sábado, 24 de junho de 2017

Lição 13 Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter


Lição 13 Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter

INTRODUÇÃO: Nesta lição, refletiremos a respeito de Jesus, o Homem de caráter perfeito. É impossível descrever a grandeza de sua personalidade e do seu caráter com palavras meramente humanas. Sua entrada no seio da raça humana, que se achava em miséria espiritual, não somente significou Deus entre nós, o Emanuel (Mt 1.23), mas o cumprimento da promessa do Criador de redimir o homem no Éden. Ele se humanizou como "a semente da mulher" que haveria de ferir a cabeça do Diabo (Gn 3.15). 

Comentarista Pr. Elinaldo Renovato de Lima http://www.adparnamirim.com.br/?page_id=66

Subsídio, estudo, reflexão

#1.JESUS DE NAZARÉ, O FILHO DO HOMEM

1. Sua origem humana. Jesus se fez homem a fim de remir o homem perdido, através do mistério da encarnação. Ele, o Verbo Divino se fez carne "e habitou entre nós" (Jo 1.14). Ele nasceu como homem no tempo (gr. Kairós) de Deus. Diz Paulo: "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5).

*João 1.1 descreve Jesus, como o Verbo, vejamos então:

a) “No princípio era o Verbo”: “No princípio”, faz alusão ao Gênesis 1.1 e o “Verbo” é a Palavra de Deus, que criou o mundo, a Bíblia diz que tudo foi criado por meio de Jesus (Jo.1.3); (Cl.1.16-17); (Hb.11.3), isso é o que a Teologia chama de “a preexistência de Jesus”.

b) “e o Verbo estava com Deus”: Mais uma expressão da preexistência de Jesus, só que agora o texto é mais claro.

c) “e o Verbo era Deus”: Agora de forma esclarecedora, O Verbo-Jesus, não somente estava com Deus, mas também era Deus; Isso revela o mistério da Trindade, Deus é um em essência (Dt.6.4), mas trino (Mt.28.19). A palavra “Deus” em Gênesis 1.1, no hebraico é Elohim está no plural.

d) João.1.14, “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”: E Verbo-Jesus, que estava com Deus em Gênesis, era Deus, e se fez carne, isso é que a teologia chama de “a encarnação de Jesus”, ou seja, Jesus não veio a existir ao nascer de Maria, Ele já existia, Ele estava com Deus no princípio e Ele era Deus, e como Deus, Ele existe de eternidade a eternidade.

(Sl.90.1 SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. 2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus).

2. Sua entrada no mundo. Foi marcada por eventos de caráter espiritual e humano de grande significado. O anjo Gabriel foi enviado à pequena cidade de Nazaré, na Galileia, para anunciar à jovem Maria que ela seria mãe do Salvador do mundo, e que Ele seria gerado pelo Espírito Santo (Lc 
1.30,31; 34,35). Ao ser concebido Jesus se fez Verdadeiro Homem e Verdadeiro Deus.


3. Seu desenvolvimento humano e espiritual. Seu caráter singular é modelo e referência para todos os homens em todos os lugares e em todos os tempos. Em sua infância e adolescência, sua criação foi esmerada: "E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa" (Lc 2.40,41). Dos doze aos trinta anos, Jesus exerceu o ofício de carpinteiro, aguardando o momento de iniciar seu ministério terreno em prol da salvação da humanidade. Seu caráter humano refletia a sua natureza divina. Ele foi apresentado ao mundo como "O Verbo" que "era Deus", sendo Criador de todas coisas, pois "Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1.1-3).

*Jesus aqui na terra, teve uma vida normal como homem, não veio “já grande” ao mundo, teve que nascer como homem, crescer, aprender, trabalhar e etc. Mas como Deus, desenvolveu-se intelectualmente e espiritualmente mais que os demais homens, vemos que com 12 anos, ensinava os doutores da lei no templo. (Lc.2.46-49).  

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO:

Filho do Homem: De todos os seus títulos, 'Filho do Homem' é o que Jesus preferia usar a respeito de si mesmo. E os escritores dos evangelhos sinóticos usam a expressão 69 vezes. O termo 'filho do homem' tem dois possíveis significados principais. O primeiro indica simplesmente um membro da humanidade. E, neste sentido, cada um é um filho do homem. Tal significado era conhecido nos dias de Jesus e remonta (pelo menos) aos tempos do livro de Ezequiel, onde é empregada a fraseologia hebraica bem' adam, com significado quase idêntico. Essa expressão, na realidade, pode até mesmo funcionar como o pronome da primeira pessoa do singular, 'eu' (cf. Mt 16.13).
Por outro lado, a expressão é usada também a respeito da personagem profetizada em Daniel e na literatura apocalíptica judaica posterior. Essa personagem surge no fim dos tempos com uma intervenção dramática, a fim de trazer a este mundo a justiça de Deus, o seu Reino e o seu julgamento. Daniel 7.13,14 é o texto fundamental para esse conceito apocalíptico"! (HORTON, Stanley. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 310).

