sábado, 22 de agosto de 2020

Abusos - Aborto - Nós - Bíblia Sagrada



 

Aborto

Uma reflexão sobre este importante tema

 

*Leia todo o texto atentamente:

*Lembre-se que o verdadeiro cristão atenta para observar e praticar o que a Bíblia Sagrada ensina, portanto, sua opinião deve estar de acordo com ela.

1.O que é Aborto?: Aborto do latin, ab - privação e ortus – nascimento

2.Ensinos Bíblico:

A) Na lei de Moisés: Provocar o aborto de uma mulher grávida era considerado ato criminoso (Ex 20.13); (Ex 21.22-25), fere o 6° mandamento “não matarás”.

B) O Senhor Jesus: “Não matarás”: (Mt 5.21); (Mt 19.18); (Mc 10.19); (Lc 18.20); (Rm 13.9); (Tg 2.11).

C) Didaquê: Ensinos dos apóstolos na era cristã, “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido” (Didaquê 2.2);

D) Pais e apologistas: Tertuliano (150-220) “a morte de embrião tem a mesma gravidade do assassinato de uma pessoa já nascida e que impedir o nascimento é um homicídio antecipado”; Agostinho (354-430) e Tomás de Aquino (1225-1274) consideravam um pecado grave interromper a gestação e o desenvolvimento da vida humana.

3.Teorias errôneas de quando começa a vida:

ü  A vida se inicia com a fixação do óvulo fecundado no útero, onde recebe o nome de embrião, período de 7°e o 10° dia de gestação.

ü  A vida se Inicia por volta do 14° dia quando ocorre a formação do sistema nervoso.

ü  A vida se inicia quando o feto tem condições de se desenvolver fora do útero por volta da 25° semana de gestação.

ü  A vida se inicia por ocasião do nascimento do bebê.

4.O que a Bíblia Sagrada diz? Muitos cientistas CONCORDAM QUE A vida tem início na fecundação, quando espermatozoide e o óvulo se fundem gerando uma nova célula chamada zigoto.

A vida tem início na fecundação (Jr 1.5); (Sl 139.16); João Batista e o Senhor Jesus (Lc 1.39-45)

A vida é dom de Deus e não pode ser violada por homens (1Sm 2.6)

*A posição oficial das Assembleias de Deus no Brasil foi: “A CGADB é contrária a essa medida(Aborto), por resultar numa licença ao direito de matar seres humanos indefesos, em qualquer fase da gestação, por ser um atentado contra o direito natural da vida”. (Carta de Brasília, 41°AGO, 2013).

5.Tipos de Aborto permitidos por lei e implicações éticas:

A) Aborto de Anencéfalo: Em 2012, O STF legalizou o aborto de feto anencéfalo (Má formação rara do tubo neural).

*Não podemos “descartar” os seres humanos por má formação cerebral, essa ideologia racista é chamada de eugenia, que defende a sobrevivência dos fortes e saudáveis (Índios, Hitler).

*Inflige a lei dos direitos humanos, pois o feto (ser humano) não tem direito a vida.

B) Aborto em caso de Estupro: Esse é legalizado no nosso país, visando amenizar o sofrimento da mulher abusada. (Art.5°, CF e Art.2° do CC).

*Em nosso país não necessita a comprovação do crime e nem autorização judicial para realizar o aborto.

*Mesmo na comprovação do estupro, um crime (Estupro) não pode justificar outro crime (Assassinato).

*Uma alternativa é dar ao feto o direito à vida e depois encaminha-la para adoção.

C) Aborto Terapêutico: Em casos graves, colocam-se a decisão de optarem o aborto para beneficiar e em alguns casos salvar a vida da mulher.

*Se Deus deu a vida, quem somos nós pra decidirmos quem vive ou morre? (Gn 9.6); (Pv 14.12)

*O ser adulto é mais importante do que o feto? Todos são vida humana (Ex 21.22-25).

*Neste caso específico, devemos ter um grande temor à Deus, sentirmos o mesmo pesar com a criança assassinada (abortada) assim como tivemos com a mulher abusada.

