" é a Palavra, do grego Logos. O termo "Deus" aparece duas vezes nessa passagem, uma delas em referência ao Pai: "e o Verbo estava com Deus". Aqui temos uma indicação do relacionamento intratrinitariano, ou seja, entre a Trindade, antes mesmo da fundação do mundo. A preposição grega pros, usada para "com" nessa segunda cláusula, diz respeito ao plano de igualdade e intimidade, face a face, além de mostrar a distinção entre o Pai e o Filho, um golpe mortal contra o sabelianismo. A segunda referência, "e o Verbo era Deus", aponta para o Filho. Não se trata de acréscimo de mais um Deus aqui, posto que ao apóstolo foi revelado, pelo Espírito Santo, que o Verbo divino está incluído na essência una e indivisível da Deidade, embora seja Ele distinto do Pai (Jo 8.17,18; 2 Jo 3). Da mesma forma, o apóstolo Paulo transmitiu essa verdade, ao dizer que "para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele" (1Co 8.6). Trata-se do monoteísmo cristão.

“No princípio era o Verbo”: “No princípio”, faz alusão ao Gênesis 1.1 e o “Verbo” é a Palavra de Deus, que criou o mundo, a Bíblia diz que tudo foi criado por meio de Jesus (Jo.1.3); (Cl.1.16-17); (Hb.11.3), isso é o que a Teologia chama de “a preexistência de Jesus”.

“e o Verbo estava com Deus”: Mais uma expressão da preexistência de Jesus, só que agora o texto é mais claro.

“e o Verbo era Deus”: Agora de forma esclarecedora, O Verbo-Jesus, não somente estava com Deus, mas também era Deus; Isso revela o mistério da Trindade, Deus é um em essência (Dt.6.4), mas trino (Mt.28.19). A palavra “Deus” em Gênesis 1.1, no hebraico é Elohim está no plural.

João.1.14, “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”: E Verbo-Jesus, que estava com Deus em Gênesis, era Deus, e se fez carne, isso é que a teologia chama de “a encarnação de Jesus”, ou seja, Jesus não veio a existir ao nascer de Maria, Ele já existia, Ele estava com Deus no princípio e Ele era Deus, e como Deus, Ele existe de eternidade a eternidade.


2. Reações à divindade de Jesus: É digno de nota que os apóstolos João e Paulo, como os demais, eram judeus e foram criados num contexto monoteístico. Portanto, não admitiam em hipótese alguma outra divindade, senão só, e somente só, o Deus Javé de Israel (Mc 12.28-30). Observemos que, a cada fala do Senhor Jesus a respeito de sua divindade, de sua igualdade com o Pai, o próprio apóstolo João registra a reação dos judeus como protesto (Jo.5.18; 8.58,59; 10.30-33). Mesmo assim, esses apóstolos não hesitaram em declarar, com ousadia e abertamente, a deidade absoluta de Jesus (Jo 20.28; Rm 9.5; Cl 2.9; Tt 2.13; 1Jo 5.20).

3. O relacionamento entre o Pai e o Filho: Os pais da Igreja perceberam também que, além das construções tripartidas, do relacionamento intratrinitariano e histórico-salvífico revelado nas Escrituras Sagradas, havia ainda as construções bipartidas que identificam a mesma deidade no Pai e no Filho. O Pai e o Filho aparecem no mesmo nível de divindade (Gl 1.1; 1Tm 6.13; 2 Tm 4.1). Essas expressões bipartidas provam que o Pai e o Filho são o mesmo Deus, possuindo a mesma substância, mas são diferentes na forma e na função, não em poder e majestade. Veja o seguinte exemplo: "Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo" (Rm 1.7). Os primeiros cristãos não precisavam de explicações adicionais para compreender a divindade de Jesus em declarações como essas (2 Pe 1.1).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A deidade de Cristo inclui sua coexistência no tempo e na eternidade, com o Pai e o Espírito Santo. Conforme indica o prólogo de João, o Verbo é eternamente preexistente, O uso do termo 'Verbo' (no grego, Logos) é significativo, visto que Jesus Cristo é a principal expressão da vontade divina. Ele não é somente o único Mediador entre Deus e a humanidade (1Tm 2.5), mas foi também o Mediador na criação. Deus, falando, trouxe o Universo à existência, através do Filho, a Palavra Viva. Porquanto, 'sem ele nada do que foi feito [na criação] se fez' (Jo 1.3). Colossenses 1.15 diz que Cristo é a 'imagem do Deus invisível'. E a passagem de Hebreus 1.1,2 também proclama a grande verdade: Cristo é a mais completa e melhor revelação de Deus à humanidade. Desde o começo, o Verbo foi a própria expressão de Deus, e continua a demonstrá-lo. E então, 'vindo a plenitude dos tempos' (Gl 4.4), o 'Verbo se fez carne e habitou entre nós...' (Jo 1.14). Antes de manifestar-se à humanidade dessa nova maneira, o Verbo esteve eternamente em existência como aquEle que revela a Deus. É bem provável que as teofanias do Antigo Testamento fossem, na realidade, 'cristofanias', visto que em seu estado preexistente, os encontros com várias pessoas, pode revelar a vontade de Deus, estaria de pleno acordo com seu ofício de Revelador" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 50).