#2.SEU MINISTÉRIO E CARÁTER SUPREMO

1. O caráter exemplar de Jesus. Em seu ministério, Jesus demonstrou aspectos do seu caráter que são referência e modelo para todos os que o aceitam como Senhor e Salvador. Suas ações revelam tanto o lado divino como o lado humano de sua personalidade marcante e singular.

a) Humildade e mansidão. Para iniciar o seu ministério, foi até o rio Jordão para ser batizado por João Batista. Este sentiu-se constrangido, dizendo que Jesus é que deveria batizá-lo. Mas Jesus insistiu com João para que o balizasse, a fim de cumprir "toda a justiça" (Mt 3.13-15). Ele implantou a "escola da mansidão e da humildade", convidando a todos para aprenderem com Ele (Mt 11.28-31). Sendo Deus, Criador e Senhor, despojou-se de seus atributos divinos, tornou-se homem e servo, humilhando-se "até à morte" (Fp 2.6-8). Jesus surpreendeu os discípulos quando fez um trabalho de escravo, lavando os pés de todos eles (Jo 13.3-5). Mansidão e humildade são requisitos indispensáveis para quem quer ser discípulo de Jesus.

*Humildade e Mansidão: Sendo o Deus, deixou o céu de glória, veio a terra, tornou-se homem, nasceu em uma família humilde, ao nascer foi posto em uma manjedoura, era sujeito aos seus pais, veio pra ser batizado por João Batista, lavou os pés dos discípulos (inclusive os pés de Judas, que logo depois o trairia), no Getsêmani renunciou a sua vontade para fazer a vontade de Deus, deixou ser preso, caluniado, cuspido, esbofeteado, açoitado, foi crucificado, na cruz perdoou seus algozes e morreu. TEMOS QUE APRENDER AINDA MUITO COM JESUS.

Mas quem se humilha é exaltado por Deus (Fl.2. 9 Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; 10 Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, 11 E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai).

b) Misericórdia e compaixão. Ele teve compaixão das multidões, que andavam desgarradas como ovelhas sem pastor (Mt 9.36). Curou muitos que sofriam com enfermidades (Mt 14.14). Ele se compadeceu das pessoas famintas (Mt 15.32). Na parábola do Bom Samaritano, Jesus pôs em evidência a insensibilidade dos religiosos que não tinham compaixão pelos caídos à beira do caminho (Lc 10.30-37). Hoje, infelizmente, muitos que se dizem cristãos têm mais preocupação com riquezas, posições e prestígio pessoal do que com as almas atacadas pelo Maligno.

*Devemos nos importarmos com as pessoas, assim como Jesus, amar ao nosso próximo como anos mesmos e como Jesus nos amou. http://tiagoluispereira.blogspot.com.br/2017/02/licao-8-bondade-que-confere-vida.html

c) Espírito pacificador. Jesus conhecia bem a natureza humana sujeita as desavenças e desentendimentos, mesmo entre os irmãos. Por isso, Exortou: "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, vai reconciliar-te primeiro com teu Irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta" (Mt 5.23,24). De forma mais prática, ele reproduziu a mensagem do salmo 133, tão esquecida nos dias atuais. Paulo aconselha-nos a ter paz com todos, sempre que possível (Rm 12.8; Hb 12.14).


2. Na prática, Ele demonstrou o seu imenso amor pelos pecadores. Os fariseus queriam matar a mulher adúltera. Jesus a perdoou e ordenou que não pecasse mais (Jo 8.11). Aos seus discípulos, ensinou: "Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor" (Jo 15.9). Ele declarou ao doutor da lei que o maior dos mandamentos é amar a Deus acima de tudo, e o segundo, é amar ao próximo como a si mesmo (Mt 22.34-40). O amor é "a marca do cristão" (Jo 13.34,35).

*Afinal, o que Jesus via nos pecadores? Ele procurava aqueles a quem a sociedade havia rotulado como os que não tem méritos, que não podem ser amados, que fossem coletores de impostos desonestos como Levi (Lc 5.27) e Zaqueu (Lc 19.1-10), uma mulher adúltera à beira do poço (Jo 4), ou uma possessa de demônios como Maria Madalena (Lc 8.2). Jesus via potencial nas pessoas menos prováveis. Faça a si mesmo uma pergunta crítica: Como você vê os pecadores? http://www.chamada.com.br/mensagens/ainda_pecadores.html

*Se Jesus que era perfeito, teve amor com os pecadores, porque nós que somos pecadores, não vamos amar nossos semelhantes? A bíblia diz que todos pecaram (Rm.3.23), ninguém é melhor que ninguém, se não praticamos aquilo que os outros praticam, não é mérito nosso, mas de Deus, porque foi Ele que nos alcançou com sua graça.

(Jo.8.7 Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 9 Quando ouviram isto, redargüidos da consciência, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a mulher que estava no meio. 10 E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.

3. Seu caráter é referência para a Igreja. Ele disse: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.15). Em seu aspecto espiritual, como corpo de Cristo, a Igreja não tem defeito. Ela é "igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.27). No aspecto humano, porém, como organização existem as "igrejas", formadas por homens mortais, falíveis e sujeitos a erros e pecados. Jesus é "o caminho, e a verdade, e a vida" (Jo 14.6).

*Temos que nos esforçarmos para seguirmos o exemplo de Jesus Cristo, de outra forma, não poderemos nos considerarmos como cristãos e igreja de Jesus.

SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO

O Ministério Terreno de Cristo: Cristo se fez Homem e Servo. Sendo rico, fez-se pobre; sendo santo, foi feito pecado (2 Co 5.21). Fez-se maldição (Gl 3.13) e foi contado com os transgressores. Sendo digno, consideraram indigno. Foi, ainda, feito menor que os anjos, que devem ter ficado espantados ao verem Deus encarnado, como servo, sendo tentado, sofrendo escárnio e crucificado. Mas, depois de tudo, viram entronizado e glorificado.
Após seu batismo, Jesus inicia seu ministério. João Batista não via necessidade de que Ele fosse batizado: sentiu-se inferior e sabia que Jesus não tinha pecado — Ele não precisaria passar por um batismo de arrependimento nem tinha de que se arrepender, mas Jesus fez questão de ser batizado, num ato de obediência e para cumprir toda a justiça, deixando-nos o exemplo (Mt 3.14,15). Seu ministério foi exercido na plenitude do Espírito. Após ter sido batizado por João, Jesus foi impelido pelo Espírito Santo, a fim de jejuar quarenta dias e quarenta noites no deserto. Nesta fase de jejum, oração e meditação num lugar solitário, preparado pelo Espírito Santo, Ele teve o seu preparo espiritual.
O ministério de Jesus durou cerca de três anos. O cálculo da duração é feito com base nas festas pascais em que Ele esteve. O início de seu ministério se deu na véspera de uma Páscoa; depois, participou de mais duas e morreu na véspera de outra. O primeiro ano foi o da obscuridade; o segundo, o do favor público e o terceiro, o da oposição" (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 142).

#3.A MORTE, RESSURREIÇÃO E VOLTA DE CRISTO

1. A morte de Cristo, exemplo supremo de amor. O significado de sua morte pode ser resumido no que Ele próprio disse a Nicodemos: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que' deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16). Através de sua morte, Jesus, fiel Sumo Sacerdote, propiciou a reconciliação do homem com Deus (Hb 2.17). Na cruz, Ele revelou o auge de seu caráter amoroso e perdoador. Antes do último suspiro, clamou a Deus: "E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem [...]" (Lc 23.34).

SUBSÍDIO CRISTOLÓGICO

A morte de Cristo foi voluntária: "Jesus não foi forçado à cruz. Nada fez contra a sua vontade. Submeteu-se à aflição espontaneamente. Humilhou-se até à morte, e morte de cruz. Deixou-se crucificar. Que graça espantosa por parte daquEle que tudo podia fazer para evitar tamanho suplício. Ele tinha o poder de entregar a sua vida e tornar a toma-la — e de fato fez isso. Sim, eterno Salvador não foi forçado ao Calvário, mas atraído para ele, por amor a Deus e à humanidade perdida.
Sua morte foi vicária e sem dúvida, o profeta Isaías tinha em mente o cordeiro pascal, oferecido em lugar dos israelitas pecadores. Sobre a cabeça do cordeiro sem mancha realizava-se uma transferência dupla. Primeiro, assegurava-se o perdão divino mediante o santo cordeiro, oferecido e morto. Segundo, o animal, sendo assado, servia de alimentação para alimentar o povo eleito. O sacrifício de Cristo foi duplo: morreu para nos salvar, e ressuscitou para nossa justificação. Cristo também é o Pão da vida, o nosso 'alimento diário'.
Sua morte foi cruel. Ele foi levado ao matadouro, esta palavra sugere brutalidade. Não é de admirar que a natureza envolvesse a cruz em um manto de trevas, cobrindo, assim, a maldade dos seres humanos.
José de Arimateia, conseguiu permissão de Pilatos para tirar o corpo da cruz. E, com Nicodemos, levando quase cem arráteis dum composto de mirra, aloés, envolveram o corpo do Senhor em lençóis com as especiarias, como era costume dos judeus. Havia no horto daquele lugar um sepulcro em que ainda ninguém havia sido posto. Ali puseram Jesus (Jo 19.38-42). Sepultar os mortos era considerado um ato de piedade. Também era comum que se sepultassem os mortos no mesmo dia de seu falecimento. O corpo de um homem executado não tinha permissão de ficar pendurado na cruz a noite inteira (Dt 21.23), pois isso, para a mente judaica, poluiria a terra. Às seis horas, começaria o sábado da semana da Páscoa, durante a qual estava proibida qualquer execução" (SILVA, Severino Pedro da. Teologia Sistemática Pentecostal. 1.ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p. 156).

2. A ressurreição de Jesus e a sua vinda em glória. Na ressurreição, o caráter humano foi absorvido pelo caráter divino. Se para fazer-se homem despojou-se de sua glória, na ressurreição retomou a plenitude de sua grandeza divina, e venceu todas as forças do mal, resultantes da Queda do homem (1Co 15.19-26).

*Absorvo como ensinamento desse tópico, que Jesus veio ser e dar-nos o exemplo, Ele veio a essa terra como homem, nos ensinou que é possível ter uma vida santa e depois voltou ao céu; Se nós seguirmos o exemplo de Jesus, procuramos viver como Ele viveu, iremos para o lugar que Ele foi e está até hoje e breve voltará para nos levar ao céu e vivermos para sempre ao seu.

(Jo.14.1 NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
2 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.
3 E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também).

