quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Lição 4 Salvação - O Amor e a Misericórdia de Deus


Lição 4 Salvação - O Amor e a Misericórdia de Deus

INTRODUÇÃO: A salvação é obra do imenso amor de Deus e de sua maravilhosa misericórdia. Essa obra só foi possível porque o Pai amou tanto a humanidade a ponto de dar o seu próprio Filho para morrer no lugar dela. Assim, por intermédio de sua misericórdia, Deus concedeu perdão ao pecador, fazendo deste seu filho por adoção, dando-lhe vida em abundância.

Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).


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COMENTÁRIO

#1.O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS

1. Deus é amor: Se é difícil dimensionar o amor da mãe pelos filhos, imagine o amor de Deus, que é mais profundo e incomensurável (Is 49.15)! Nesse sentido, Deus usou o profeta Oseias para demonstrar o verdadeiro amor pelo seu povo, ainda que os israelitas se apresentassem indiferentes a esse amor (Os 11.1-4). Ora, amar reflete a natureza do próprio Deus, pois Ele é amor (1Jo 4.8,16). Sendo o Pai a própria essência do amor, nós, seus filhos, somos apenas dotados por Ele com a capacidade de amar (1Jo 4.19). Assim, a maior demonstração do amor de Deus pelo mundo foi quando Ele; entregou vicariamente o seu amado Filho (Rm 5.8; 2 Co 5.14; Gl 2.20). Logo, o objeto desse amor vai muito além da Criação, pois tem, na humanidade, seu valor monumental (Jo 3.16).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O Amor de Deus

Sem menosprezar a paciência, misericórdia e graça de Deus, a Bíblia associa mais frequentemente o desejo de Deus em nos salvar ao seu amor. No Antigo Testamento, o enfoque primário recai sobre o amor segundo a aliança, como se vê em Deuteronômio 7.

Com respeito à redenção segundo a aliança, diz o Senhor: 'Com amor [heb, 'ahavah'] eterno te amei [heb. 'ohev']; também com amável benignidade [heb, chesedh] te atrai" (Jr 31.3). A despeito da apostasia e idolatria de Israel, Deus amava com amor eterno.

O Novo Testamento emprega agapaõ ou ágape para referir-se ao amor salvífico de Deus, No grego pré-bíblico, essas palavras tinham pouca relevância. No Novo Testamento, porém, são óbvios o seu poder e valor. "Deus é ágape' (Jo 3.16). Por isso, ele deu seu Filho unigênito' (Jo 3.16) para salvar a humanidade. Deus tem demonstrado seu amor imerecido para conosco 'em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). O Novo Testamento dá amplo testemunho do fato de que o amor de Deus impeliu-o a salvar a humanidade perdida. Por isso, estes quatro atributos de Deus — a paciência, a misericórdia, a graça e o amor—demonstram a sua bondade ao promover a nossa redenção" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 345,346). 

2. Um amor que não se pode conter: Deus sempre amou o ser humano. A criação do homem e da mulher, por si mesma, é a prova deste amor divino (Gn 1.26,27). Nesse aspecto, o amor de Deus pela humanidade é incondicional, ou seja, não há nada que o ser humano possa fazer para aumentá-lo ou diminuí-lo (2 Pe 3.9; 1Tm 2.4). Entretanto, há uma tensão entre o amor de Deus e a sua justiça. Como conciliar isso? As Escrituras mostram que o ser humano escolhe abandonar esse ato de amor, de modo que o Altíssimo, respeitando o livre-arbítrio do homem, o entrega à sua própria condição (Rm 1.18-32). Assim, o amor e a justiça de Deus se conciliam.

* “Porque Deus amou o mundo de tal maneira”. São palavras do próprio Jesus Cristo pregando a Nicodemos, que mesmo sendo o Filho de Deus não conseguiu dimensionar o tamanho do amor de Deus Pai, ou seja, seu amor vai além do que podemos imaginar.

O problema de muitos é pensar que amar alguém, é aceitar e concordar com tudo o que ela faz, tomamos o exemplo de nós que somos pais, que amando nossos filhos muitas das vezes os disciplinamos, fazendo que eles “sofram” com as consequências de suas desobediências, Deus é o Pai que nos ama, e porque nos ama quer nosso bem, e Ele sabe exatamente tanto o que é bom e mal para nós, por isso, que para o nosso bem, nos orienta com suas ordenanças a não tomarmos atitudes que será para o nosso malefício (Dt.30.19)

Porque Deus amava Adão e Eva e queria o bem deles, ordenou para que não comessem da árvore da ciência do bem e do mal que estava no meio do Jardim do Éden, pois o dia em que comessem morreriam, Deus não queria que esse mal sucedesse a eles, por causa disso os proibiu, mas Adão e Eva desobedeceram a voz de Deus, comeram do fruto da árvore por livre e espontânea vontade e Deus mesmo os amando, os disciplinou, pois Deus é amor, mas é justiça também.

# Justiça Divina (Rm.3.23)    #Justiça em Amor pela fé (Rm.3.24-26).

#Amor(Bondade) e Justiça(Severidade) Divina - (Rm.11.17-22); (Gl.6.7-8)

3. A certeza do amor de Deus: As relações humanas, infelizmente, implicam trocas, por isso certa dificuldade de compreendermos a gratuidade do amor de Deus. Pensamos que quando o decepcionamos com nossas atitudes e pecados, Ele vira as costas para nós, como fazem as pessoas as quais frustramos com nossas ações. Ora, havendo quebrantamento de coração (SI 51.17), verdadeiro arrependimento (Pv 28.13) e atitude de retorno sincero, Deus jamais abandona os seus filhos, ainda que estes o tenham ofendido (Lc 15.11-32). Assim, Ele nos convida a experimentar do seu perdão e a desfrutar do seu amor como filhos mui amados. Isso tudo acontece porque o amor do Altíssimo não se baseia no ser humano, objeto de seu amor, mas nEle mesmo (Dt 7.6,7), a fonte inesgotável de amor.

*O Amor de Deus é adimensional e incondicional, ou seja, não tem: “Enquanto”, “Quando”, “Se”, “Porque”. (Jo.3.16); (Rm.5.8); (Ef.2.1-6). Cada Ser Humano pode acreditar nessa verdade: Deus me ama e deu prova disso entregando seu único Filho para morrer em meu lugar, para que eu crendo Nele não pereça, mas venha ter a vida eterna”.

