segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Lição 1 Uma Promessa de Salvação




                        Lição 1 Uma Promessa de Salvação

INTRODUÇÃO: A salvação é um processo imediato (conversão) e contínuo na vida do crente (santificação). É necessário que o nascido de novo conheça todos os benefícios que essa dádiva, por intermédio da morte de Cristo, outorgou-lhe na cruz. A vida plena, a paz, a alegria, a misericórdia, a graça e a bondade que o crente desfruta provêm do milagre da salvação.

Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).



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                                                       COMENTÁRIO

#1.O CONCEITO BÍBLICO DE SALVAÇÃO

1. O conceito: O significado bíblico de salvação compreende cura, redenção, remédio, completude, inteireza, integralidade, saúde física, mental e emocional. No sentido espiritual, salvação quer dizer que Cristo fez a expiação pelo pecador, ocupando o lugar dele na cruz (passado), regenerando e santificando sua vida (presente), a fim de um dia "glorificar" o corpo dele plenamente (futuro). Assim, a salvação só é possível por causa da obra de Cristo consumada na cruz (Hb 2.10). No sentido prático, salvação significa livramento da condenação eterna, apaziguamento e felicidade na vida de quem aceita Jesus como Senhor e Salvador. Essa pessoa é nova criatura e, por isso, se esforça para compartilhar e implantar as virtudes do Reino de Deus no mundo.

*Vemos que a salvação não implica somente no futuro com a vida eterna, ela implica também no passado e no presente de nossas vidas.

2. Salvação no Antigo Testamento: No Antigo Testamento, a salvação está relacionada ao escape das mãos dos inimigos, à libertação da escravidão e ao estabelecimento de qualidades morais e espirituais para a vida de quem tem Deus como seu Senhor (Is 33.22-24). Nessa perspectiva, diante das calamidades naturais (Êx 15.25), da perseguição (Jz 15.18; 2 Sm 22.3), da escravidão, das doenças e da morte, o Altíssimo prometeu salvação ao seu povo no sentido de libertá-lo (Êx 14.13; 15.2,13), livrá-lo e curá-lo (Is 38.16; 58.8) para viver uma vida longe das injustiças. Contudo, o ápice da salvação no Antigo Testamento (AT) se deu com a profecia de Isaías sobre a vida e a morte do "Servo Sofredor" (Is 53). O Antigo Testamento aponta os sacrifícios de animais para o sacrifício substitutivo de Jesus Cristo na cruz do Calvário (Hb 10.11,12); um evento vaticinado por vários profetas daquela época. Era o oferecimento de um inocente no lugar de um culpado; uma morte não merecida, mas aceita diante de Deus para remir os nossos pecados (Hb 9.22).

*No sentido de salvação da alma no Antigo Testamento, Deus instituiu a lei do sacrifício para a expiação dos pecados, que futuramente teria seu ápice no sacrifício de Cristo,  para que assim a humanidade pudesse ter comunhão com Ele, a salvação no AT portanto, implicava em conhecer a Deus, temê-lo e obedecê-lo e orar, adorar e sacrificar somente ao Senhor único Deus.

3. Salvação em o Novo Testamento: A salvação não é alcançada por mérito humano (Tt 2.11), pois é oferecida por Deus ao que crê pela graça (Ef 2.8,9). Nas suas epístolas, o apóstolo Paulo é um dos que mais esclarece os conceitos de salvação em o Novo Testamento (NT), mostrando que essa dádiva não ocorre por intermédio da Lei, nem por meio do esforço humano, mas única e exclusivamente pela graça divina (Gl 2.16). Pela fé, cabe ao homem confiar em Cristo a fim de que seja redimido e justificado por meio de sua crucificação, bem como permitir que seja santificado até o fim, tendo tal esperança por meio de sua ressurreição (Rm 4.25). Ainda que o pecador não mereça, por intermédio do Filho de Deus, o Pai o justifica, o perdoa, o reconcilia consigo (Rm 5.11), o adota em sua família (Gl 4.5), o sela com o Espírito Santo da promessa (Ef 1.13) e faz dele uma nova criatura (2 Co 5.17). Assim, o Espírito Santo capacita o crente a viver em santidade, mortificando a força do pecado, assemelhando-o com Cristo, a fim de que o nascido de novo espere, com confiança, pela salvação plena e gloriosa (Fp 3.21).

= No Novo Testamento, a salvação é “fruto”:

A) Fruto do Amor, misericórdia e graça de Deus (Ef.2.1-7).

B) Fruto do sacrifício perfeito, santo, único, insubstituível e eterno de Jesus Cristo (Hebreus Capítulos 9 e 10)

C) Fruto da obra do Espírito Santo, convencendo, regenerando e santificando o pecador.

= Para que hoje a humanidade receba essa salvação, é necessário que:

Crer, ter fé em Deus que por amor enviou seu único Filho e crer no sacrifício de Jesus Cristo: (Jo.3.16-18); (At.4.12); (At.16.31); (Ef.2.8).

2° Arrepender de seus pecados: (At.2.37-38); (At.17.30) 

3° Confessar Jesus como seu único e suficiente Salvador:
*Pessoalmente: (Rm.10.8-10) e *Publicamente: (Mc.16.15-16); (At.2.37-38)

4° Viver uma nova vida em obediência a Deus revelada na sua palavra (Bíblia Sagrada): (2Co.5.17); (Gl.5.19-22); (Ef.4.17- Ef.5.1-11); (Cl.3.1-17); (1Jo.2.6)

5° Perseverar até morte ou até o arrebatamento da igreja: Mt.24.13; (1Tss.4.13-18); (Hb.10.36-39); (Ap.2.10).

SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO

Vários termos que designam a salvação ocorrem frequentemente ao longo da Bíblia, No Antigo Testamento, a raiz mais importante em hebraico é yasha, que significa liberdade daquilo que prende ou restringe. Portanto, o verbo significa soltar, liberar, dar comprimento e largura a algo ou a alguém. Os vários substantivos derivados desta raiz significam tanto o ato de libertar quanto o de resgatar (1Sm 11,9), além de transmitir o estado resultante de segurança, bem-estar, prosperidade e de vitória sobre os adversários (2 Sm 23.10,12). O particípio deste verbo é a palavra traduzida como 'Salvador', moshia, da qual vem o nome Josué, e sua forma grega, Jesus; ambas significam 'Yahweh salva.
[...] No cristianismo, o verbo passou a ser utilizado com o significado de salvar uma pessoa da condenação eterna, e conduzi-la à vida eterna (Rm 5.9). No texto de 2 Timóteo 4.18 este termo transmite a ideia de levar alguém com segurança ao reino celestial de Cristo. No Novo Testamento soteria só é encontrado em conexão com Jesus Cristo como Salvador, e não em qualquer sentido físico ou temporal. A salvação traz a justiça de Deus para o homem, quando este cumpre a condição de ter fé em Cristo (Rm 1.16,17; 1Co 1.12)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1744).