Observação: Recentemente tem notícias de meninas de 10 anos de idade que geraram e tiveram seus filhos saudavelmente.

https://www.youtube.com/watch?v=cOtpJpVls-w

https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2020/04/17/gravida-aos-10-anos-da-a-luz-filho-no-ac-e-dna-e-coletado-para-identificar-pai.ghtml


*Cada caso é um caso!

*Não julgue ninguém! Lembre do ditado popular: "Pimenta nos olhos dos outros é refresco"

*A melhor forma de contribuirmos em casos como este é:

#Pessoas próximas a nós:

*Aconselharmos biblicamente (Expor o estudo bíblico acerca do aborto)

*Encorajarmos a vítima à expor o seu caso para que receba amparo, consolo e proteção e também para que o abusador seja punido.

*Intercedermos por elas à Deus, para que Ele as guie e lhes conforte.

#Pessoas distantes:

*Intercedermos por elas à Deus, para que Ele as guie lhes conforte.

*Manifestarmos nas urnas com o nosso voto e não estas manifestações bizarras com discursos de ódio em nome da fé.

Fontes:

Lições Bíblicas – 3° Trimestre 2002 - Ética cristã: Confrontando as questões morais – CPAD

Lições Bíblicas – 2° Trimestre 2018 - Valores Cristãos: Enfrentando as questões morais de nosso tempo - CPAD

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Credo Assembleiano

Declaração de fé da Assembleia de Deus

1) Na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17);

2) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas que, embora distintas, são iguais em poder, glória e majestade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; Criador do Universo, de todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, e, de maneira especial, os seres humanos, por um ato sobrenatural e imediato, e não por um processo evolutivo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29; Gn 1.1; 2.7; Hb 11.3 e Ap 4.11);

3) No Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, plenamente Deus, plenamente Homem, na concepção e no seu nascimento virginal, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e em sua ascensão vitoriosa aos céus como Salvador do mundo (Jo 3.16- 18; Rm 1.3,4; Is 7.14; Mt 1.23; Hb 10.12; Rm 8.34 e At 1.9);

4) No Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, consubstancial com o Pai e o Filho, Senhor e Vivificador; que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; que regenera o pecador; que falou por meio dos profetas e continua guiando o seu povo (2 Co 13.13; 2 Co 3.6,17; Rm 8.2; Jo 16.11; Tt 3.5; 2 Pe 1.21 e Jo 16.13);

5) Na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo podem restaurá-lo a Deus (Rm 3.23; At 3.19);

6) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus para tornar o homem aceito no Reino dos Céus (Jo 3.3-8, Ef 2.8,9);

7) No perdão dos pecados, na salvação plena e na justificação pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26; Hb 7.25; 5.9);

8) Na Igreja, que é o corpo de Cristo, coluna e firmeza da verdade, una, santa e universal assembleia dos fiéis remidos de todas as eras e todos os lugares, chamados do mundo pelo Espírito Santo para seguir a Cristo e adorar a Deus (1 Co 12.27; Jo 4.23; 1 Tm 3.15; Hb 12.23; Ap 22.17);

9) No batismo bíblico efetuado por imersão em águas, uma só vez, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; Cl 2.12);

10) Na necessidade e na possibilidade de termos vida santa e irrepreensível por obra do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas de Jesus Cristo (Hb 9.14; 1 Pe 1.15);

11) No batismo no Espírito Santo, conforme as Escrituras, que nos é dado por Jesus Cristo, demonstrado pela evidência física do falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);

12) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade para o que for útil (1 Co 12.1-12);

13) Na segunda vinda de Cristo, em duas fases distintas: a primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja antes da Grande Tribulação; a segunda — visível e corporal, com a sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1 Ts 4.16, 17; 1 Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 1.14);

14) No comparecimento ante o Tribunal de Cristo de todos os cristãos arrebatados, para receberem a recompensa pelos seus feitos em favor da causa de Cristo na Terra (2 Co 5.10);

15) No Juízo Final, onde comparecerão todos os ímpios: desde a Criação até o fim do Milênio; os que morrerem durante o período milenial e os que, ao final desta época, estiverem vivos. E na eternidade de tristeza e tormento para os infiéis e vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis de todos os tempos (Mt 25.46; Is 65.20; Ap 20.11-15; 21.1-4).