#2.UM DEUS MISERICORDIOSO

1. O que é misericórdia?: É a fidelidade de Deus mediante a aliança de amor estabelecida com a humanidade (SI 89.28), apesar da infidelidade dela. Por conseguinte, a misericórdia do Pai torna-se favor imerecido para com o pecador, que merecia a condenação eterna, a fim de livrá-lo tanto da morte física quanto da espiritual (Lm 3.22). Quão permeadas de misericórdia são as obras de Deus (SI 145.9)!

* A misericórdia de Deus é fruto do seu amor, da sua bondade e fidelidade, ou seja, porque Deus é amoroso e bondoso, Ele se compadece e age, isso é graça.

No original hebraico e grego não existe a palavra misericórdia, pois essa é de origem latina, é formada pela junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). "Ter compaixão do coração", significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com as pessoas); Misericórdia portanto, é um sentimento de compaixão, despertado pela desgraça ou pela miséria alheia.

No hebraico é hesedh, sua tradução mais próxima é bondade, podendo também ser traduzida como bondade e fidelidade, como no Salmo 136, onde relata o cuidado divino com a nação de Israel, expressando seu amor, bondade e fidelidade pela aliança feita a eles.

O outro termo para misericórdia no hebraico é raham, usado no Salmo 103.4, onde diz que Deus coroa de benignidade e misericórdia, a palavra hebraica, a tradução mais próxima é compaixão, o ventre materno abrigando, amando o feto, os autores do Antigo Testamento criam que o ventre ou as entranhas era a sede das emoções, trazendo o mesmo significado da palavra misericórdia no grego (Cl.3.12).

Misericórdia no grego eleos, a palavra mais próxima é compaixão, no sentido ativo da palavra e não somente um sentimento passivo, em (Isaías 60.10 LXX); (Mc.5.19); (Ef.2.4) onde fala que Deus teve ou agiu com misericórdia, está dizendo que Deus teve compaixão e agiu com bondade, da mesma forma quando pessoas aflitas clamavam por misericórdia, eles clamavam para que Jesus tivesse compaixão delas e agisse bondosamente para com elas (Mt.20.30; (Mc.10.47)

2. O Pai da misericórdia: A Bíblia afirma que Deus é o Pai da misericórdia (2 Co 1.3; Êx 34.6; Jn 4.2). Pelo fato de conhecer a estrutura humana, pois Ele mesmo a criou, o Altíssimo exerce a sua misericórdia, demorando a irar-se e não nos tratando segundo as nossas iniquidades (SI 103.8-12); pois Deus "conhece a nossa estrutura" e "lembra-se de que somos pó" (SI 103.14). Baseado na expressão dessa misericórdia, o pecador arrependido pode tranquilizar o seu coração e, no lugar de sentir-se perturbado e aflito, descansar no perdão e na reconciliação de Deus (1Jo 2.1). Jesus Cristo, o Filho de Deus, manifestou na prática de seu ministério a divina misericórdia do Pai. A compaixão demonstrada pelo Filho aos pecadores (Mt 15.32; 20.34; Mc 8.2) e o olhar terno de Jesus diante do sofrimento humano (Lc 7.13; 15.20; Jo 8.10,11) expressam a imagem do Pai da misericórdia (Hb 1.1-3).

3. Misericórdia com o pecador: De nada adiantaria a misericórdia divina se não fosse o seu impacto sobre a vida cotidiana do pecador. Logo, a misericórdia de Deus pode ser experimentada a cada dia, pois ela nunca acaba (SI 136.1 - ARA). O Altíssimo é longânimo para com o pecador, dando-lhe sempre novas chances de perdão e libertação do poder do pecado (Rm 6.18). Mediante a misericórdia divina somos libertos dos adversários (Ne 9.27), livres da destruição (Ne 9.31), cercados e coroados cuidadosamente pelo Todo-Poderoso (SI 23.6; 32.10; 103-4). Assim, apesar da situação dramática do pecador, a misericórdia de Deus pode alcançá-lo milagrosamente.

*As misericórdias (as ações bondosas) de Deus são a causa de nós não sermos consumidos (Lm.3.22).

A misericórdia (compaixão) de Deus somada ao seu amor, opera em nós pela fé a obra da salvação (Ef.2.4);

A palavra riquíssimo em (Ef.2.4) no original grego platyno, conota a ideia de amplo, de largo, que se expande; Assim podemos associarmos as seguintes expressões bíblicas: “e faço misericórdia em milhares” (Ex.20.6); “porque as suas misericórdias não tem fim” e “Novas são cada manhã (Lm.3.22-23).

#3.AMOR, BONDADE E COMPAIXÃO NA VIDA DO SALVO

1. Amor como adoração a Deus: O pecador não alcançado pela graça divina, por natureza, é inimigo de Deus (Rm 5.10), chegando até mesmo a odiá-lo (Lc 19.14). Mas, por intermédio da reconciliação que Cristo operou na cruz, o próprio Deus tomou a iniciativa e capacitou o salvo a amá-lo (1Jo 4.11,19). Por isso, o mandamento bíblico convida o ser humano a amar o Senhor Deus acima de todas as coisas (Dt 6.5; Mc 12.29,30). Isso não é apenas uma lei moral, mas um sentimento de profunda devoção de coração; uma necessidade concedida pelo Altíssimo ao homem para que este desfrute do deleite de sua presença (Dt 30.6). Logo, mediante o amor divino, o salvo em Cristo é levado a demonstrar, em atitudes e palavras, o quanto ele ama a Deus, sabendo que isso só foi possível porque o Pai amou-o primeiro (l Jo 4.19).

*O amor de Deus por nós é altruísta, abnegado e ímpar. E a única coisa que Ele nos pede é que também venhamos a amá-lo com todo o nosso coração: [...] "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração [...]" (Mt 22.37). Como podemos expressar nosso amor a Deus? De diferentes formas: sendo fiéis em nossos dízimos e ofertas, louvores, orações, lendo a Bíblia, etc. Mas a melhor maneira de expressar nosso amor a Deus é abandonar o pecado e procurar ter uma vida santa. Quem ama a Deus não tem prazer na prática do pecado. Quem se encanta com o pecado não ama ao Senhor e nunca o conheceu. Por isso, Jesus afirmou que muitos dirão naquele Dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? (Mt 7.22). A resposta do Senhor para estes é apenas uma: [...] "Nunca vós conheci [...]" (Mt 7.23).