#2.A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO

1. A grandeza da salvação: Embora haja, na vida do crente, um momento de conversão, de ruptura com a velha vida e de nascimento para a nova vida em Cristo, é necessário ter o desejo de conhecer mais a verdade de Deus (1Tm 2.4). Nesse sentido, deve-se tomar o capacete da salvação (Ef 6.17), ou seja, proteger a mente com as verdades salvíficas, a fim de estarmos livres das investidas de Satanás que busca nos colocar dúvidas e assim compreendermos os conceitos fundamentais dessa gloriosa doutrina, tais como: propiciação, expiação, adoção, regeneração, santificação, perdão.

2. Para compreender o que Jesus fez: A salvação abrange todas as dimensões da vida, por isso, embora tão simples de ser vivenciada - pois para isso basta aceitarmos a Cristo (Rm 10.10)  muitas vezes seu processo é lento e requer compreensões maiores. É o que se denomina "aperfeiçoamento dos santos". Ora, embora a salvação seja um processo imediato alcançado por meio do sacrifício de Cristo, esse aperfeiçoamento se dá por meio da assimilação e da vivência constante na dependência de Deus em todas as áreas da vida. Esse processo chama-se "santificação".

*A salvação é a “ferramenta” usada por Deus para restaurar o ser humano na totalidade do seu ser, corpo, alma e espírito e também em toda a sua existência, passado, presente e futuro. http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2006/2006-04-09.htm

3. Para se apropriar dos benefícios da salvação: Como a salvação pode ser negligenciada (Hb 2.3), devemos nos esforçar para conhecer e se apropriar de todos os seus benefícios, dentre os quais destacamos: o livramento da condenação do inferno, a libertação do poder do pecado e do poder das trevas (Cl 1.13), o experimentar da redenção em Cristo (1 Pe 1.18,19), a vida segundo o Espírito (Rm 8.1), o novo nascimento (Jo 3.5) e a participação da manifestação de Cristo em glória (Cl 3.4).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

A salvação baseia-se na morte de Cristo para a remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um Deus santo e abençoador (Rm 3.21-26). As bênçãos da salvação incluem, basicamente, a redenção, a reconciliação, e a propiciação. A redenção significa a completa libertação através do pagamento de um resgate (2 Pé 2.1; Gl 3.13). A reconciliação significa que, por causa da morte de Cristo, o relacionamento humano com Deus foi modificado de um estado de inimizade passando a um estado de comunhão (Rm 5.10). A propiciação significa que a ira de Deus foi retirada através da oferta de Cristo (Rm 3.25).
Quando uma pessoa crê no Senhor Jesus Cristo, ela é salva (At 16.31), e assim já está justificada, redimida, reconciliada e limpa (Jo 13.10; 1Co 6.11). Além disso, a salvação é também progressiva (1 Co 1.18) e o homem precisa da obra santificadora do Espírito Santo no aperfeiçoamento de sua salvação (Rm 8.13). Além disso, a salvação em sua plenitude, deverá ser realizada no futuro, quando Cristo voltar (Hb 9.28)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1744).

CONHEÇA MAIS

Salvação

A salvação é uma milagrosa transformação espiritual, operada na alma e na vida - no caráter - de toda pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único Salvador [...] A salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da parte de Deus para com o ser humano e o mundo, através de Jesus Cristo nesta vida e na outra. Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática Pentecostal, CPAD, p.334

#3.A SALVAÇÃO PROMETIDA NO ÉDEN

1. O pecado humano: A partir do momento em que Adão e Eva pecaram, a raça humana passou a expressar e a vivenciar a maldade (Gn 3.6,7 cf. 4.8-26). Enquanto vivia o período da inocência, o primeiro casal relacionava-se plenamente entre si e com Deus (Gn 2.23-25). Mas a partir do advento do pecado, o casal passaria a enfrentar conflitos entre si e com o Criador, passando a encobrir a maldade do seu coração. A obra de Cristo, porém, realizada no Calvário não nos permite viver hipocritamente, mas em verdade e sinceridade. Em Jesus, a maldade do coração é substituída pela capacidade de amar, realizar boas obras, pela fé, manifestar a bondade de Deus e cuidar do próximo. Esses atos são consequências da salvação (Ef 2.10).

*A salvação só pode ser entendida, recebida e vivida se entendermos a doutrina do pecado, só podemos desejarmos a salvação, se entendermos quão perdidos estamos. SAIBA MAIS:       https://tiagoluispereira.blogspot.com.br/2017/08/licao-6-pecaminosidade-humana-e-sua.html

2. A transferência da culpa: Após pecarem contra Deus, e serem questionados pelo Criador, Adão e Eva deram respostas que mostraram a incapacidade deles em resolver o problema do pecado, pois ambos transferiram suas culpas para terceiros (Gn 3.12,13). Nesse contexto, Deus havia providenciado uma solução que foi ao encontro do drama do casal: cobrir a sua nudez com a pele de um animal (Gn 3.21). Naquele instante, o Criador "transferiu" a culpa pelo pecado dos nossos primeiros pais para um animal inocente, cujo ato simbolizava o sacrifício perfeito de Cristo para salvar a raça humana, "cobrindo a nudez" do pecado do homem (Hb 9.22b).

*É que chamamos na Teologia de “sacrifício vicário de Cristo” ou sacrifício expiatório, é o sacrifício substituto de Jesus Cristo pelo pecado do homem (humanidade) na cruz.

Subsídio Teológico

O Dia da Expiação
“E o sacerdote... fará a expiação... expiará o santo santuário; também expiará a tenda da congregação e o altar; semelhantemente fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da congregação.”  Lv 16.32,33

A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO.

A palavra “expiação” (heb. kippurim, derivado de kaphar, que significa “cobrir”) comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um “resgate”, de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido (note o princípio do “resgate” em Êx 30.12; Nm 35.31; Sl 49.7; Is 43.3).
        