#3.A HUMANIDADE DO FILHO DE DEUS

1. "E o Verbo se fez carne" (Jo 1.14a): O prólogo do Evangelho de João começa com a divindade de Jesus e conclui com a sua humanidade. O Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. A sua divindade está presente na Bíblia inteira, de maneira direta e indireta, nos ensinos e nas obras de Jesus, com tal abundância de detalhes que infelizmente não é possível mencioná-los aqui por absoluta falta de espaço. A encarnação do Verbo significa que Deus assumiu a forma humana. A concepção e o nascimento virginal de Jesus (Is 7.14; Mt 1.23) são obra do Espírito Santo (Mt 1.20; Lc 1.35). Tal encarnação do Verbo é um mistério (1Tm 3.16).

(Fl.2.5 De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, 7 Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens).
2. Características humanas: Assim como as Escrituras revelam a deidade absoluta de Jesus, da mesma forma elas ensinam que Ele é plenamente homem: "Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5). Há abundantes e incontestáveis provas de sua humanidade, ou seja, de que Ele nasceu, cresceu e viveu entre nós. Seu nascimento é contado com detalhes nos dois primeiros capítulos de Mateus e de Lucas. Ele cresceu em estatura física e intelectual (Lc 2.52); e sentiu fome, sede, sono e cansaço (Mt 4.2; 8.24; Jo 4.6; 19.28).

*Jesus aqui na terra, teve uma vida normal como um ser humano, não veio “já grande” ao mundo, teve que nascer, crescer, aprender, trabalhar e etc; E desenvolveu-se intelectualmente e espiritualmente (Lc.2.52), como já dito pelo comentarista, sentiu fome, sede, cansaço, sono, dor, em tudo foi tentado, porém sem pecado (Hb.4.15), pois sua divindade não anulava sua humanidade.

3. Necessidade da encarnação do Verbo: Jesus foi revestido do corpo humano porque o pecado entrou na humanidade por meio do casal Adão e Eva, seres humanos, e pela justiça de Deus o pecado tinha de ser vencido também por um ser humano (Rm 5.12, 17-19). Jesus se fez carne. Fez-se homem sujeito ao pecado, embora nunca houvesse pecado, e venceu o pecado como homem (Rm 8.3). A Bíblia mostra que todo o género humano está condenado; que o homem está perdido e debaixo da maldição do pecado (SI 14.2,3; Rm 3.23). Todos são devedores, por isso, ninguém pode pagar a dívida do outro. A Bíblia afirma que somente Deus pode salvar (Is 43.11). Então, esse mesmo Deus tornou-se homem, trazendo-nos o perdão de nossos pecados e cumprindo Ele mesmo a lei que promulgara (At 4.12; 1Tm 3.16; Cl 2.14).