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama, será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21)

(1Jo.3.6 Qualquer que permanece nele não peca (não vive na prática do pecado); qualquer que peca não o viu nem o conheceu.7 Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim como ele é justo.8 Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo.9 Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado (não vive na prática do pecado); porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.10 Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus).
(Dt.6.5) Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.

1. Coração: A porção mais interior do ser; mente (intelecto, entendimento), emoções e vontade.

2. Alma: A totalidade do homem interior, com toda sua vida.

3. Força: Todas as potencialidades do homem, poder, veemência, aplicar – se ao amor a Deus com propósito e determinação.

Esses três vocábulos indicam tudo quanto somos, temos e podemos fazer.

2. Amar ao próximo: "Porque o amor de Cristo nos constrange" (2 Co 5.14), escreveu o apóstolo Paulo. Essa é a razão de o crente amar o seu irmão. Esse amor nos constrange a amar o próximo (Mt 5.43-45; Ef 5.2; 1Jo 4.11) porque Cristo morreu por ele igualmente (Rm 14.15; 1Co 8.11) e quando fazemos o bem a quem precisa fazemos ao próprio Senhor (Mt 25.40). De acordo com a parábola do Bom Samaritano, devemos amar o nosso próximo, não a quem escolhemos, mas a quem aparece diante de nós durante a caminhada da vida. Embora as relações sociais estejam precárias no contexto moderno, devemos amar o outro sem esperar algo em troca (Mt 22.39). Assim, evitaremos a frustração, o rancor e a exigência além do que se pode dar. O nosso desafio é simplesmente amar!

* Para amar o próximo com o amor ágape é preciso amar a Deus primeiramente. O apóstolo João diz que Deus é amor, quem não ama, jamais o conheceu (l1Jo 4.7,8,12,20). Certa vez, um fariseu perguntou a Jesus qual era o grande mandamento da lei, então o Mestre ensinou que amar ao Senhor de todo o coração e ao próximo é um resumo de todos os mandamentos (Mt 22.37-40). É importante ressaltar que amor não é somente sentimento, mas ação. Não basta amar somente de palavras. O amor como fruto do Espírito faz que eu queira para os outros aquilo que desejo para mim. Faz com que eu tenha prazer em doar meu tempo, meus dons e talentos para o bem do próximo.

"Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis." (Jo.13.34)

Como Deus e Jesus nos amou?

A) Amor voluntário: “porque Deus amou”:

#Deus: Ele decidiu amar primeiro, sem esperar algo em troca, Deus nos amou quando estávamos mortos em pecado, o que um morto pode fazer, ou retribuir? (Rm.5.8); (Ef.2.1)
Deus nos amou quando éramos seus inimigos, porque fazíamos o que não lhe agradava (Rm.5.9) (Ef.2.2-3) (Cl.1.21)

*Nós: amamos quando, se, porque (Pv.25.24-25); (Mt.5.43-48)

B) Amor universal: “o mundo”:

#Deus: Amou todas as pessoas, boas ou más, ricas ou pobres, pois Deus não faz acepção de pessoas, porque diante de Deus todos nós estávamos na mesma situação de pecado.

*Nós: Fazemos acepção (Tg.2.1-8)

C) Amor inexplicável: “de tal maneira”:

#Deus: Nem Jesus, o Filho de Deus não achou palavras para descrever, dimensionar o amor de Deus (Jo.15.13); (2.Co.5.14); (Ef.3.19)

*Nós: De nós mesmos não temos capacidade, isso vem de Deus  (Rm.5.5); (Gl.5.22).

D) Amor doador: “que deu”:

#Deus: não é egoísta, avarento, ele é generoso, quem ama dá, é o amor não só de palavras, mas na prática. (Rm.5.8); (1Jo.4.9)

*Nós: Egoístas, indiferentes (Tg.2.14-17); (1Jo.3.17-18).

E) Amor sofredor: “seu filho unigênito”:

#Deus: Deu seu tudo, seu melhor, Cristo abriu mão de sua vontade em benefício do outro (Jo.10.11); (Mt.26.38-39)

*Nós: Devemos renunciarmos nossas vontades, nossos direitos, e perdoarmos (2Co.12.15); (Fl.1.23-24); (1Jo.3.16). O amor sofredor de Deus salvou a humanidade, nosso amor sofredor (perdoar, suportar, pregar e orar) também pode contribuir para a salvação dos outros.

3. Amor como serviço diaconal: Quando Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele ensinou, na prática, um estilo de vida que deveria caracterizar seus discípulos (Jo 13.14), ou seja, o de um servir ao outro. O serviço em favor do próximo, uma vida sacrificai em favor de quem está perto de nós, demonstra, na prática, a grandeza do amor de Deus. Os que estão em nossa volta reconhecem isso (At 2.46,47). "Amar uns aos outros" é a maneira mais eficaz de demonstrar ao mundo que somos seguidores de Jesus (Jo 13.35). A Palavra de Deus nos ensina que expressar afeto de misericórdia é um estado de bem-aventurança que o Pai nos concede, pois igualmente podemos ser objeto dessa mesma misericórdia (Mt 5.7).

*Só podemos amar e servir o próximo se atentarmos para esse texto bíblico: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 24.9).

Vivemos dias difíceis, nos quais o egoísmo tem imperado em nossa sociedade, precisamos demonstrar ao mundo o amor de Deus mediante as nossas ações. Na parábola registrada na narrativa de Lucas (Lc.10.25-37), Jesus ensina a um doutor da lei sobre amor ao próximo e como manifestar esse amor, pois não devemos amar só de palavras, mas em atitudes também.