(1) A necessidade da expiação surgiu do fato que os pecados de Israel (16.30), caso não fossem expiados, sujeitariam os israelitas à ira de Deus (cf. Rm 1.18; Cl 3.6; 1Ts 2.16). Por conseguinte, o propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de amplitude ilimitada, por todos os pecados que porventura não tivessem sido expiados pelos sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa maneira, o povo seria purificado dos seus pecados do ano precedente, afastaria a ira de Deus contra ele e manteria a sua comunhão com Deus (16.30-34; Hb 9.7).
        
(2) Porque Deus desejava salvar os israelitas, perdoar os seus pecados e reconciliá-los consigo mesmo, Ele proveu um meio de salvação ao aceitar a morte de um animal inocente em lugar deles (i.e., o animal que era sacrificado); esse animal levava sobre si a culpa e a penalidade deles (17.11; cf. Is 53.4,6,11) e cobria seus pecados com seu sangue derramado.

A CERIMÔNIA DO DIA DA EXPIAÇÃO.
         
Levíticos 16 descreve o Dia da Expiação, o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir, tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: um tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório (16.8). Sacrificava o primeiro bode, levava seu sangue, entrava no Lugar Santíssimo, para além do véu, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria a arca contendo a lei divina que fora violada pelos israelitas, mas que agora estava coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (16.15,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (16.21, 22).
         
(1) O Dia da Expiação era uma assembléia solene; um dia em que o povo jejuava e se humilhava diante do Senhor (16.31). Esta contrição de Israel salientava a gravidade do pecado e o fato de que a obra divina da expiação era eficaz somente para aqueles de coração arrependido e com fé perseverante (cf. 23.27; Nm 15.30; 29.7).
        
(2) O Dia da Expiação levava a efeito a expiação por todos os pecados e transgressões não expiados durante o ano anterior (16.16, 21). Precisava ser repetido cada ano da mesma maneira.

CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO.
         
O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No NT, o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação (ver Hb 9.6—10.18)
        
(1) O fato de que os sacrifícios do AT tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo permanente todo o pecado confessado (cf. Hb 9.28; 10.10-18).
          
(2) Os dois bodes representam a expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por Cristo. O bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados (Rm 3.24-26; Hb 9.11, 12, 24-26). O bode expiatório, conduzido para longe, levando os pecados da nação, tipifica o sacrifício de Cristo, que remove o pecado e a culpa de todos quantos se arrependem (Sl 103.12; Is 53.6,11,12; Jo 1.29; Hb 9.26).
        
(3) Os sacrifícios no Dia da Expiação proviam uma “cobertura” pelo pecado, e não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado na cruz, no entanto, é a expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que remove o pecado de modo permanente (cf. Hb 10.4, 10, 11). Cristo como sacrifício perfeito (Hb 9.26; 10.5-10) pagou a inteira penalidade dos nossos pecados (Rm 3.25,26; 6.23; Gl 3.13; 2Co 5.21) e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de Deus, que nos reconcilia com Ele e que restaura nossa comunhão com Ele (Rm 5.6-11; 2Co 5.18,19; 1Pe 1.18,19; 1Jo 2.2).
       
(4) O Lugar Santíssimo onde o sumo sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação, representa o trono de Deus no céu. Cristo entrou nesse “Lugar Santíssimo” após sua morte e, com seu próprio sangue, fez expiação para o crente perante o trono de Deus (Êx 30.10; Hb 9.7,8,11,12,24-28).
        
(5) Visto que os sacrifícios de animais tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se cumpriram no sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifícios de animais depois da morte de Cristo na cruz (Hb 9.12-18).                                                                                                             (Bíblia de Estudo Pentecostal CPAD – O Dia da Expiação págs. 209 e 210)

3. Satanás esmagado e o pecado vencido: Deus anunciou no Éden o que se denomina de protoevangelho, isto é, a primeira vez na história em que é proclamado o projeto definitivo de Deus para a salvação do ser humano. O Altíssimo jamais abandonaria o ser humano à própria sorte. Embora Satanás tentasse eliminar o homem de vez, seu intento não passou de uma simples tentativa de "morder o seu calcanhar" (Gn 3.15). Mas, por intermédio da salvação outorgada na cruz. Cristo esmagou a cabeça da "Serpente" provendo a solução definitiva para o estado caído do ser humano. A peçonha do pecado que Satanás tentou passar à humanidade foi aniquilada pela morte redentora de Cristo. O Criador prometeu salvação e deseja que todo ser humano seja salvo (1Tm 2.3,4), apesar da condição de rebelado, de pecador e de inimigo de Deus.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

O protoevangelho

A semente da serpente, que Jesus relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher têm ambas sentido fortemente pessoal. Deus disse à serpente: A Semente da mulher te ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20. A serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer, esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo 15 é chamado de 'protoevangelho', pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador. O mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter messiânico neste versículo. Em Gênesis 3.14,15, vemos o Calcanhar Ferido.

1) O Salvador prometido era a Semente da mulher—o Deus-Homem;

2) Esta Semente Santa feriria a cabeça da serpente — conquistar o pecado;

3) A serpente feriria o calcanhar do Salvador — na cruz, Ele morreu (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 41).

CONCLUSÃO: Embora o homem tenha contrariado o plano divino, desprezando o grande cuidado de Deus dispensado a ele no Éden, o Criador imediatamente lhe providenciou um substituto através da morte de um animal, apontando, dessa forma, para Cristo. Portanto, no Éden, Deus apresenta duplamente o Redentor:

(1) proferindo a promessa de redenção (Gn 3.15);

(2) sacrificando o animal para vestir Adão e Eva (Gn 3.21).

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)

Cristais – Mg 25/09/17


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domingo, 24 de setembro de 2017

Tiago Luis Pereira - 1 Ano do Blog - Agradecimento


Aos leitores assíduos e visitantes

Meus irmãos, a paz do Senhor Jesus

Venho por meio desta postagem, louvar a Deus por ter-me concedido a oportunidade de compartilhar da Palavra Dele com vocês, por meio deste blog, ao qual neste Domingo 24/09/17 completa 1 ano desde publiquei minha primeira postagem no dia 24 de Setembro de 2016. 

O blog teve mais de 9.000 visualizações no Brasil e Estados Unidos e outros países. 

Obrigado pela sua participação e continue acessando nosso conteúdo e compartilhando nas redes sociais.

Neste Domingo, encerramos mais um trimestre com estudos valiosos que edificaram nossa fé. E que neste último trimestre de 2017 venhamos a frequentarmos a EBD e crescermos mais na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo, a Ele a Glória para sempre. Amém! 