(Rm.5.17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. 18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. 19 Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Jesus Cristo não somente era pleno Deus, como pleno ser humano. Ele não era em parte Deus e em parte homem. Antes, era cem por cento Deus, e, ao mesmo tempo, cem por cento homem. Em outras palavras, Ele exibia um conjunto pleno tanto de qualidades divinas quanto de qualidades humanas, numa mesma Pessoa, de tal modo que essas qualidades não interferiram uma com a outra. Ele há dl retornar como 'esse mesmo Jesus' (At 1.11).
Numerosas passagens ensinar claramente que Jesus de Nazaré tinha um corpo verdadeiramente humano uma alma racional. Eram características de seres humanos não-caídos (isto ; é, Adão e Eva), que nEle podiam ser encontradas. Ele foi, verdadeiramente, o Segundo Adão (1Co 15.45,47).
As narrativas dos evangelhos aceitam automaticamente a humanidade de Cristo. Ele é descrito como um bebé, na manjedoura, e sujeito às leis humanas do crescimento. Ele aprendeu, sentia fome, sentia sede e se cansava (Mc 2.15; Jo 4.6). Ele também sofreu , ansiedade e desapontamentos (Mc 9.19); sofreu dor física e mental, e sucumbiu diante da morte (Mc 14.33,37). Na epístola aos Hebreus há grande cuidado em se mostrar sua plena identificação com a humanidade (2.9,17; 4.15; 5.7,8 e 12.2).
A verdade, pois, é que na pessoa única do Senhor Jesus Cristo habitam uma natureza plenamente divina e outra plenamente humana, sem se confundirem. Ele é, verdadeiramente, pleno Deus e pleno ser humano, Céu e Terra juntos na mais admirável de todas as pessoas" (MENZIES, William; HORTON, Stanley M, Doutrinas Bíblica: Os fundamentos da nossa fé, 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 51).

CONCLUSÃO: O Senhor Jesus Cristo é a mais controvertida de todas as personagens da História porque é o único que é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem, e a sua verdadeira identidade só é possível pela revelação (Mt 16.17; 1Co 12.3). Isso revela a sua divindade.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 19/07/17


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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Lição 2 O Único Deus Verdadeiro e a Criação


                            Lição 2 O Único Deus Verdadeiro e a Criação

INTRODUÇÃO: A doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo os grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da presente lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da criação. Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o criacionismo e o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas diversas versões.

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas.
https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs 

Subsídio, estudo, reflexão

#1.O ÚNICO DEUS VERDADEIRO

1.O Shemá: É o imperativo de um verbo hebraico que significa "ouvir, obedecer", o qual inicia o versículo que se tornou, ao longo dos séculos, a confissão de fé dos judeus: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4). A cláusula final "é o único SENHOR" também se traduz por "o SENHOR é um" (Cl 3.20), conforme as versões espanhola Reina-Valera judaica, conhecida no Brasil como Bíblia Hebraica. A construção hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com a declaração de Jesus: "o Senhor é um só!" (Mc 12.29, Tradução Brasileira). Há aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não se restringe apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus ser um só, diz respeito tanto à "singularidade" quanto à "unidade" de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).

*Só existe um Deus, os outros “chamados deuses”, na verdade são meras imaginações da mente humana, pois não passam de fábulas, são ídolos feitos por mãos humanas.

(Rm.1. 21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

(1Co.8. 4 Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. 5 Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), 6 Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.

(Gl.4.8 Mas, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.
(Jo.17.3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste).

(Ef.4.5 Um só SENHOR, uma só fé, um só batismo; 6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós).

2. O monoteísmo: É a crença em um só Deus e se distingue do politeísmo, a crença em vários deuses. As principais religiões monoteístas do planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29; 1Co 8.6) e o islamismo. Mas o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos muçulmanos é outro deus, e não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos deuses da Meca pré-islâmica, deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé, que o adotou como a divindade de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e nunca foi conhecido dos patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do Antigo Testamento, menos ainda dos apóstolos do Senhor Jesus. Os teólogos muçulmanos se esforçam para fazer o povo crer que Alá é uma forma alternativa do nome do Deus Javé de Israel, mas evidências históricas e arqueológicas provam que Alá não veio dos judeus nem dos cristãos.

*Não precisamos de vários deuses, um pra cada área de nossa vida, Deus o Senhor é único e suficiente Todo-Poderoso e supre toda as áreas de nossa vida.

3. O monoteísmo judaico-cristão: Jesus não somente ratificou o monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele revelou à humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam acima de todas as coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo Deus do cristianismo; é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os judeus e gentios o mesmo Deus revelado por Jesus: "O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca" (At 22.14).

(Jo.17.3 E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste).

(At.17. 23 Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio.
24 O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
25 Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
26 E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação).