Vejamos a atitude do Bom Samaritano:

a) Vs.33: “chegou ao pé dele”: Não passou de largo como o sacerdote e o levita (vs.31-32), isso revela que o bom samaritano não era preconceituoso, arrogante, mas humilde.

b) Vs.33: “vendo-o, moveu-se de íntima compaixão”: o bom samaritano não era indiferente a dor do outro (vs.31-32), era um homem de coração bondoso.

c) Vs.34: O bom samaritano não fica só no “abstrato”, ele vai pro “concreto”, não fica somente no sentimento e parte para a ação, isso revela a genuinidade do amor e da bondade dele, a expressão “e cuidou dele”, revela que ele gastou seu tempo cuidando do ferido, pois não era egoísta, deu uma “pausa” na sua viagem, para ficar com alguém que nem conhecia.

d) Vs.35: O bom samaritano agora investe seu dinheiro, para beneficiar o ferido, isso demonstra sua generosidade e liberalidade, pois não era avarento.

(1Jo.3.16 Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. 17 Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? 18 Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade).

CONCLUSÃO: O amor e a misericórdia de Deus extrapolam a compreensão humana, pois ainda que se usem os melhores recursos linguísticos, estes não seriam capazes de descrever quão incomensuráveis são essas virtudes divinas. Nem mesmo o amor de uma mãe pelo seu filho é capaz de sobrepor o amor e a misericórdia de nosso Deus. Por isso, resta-nos expressar esse amor em nossa relação com cada criatura.
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missões)

Cristais – Mg 19/10/17

Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com



quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Lição 3 A Salvação e o Advento do Salvador


                 Lição 3 A Salvação e o Advento do Salvador

INTRODUÇÃO: Deus não abandonou o ser humano no pecado. Por isso, o nascimento de Jesus marca o início de uma nova era para a humanidade, em que a promessa de perdão e de salvação, por intermédio de sua encarnação, posterior crucificação e morte, foi efetuada por Ele na cruz a fim de nos redimir.

Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).


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COMENTÁRIO


#1.O ANUNCIO DO NASCIMENTO DO SALVADOR

1. No Antigo Testamento (Lc 24.27): O Antigo Testamento dá abundantes predições sobre a vinda do Messias ao mundo: na queda dos nossos primeiros pais, a vinda do Salvador foi apontada (Gn 3.15); no sangue de animais no umbral das portas na noite da Páscoa (Êx 12.1-13); no êxodo do povo judeu do Egito (Êx 12.37-51; 13.17-22); nos 26 salmos messiânicos (SI 2.7; 16.10; 22.1ss; 35.19; 72.1ss; 118.22 e outros); na volta do exílio babilônico; e nos profetas, especialmente o livro de Isaías, denominado o livro messiânico do Antigo Testamento (Is 9; 11; 50).

*(Is.7.14 Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel).

(Is.9.6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. 7 Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto).

(Zc.9.9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e salvo, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta).

2. Anunciado pelos anjos: O anjo Gabriel apareceu a Maria e lhe deu instruções de como ela conceberia milagrosamente o menino Jesus (Lc 1.30-38). Quando os anjos anunciaram o nascimento do Salvador aos pastores, estes foram tomados de grande alegria e glória do Senhor (Lc 2.9), pois ao ouvirem palavras tão alentadoras e o coral de anjos cantando foram imediatamente à procura do Salvador (Lc 2.13-18).

*A forma que Cristo que veio ao mundo nos pasma, Deus se fazendo homem, nasceu de uma humilde família, foi posto numa manjedoura (Lc.2.6-7), lugar impróprio para um ser humano, quanto mais para o Filho de Deus! Ensinando-nos uma grande lição!

3. Desfrutado pela humanidade: A visita dos pastores e dos sábios simboliza toda a raça humana à procura de Deus. Essa visita não se deu num belo palácio ornado de ouro, mas numa simples manjedoura cheia de animais e palha; um lugar inóspito para o grande Rei e Salvador. Mas foi ali que Deus mostrou-se em toda sua singeleza e simplicidade, quando foi ao encontro do homem pecador uma vez perdido e entregue ao opróbrio do pecado (Jo 1.9).

#2.A CONCEPÇÃO DO SALVADOR

1. Um plano concebido desde a fundação do mundo: Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8), pois antes de o homem pecar, o Pai, em sua presciência, já havia provido um salvador. Isso significa que, quando o ser humano pecou. Deus não foi pego de surpresa. Entretanto, em seu eterno amor pela humanidade, o Altíssimo havia planejado o resgate dos pecadores mediante o advento da pessoa de seu Filho, Jesus Cristo (Ap 13-8).
* Deus em sua presciência sabia que a humanidade cairia em pecado, não porque Ele a determinou, mas porque anteviu, sabendo disso, providenciou de antemão a salvação para todos os que creem em Jesus Cristo (Jo.3.16), que é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo.1.29)  
2. O nascimento do Salvador: O nascimento do Salvador é um evento emblemático e simbólico acerca do propósito que Ele veio realizar: salvar o mundo (Jo 3.16). Para isso o Filho nasceu longe de casa, peregrinou para Belém sem acomodações adequadas, num ambiente inóspito e extremamente humilde (Lc 2.1-7). Isso foi a demonstração da humildade divina, pois o Filho se esvaziou de sua glória para habitar de maneira humilde entre os homens (Fp 2.7). Que belo gesto de doação de si mesmo, pois não poderia haver maior entrega para mostrar esta verdade: Deus é amor (1 Jo 4.8)!
*Porque Jesus veio ao mundo? Alguns motivos:
A) Cumprir a vontade de Deus o Pai (Hb.10.7-9).
B) Restaurar o homem a Deus o Pai (Mt.9.13); (Lc.19.10); (Jo.1.11-13); (1Jo.3.5).
C) Cumprir a promessa de Deus, Ele é Fiel (Gn.3.15).
D) Revelar o amor e a graça de Deus (Jo.3.16); (Rm.5.8).
E) Manifestar o poder de Deus (nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão).