CONCLUSÃO: Jesus é o maior e mais excelente personagem da História. Não é fácil descrevê-lo, não tanto por falta de dados e informações, mas por causa de sua grandeza, de sua personalidade singular e de seu caráter inigualável. Não poderia ser diferente. "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência" (Cl 1.16-18). 

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 24/06/17


FanPage: Tiago Luis Pereira
Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com
Twiter: Tiago Luis Pereira @TiagoLPereira1

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Lição 12 José, O Pai Terreno de Jesus – Um Homem de Caráter



Lição 12 José, O Pai Terreno de Jesus – Um Homem de Caráter


INTRODUÇÃO: Nesta lição, estudaremos o que a Bíblia revela sobre a vida de José de Nazaré, esposo de Maria, mãe de Jesus. Homem dotado de um caráter justo, temperante e amoroso. Deus, ao escolher a mulher em cujo ventre Jesus seria concebido, também escolheu aquele que haveria de dar apoio e proteção a ela e a seu filho primogénito. Dessa forma. José passou a ser partícipe do plano salvífico de Deus.

Comentarista Pr. Elinaldo Renovato de Lima http://www.adparnamirim.com.br/?page_id=66

Subsídio, estudo, reflexão

#1. JOSÉ, O PAI DE JESUS

1.Quem era José?: Pouco se sabe a respeito de sua vida. Assim como a esposa, José era simples, humilde, talvez mais conhecido que ela por causa de sua profissão de carpinteiro. Ele entrou na genealogia de Jesus, contribuindo para o cumprimento das profecias, que indicavam que o Messias viria da descendência de Davi (2 Sm 7.12,16).

2.Pai adotivo de Jesus: José não era o pai biológico de Jesus, e sim o seu pai adotivo, visto que Jesus foi gerado pela ação do Espírito Santo no ventre de Maria (Lc 1.35). Também é chamado de "pai-guardião" de Jesus. Esse fato é de grande importância, pois ele era "da casa e família de Davi" (Lc 2.4). Perante a Lei, José era pai de Jesus, incluindo-o na sua família, e também na de Maria, conforme o registro de Lucas 3.23-38. Dessa forma, ele garantiu a confirmação de Jesus na descendência real de Davi e da tribo de Judá. Lucas registra a genealogia de Jesus, a partir da descendência de Davi (Lc 1.27).

3.José, um sonhador obediente: Ao saber da gravidez de Maria, pensou em deixá-la secretamente para não infamá-la. Mas Deus entrou em ação, e lhe deu um sonho tranquilizador para que não saísse do seu lugar (Mt 1.20,21). Deus não deixou que ele concretizasse seu desejo de fugir às escondidas para não sofrer as consequências da gravidez inesperada de sua noiva.

#2. O CARÁTER EXEMPLAR DE JOSÉ

1.Um Homem obediente: Ao ter a revelação acerca da natureza da concepção de Maria, e receber a ordem de Deus para não deixar Maria, José submeteu-se à vontade divina: "E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher" (Mt 1.24). Poderia ter despertado e dado tempo para verificar se não teria tido apenas um sonho resultante das muitas ocupações (Ec 5.3). Teve porém o discernimento espiritual de que se tratava de um sonho de origem divina. E obedeceu prontamente tão logo despertou de seu merecido sono. Com amor, abraçou Maria e contou-lhe a experiência que Deus lhe proporcionara.

*José intentava deixar Maria secretamente, mas em sonho, o anjo disse que ele não deveria temer ao receber Maria como esposa, ao receber a revelação divina, obedeceu ao chamado de Deus, de cooperar com sua noiva Maria, a cuidar do Filho de Deus, que haveria de vir ao mundo.

2.Um Homem temperante: No período em que era noivo (desposado) com Maria, ele não teve relações íntimas com ela. Primeiro, porque era um grave pecado (Dt 22.23,24). Em segundo lugar, porque era homem de bem, e obediente a Deus, "justo" (Mt 1.19). José "não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS" (Mt 1.25). Ambos foram fortes o suficiente para serem fiéis a Deus, nessa área, em que muitos não resistem nem à primeira investida do Maligno.

*temperante, de temperança, do grego = egkrateia, que é o controle, domínio próprio sobre os desejos e paixões carnais.
*Os namorados e noivos, devem vigiar, para que não caiam em prostituição, do grego = pornéia, que é, imoralidade sexual de todas as formas, é todo ato e intimidade sexual fora do casamento, pois é pecado, afasta a presença de Deus, e ficam vulneráveis para os ataques do Diabo.

#3. A NOBRE MISSÃO DE JOSÉ

1.Asseguar a ascendência real de Jesus: Como visto no primeiro tópico, perante a lei, José era o pai de Jesus, incluindo-o na sua família, e também na de Maria, conforme o registro de Lucas (3.23-38). Dessa forma, ele garantiu a confirmação de Jesus na descendência real de Davi, pela tribo de Judá: "E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá, cujo nome era Jessé [...] " (1Sm 17.12). Jesus é descrito, no Apocalipse, como "o Leão da tribo de Judá", o único capaz de abrir o livro selado com sete selos (Ap 5.5). Mateus registra a genealogia de Jesus, a partir da descendência de Davi. Jesus foi adotado legalmente por José, que era da tribo de Judá.