#2.CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

1. O modelo criacionista: O criacionismo é a posição que propõe ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador intencional. Essa cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade científica incrédula a considera uma proposta meramente religiosa. É verdade que a explicação religiosa tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação científica se fundamenta na evidência empírica. Mas existem variações em ambas as propostas. Descobertas ao longo dos séculos confirmam que causas inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias para explicar as estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da natureza. Esse conceito é conhecido como Design Inteligente. Criacionismo e Design Inteligente podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A proposta e a metodologia de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista aceita a Teoria do Design Inteligente e vice-versa. O modelo científico do Design Inteligente propõe que o mundo foi criado, mas não tem como provar em laboratório que Deus o criou.


*Físico Adauto Lorenço www.youtube.com/watch?v=h0S3UE2dWFo (Um Grande Criador e Uma Grande Criação Design Inteligente)

2. O modelo evolucionista: É uma teoria que nunca se sustentou cientificamente, apesar de sua aparência científica (1 Tm 6.20). Tem por base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da seleção natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo, a hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador, isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da criação.

*Querem negar a existência e o poder de Deus, o apóstolo Paulo mencionou isso: 
(Rm.1.18  Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. 19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos).

#3.A CRIAÇÃO

1. A criação do Universo: Deus criou o universo do nada; é a chamada creatio ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A narrativa do primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto bíblico. O ponto de partida da criação é: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gn 1.1). O verbo hebraico "criou" é bará, e este apresenta características peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o Deus de Israel, e nunca foi aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio para referir-se à ação criadora de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do "faça-se", é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade (SI 33.9; Hb 11.3; Ap 4.11).

Ex nihilo nihil fit é uma expressão latina que significa nada surge do nada. É uma expressão que indica um princípio metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir a partir do nada. (Wikipédia)

2. A narrativa da criação em Gênesis 1: No primeiro dia. Deus trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou firmamento (vv.6-8); e, no terceiro, "disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca" (v.9). A essa porção seca Ele chamou terra e ao ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no terceiro dia, surgiram os continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13). Os corpos celestes: o sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia (vv.14-19). As aves e os animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).

3. A criação do ser humano. A raça humana teve sua origem em Deus, através de Adão (At 17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia, como a coroa de toda a criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a terra e a natureza. O homem não é meramente um animal racional, mas um ser espiritual criado à imagem e semelhança de Deus. A frase "Façamos o homem" (Gn 1.26), quer dizer: "Vamos fazer o ser humano", pois o termo hebraico usado para "homem" é adam, que significa "gênero humano". O ser humano criado por Deus se constitui em "macho e fêmea" (v.27). Esse ser humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7). Em outro lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (SI 8.5).

Assista: Criação x Evolução (Silas Malafaia) www.youtube.com/watch?v=q9e4eNg8Ftc

*Físico Adauto Lourenço, tem vários vídeos no youtube. Criacionismo x Evolucionismo www.youtube.com/watch?v=fOcyHqFEPew

CONCLUSÃO: Os ensinos inadequados sobre Deus e o Senhor Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o assunto. Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas as coisas no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde Gênesis até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença religiosa e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de escola e também do trabalho.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 06/07/17


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sábado, 1 de julho de 2017

Lição 1 Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia


Lição 1 Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia

INTRODUÇÃO: A Bíblia é a revelação de Deus escrita para a humanidade. Disso decorre o fato de ela ser nossa exclusiva fonte de autoridade espiritual. Sua inspiração divina e sua soberania como única regra de fé e prática para a nossa vida constituem a doutrina basilar da fé cristã. Essa inspiração é um fato singular que ocorreu na história da redenção humana. O enfoque da presente lição é sobre a importância e o significado dessa inspiração divina. 