F) Destruir as obras do Diabo (1Jo.3.8).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Nascimento Virginal
Provavelmente, nenhuma doutrina cristã é submetida a tão extenso escrutínio quanto a do nascimento virginal, e isto por duas razões principais. Primeiro, esta doutrina depende, para a sua própria existência, da realidade do sobrenatural. Muitos estudiosos, nestes últimos dois séculos, têm desenvolvido um preconceito contra o sobrenatural; e esse preconceito tem influenciado seu modo de analisar o nascimento de Jesus. A segunda razão para a crítica do nascimento virginal é que a história do desenvolvimento de sua doutrina nos leva para muito além dos simples dados que a Bíblia fornece. A própria expressão 'nascimento virginal' reflete essa questão, O nascimento virginal significa que Jesus foi concebido quando Maria era virgem, e que ela ainda era virgem quando Ele nasceu (e não que as partes do corpo de Maria tenham sido preservadas, de modo sobrenatural, no decurso de um nascimento humano).
Um dos aspectos mais discutidos do nascimento virginal é a origem do próprio conceito. Alguns estudiosos têm procurado explicá-la por meio de paralelos helenísticos. Os enlaces que os deuses e deusas mantinham com seres humanos, na liturgia grega da antiguidade, são alegadamente os antecedentes da ideia bíblica. Mas essa teoria certamente desconsidera a aplicação de (Isaías 7, em Mateus 1.
Isaías 7, com sua promessa de um filho que nascerá, é o pano de fundo do conceito do nascimento virginal Muitas controvérsias têm girado ao redor do termo hebraico "almah, conforme usado em Isaías 7,14. A palavra é usualmente traduzida por 'virgem', embora algumas versões traduzam por 'jovem'. No Antigo Testamento, sempre que o contexto oferece nítida indicação, a palavra significa uma virgem com idade para casamento" (HORTON, Stanley M. 1.ed. Rio de Janeiro; CPAD, 1996, p. 322).

3. Um roteiro divino de vida: Desde a fundação do mundo, Jesus foi o Salvador e, a partir de seu nascimento, essa realidade foi confirmada (Lc 2.10,11): Ele foi concebido por uma virgem, o que atesta o fato milagroso de ser o Filho de Deus incriado e gerado como homem pelo Espírito Santo (Lc 1.35); Jesus nasceu num contexto de pobreza, o que mostra sua humilhação e serviço aos desafortunados (Lc 4.18-21); o Filho de Maria cresceu numa família, o que mostra a importância que Deus dá à célula mater da sociedade (Lc 2.40). Assim, o ministério terreno de Jesus seria abrangente (Lc 2.49), mostrando que o Reino de Deus já havia chegado à Terra (Lc 10.9,11).

*Vemos que tudo na vida de Jesus teve um propósito divino, nada aconteceu por um acaso, cada ação quer por palavras, gestos e atitudes, Deus revelava a humanidade sua vontade e reafirmava seus princípios imutáveis.

#3.O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS

1. A encarnação do "Verbo": A Bíblia afirma, reiteradas vezes, que o Filho de Deus se tornou "carne" (1Tm 3.16; 1 Jo 4.2; 2 Jo v.7; 1 Pe 3.18; 4.1), ou seja, uma pessoa inteira, de carne e osso, em pleno uso de suas funções psíquicas. Sobre isso, o apóstolo Paulo escreveu que Jesus realizou a reconciliação "no corpo da sua carne" (Cl 1.21,22), isto é, quando se fez "carne" e habitou entre os homens, assumiu a humanidade juntamente com as fragilidades próprias dela. Por esse motivo, as Escrituras revelam que o nosso Senhor chorou em público (Jo 11.35), admitiu perdas e sentiu saudades (Jo 11.36), experimentou dor (Mt 27.50), sentiu tristeza de morte (Mt 26.38), sentiu-se cansado (Jo 4.6), teve sede (Jo 19.28), teve dificuldades familiares (Jo 7.3-5), foi tido como louco (Mc 3.21), mostrou que a privacidade e a oração são períodos essenciais para a sobrevivência espiritual (Mc 1.35; 6.30-32,45,46; Lc 5.16).
*(Jo.1.1. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.)
#“No princípio era o Verbo”: “No princípio”, faz alusão ao Gênesis 1.1 e o “Verbo” é a Palavra de Deus, que criou o mundo, a Bíblia diz que tudo foi criado por meio de Jesus (Jo.1.3); (Cl.1.16-17); (Hb.11.3), isso é o que a Teologia chama de “a preexistência de Jesus”.
#“e o Verbo estava com Deus”: Mais uma expressão da preexistência de Jesus, só que agora o texto é mais claro.
#“e o Verbo era Deus”: Agora de forma esclarecedora, O Verbo-Jesus, não somente estava com Deus, mas também era Deus; Isso revela o mistério da Trindade, Deus é um em essência (Dt.6.4), mas trino (Mt.28.19). A palavra “Deus” em Gênesis 1.1, no hebraico é Elohim está no plural.
João.1.14, “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”: E Verbo-Jesus, que estava com Deus em Gênesis, era Deus, e se fez carne e habitou entre nós, isso é que a teologia chama de “a encarnação de Jesus”, ou seja, Jesus não veio a existir ao nascer de Maria, Ele já existia, Ele estava com Deus no princípio e Ele era Deus, e como Deus existe de eternidade a eternidade.
Outros textos: (1Jo.1.1-4); (1Jo.4.1-3); (1Jo.2.22-23);
Nos tempos da igreja primitiva existia uma forte heresia, que “competia” com o cristianismo era o gnoticismo, e um dos propósitos do apóstolo João tanto no evangelho como em suas epístolas, era defender a supremacia da verdadeira identidade de Jesus Cristo e alertar a igreja contra essa perigosa seita, o apóstolo Paulo também combateu essa heresia em suas epístolas (1Co.15.1-9); (Ef.1.15-23); (Cl.1.13-23); (Cl.2.4-9); (1Tm.3.16).
O gnoticismo era uma mistura de filosofia grega, religiões pagãs misteriosas, judaísmo e cristianismo, antes do cristianismo já sofria influência das crenças egípcias, babilônios, hindus, e do contexto histórico grego-romano, eles fundiram os ensinamentos de Cristo e dos apóstolos com as crenças já existentes.
Segundo o gnoticismo Jesus não é Deus, porque se fosse, não poderia vir em carne e sangue, porque criam que a matéria(corpo) era má. Eles acreditavam ainda, que o Espirito chamado Cristo encarnou em Jesus de Nazaré no momento do seu batismo (dizendo que Jesus veio em água, João rebate em 1João 5.6), acreditavam que o Espírito-Cristo deixou o corpo de Jesus no momento da sua morte, negam portanto, a encarnação de Cristo, seu nascimento, vida, morte e ressurreição.
Essa doutrina é diabólica, porque se Jesus não veio em carne, Ele não nasceu santo, sua morte é inútil para perdoar o pecador e o reconcilia-lo com Deus o Pai e lhe conceder vida eterna, Ele não ressuscitou dos mortos para tornar nossa fé eficaz (1Co.15.14), não foi assunto ao céu e não voltará para arrebatar a sua igreja para a glorifica-la, pois a glorificação é o ápice da obra da salvação (Jo.14.1-3); (At.1.9-11); (Tt.2.11-15).
O escritor Lucas escrevendo ao exelentíssimo Teófilo, nos seus 2 tratados, “O Evangelho Segundo Lucas” e “Atos dos Apóstolos” relata a historicidade irrefutável de Jesus Cristo, pois relata datas, eventos, lugares e pessoas que comprovam a existência de Jesus Cristo.
Como homem, Jesus aqui na terra, teve uma vida normal como um ser humano, não veio “já grande” ao mundo, teve que nascer, crescer, aprender, trabalhar e etc; E desenvolveu-se intelectualmente e espiritualmente (Lc.2.52), como já dito pelo comentarista, sentiu fome, sede, cansaço, sono, dor, em tudo foi tentado, porém sem pecado (Hb.4.15), pois sua divindade não anulava sua humanidade.