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 24/09/17

Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com


terça-feira, 19 de setembro de 2017

Lição 13- Sobre a Família e a sua Natureza


             Lição 13- Sobre a Família e a sua Natureza


INTRODUÇÃO: A família é assunto de interesse geral, de cristãos e não-cristãos, de religiosos e não-religiosos. Trata-se de um projeto de Deus para os seres humanos. O livro de Gênesis traz um breve e singelo relato de como tudo isso começou e também revela o propósito de Deus para a família. Não existe prazo de validade para os princípios estabelecidos nessa narrativa e eles continuam valendo na atualidade. Esse é o enfoque da última lição.

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs 

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                                       COMENTÁRIO 

#1. A ORIGEM

1. O homem e a mulher: No relato da criação, ambos aparecem juntos, mostrando a igualdade ontológica do homem e da mulher. O texto de Gênesis 1.27 diz: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou". A palavra hebraica usada para "homem" aqui é adam, que serve tanto para o nome do primeiro homem que Deus criou, como também para "homem" no sentido de representante do ser humano, semelhantemente à palavra grega anthropos. A expressão final, "macho e fêmea os criou", mostra que adam, nesse versículo, diz respeito ao ser humano. Isso revela a igualdade de ambos, macho e fêmea, homem e mulher, como portadores da imagem de Deus; a diferença está na sexualidade (l Pe 3.7). Ao reunir esse casal. Deus instituiu o que chamamos hoje de casamento.

* O ser humano não é fruto do evolucionismo como dizem os néscios filósofos e cientistas, mas é obra das mãos de Deus; E desde o princípio Deus definiu os gêneros do ser humano, macho e fêmea, homem e mulher se unem no casamento, desfrutam da intimidade sexual e geram filhos e filhas, formando uma família, este é o projeto perfeito de Deus.
A família é o sistema social básico e a sociedade é formada pelas famílias, se a sociedade moderna está um “caos”, sem sombra de dúvida a causa está na família.

SUBSÍDIO DIDÁTICO

Família, Projeto Divino

Na sociedade hebraica a família era o âmago da estrutura social. Na Tanach, exclusivamente em Berê'shlth (Gênesis), encontramos o princípio judaico-cristão da família no texto que diz: "E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele. Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão, E disse Adão; Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do vario foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne, E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam' (Gn 2.18,21-25), Segundo o filósofo Lévi-Strauss, o princípio da família é dado pelo texto da Escritura que diz: 'deixará o varão o seu pai e a sua mãe', regra infrangível ditada a toda a sociedade para que possa estabelecer-se e durar" (BENTHO, Esdras Costa, A Família no Antigo Testamento; História e Sociologia, Rio de Janeiro: CPAD, 2011, p.23).

2. A formação da mulher: A Bíblia nos conta como a mulher surgiu na história humana. Curiosamente, a formação da mulher não aparece nos antigos registros do Oriente Médio. No relato da criação, em Gênesis, a formação do homem só aparece uma vez (Gn 2.7), e seis vezes a da mulher (vv.18-23). O termo "adjutora" (v.18) quer dizer "auxiliadora", conforme vemos na Almeida Revista e Atualizada e "ajudadora", de acordo com o que registra a Tradução Brasileira. Isso não inferioriza a mulher, pois os termos "auxiliador" ou "ajudador" devem ser entendidos à luz do contexto (SI 54.4; Hb 13.6). O termo hebraico, kenegdó, "como diante dele" (v.18b), tem a ideia de "igual e adequado" (Gl 3.28). O relato da criação pressupõe que Deus colocou o homem com prioridade governamental (l Co 11.3), mas que ambos os sexos, homem e mulher, são mutuamente dependentes (l Co 11.11).

*Tanto o homem como a mulher são importantes para Deus, a mulher foi criada por Deus na mesma igualdade que o homem, isso falando interiormente na essência de humanidade e externamente Deus a diferenciou do homem, suas funções também eram diferentes; Deus criou o homem e lhe confiou uma missão, e Deus criou a mulher para lhe ajudar nesta missão, que era: Governar a Terra, lavrar e guardar o Jardim do Éden, a partir daí, Adão e Eva foram abençoados por Deus para frutificarem e multiplicarem e encherem a terra. (Gn.1.27-28).

#2. A FAMÍLIA

1. Conceito de família entre os antigos hebreus: O lar é parte do clã, este parte da tribo e esta, por sua vez, parte do povo/nação (Js 7.16-18). O lar constitui-se de pai, mãe e filhos (SI 128.1-4), é a família nuclear. Considerando que a base da economia do Antigo Israel era a agricultura e o pastoreio, a família nuclear com poucos membros via-se em dificuldade por falta de mão de obra para o sustento da casa. Por isso, ela poderia se estender com parentes próximos - tios e primos - ou com duas ou mais gerações vivendo juntas (Gn 24.67). As casas descobertas pelos arqueólogos mostram que essa família ampliada era formada, em média, de 15 membros. Quando se tratava de famílias ricas, acrescentavam-se servos e estrangeiros, como no caso de Abraão (Gn 14.14), ou como previsto na legislação mosaica (Êx 23.12). Saul, por exemplo, aparece na Bíblia com a menção de seu pai, avô, bisavô, trisavô, e também da tribo (l Sm 9.1,2).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

A Constituição do Núcleo Familiar.

A constituição do núcleo familiar a priori composta por um homem e uma mulher. Mais tarde, acrescentou-se ao casal os filhos gerados dessa união. A partir do nascimento dos primeiros filhos, a família tornou-se o primeiro sistema social no qual o ser humano é inserido. A primeira família, formada apenas duas pessoas, tornou-se numerosa meio dos filhos que, ao serem gerados, se inseriram ao núcleo familiar um indo diversos papéis dentro do ema: filho, irmão, neto, primo, etc. A família não foi criada, portanto, como um sistema fechado, mas dinâmico, e, com passar do tempo, o número de seus membros foi aumentando gradativamente, e destes formando novos núcleos familiares ligados por consanguinidade e afinidade. Para mencionar mais uma vez Lévi-Strauss, este considerava que o grupo familiar tem sua origem no casamento. Este núcleo é constituído pelo marido, pela mulher e pelos filhos nascidos dessa união, bem como por parentes afins aglutinados a esse núcleo. No contexto desse sistema familiar, cada membro do grupo passa por uma série de funções ou papéis sociais determinados tanto por fatores exógenos, que estão ligados aos cenários sociais próximos a ele, como por endógenos, ligados a idade, sexo e maturação psicológica" (BENTHO, Esdras Costa. A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pp.25-26).