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. 


https://www.youtube.com/watch?v=2Evr_JGD7Fs 

Subsídio, estudo, reflexão


#1.REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO
1.Revelação:  A palavra “revelação”, apocalipsis, em grego, significa o ato e o efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras, essa palavra é usada em relação a Deus, pois é Ele quem revela a si mesmo, a sua vontade e natureza e os demais mistérios. Ele “não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3.7). Deus conhece tudo aquilo que está fora do alcance dos seres humanos. A busca da verdade, sem Deus, é vã e está destinada ao fracasso (1Co 1.21).
*Como Deus se revela as pessoas?
a) Criação: A criação revela que existe um Criador.
(Sl.119.1 OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos).
(Rm.1.20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis);
b) Teofania: Manifestações perceptíveis.
1.Voz audível ou na consciência do homem: (Gn.3.8); (Gn.6.13); (Gn.12.1); (1Sm.3.4).
2.Sonhos: (Gn.28.12-17);(1Rs.3.5); (Mt.1.20)
3.Visões: (Gn.15.1);(Gn.(Ex.3.2);(Ex.19.16-19); (Ex.20.18-19); (Jz.6.11-23); (Is.6.1-9); (Ap.1.9-18)
c) Jesus Cristo: A historicidade da vida de Jesus é irrefutável, muitas são as provas de Ele que viveu nessa terra; E estando aqui manifestou-se como Deus, através de seus ensinamentos e milagres que operou.
(Jo.10. 30 Eu e o Pai somos um. 31 Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar. 32 Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais?).
(Jo.14. 7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto. 8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras. 11 Crede-me que estou no Pai, e o Pai em mim; crede-me, ao menos, por causa das mesmas obras.
(Cl.1.15 O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação)
d) Escrituras (Bíblia Sagrada): Como é que eu e você sabemos que: #Deus criou o mundo #Que Deus fez a raça humana #Que Jesus veio ao mundo, pregou, operou milagres, morreu na cruz pra nos salvar, ressuscitou e etc? É através das Escrituras! É nela que conhecemos a Deus, sua vontade e seu poder. (Jo.5.39)
2.. Inspiração: É o registro dessa revelação sob a influência do Espírito Santo, que penetra até as profundezas de Deus (1Co 2.10-13). Divinamente inspirados são os 66 livros da Bíblia. Os escritores sagrados foram os receptáculos da revelação: “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1.21 — ARA). Eles receberam os oráculos divinos de forma especial, exclusiva, única e milagrosa. Ninguém mais, além deles, foi usado por Deus dessa maneira específica.
*Enquanto a revelação é o ato de pelo qual Deus se torna conhecido pelos homens, a inspiração diz a respeito como os homens recebem e transmitem essa revelação; Os críticos e os céticos argumentam dizendo: “A bíblia foi escrita por homens!” Sim a bíblia foi escrita por homens, porém, foi escrita por homens santos de Deus, inspirados pelo Espírito Santo (1Pd.1.21).
*Inspiração das Escrituras, não foi produzida por vontade humana, mas divina (1Pd.1.20-21), ou seja, escreveram segundo sua capacidade intelectual, segundo a cultura em que viviam, porém, a origem do conteúdo que escreviam, vinha da inspiração do Espírito Santo.
3.A forma de comunicação: O processo de comunicação divina aos profetas do Antigo Testamento se desenvolveu por meio da palavra e da visão, do som e da imagem (Jr 1.11-13). A revelação aos apóstolos no Novo Testamento veio diretamente do Senhor Jesus Cristo (Gl 1.11,12; 2Pe 1.16-18; 1Jo 1.3) e do Espírito Santo (Ef 3.4,5). A frase “veio a palavra do SENHOR a”, “veio a mim a palavra do SENHOR” ou fraseologia similar, tão frequente no Antigo Testamento, diz respeito a uma revelação direta, externa e audível. Essa forma de comunicação não aparece no Novo Testamento na comunicação divina aos apóstolos, exceto uma única vez no ministério de João Batista: “veio no deserto a palavra de Deus a João, filho de Zacarias” (Lc 3.2), pois ele é o último profeta da dispensação da lei (Lc 16.16).