2. A humilhação do servo: A humilhação de Jesus teve início com o esvaziamento de sua glória para tomar a forma de servo e culminou com o sofrimento na cruz (Fp 2.7,8). Sua humilhação está relacionada aos seus sofrimentos, como ao ser perseguido, desprezado pelas autoridades, discriminado (Jo 1.46), silenciado diante de seus acusadores, açoitado impiedosamente, injustamente julgado diante de Pilatos e Caifás e, finalmente, morto. Assim se cumpriu cada detalhe da profecia a respeito do Servo Sofredor (Is 53).
Conforme a profecia de Gn.3.15, a serpente feriria o calcanhar da semente da mulher, que era Jesus, nos Salmos 22 e em Isaías 53 relata um pouco do seu sofrimento, e Jesus tinha plena consciência disso (Lc.18.31-33), mas era a vontade de Deus que isto acontecesse (Is.53.10-11), (Lc.22.39-46); (Hb.10.1-9) e tudo isto POR AMOR AMIM E A VOCÊ!

Mas Jesus também tinha consciência da sua vitória, como a consumação de seu sacrifício perfeito (Jo.19.30), o cumprimento fiel de tudo que estava escrito a seu respeito, sua ressurreição dos mortos, a pregação do evangelho em seu nome em todas as nações oferecendo a oportunidade de salvação (arrependimento e remissão dos pecados) a todos os cressem Nele (Lc.24.36-47).

3. O exemplo a ser seguido: Quando andou na Terra, Jesus nos ofereceu o melhor exemplo, fazendo a vontade do Pai e amando o próximo com um amor sem igual (Jo 4.34; Lc 4.18,19). Logo, a partir da vida do Salvador, somos estimulados a priorizar o Reino de Deus, a pessoa do Altíssimo em todas as áreas de nossa vida, não permitindo que nada tome o seu lugar em nosso coração. Assim, somos instados a amaro próximo na força do mesmo amor que o Pai tem por nós (Mc 12.30,31).


CONCLUSÃO: As boas novas do Evangelho se materializaram em Jesus quando de seu nascimento em Belém. Sua obra salvadora foi profetizada ao longo de todo o Antigo Testamento, anunciada pelos anjos aos pastores e ecoa, de forma abrangente, por todo o Universo. Ele se encarnou, se humilhou, e finalmente, triunfou gloriosamente mediante a sua ressurreição para, assim, nos garantir a salvação.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missões)

Cristais – Mg 11/10/17

Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com




quarta-feira, 4 de outubro de 2017

LIÇÃO 2 A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA


               LIÇÃO 2 A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA

INTRODUÇÃO: Na Páscoa, os israelitas relembram o modo milagroso pelo qual Deus operou a salvação de seu povo, livrando-o da opressão, do sofrimento, da angústia e da escravidão promovida pelos egípcios. Era a lembrança da fidelidade de Deus à sua promessa, do seu amor libertador e do cuidado, sem igual, em favor do seu povo. Nesta lição, estudaremos os aspectos-chave e simbólicos da Páscoa e o novo significado que tão importante celebração assumiu com a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.

Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).


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                                     COMENTÁRIO

#1.A INSTÍTUIÇÃO DA PÁSCOA

1. O livramento nacional: Para o povo de Israel, a Páscoa representa o que o dia da independência significa para um país colonizado por uma metrópole. Mais ainda, essa magna celebração significa a verdadeira libertação experimentada por uma nação, expressada pela liberdade espiritual do povo para servir ao Deus Criador (Êx 12.1-13,16). Historicamente, foi o último juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascal que possibilitaram o livramento da escravidão e a peregrinação do povo judeu rumo à Terra Prometida (Êx 12.29-51).

A PÁSCOA e o SEU SIGNIFICADO

Para os egípcios: Significava o juízo divino sobre o Egito.

Para os israelitas: A saída do Egito, a passagem para a liberdade.

Para os cristãos: É a passagem da morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.

2. A libertação da escravidão: Os israelitas habitaram por aproximadamente 430 anos no Egito (Êx 12.40). Na maior parte desse tempo, eles experimentaram a dominação, a escravidão e a humilhação. Ser escravo no Antigo Oriente era estar sob a dependência política, econômica e social de outra nação. A religião a ser professada pelo povo escravo era a da nação dominadora, logo, não havia dignidade nacional para a escrava. Entretanto, no caso dos israelitas, o Deus Todo-Poderoso ouviu “o gemido dos filhos de Israel, aos quais os egípcios escravizam”, e lembrou-se de sua aliança (Êx 6.5). Do sofrimento da escravidão, o clamor do povo chegou a Deus que lhe proveu o livramento.

*Após José se revelar aos seus irmãos, traz seu pai e todos seus irmãos e todos seus familiares para habitarem no Egito, num total 66 pessoas, mais José e sua família, total 70 pessoas (Gn.46.26-27).
Com o passar dos anos, se multiplicaram grandemente, que povoaram toda terra do Egito, levantou -se também um novo Faraó que não conhecia José e seus feitos, e afligiram os filhos de Israel com grande dureza (Ex.1.1-14).