2.Proteger Jesus em seus primeiros anos: Alguns fatos relevantes sobre a vida de Jesus comprovam o amor e o zelo de José pelo menino que não era seu filho biológico, mas filho de Maria pela intervenção divina.

a) No nascimento de Jesus. "E subiu da Galileia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem" (Lc 2.4-7). Naquela situação, sem dúvida, José participou dos procedimentos no parto de Jesus, ajudando Maria em todos os detalhes, amparando o bebê, no corte do cordão umbilical, e em sua limpeza pós-parto, no envolvimento em panos e a colocação da criança na manjedoura.

b) Nas cerimônias exigidas pela Lei. Na circuncisão de Jesus, ao oitavo dia de nascido e na apresentação no Templo, José estava ao lado de Maria: "E, quando os oito dias foram cumpridos para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. E, cumprindo-se os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor" (Lc 2.21,22).

*A circuncisão: Era o sinal do pacto, da aliança de Deus com Abraão e sua descendência (Israelitas), (Gn.17.9-14, 23-27)

*Dias da purificação (Lv.12.1-4)

*Apresentado ao Senhor e não “batizado”: #Levado pelos seus pais para ser apresentado; #Para ser batizado seus pais não o levaram, ele foi sozinho (Mt.3.13). Pois o batismo é para arrependimento de pecados, confissão de pecados (Mt.3.6); (At.2.38), batismo é uma decisão pessoal, como uma criança, um bebê pode tomar decisões? Ou ter consciência de seu pecado? (Jesus foi batizado com cerca de 30 anos (Lc.3.23), não porque tinha pecado, mas para se identificar-se com os pecadores.)

c) Na fuga para o Egito. Diante da ameaça de Herodes, de matar o menino Jesus, Deus determinou que José tomasse Maria e o menino, e fugissem para o Egito, até que o rei homicida tivesse morrido. Por quase 500 quilômetros de viagem, em meio a estradas desertas, com risco de assaltos e intempéries, José conduziu a esposa e seu filho para um lugar seguro. E de lá só voltou por revelação de Deus, quando o homicida tinha morrido, e foi morar em Nazaré (Mt 2.13-23).

3.O zelo pela formação espiritual de Jesus: Seus pais cumpriam o que fora determinado quanto à educação dos filhos, através do ensino sistemático e diário da Palavra de Deus (cf. Dt 11.18-21). Fazia parte de sua educação conhecer e participar das festas anuais de Israel, das quais a Páscoa era a mais importante. José Maria levavam o menino a Jerusalém ara essa festividade nacional. "Ora, dos os anos, iam seus pais a Jerusalém, Festa da Páscoa. E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa" (Lc 2.41,42). Um exemplo eloquente de um verdadeiro pai, que se faz presente na vida do filho, e não apenas um genitor, que gera e se descuida da vida do filho.

*José cumpriu sua responsabilidade como chefe do lar, sustentou, educou, protegeu, foi um homem exemplar e sua influência foi fundamental na vida de Jesus, que apesar de ser Deus, era homem também, e sendo ainda em tenra idade, era sujeito aos seus pais (Lc.2.51).

CONCLUSÃO: José foi escolhido por Deus para uma missão muito elevada, no plano da redenção. Ele foi o homem que amparou Maria, em sua missão de conceber o Filho de Deus, como Filho do Homem. Não só a ela, mais ao próprio Jesus, em seu nascimento biológico, em sua infância, nas ameaças que sofreu. Ele cuidou de sua educação ao lado de sua mãe. Ele foi um homem santo. Mas, assim como Maria, nunca reivindicou para si honras e louvores, que só pertencem a Deus.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 16/06/17


FanPage: Tiago Luis Pereira
Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com
Twiter: Tiago Luis Pereira @TiagoLPereira1

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Lição 11 Maria, Mãe de Jesus – uma Serva Humilde


Lição 11 Maria, Mãe de Jesus – uma Serva Humilde

INTRODUÇÃO: Maria foi escolhida por Deus para protagonizar o papel mais importante que uma mulher poderia receber. Foi uma missão singular e única na história das mulheres em todos os tempos. Ela recebeu a missão de ser mãe de Jesus Cristo, o Verbo, que “[…] se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Em seu ventre, ela acolheu, sob a graça do Espírito Santo, aquEle que veio ao mundo para salvar a humanidade perdida.

Comentarista Pr. Elinaldo Renovato de Lima http://www.adparnamirim.com.br/?page_id=66

Subsídio, estudo, reflexão

#1. MARIA, A MÃE DE JESUS

1. Quem era Maria: O nome de Maria era muito comum em seu tempo. Deriva do nome hebraico Miriã. Na septuaginta, versão grega do Antigo Testamento, o nome original é Manam. Ela era da linhagem real, descendente do rei Davi. Mateus registra a genealogia de Jesus, dizendo: "Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão" (Mt 1.1). O texto prossegue até o versículo quinze que diz: "e Eliúde gerou a Eleazar, e Eleazar gerou a Mata, e Mata gerou a Jacó, e Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo" (Mt 1.15,16).

2. Suas qualidades e seu caráter. Maria foi escolhida para ser mãe do Salvador, antes de tudo, por decisão divina. Mas também por suas qualidades espirituais e morais.