#2.A INSPIRAÇÃO DIVINA
1.  A inspiração divina. “Toda a Escritura é inspirada por Deus” (v.16, ARA). A palavra grega, aqui traduzida por “inspirada por Deus” ou “divinamente inspirada”, é theopneustos. Ela só aparece uma única vez na Bíblia, vinda de duas palavras gregas: theos, “Deus”, e pneo, “respirar, soprar”. Isso significa que o texto sagrado foi “soprado por Deus”. A palavra teopneustia significa “inspiração divina da Bíblia”. Segundo o Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, de Caudas Aulete, o termo quer dizer “inspiração divina que presidiu à redação das Sagradas Escrituras”. Josefo, o historiador judeu, e Fílon de Alexandria, disseram que as Escrituras são divinamente inspiradas, mas usaram outros termos.
2.Uma avaliação exegética. Estamos acostumados com duas traduções: “toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa” e “toda Escritura é divina inspirada e proveitosa”. Ambas as versões são permitidas à luz da gramática grega. Mas a primeira é mais precisa, pois a conjunção grega kai, “e”, aparece entre os dois adjetivos “inspirada” e “proveitosa”. Isso significa que o apóstolo está afirmando duas verdades sobre a Escritura, a saber: divinamente inspirada e proveitosa; e não somente uma dessas duas coisas. Dizer que “toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa” pode dar margem para alguém interpretar que nem toda Escritura é inspirada.
*Ao mencionar “duas traduções”, o comentarista está se referindo à ARC (Almeida Revista e Corrigida), a segunda é a ARA (Almeida Revista Atualizada).
* O comentarista nesse tópico , ele quer ressaltar  que existem alguns teólogos modernistas que afirmam que a bíblia contém a palavra de Deus, desta forma , segungo eles, somente as palavras inspiradas por Deus é proveitosa  e não  toda a Escritura , ou seja, todos os registros da Bíblia Sagrada, creêm que Deus inspirou partes da Escritura, mas que existem outros textos que foram escritos por vontade dos homens.
3.Autoridade. A autoridade da Bíblia deriva de sua origem divina. O selo dessa autoridade aparece em expressões como “assim diz o SENHOR” (Êx 5.1; Is 7.7); “veio a palavra do SENHOR” (Jr 1.2); “está escrito” (Mc 1.2). Isso encerra a suprema autoridade das Escrituras com plena e total garantia de infalibilidade, pois a Bíblia é a Palavra de Deus (Mc 7.13; 1Pe 1.23-25)
*Uma das maiores garantias da autoridade da Bíblia Sagrada, como já foi dito pelo comentarista,  ela tem origem no próprio Deus, pois Ele falou aos homens  e os homens transmitiram através da profecia falada e escrita e todas as verdades contidas na Bíblia até hoje não puderam ser contestadas e vem a cada dia sendo confirmada pela história, ciência e arqueologia e tantas outras disciplinas.

#3. INSPIRAÇÃO PLENA E VERBAL
1. Inspiração plenária. Tal expressão significa que todos os livros das Escrituras são inspirados por Deus. O apóstolo Paulo deixa isso muito claro quando afirma que “toda a Escritura é divinamente inspirada”. A inspiração da Bíblia é especial e única. Não existe na Bíblia um livro mais inspirado e outro menos. Todos têm o mesmo grau de inspiração e autoridade. A Bíblia que Jesus e seus apóstolos usavam era formada pela Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos; essa terceira parte é encabeçada pelos Salmos (Lc 24.44). O termo “Escritura” ou “Escrituras” que aparece no Novo Testamento refere-se a esse Cânon tripartido, que é o mesmo Antigo Testamento de nossa Bíblia. Cabe ressaltar que o apóstolo Paulo, ao afirmar que “toda a Escritura é divinamente inspirada”, se referia também aos escritos apostólicos. Os escritos dos apóstolos se revestiam da mesma autoridade dos livros do Antigo Testamento já desde a Era Apostólica. Inclusive, “profetas e apóstolos”, às vezes, aparecem como termos intercambiáveis (2Pe 3.2). O apóstolo Pedro considera ainda as epístolas paulinas como Escrituras (2Pe 3.15,16). O apóstolo Paulo ensinava: “Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário” (1Tm 5.18). O apóstolo aqui coloca lado a lado citações da lei de Moisés (Dt 25.4) e dos Evangelhos (Mt 10.10; Lc 10.7), chamando ambas de “Escritura”. Outras vezes, ele deixa claro que seus escritos são de origem divina (2Co 13.3; 1Ts 2.13). Isso nos permite afirmar que a frase “Toda Escritura é divinamente inspirada” se refere à Bíblia completa, aos 66 livros do Antigo e Novo Testamento.
*Quando dizemos que toda a escritura é divinamente inspirada estamos referindo a Bíblia Sagrada no seus 66 Livros, 39 no antigo testamento e 27 no Novo Testamento, não contamos porém, os 7 livros Apócrifos e os quatro apêndices que foram dotadas nas bíblias católico-Romana, pois foram escritos no período intertestamentário entre Malaquias e Mateus, num período de 400 anos, chamado também de período interbíblico, nesse espaço de tempo o Espírito de Deus não inspirou ninguém a escrever as Escrituras, apesar de existir conteúdos históricos verdadeiros, estão recheadas de fábulas e muitas heresias.
2.Inspiração verbal: Essa característica bíblica significa que cada palavra foi inspirada pelo Espírito Santo (1Co 2.13); e também que as ideias vieram de Deus (2Pe 1.21). O tipo de linguagem, o vocabulário, o estilo e a personalidade são diversificados nos textos bíblicos porque Deus usou cada escritor em sua geração e em sua cultura, com seus diversos graus de instrução. Isso mostra que quem produziu esses livros sagrados eram seres humanos que viveram em várias regiões e pertenceram a diversas gerações desde Moisés até o apóstolo João, passaram-se cerca de mil anos. Eles não foram tratados como meras máquinas, mas como instrumentos usados pelo Espírito Santo. Deus “soprou” nos escritores sagrados. Uns produziram som de flauta e outros de trombetas, mas era Deus quem soprava. Assim, eles produziram esse maravilhoso som que são as Escrituras Sagradas.