Tudo isso, nos dias de Abraão, Deus já tinha antecedido a escravidão da descendência de Abraão, assim também como sua libertação para herdarem a terra que Deus havia prometida ao patriarca e a sua descendência. ( Gn.15.13-16).

3. A nova celebração judaica: A Páscoa passou a ser a nova festa religiosa dos israelitas, pois essa 
celebração foi instituída por Deus, mediante o legislador Moisés, e um novo ano religioso começou (Êx 12.1-20). Os israelitas passavam oito dias comendo pães sem fermento, o matzá, isto é, fatias de pães asmos. Tudo isso para trazer à memória a grande fuga do Egito que fora tão rápida, a ponto de não haver tempo para deixar o pão caseiro crescer, pois esse pão deveria ser consumido antes de a massa levedar (Êx 12.39,40).

*Deus ouviu o clamor dos filhos de Israel (Ex.2.23-25) e escolheu e protegeu Moisés desde sua infância, para ser o libertador do povo de Israel, no tempo determinado, Deus chama Moisés no meio de uma sarça ardente que não se consumia, e o nomeia para libertar os israelitas, mesmo relutando se sentindo incapaz, Deus o capacita e diz que seria com ele para essa tão grande obra (ÊXODO Capítulos 3 e 4).

Moisés e Arão se apresentam a Faraó, mas Faraó se recusa a libertar o povo, Deus fere o Egito com 10 pragas, a décima praga era a da morte de todos os primogênitos dos egípcios e para que os primogênitos israelitas não fossem mortos, Deus ordena a Moisés que os israelitas imolassem um cordeiro e com sangue marcassem os umbrais da porta, e quando Deus enviasse a praga, a casa que estivesse marcada com sangue seria poupada, Deus passaria por cima da marca e não mataria o primogênito, daí então, a expressão páscoa do hebraico, pesah que significa literalmente pular além da marca, passar por cima ou poupar. (Ex.12.1-13)
Após essa praga, Faraó permite os israelitas partirem, livrando-os da escravidão (Ex.12.29-51), agora libertos, deveriam se lembrar sempre desse glorioso dia, para isso Deus ordenou a Moisés que os israelitas deveriam todos o anos, de geração a geração celebrarem a páscoa (Ex.12.13-20).

#2.O CORDEIRO DA PÁSCOA

1. O cordeiro no Antigo Testamento: No Antigo Testamento, o cordeiro constituía parte fundamental dos sacrifícios oferecidos para remissão dos pecados. Ele foi introduzido na cultura dos israelitas quando Deus libertou o seu povo, conforme nos relata Êxodo 12.3-10. Para oferecer o cordeiro em sacrifício, o sacerdote e o povo deveriam observar algumas exigências: o animal deveria ser completamente limpo, não poderia haver manchas nem outros defeitos, ser imaculado e plenamente saudável (Lv 4.32; Nm 6.14). Todo esse simbolismo apontava para Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal.

*Como vimos na lição passada, Deus sacrificou um animal no lugar de Adão e Eva, e os cobriu com túnicas de peles (Gn.3.21), após a libertação do Egito, Moisés conduz o povo de Israel até o monte Sinai, e ali Deus ministra a Moisés e ao povo os seus mandamentos e entre eles estava a lei sobre o sacrifício de animais, onde o sangue inocente era derramado e Deus perdoava os pecados do povo, podendo assim então ter comunhão com eles. (Levítico).

2. Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal: A páscoa cristã é o memorial de como Deus substituiu os sacrifícios temporários por um único e definitivo. Nesse aspecto, o cordeiro do Antigo Testamento era sombra do apresentado no Novo, “morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Por isso, ao comemorarmos a Páscoa, devemos atentar seriamente para o glorioso feito de Jesus na cruz. Cristo é o fundamento, a essência da Páscoa; se não atentarmos para Ele, nossa Páscoa torna-se vazia de sentido. Além disso, somos chamados a celebrar o verdadeiro Cordeiro com alegria e gratidão, pois por intermédio dEle a nossa culpa foi anulada definitivamente. Deus nos purificou e nos fez dignos de “assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6). Agora, uma vez em Cristo, somos santificados, justificados e perdoados (Rm 5.1,2; 8.1).

*Com passar do tempo, o sacrifício de animais, virou apenas um ritual onde as pessoas sacrificavam qualquer animal, manco, aleijado, doente (Ml.1.6-14). Essa passagem é do último livro do AT, da antiga aliança. Deus estava enfadado com tudo isso. Por isso foi necessário estabelecer um novo concerto, uma nova aliança através de Jesus Cristo.

(Hb.10. 1 PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. 2 Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. 3 Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, 4 Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. 5 Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste; 6 Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. 7 Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para fazer, ó Deus, a tua vontade. 8 Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei). 9 Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. 10 Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. 11 E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados; 12 Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O cordeiro da Páscoa no Êxodo 12 deveria ser morto e comido na noite da Páscoa, e o seu sangue deveria ser espargido nos umbrais das portas. O Senhor Jesus Cristo associou a Santa Ceia à festa da Páscoa judaica (Mt 26.17-19). Dessa forma, a Páscoa está tipificando que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7).

O cordeiro a ser oferecido não deveria ter manchas ou defeitos (Êx 12.5) e nenhum osso deveria estar quebrado (Êx 12.45), o que nos mostra que nenhum osso de Cristo seria quebrado em sua morte na cruz.

O conceito do Cordeiro de Deus foi tão completamente desenvolvido em Isaías 53 que estava claro para os santos do Antigo Testamento que Ele não era outro senão o Servo do Senhor. Parece que Isaías 53 é o capítulo que contém mais referências cruzadas com o Novo Testamento em toda a Bíblia Sagrada.

O Cordeiro de Deus no Novo Testamento

No primeiro capítulo de seu Evangelho, João registra como João Batista aponta para Jesus como o ‘Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’ (Jo 1.29,36). Pedro, em sua primeira epístola, diz que Cristo foi o cordeiro conhecido antes da fundação do mundo (1Pe 1.19, 20). Portanto, o conceito do Antigo Testamento do cordeiro sacrificial revela tipicamente e profeticamente o plano de Deus para oferecer Cristo como o sacrifício propiciatório pelos pecados do homem (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 454).