A escolha condiciona a vontade soberana de Deus, Ele escolhe quem quiser

a) Ela era virgem: O anjo Gabriel foi o enviado especial da parte de Deus à cidade de Nazaré , "a uma virgem", cujo nome era "Maria" (Lc 1.26,27). Naqueles tempos, a virgindade física de uma jovem era um valor de grande significado espiritual e moral (Is 62.5). José não teve relações com ela até que Jesus nascesse. A concepção de Jesus, portanto, foi divina, virginal e santa (Mt 1.25). Sua virgindade era indispensável para o cumprimento da profecia de Isaías (7.14), 760 anos antes de Cristo (Mt 1.22,23).

*Era virgem, como disse o comentarista, naqueles tempo era honroso uma pra uma jovem guardar sua virgindade até o matrimônio; Diferente dos dias de hoje, em que a jovem virgem é chamada “boba”, “quadrada”, e pior, as jovens são direcionadas por suas próprias mães, a usarem métodos contraceptivos a fim de que tenham relações sexuais e não venham a se engravidar.

* A ideia que Maria foi concebida ainda virgem é certa

(Lc.1. 34 E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? 35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.

* Mas dizer que ela foi virgem até a sua morte é falsa, observe o texto:

(Mt.1. 25 E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus).

*A palavra até, indica um tempo determinado, ou seja, José não teve relações sexuais com Maria, até quando esta ainda não tinha dado a luz a Jesus, depois que Jesus nasceu, José e Maria tiveram filhos, confira os textos abaixo:

(Mt.12.46 E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe. 47 E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te).

(Mt.13.53 E aconteceu que Jesus, concluindo estas parábolas, se retirou dali. 54 E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas? 55 Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas? 56 E não estão entre nós todas as suas irmãs? De onde lhe veio, pois, tudo isto?)

(Jo.2. 11 Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. 12 Depois disto desceu a Cafarnaum, ele, e sua mãe, e seus irmãos, e seus discípulos; e ficaram ali não muitos dias).

*Aqui João, distingue irmãos e discípulos.

*Paulo escreveu em Gálatas 1. 19 E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.

* Deus é fiel e preciso nas suas promessas (Is.7.14)

b) Ela era agraciada: Diz Lucas: "E, entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada [...]" (Lc 1.28a). O termo quer dizer que ela foi honrada por Deus, ou "muito favorecida", e recebeu a graça divina em sua vida, 'não apenas naquele momento, mas por toda a sua vida.

*Em outras palavras ela foi aceita por Deus, para ser a mulher que daria à luz ao messias, ela foi grandemente favorecida pelo Senhor; Se tivesse uma vida depravada, jamais seria receberia essa grande honra.

c) Tinha a presença do Senhor: Em sua mensagem, diretamente da parte de Deus, o anjo disse: "o Senhor é contigo" (Lc 1.28). Ao dizer que o Senhor era com ela, o anjo declarou o que talvez ela não tivesse consciência de forma tão clara: Deus estava com ela.

*Esse dizer “o Senhor é contigo”, quer dizer que Deus estava com Maria, pois era uma serva de Deus, obediente e fiel, que agradava a Deus. Quando fazemos a vontade de Deus, temos sua presença conosco, para nos proteger, guiar, consolar, abençoar e etc; A presença de Deus é a melhor “coisa” que o ser humano pode ter.

*Há muitos que dizem: “Deus está comigo!” Mas vivem totalmente contra a vontade de Deus,  o pecado nos separa de Deus (Is.59.1-2), na bíblia temos inúmeros exemplos disso, e essa passagem é uma delas leia.

*O desprezo por Deus (1Sm.1.12-17,22-25), quando houve uma batalha acharam que Deus estava com eles, mas estavam completamente enganados (1Sm.4.1-10).

d) Ela era bendita entre as mulheres: O anjo declarou ante o olhar de espanto de Maria: "[...] bendita és tu entre as mulheres" (Lc 1.28). Com essa expressão o anjo quis enfatizar que, para Deus, ela era abençoada, ditosa, feliz. Não era para menos. No meio de tantos milhares de mulheres, em Israel, ser alcançada por tão grande deferência da parte de Deus era algo acima de qualquer pensamento humano.

#2. A ELEVADA MISSÃO DE MARIA

1. Deus a escolheu para ser a mãe do Salvador: Ao ouvir tal saudação do anjo, Maria ficou perplexa: "Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus, e eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus [...] (Lc 1.30,31)”.

*Vemos a soberania de Deus nas suas escolhas, escolheu uma mulher, que na época e contexto tinha pouca influência, uma jovem (pouca experiência), para uma obra muito grande, ser a mãe do Salvador Jesus.

*Quando Deus escolhe alguém, não importa quem seja, e a capacidade que possui, Deus chama, capacita e a abençoa para fazer a obra.

2. O anúncio de que seria a mãe do Salvador: Admiração e espanto perturbaram sua mente ao receber a notícia de que seria a mãe do Salvador (Lc 1.34). Então, o anjo explicou que o menino nasceria pela virtude do Espírito Santo (Lc 1.35). Assim, Maria demonstrou outra qualidade que lhe era peculiar, e que muito agradara a Deus - a sua submissão à vontade do Senhor: "Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela" (Lc 1.38).

*Ao ouvir o anúncio de que seria a mãe do Salvador, ela não discute com o anjo, a princípio ela não entende como seria mãe, sendo ela virgem, mas após o anjo lhe declarar como isso aconteceria, ela prontamente diz: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra.”