#4. ÚNICA REGRA INFALÍVEL DE FÉ E PRÁTICA
1. "Proveitosa para ensinar". O propósito das Escrituras é o ensino para a salvação em Jesus, pois elas “podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2Tm 3.15). São ensinos espirituais que não se encontram em nenhum lugar do mundo. A Bíblia revela os mistérios do passado como a criação, os do futuro como a vinda de Jesus, os decretos eternos de Deus, os segredos do coração humano e as coisas profundas de Deus (Gn 2.1-4; Is 46.10; Lc 21.25-28).
A Bíblia é a mente de Deus, contém a condição do homem , o caminho da salvação , a condenação dos pecadores e a felicidade dos cristãos, suas doutrinas são santas , seus preceitos são justos, suas histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis, leia para ser sábio, Creia nela para estar seguro e pratique aparecer Santo , ela contém luz para dirigi-lo,  alimento para seu sustento  e consolo para anima-lo, é o mapa do Viajante, o cajado do Peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado e o guia do cristão  (Os Gideões internacionais no Brasil).
2. A conduta humana. A Bíblia corrige o erro e é útil para orientar a vida sendo “proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (v.16b). Uma das grandezas das Escrituras é a sua aplicabilidade na vida diária, na família, na igreja, no trabalho e na sociedade. Deus é o nosso Criador e somente Ele nos conhece e sabe o que é bom para suas criaturas. E essas orientações estão na Bíblia, o “manual do fabricante”.
(Js.1. 8. Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás).
3. As traduções da Bíblia. A autoridade e as instruções das Escrituras valem para todas as línguas em que elas forem traduzidas. É vontade de Deus que todos os povos, tribos, línguas e nações conheçam sua Palavra (Mt 28.19; At 1.8). Em que idioma essa mensagem deve ser pregada? Hebraico? Grego? Aramaico? Não! Na língua do povo. Os apóstolos citam diversas traduções gregas da Septuaginta no Novo Testamento. Isso mostra que a mesma inspiração do Antigo Testamento hebraico se manteve na Septuaginta. A citação de Salmos 8.4-6 em Hebreus 2.6-8 é um bom exemplo. A inspiração divina se conserva em outras línguas. Desde os tempos do Antigo Testamento, até hoje, Deus se manifestou e se manifesta a cada um de seus servos e suas servas no seu próprio idioma.
*Septuaginta  http://www.abiblia.org/ver.php?id=169
*A bíblia já foi traduzida https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/34621/escrituras-sagradas-ja-foram-traduzidas-para-2-935-idiomas.html&ved=0ahUKEwiOltmm_OfUAhVGC5AKHXMGD7EQFghKMAY&usg=AFQjCNFS2rJgrMihkXtuCGZqJTDksa2S6A

CONCLUSÃO: Cremos que a Bíblia é a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade e que seu texto foi preservado e sua inspiração divina é mantida nas 2.935 línguas em que ela é traduzida (segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil). Que cada um possa receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a Palavra de Deus em qualquer língua em que vier a ser traduzida.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 01/07/17


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