2. O papel da mulher na sociedade israelita: A tarefa do homem e da mulher era a mesma, sendo que a mulher cuidava da casa e ajudava o marido nos trabalhos diários para sustento da família. A sentença divina por ocasião da Queda no Éden diz: "E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor e a tua conceição; com dor terás filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3.16). Isso significa que a mulher se dedicaria ao trabalho da mesma forma que o homem, e também à maternidade; a mulher não é inferior, mas o homem é o chefe e pastor do lar. Ela levava a criança no ventre e continuava exercendo suas tarefas. Considerando questões médicas, sanitárias e nutricionais, a gravidez era um período de alto risco para a mãe e para o bebé.

#3. PRINCÍPIOS BÁSICOS

1. Casamento: É a mais fundamental de todas as relações sociais. Trata-se da união íntima e verdadeira entre duas pessoas de sexos opostos que manifestam publicamente o desejo de viverem juntas mediante um pacto solene e legal. Não existe no universo, entre os seres vivos inteligentes, uma intimidade maior do que a que existe entre marido e mulher, exceto apenas entre as três Pessoas da Trindade. Deus estabeleceu a família para companheirismo mútuo e felicidade, para uma convivência amorosa. A declaração: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne" (Gn 2.24-), apresenta três princípios básicos sobre o casamento: monogamia (l Co 7.2), heterossexualidade (Gn 4.1,25) e indissolubilidade (Mt 19.6).

2. Monogamia: O termo diz respeito às sociedades que adotam o princípio do casamento de um homem com uma única mulher e vice-versa, conforme estabelecido pelo Criador. As palavras "e apegar-se-á à sua mulher" (v.24) apontam para o princípio monogâmico; o texto não diz "às suas mulheres", mas, pelo contrário, "à sua mulher". Essa verdade expressa o pensamento bíblico (l Co 7.2; l Tm 3.2).

*Deus fez uma mulher para um homem, Deus criou Eva e deu-a por mulher a Adão, não é projeto de Deus a poligamia, o adultério e a prostituição.

(Hb.13.4 Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará).

3. Heterossexualidade: Um dos propósitos divinos na criação do homem e da mulher é a procriação, visando a conservação dos seres humanos na terra: "[...] macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn 1.27,28). Quando Deus formou a mulher da costela de Adão, a Bíblia afirma: "[...] deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher" (Gn 2.24). Isso mostra que a diferenciação dos sexos assegura as particularidades de cada um na união conjugal, postura necessária à formação do casal. O homem se une sexualmente a sua esposa, como resultado do amor conjugal, não só para procriar, mas para uma vivência afetuosa, agradável e prazerosa (Pv 5.18). O relacionamento sexual aprovado na Bíblia é o de um homem e de uma mulher dentro do matrimónio. O pai e a mãe são o referencial para a formação tanto do menino quanto da menina. Acima de qualquer exemplo, o comportamento estabelecido para o homem e para a mulher deve vir da Palavra de Deus.

*Deus criou o homem Adão e a mulher Eva e os uniu, os abençoou pra frutificar e multiplicar, gerar filhos e filhas. A vontade de Deus é que o homem seja homem tanto no interior como no exterior e da mesma forma a vontade de Deus é em relação a mulher, do contrário disso é pecado, é errar o alvo proposto por Deus.

(Romanos 1: 26. Pelo que Deus os entregou a paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural no que é contrário à natureza; 27. Semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para como os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a devida recompensa do seu erro).

4. Indissolubilidade: A natureza indissolúvel do casamento vem desde a sua origem: "e serão ambos uma só carne" (v.24b). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento (Mt 19.6). O voto solene de fidelidade um ao outro "até que a morte os separe", que se ouve dos nubentes numa cerimônia de casamento, não é mera formalidade (Ml 2.14). O casamento só termina pela morte de um dos cônjuges (Rm 7.3), pela infidelidade conjugal (Mt 5.32; 19.9) ou pela deserção por parte do cônjuge descrente (l Co 7.15).

*Lembremo-nos que o pecado trouxe a morte, e quando Deus uniu Adão e Eva em matrimônio, eles ainda não tinham pecado, o desejo de Deus é que eles vivessem juntos por longos anos, com a entrada do pecado, agora eles deveriam ser fieis até a morte.

Devemos levarmos muito a sério esse conceito bíblico, o casamento não pode ser desfeito por qualquer “coisinha” ou por qualquer “briguinha”, são votos que fazemos ao nosso cônjuge, na presença de Deus, do ministro, testemunhas, familiares e amigos. Voto Tradicional:

“Eu (nome do noivo ou da noiva) recebo a ti, (nome do noivo ou da noiva), como minha legítima esposa (ou meu legítimo marido),
Prometo ser fiel,
Amar-te e respeitar-te
Na alegria e na tristeza,
Na saúde e na doença,
Na riqueza e na pobreza,
Por todos os dias da nossa vida
Até que a morte nos separe”

CONHEÇA MAIS

A natureza indissolúvel do casamento
"'Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne' (Gn 2.24). O Senhor Jesus Cristo disse que essa passagem bíblica significa a indissolubilidade do casamento: 'Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem' (Mt 19.5,6). É uma união íntima entre duas pessoas de sexos opostos que assumem publicamente o compromisso de viverem juntas; é uma aliança solene, um pacto sagrado, legal e social." Para conhecer mais, leia Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia, CPAD, pp. 16,17.

#4. O DESAFIO DA IGREJA

1. Institucionalização da iniquidade: A tendência humana é desafiar a Deus em tudo; isso vem desde a Torre de Babel (Gn 11.4) e vai continuar até o final dos tempos. E com a sagrada instituição da família não é diferente, uma vez que Deus a instituiu como união entre um homem e uma mulher (Gn 2.24; 1.27,28), o atual sistema de coisas quer institucionalizar a iniquidade ao considerar legítima diante de Deus a união de pessoas do mesmo sexo. É ir longe demais, em uma verdadeira afronta a Deus (Lv 18.22; 20.13). A Bíblia condena a prática homossexual, ou pecado de Sodoma, para usar o termo bíblico (Dt 23.17; Jd 7). O avanço dessa prática é um dos sinais do fim dos tempos (Lc 17.28-30). A Bíblia condena de maneira direta tal estilo de vida (Rm 1.26,27; l Co 6.10; l Tm 1.9,10).