*Ela aceita a chamada de Deus, não se importando com a repercussão que viria, ela renunciou sua reputação, seu casamento e a sua própria vida; Pois ela ficaria grávida e não era de José, isso poderia manchar sua honra, romper seu compromisso matrimonial com José e poderia ser apedrejada até a morte, por causa da infidelidade conjugal.

*Mas Deus quando chama, confirma e respalda, em sonhos apareceu a José e explicou tudo a ele (Mt.1.18-25).

3. Maria, mulher e mãe. Maria soube comportar-se como verdadeira mãe. Teve de se deslocar de Nazaré a Belém, para alistar-se com o esposo num censo decretado pelo governo (Lc 2.1-5). Um tremendo contraste! Um Rei, nascendo numa manjedoura. Com esmero, ela cuidou da infância de Jesus. Aos oito dias de nascido, levou-o para ser circuncidado (Lc 2.21); depois, levou-o para ser apresentado no Templo (Lc 2.22,23; Lv 12.4). Periodicamente o levavam para a festa da Páscoa (Lc 2.40,41).

#3. O SEU PAPEL NO PLANO DA SALVAÇÃO

1. Maria deu à luz "a semente da mulher": Após a tragédia do pecado, por amor e misericórdia. Deus declarou, na repreensão a Satanás: "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o alcanhar" (Gn 3.15). Essa declaração divina é considerada o "protoevange-Iho" de Deus. Diz Paulo: "mas, vindo a plenitude dos tempos. Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos" (Gl 4.4,5).

*Estando Adão e Eva habitando no jardim do Éden, Deus havia ordenado a Adão que não comesse do fruto da árvore que estava no meio do jardim, pois se assim fizesse morreriam (Gn.3.16-17); Satanás por meio da serpente enganou a Eva, dizendo que se ela comesse, na verdade não morreriam, mas seriam semelhantes a Deus, conhecendo o bem e o mal (Gn.3.1-5; (2Co.11.3); Eva cede a tentação, come do fruto e dá também a Adão, com isso o pecado entrou no mundo (Gn.3.6-7); (Rm.5.12).

*Houve consequências:
# multiplicação da dor (gn.3.16) 
#cansaço, fadiga (Gn.3.17c-19)
# a terra foi amaldiçoada (gn.3.17-19)
# morte física (Gn.2.17; 3.19)
# perda da comunhão com Deus (Gn.3.23); (Is.59.1-2);
# “transmissão” do pecado a todo ser humano (Rm.5.12); (Rm.3.9-12,23). (1Jo.1.8-10).

*Mas em meio as sentenças, surgiu uma promessa divina, era Deus revelando o seu grande amor para com o ser humano, para redimi-lo de todo o sofrimento e Maria participaria, contribuiria para esse grande evento. Veja:

*Jesus era a “semente”, que nasceria da mulher “Maria”, que seria ferido pela serpente “Satanás”, mas feriria também a serpente “Satanás”.

*A serpente (Satanás) ferindo a Jesus (Semente): Adão quando pecou, seu pecado foi imputado sobre todos os homens (Rm.5.12); isso revela que Adão representava a humanidade, assim também, da mesma forma, Jesus tomou sobre si todos nossos pecados, fez-se maldito por nós, e padeceu em nosso lugar, até a morte de cruz, era a semente sendo ferida pela serpente. (Is.53.4-7); (Gl.3.13);

*Jesus (Semente) ferindo a serpente (Satanás): Aparentemente a morte de Jesus na cruz, parecia uma derrota, mas naquele ato estava sendo cumprido toda a justiça de Deus (Rm.3.21-26), um sacrifício santo e perfeito, capaz de redimir toda a humanidade, ao terceiro dia Jesus ressuscita, ou seja, vence a morte, morte esta causada pelo pecado, não porque tinha pecado, mas porque tomou sobre si nossos pecados, e todos aqueles que creem em Jesus, vencem a morte (condenação), e recebe a vida (vida eterna, a salvação). Leia (Rm.5.15,17-21).

2. Maria não é redentora: Nos ensinos do Novo Testamento não existe nenhuma base para considerar Maria como redentora, ou mediadora entre Jesus e os homens. Este posicionamento é perigoso, pois a Bíblia diz que não devemos ir além do que está escrito (1Co 4.6). O ensino de que Maria é redentora e mediadora provém do dogma, estabelecido no Concílio de Éfeso, realizado em 431 d.C. Naquele Concílio, chegaram à conclusão de que Maria era Mãe de Deus, pois Jesus era Deus. Tal conclusão fere a revelação bíblica por várias razões. Deus é eterno, o Criador. Uma criatura não pode ser sua mãe. Isso é pecado da mariolatria, o que não condiz com o caráter humilde, submisso e santo da mãe de Jesus (Lc 1.38). Na verdade, Maria era mãe do Filho de Deus encarnado, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem.