#O SANGUE DO CORDEIRO

1. O significado do sangue: A primeira abordagem da Bíblia acerca dos sacrifícios está no livro de Gênesis (Gn 3.21; 4.1-7). O sacrifício de animais era uma forma de lidar com os problemas do pecado, quando este destruiu a paz entre Deus e a humanidade (Is 59.2). O sacrifício era oferecido para expiação dos pecados do transgressor, em que este era perdoado e, mediante essa expiação, tinha a sua relação com Deus restabelecida. O maior símbolo, e principal elemento desse ritual, era o sangue do animal sacrificado. Isso porque “sangue”, na Bíblia, representa a vida; e a vida do animal, “derramada” no sacrifício, era o que restabelecia a paz entre Deus e o ser humano (Lv 17.11 cf. Hb 9.23-28).

2. O sangue do cordeiro pascal: Antes do advento da última praga sobre os egípcios. Deus ordenou aos judeus que preparassem um cordeiro para cada família (Êx 12.3). A orientação era a seguinte: após matarem o cordeiro, os israelitas deveriam passar o sangue da vítima nas ombreiras e no umbral da porta de suas casas (Êx 12.7). Isso serviria de sinal para que quando o Senhor passasse e ferisse os primogênitos do Egito, conservasse a vida dos israelitas intacta (Êx 12.13). Assim, a orientação divina protegeu os primogênitos israelitas e o sangue do cordeiro pascal foi o símbolo de proteção deles diante da morte. Nesse sentido, o sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro Cordeiro, nos protege da morte eterna e da maldição originada pelo pecado (l Jo 1.7). Tal como o sangue do cordeiro pascal que livrou o povo da morte, assim também o sangue de Jesus nos livra da morte espiritual e da condenação eterna.

*O sangue do cordeiro nos umbrais da porta, era para livrar os israelitas do juízo de Deus, da mesma forma, quando confessamos Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, o sangue de Jesus nos justifica (perdoa nossos pecados, nos torna justos diante de Deus), sendo assim, somos reconciliados com Deus (tornamo-nos filhos de Deus) e somos livres de sua ira que está reservado para os pecadores.

(Rm.5. 8 Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 Logo muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. 10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação).

3. O sangue da Nova Aliança: Em o Novo Testamento, ao celebrar a Páscoa na última ceia, Jesus afirmou que o seu sangue era o símbolo da Nova Aliança (Lc 22.14-20); era o real cordeiro, bem como o verdadeiro sacerdote, sendo o sacrifício e o oficiante ao mesmo tempo. Por essa razão, o livro de Hebreus afirma que Cristo é o mediador da Nova Aliança e, mediante seu sangue, redime de modo efetivo ao que crê (Hb 12.24). Nesse sentido, o sangue da Nova Aliança deu acesso direto do ser humano ao trono da graça (Hb 4.16) e autoridade exclusiva a Jesus como o único e verdadeiro mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). Desse modo Cristo fez da Igreja um povo de verdadeiros sacerdotes com autoridade e legitimidade para partilhar da intimidade com Deus, para interceder uns pelos outros e anunciar as boas novas dessa Nova Aliança (1Pe 2.9).
Na nova aliança Jesus Cristo foi tanto o sacerdote como o sacrifício, portanto, a obra de Jesus Cristo foi perfeita, única, insubstituível e eterna.
*JESUS SACERDOTE SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE, SAIBA MAIS: https://tiagoluispereira.blogspot.com.br/2017/04/licao-3-melquisedeque-o-rei-de-justica.html

PORQUE JESUS CRISTO FEZ ISSO:

(Hb.9.11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 13 Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, 14 Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?) 15 E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. 16 Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador.

NÓS PODEMOS ISSO:

(Hb.10.19 Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, 20 Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu).

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

O sangue

O sangue também desempenhou um papel significativo nas práticas religiosas do Antigo Testamento. 
Vale a pena observar que o sangue não representava nenhum elemento básico nos sacrifícios, nem tinha alguma função especial ou significado nos rituais de quaisquer outros povos do antigo Oriente Próximo ou do Mediterrâneo. O sistema de sacrifícios da lei, baseado nos primitivos sacrifícios de animais do período patriarcal, exigia a morte da vítima em nome do pecador e consistia na aspersão do sangue ainda morno pelo sacerdote como prova de sua morte pela expiação dos pecados (Lv 17.11,12). Nos sacrifícios, era exigida a morte da vítima para que sua vida fosse oferecida a Deus como substituto da vida do pecador arrependido. Dessa maneira, o pecador era limpo e a culpa era removida (Hb 9.22).

Esse cenário forma a base para a presença do sangue de Cristo no Novo Testamento. O derramamento do sangue de Jesus, na cruz, encerrou sua vida terrena, pois Ele, voluntariamente, ofereceu-se para morrer em nosso lugar, como o Cordeiro de Deus que foi assassinado para nos redimir (1Pe 1.18-20); e a aspersão desse sangue trouxe o perdão de todos os pecados dos homens (Rm 3.25). Seguindo o padrão do Dia da Expiação dos judeus (Lv 16), Cristo é o nosso sacrifício expiatório (Hb 9.11-14) e também a nossa oferta pelo pecado (l Pé 1.18,19). Assim como Moisés selou o pacto entre Deus e a antiga nação de Israel, no Sinai, com a aspersão do sangue (Êx 24.8), também o novo pacto de Jeremias (31.31-34) foi selado pelo sangue de Cristo (Hb 9.14). Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus falou do cálice como ‘o Novo Testamento [ou aliança]’ no seu próprio sangue (1Co 11.25) (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1758).

CONCLUSÃO: A Páscoa para os judeus é a memória da ação salvadora de Deus. Para nós, os cristãos, é a recordação da ação redentora de Jesus em favor da humanidade. Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro único e o Sumo Sacerdote por excelência. Seu sacrifício foi definitivo e completo. Por isso, ao lermos sobre a Páscoa, devemos celebrar a Nova Aliança manifesta em Cristo Jesus. Hoje somos filhos de Deus mediante a nova e perfeita aliança no sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missões)

Cristais – Mg 04/10/17

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