*Diante dessa realidade temos:

A) Continuarmos fiéis a palavra de Deus e rejeitarmos a as obras das trevas (Ef.5.3-11).

B) Ensinarmos os valores bíblicos para nosso filhos.

C) Vigiarmos em relação O QUE NÓS E NOSSOS FILHOS ESTÃO ASSISTINDO, NOVELAS, FILMES, DESENHOS E JOGOS.

D) Vigiarmos em relação QUAL TEM SIDO AS AMIZADES DE NOSSOS FILHOS E POR ONDE ELES TEM ANDADO.

E) Orarmos e intercedermos por nossos filhos para que Deus os guarde deste século mal.

2. A inversão de valores: O que se vê hoje é a tentativa de tornar o errado certo e o certo, errado (Is 5.20). O mundo atual está invertendo os valores em busca do hedonismo, ou seja, a procura indiscriminada do prazer, gozo sensual, deleite sexual (l Jo 2.16). Mas essas autoridades vão prestar contas de tudo isso (Is 10.1). Esse também era o desafio da Igreja do período apostólico. O apóstolo Paulo denunciou também essa inversão de valores, dizendo que "mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"(Rm 1.25; ARA).
  
Leia essa notícia:             


CONCLUSÃO: Diante do exposto, entendemos que Deus criou o homem e a mulher para ser mutuamente dependentes, entretanto, cada um em sua particularidade, para juntos, com os filhos, "a herança do Senhor", formarem um núcleo familiar. Essa é, então, a primeira estrutura social humana.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)

Cristais – Mg 19/09/17

Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Lição 12 O Mundo Vindouro


                               Lição 12 O Mundo Vindouro


Introdução: O mundo vindouro abordado na presente lição pretende mostrar o que virá depois do Juízo Final, o novo céu e a nova terra, a nova Jerusalém, o lar dos santos na eternidade e por toda a eternidade. Trata-se definitivamente do epílogo da história humana. Mas haverá alguns eventos que precederão o mundo vindouro, como o Reino de Cristo de mil anos, o Juízo Final e a ressurreição de todos os incrédulos, bem como o seu destino final.

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs 

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                                                   COMENTÁRIO


#1.SOBRE O MILÊNIO

1. Descrição: O milênio é o reino de Cristo de mil anos. Nesse período. Satanás será aprisionado no abismo instalado por ocasião da vinda de Cristo em glória (Ap 20.2,3). Isso significa que a ação destruidora de Satanás na terra será neutralizada, iniciando-se assim uma nova ordem de coisas. É a tão almejada paz universal, pois nesse reino haverá perfeita paz, retidão e justiça entre os seres humanos e também harmonia no reino animal (Is 9.7; 11.5-9). A longevidade das pessoas, a garantia do sucesso no trabalho e a resposta imediata às orações são algumas das características do reino do Messias (Is 65.20-25). A sede de seu governo será Jerusalém: "[...] porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do SENHOR" (Is 2.3). O Senhor Jesus se assentará sobre o trono de Davi, e de Jerusalém reinará sobre toda humanidade. Esse reino, que trará salvação aos judeus, é a conclusão do programa divino sobre o povo de Israel (Is 59-20; Rm 11.26).

*Milênio: do latim mille - mil e annus – ano, adotamos o conceito da escola de interpretação pré-milenista, cremos que Jesus Cristo voltará antes do milênio e cremos que o milênio será literal.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

MILÊNIO

A palavra 'milênio' vem dos termos latinos Mille e annum ('ano')- A palavra grega chilias, que também significa "mil', aparece por seis vezes em Apocalipse 20, definindo a duração do Reino de Cristo antes da destruição do velho céu e da velha terra. O Milênio, portanto, refere-se aos mil anos do futuro Reino de Cristo sobre a terra, que virá imediatamente antes da eternidade (Ryrie, pp.145-146). Durante o Milênio, Cristo reinará no tempo e no espaço.
[...] PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E CONDIÇÕES DO MILÉNIO

O Milênio será um tempo de controle tanto político como espiritual. Politicamente, ele será universal (Dn 2.35), discricionário (Is 11.4) e caracterizado pela retidão e justiça. Será zeloso para com os pobres (Is 11.3-5), mas trará recriminação e juízo para quem transgredir as ordenanças do Messias (SI 2.10-12). Este reino literal de Cristo sobre a terra também terá características espirituais. Acima de tudo, será um reino de justiça, onde Cristo será o Rei e governará com absoluta retidão (Is 23.1). Será também um tempo em que se manifestarão a plenitude do Espírito e a santidade de Deus (Is 11.2-5), 'Naquele dia, se gravará sobre as campainhas dos cavalos: Santidade Ao Senhor [...] e todas as panelas em Jerusalém e Judá serio consagradas ao Senhor dos Exércitos' (Zc 14.20-21).
Tudo, do trabalho à adoração, será santificado ao Senhor, O pecado será punido (SI 72.1-4; Zc 14.16-21) de maneira pública e justa. A era messiânica também será caracterizada por um reinado de paz (Is 2,4; 11,5-9; 65.25; Mq 4.3).

As profecias de Isaías revelam outras características, incluindo:

•  Alegria (Is 9.3-4)•   Glória (Is 24,23)  •  Justiça (Is 9.7) •  Conhecimento pleno (Is 11,1-2);

•  Instruções e orientações (Is 2,2-3) •  Fim da maldição sobre a terra e a eliminação de toda enfermidade (11.6-9; 33.24);

•  Maior expectativa de vida (Is 65.20) •  Prosperidade no trabalho (Is 4.1; 35.1-2; 62,8-9)

•  Harmonia no reino animal (Is 11,6-9; 62.25).

Sofonias 3.9 e Isaías 45.13 afirmam que, no Milênio, a linguagem e a adoração serão puras. A pura adoração será possível por causa da maravilhosa presença de Deus (Ez 37,27-28), A presença física do Messias garantirá estas bênçãos. Walvoord diz: "A gloriosa presença de Cristo no cenário do Milênio é, logicamente, o foco de toda a espiritualidade e adoração (Walvoord, p.307)" (LAHAYE, Tim; HINDSON, Eu. (Eds.). Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.318).