3. Maria não é mediadora. Não se pode negar a honra e os privilégios que Deus concedeu a Maria de Nazaré, para ser a mãe do Filho de Deus, encarnado em seu ventre. Mas a ela, não se deve render culto ou adoração. Jesus disse: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás" (Mt 4.10). Abaixo algumas heresias a respeito do culto a Maria.

a) Assunção de Maria: O Papa Pio XII, em sua bula Munificentíssimo Deus (de 1° de novembro de 1950) diz que Maria "... foi levada de corpo e alma para a glória do céu". Na verdade, Maria foi sepultada e, agora, aguarda a ressurreição, no arrebatamento da igreja.

*Essa é a principal delas, pois é através desta que as duas que se seguem estão embasadas, eles alegam que Maria não tinha o “pecado original”, pois se assim tivesse não poderia dar a luz a Jesus, e não pecou em toda a sua vida; e segundo eles, Maria por não ter pecado, a morte não teve poder sobre ela (Rm.6.23), fazem esta errônea afirmação na declaração do anjo Gabriel que disse: “Salve, agraciada”, eles interpretam dizendo: “toda cheia de graça”.

*O termo “agraciada”, no grego é charitoo, que quer dizer, que ela foi honrada por Deus, ou muito(altamente) favorecida.

*Maria tinha pecado, porque foi gerada por um homem e uma mulher, ao contrário disso, para ser imaculada, era necessário que fossem imaculados os seus pais e as avós; assim sucessivamente desde Adão e Eva.

*A Bíblia é clara: (Rm.3.23 “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.)

*Jesus porém, não nasceu de uma relação sexual de um homem e uma mulher, pois foi gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria. (Lc.1.34-35). Só Ele, para Ele toda a glória.

*Mais informações: (http://www.cacp.org.br/maria-imaculada/)

b) Intercessão de Maria: Que absurdo! A Bíblia diz claramente: "Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1Tm 2.5). "... o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós" (Rm 8.34). Só Jesus pode interceder por nós diante de Deus, porquanto por nós Ele morreu na cruz.

c) Suprema autoridade de Maria!: Um ensino como esse jamais honra Maria, a Mãe de Jesus como Homem. Só pode ser de origem maligna para confundir as mentes incautas, levando-as à mariolatria. Jesus disse que todo o poder lhe foi dado no céu e na terra (Mt 28.18).


CONCLUSÃO: Maria merece todo o respeito, a honra e o reconhecimento de seu papel, no plano de Deus em relação à humanidade. Na presciência de Deus, Jesus já era "a semente da mulher" (Gn 3.15), que haveria de ferir a cabeça da serpente, que é o Diabo. Ela foi a única mulher que concebeu pelo Espírito Santo. Mas não há qualquer base bíblica para que lhe rendamos culto, adoração, ou a considerarmos mediadora entre Deus e os homens, pois esse papel é exclusivo de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)  

Cristais – Mg 09/06/17


FanPage: Tiago Luis Pereira
Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com
Twiter: Tiago Luis Pereira @TiagoLPereira1

domingo, 4 de junho de 2017

Recebi uma profecia e agora? "Atitudes que devemos tomarmos ao recebermos uma profecia"

Recebi uma profecia e agora?

"Atitudes que devemos tomarmos ao recebermos uma profecia"

(1Ts 5.20 "Não desprezeis as profecias.
21 Examinai tudo. Retende o bem").

Pb.Tiago Luis Pereira – Cachoeira – Boa Esperança - MG


Introdução:

A Bíblia nos ensina a respeito dos dons do Espírito Santo (1Co 12.1-11), entre esta lista, está o dom da PROFECIA, que é a capacitação do Espírito Santo dada a uma pessoa, para transmitir sob o impulso do Espírito Santo uma mensagem, previsão ou revelação direta da parte de Deus para edificar, exortar e consolar, foi um assunto...

Continue lendo no meu Livro: Os 5 Estudos Bíblicos mais acessados do meu Blog.

Sinopse
Neste Livro você terá acesso aos 5 Estudos Bíblicos mais acessados do meu Blog: Recebi uma Profecia e Agora?; O Amor ao Próximo; Porque Fracassamos?; Porque Passamos por Provações?; Meu Testemunho; Apêndice: Cumprindo nossa Missão de Pregar o Evangelho. 71 páginas.

             Clique na imagem abaixo e adquira o seu Livro Impresso:






sexta-feira, 2 de junho de 2017

A Razão da Nossa Fé - 3° Trimestre - 2017


O currículo de Escola Dominical CPAD é um aprendizado que acompanha toda a família. A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus. Neste 3º trimestre de 2017, estudaremos: A Razão da Nossa Fé: Assim cremos, assim vivemos 
Comentário das lições será feito por: Esequias Soares

Sumário:

Lição 1- Inspiração Divina e Autoridade da Bíblia 
Lição 2- O Único Deus Verdadeiro e a Criação 
Lição 3- A Santíssima Trindade: um só Deus em três Pessoas 
Lição 4- O Senhor e Salvador Jesus Cristo 
Lição 5- A Identidade do Espírito Santo 
Lição 6- A Pecaminosidade Humana e a sua Restauração a Deus 
Lição 7 - A Necessidade do Novo Nascimento 
Lição 8 - A Igreja de Cristo 
Lição 9 - A Necessidade de Termos uma Vida Santa 
Lição 10 - As Manifestações do Espírito Santo 
Lição 11 - A Segunda Vinda de Cristo 
Lição 12 - O Mundo Vindouro 
Lição 13 - Sobre a Família e a sua Natureza