2. Sobre a ressurreição dos mortos: A Bíblia ensina que os justos e os injustos serão ressuscitados (Dn 12.2; Jo 5.29; At 24.25). Mas em Apocalipse ficamos sabendo que há um intervalo de mil anos entre essas ressurreições. A primeira ressurreição é a dos justos, e a outra é a última ressurreição: "Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição" (Ap 20.5). São partes da primeira ressurreição os santos provenientes da Era da Igreja e os do Antigo Testamento, juntamente com os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Convém salientar que a ressurreição divide-se em duas fases. Por ocasião do arrebatamento da Igreja (l Co 15-52; l Ts 4.16; Ap 20.6), serão ressuscitados os súditos dos reis. Quanto à ressurreição dos injustos, também conhecida como Ressurreição Universal ou ainda na última Ressurreição, envolverá todos os descrentes desde o princípio do mundo até aquele dia.

*A primeira ressurreição é aquela que se dará no evento do arrebatamento (1Tss.4.13-18), aqueles que morreram em Cristo, essa expressão “morreram em Cristo”, diz a respeito, daqueles que quando morreram, estavam em comunhão, em obediência com Cristo, esses serão ressuscitados e glorificados, subirão ao encontro com Jesus nos ares, estarão diante do “Tribunal de Cristo”, onde serão galardoados pelas suas obras, participarão das “Bodas do Cordeiro” e desfrutarão as eternas riquezas da presença, do poder e da glória de Cristo.

*A segunda ressurreição é aquela que se dará depois do milênio, esse evento é chamado de “Juízo Final”, ou “Juízo do Grande Trono Branco”, (Ap.20.11-15) onde as pessoas serão ressuscitadas para serem julgadas segundo as suas obras, sendo assim condenadas por seus pecados e recusa de servirem a Deus, estes não estarão inscritos no “Livro da Vida”, e serão lançados no “Lago de Fogo” onde padecerão eternamente longe da gloriosa presença de Cristo.

#2. SOBRE O JUÍZO FINAL

1. Descrição: É conhecido como o Juízo do Grande Trono Branco: "E vi um grande trono branco" (Ap 20.11). Aqui serão julgados "os outros mortos", aqueles que não fizeram parte da primeira ressurreição (Ap 20.5). Isso mostra que ficam de fora os crentes da primeira ressurreição, pois eles já fazem parte do reino de Cristo e estão com o corpo glorificado (Ap 20.4). Deus instaurará esse juízo após a última rebelião de Satanás, que acontecerá depois dos mil anos do reinado de Cristo (Ap 20.7). Deus executará esse juízo por meio de Jesus Cristo: "o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo" (Jo 5.22).

2. O julgamento: Não há menção de vivos no Juízo Final: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ap 20.12). Os "grandes e pequenos" não se referem à idade, adultos e crianças, mas a status, pessoas de todas as classes sociais. Todos eles serão julgados com base nas obras registradas nesses livros. O resultado desse julgamento é a condenação eterna: "E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Ap 20.15). Não existe aqui lugar para o sono da alma, nem para uma segunda oportunidade, muito menos para o aniquilamento.

*No Juízo Final, todos estarão em pé ante o trono (Ap 20.12, ARA), mas haverão de se prostrar diante do Justo Juiz para receber a sentença (Jo 5.22,23). Todos aqueles que não quiseram se prostrar diante do Rei dos reis, antes da Segunda Vinda, durante a Grande Tribulação e por ocasião do Milênio, estarão ali, onde terá pleno cumprimento o que diz Filipenses 2.10,11: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.       Teologia Sistemática Pentecostal – Antônio Gilberto - CPAD

* O comentarista mencionou “Não há menção de vivos no Juízo Final”, a ideia é que nesse evento só serão julgados aqueles que morreram sem salvação, que foram rebeldes e desobedientes a Deus, e que não haverá “ ímpios vivos” na ocasião do julgamento, pois todos estes já morreram ou foram mortos pelo juízo divino, isso inclui desde o início da raça humana até depois do milênio, onde fogo descerá do céu e consumirá todos aqueles que foram enganados por Satanás e se ajuntaram na batalha contra o Senhor Jesus (Ap.20.7-10).
Todos estes serão ressuscitados literalmente para o julgamento e serão condenados e lançados no “Lago de Fogo” (Ap.20.13-15).

Sobre “sono da alma” e “aniquilamento”: http://www.cacp.org.br/aniquilacionismo-ou-sono-da-alma/


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"Embora o trono de Deus seja o trono de julgamento, Jesus declarou: 'E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo' (Jo 5,22), O único Mediador entre Deus e a humanidade tornar-se-á também o Mediador do julgamento. Por conseguinte, Jesus assentar-se-á sobre o trono. E tão grande será a sua majestade, que a terra e o céu 'fugirão', não havendo mais para eles 'lugar, no plano de Deus'. Isto posto, abrir-se-á caminho para os novos céus e a nova terra. Eis os que comparecerão diante do grande trono branco: 'os mortos, grandes e peque- Ap 20.12).
Quanto aos justos, por haverem participado da primeira ressurreição, já terão corpos imortais e incorruptíveis. Portanto, os mortos que estarão de pé, diante do grande trono branco, para serem julgados, serão os outros mortos' (Ap 20.5) que não tomaram parte na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento. Esses serão os "mortos ímpios', incluindo os que foram consumidos após o Milênio, por haverem seguido a Satanás" (MENZIES, WHliam W.; HORTON, Stanley M. 
Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da nossa Fé. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, (95, pp.207,08).

3. Destino dos ímpios: É o inferno, descrito aqui como "lago de fogo" ou "ardente lago de fogo e enxofre" (Ap 19.20). Esse lugar foi preparado para o Diabo e seus anjos (Mt 25.41), e não para os seres humanos, mas será o destino final dos perdidos por causa da sua incredulidade e desobediência, pois a vontade de Deus é que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos (l Tm 2.4).

a) Hades: A Septuaginta emprega esse termo para traduzir o hebraico sheol, no Antigo Testamento, que significa o "mundo invisível dos mortos" (51 89-48). Ambos os termos se traduzem, às vezes, por "inferno" na Almeida Revista e Corrigida (SI 9.17; Mt 16.18). O lugar serve como estágio intermediário dos mortos sem Cristo, uma prisão temporária até que venha o Dia do Juízo (Ap 20.13,14). Os condenados que partiram desde o início do mundo permanecem lá, conscientes e em tormentos, sabendo perfeitamente porque estão nesse lugar (Lc 16.23,24).

*Da mesma forma que os ímpios estão conscientes, sendo atormentados no Hades, os justos também após a morte estão conscientes (Sl.115.17-18); (Fl.1.23). (Ap.6.9-11 e Ap.7.9-10), refutando portanto a doutrina do sono da alma.

b) Geena: O mundo judaico contemporâneo de Jesus cria que a Geena era o lugar no qual os ímpios receberiam como castigo o sofrimento eterno. O termo, traduzido por "inferno", foi usado pelo Senhor Jesus nos evangelhos: "Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?" (Mt 23.33), e indica o lago de fogo apocalíptico.

A palavra grega Gehenna, em Mt 5. 22, 29, 30; 10. 28; 18. 9; 23. 15, 33; Mc 9. 47; Lc 12. 5; e Tg 3. 6. É a forma grega do hebraico Gehtnnorn, vale de Hinom, onde queimavam crianças vivas em honra de Moloque. Por causa destes horríveis pecados que se cometiam ali, por causa das suas imundícias, e talvez por servir de depósito ao lixo da cidade, veio a servir de emblema do pecado e da miséria, e o nome passou a designar o lugar do castigo eterno, Mt 18. 8, 9; Mc 9. 43. Das cenas que se observam ali, a imaginação tirou as cores para pintar a Geena dos perdido, Mt 5. 22; comp. 13. 42; Mc 9. 48. Na 2 Pe 2. 4, onde se lê: …. .precípitando-os no inferno”, é a tradução do verbo tar-taroô, significando — lançar no Tártaro.                                      http://www.cacp.org.br/o-inferno-de-fogo/

#3. SOBRE A NOVA CRIAÇÃO

1. Um novo céu e uma nova terra: O quadro descrito no texto da Leitura Bíblica em Classe diz respeito à nova criação, ou seja, não se trata, pois, de uma renovação ou de alguma restauração, mas de tudo ser novo: "Eis que faço novas todas as coisas" (v.5); "Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" (Is 65.17). Essa promessa reaparece no Novo Testamento (2 Pe 3.13). O velho mundo vai desaparecer (Is 34.4; 51.6; 2 Pé 3.7,10,12) por causa da sua contaminação; os céus e a terra não poderão resistir à santidade e à glória de Deus: "E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles" (Ap 20.11). Essa palavra profética é reiterada mais adiante: "Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe" (v.1). O universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono.

*O apóstolo Pedro afirma que aguardamos novos céus e nova Terra (2 Pe 3.13). O texto da Epístola de Pedro nos mostra que o propósito divino é uma nova criação (Is 66.22).

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

Nos novos céu e terra nada nos trará medo e nada nos separará um dos outros. A única água descrita será 'o rio puro da água da vida’ (Ap 22.1). Este rio claro como cristal desce pela rua principal do céu (Ap 22.2). Apocalipse 21.3-7 traz uma descrição das características mais marcantes dos novos céus e nova terra.

As Escrituras aqui prometem que o céu será um Reino de perfeita bem-aventurança. Nos novos céus e na nova terra não haverá lugar para lágrimas, dor, tristeza e pranto. Lá o povo de Deus habitará com Ele por toda a eternidade, completamente livre de todos os efeitos do pecado e do mal. Deus é retratado secando pessoalmente as lágrimas dos remidos. No céu, a morte estará completamente aniquilada (1 Co 15.26). Ali não haverá doença, fome, problemas ou tragédias. Haverá apenas a alegria completa e bênçãos eternas" (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.e d . Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.112).

2. A nova Jerusalém: Antes de tudo, convém ressaltar que a nova Jerusalém "que de Deus descia do céu" (v.2) não é a mesma Jerusalém do Milênio. Isso é de fácil compreensão. Aqui já estamos no período pós-milênio. A descrição da cidade mostra com abundância de detalhes que a sua glória excede em muito ao da Jerusalém milenial (Ap 21.9-21). O templo dela é Deus e o Cordeiro (v.22); a cidade não necessita de sol nem de lua (v.23), e nela não haverá noite (v.25). Nós veremos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22.4), e a glória de Deus e de Cristo nos alumiará para sempre (Ap 22.5). A nova Jerusalém é chamada ainda de "a Jerusalém que é de cima" (Gl 4.26) e a "Jerusalém celestial" (Hb 12.22).

SUBSÍDIO ESCATOLÓGICO

Nova Jerusalém
As Escrituras descrevem a Nova Jerusalém como a 'Jerusalém que é de cima' (Gl 4.26), 'a cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestiat1 (Hb 12.22), e 'a Santa Cidade' que ‘de Deus descia do céu' (Ap 21. 2,10). O AT refere-se a ela como a habitação de Deus. No NT, é também a morada celestial dos santos. As sagradas estruturas da cidade celestial contribuíram para o projeto do Tabernáculo e do Templo na terra.

Quando descer como o 'tabernáculo de Deus com os homens' (Ap 21.3), será um Templo tanto físico (Ap 21.12-21) como espiritual (Ap 21.22). O AT representa a Jerusalém celestial como o 'monte' e o 'santuário' celestial. Ezequiel refere-se ao 'monte santo de Deus’ e a 'santuários' no céu (Ez 28.14,16). Salmos 2 menciona 'Aquele que habita nos céus' e 'o nome santo monte Sião' (vv. 4,5). A primeira expressão diz respeito ao lugar no céu onde Deus está entronizado.

A segunda refere-se à Jerusalém terrestre, onde Deus dará o trono a seu Rei, após derrotar as nações na batalha do Armagedom. Os salmos davídicos também aludem a Deus em sua 'casa' ou 'templo' (Sl 11.4), apesar de o Templo ter sido erguido somente após a morte de Davi. Tais referências são, portanto, relativamente ao Templo celestial, como vemos em um dos salmos de forma explícita: 'O Senhor está no seu santo templo; o trono do Senhor está nos céus' (Sl 11.4)"' (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica, l.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.328).

3. A eternidade dos salvos: A nova Jerusalém é o eterno lar de todos os salvos em Cristo. O próprio Deus estará continuamente entre os humanos: "Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará" (v.3), e Deus mesmo limpará de nossos olhos toda a lágrima (v.4). Ali não haverá morte, que é o último inimigo a ser derrotado (l Co 15.26,54). O pecado será banido para sempre, e ali nunca mais haverá maldição contra alguém (Ap 22.3). É a nossa eterna bem-aventurança. Aqui está o final glorioso da jornada da Igreja.

CONCLUSÃO: Nós cremos que, assim como todas as profecias sobre a primeira vinda do Messias se cumpriram, de igual modo todas as profecias sobre o mundo vindouro se cumprirão também, pois Deus é fiel.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)

Cristais – Mg 12/09/17

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