16) Cremos, também, que o casamento foi instituído por Deus e ratificado por nosso Senhor Jesus Cristo como união entre um homem e uma mulher, nascidos macho e fêmea, respectivamente, em conformidade com o definido pelo sexo de criação geneticamente determinado (Gn 2.18; Jo 2.1,2; Gn 2.24; 1.27).

Arminianismo Não é SemiPelagianismo

 Arminianismo Não é SemiPelagianismo

“Arminianismo e Semipelagianismo são a mesma coisa!”; Esta uma declaração errônea que os adeptos do Calvinismo usam para caluniar os Arminianos, mas isto é um “espantalho”! Pr.Silas Daniel foi feliz em seu livro quando fez cirurgicamente a distinção entre eles, para isto, primeiramente explica acerca dos termos “Sinergia/Sinergismo”

Texto Extraído do Livro:

Silas Daniel - Arminianismo: A Mecânica da Salvação; Uma Exposição Histórica, Doutrinária e Exegética sobre a Graça de Deus e a Responsabilidade Humana – CPAD; 2017

Durante os primeiros 400 anos da história do cristianismo, podemos depreender com segurança, pelos escritos dos Pais da Igreja, que a posição adotada pelos cristãos acerca da mecânica da Salvação foi, na maioria dos casos, o que posteriormente seria classificado, no final do século 16, como “semipelagianismo”; e nos demais casos, o que seria chamado posteriormente de “arminianismo”, termo que só seria cunhado no século 17. Em outras palavras, o entendimento de todos os Pais da Igreja pré-Agostinho em relação à mecânica da Salvação era o que posteriormente seria designado, exageradamente, no final do século 16, como “sinergismo”.

Digo “exageradamente” porque o termo “sinergia”, que significa um conjunto de ações ou esforços simultâneos associados em prol de um mesmo fim, sugere implicitamente uma cooperação de forças mais ou menos equivalentes ou complementares para atingir um objetivo comum. Ora, se há uma coisa que nenhum Pai da Igreja defenderia e nenhum teólogo arminiano ou semipelagiano de ontem ou de hoje defenderá é que a resposta cooperativa do homem ao chamado divino para Salvação implica que a responsabilidade do homem no processo de Salvação é mais ou menos equivalente a de Deus nesse processo.

O que tanto semipelagianos como arminianos afirmam com todas as letras – só que os arminianos o fazem ainda mais clara e contundentemente – é que a Salvação é uma obra totalmente divina. À luz da Bíblia, assevera o arminianismo que Deus não apenas propiciou a Salvação como também capacitou o livre-arbítrio do homem para as coisas espirituais, o que possibilita que este possa responder ao chamado divino. Ou seja, sem a ação divina, o homem não poderia ser salvo de forma alguma, pois ele, além de não poder prover salvação para si mesmo, não poderia responder de forma alguma ao chamado divino para ela. Logo, uma vez que a Salvação foi propiciada totalmente por Deus e o livre-arbítrio do ser humano foi concedido também pelo próprio Deus, homem nenhum pode vangloriar-se por ter assentido ao chamado divino, porque até a sua capacidade de responder foi dada por Deus. Portanto, o ser humano tem apenas uma pequena participação possibilitada por Deus e de caráter mais passivo do que ativo no processo inicial de sua Salvação – mais passivo do que ativo porque o homem, nessa fase inicial, só confia, aceita e se submete. E mesmo depois de salvo, quando precisará ser também ativo, “operando” a sua salvação com “temor e tremor” (Fp 2.12), isso só lhe será possível por causa da nova natureza em Cristo gerada em seu ser pelo Espírito Santo. Sem olvidar o fato de que, mesmo com uma nova natureza, ele precisará também diariamente do auxílio da graça divina, sem a qual sua santificação e perseverança seriam simplesmente impossíveis (Fp 2.13). A nova natureza em Cristo precisa ser alimentada e fortalecida diariamente

Dirá o semipelagiano: “A salvação foi totalmente propiciada por Deus. O ser humano que é salvo apenas recebeu aquilo que de graça foi feito por Deus em seu favor, algo que ele não podia fazer por si mesmo. E ele só pôde receber a salvação porque Deus, pela sua graça, preservou seu livre arbítrio, sua capacidade de responder positivamente ao chamado divino para ser salvo. Tudo vem de Deus”.

Por sua vez, dirá o arminiano, mais acertada e coerentemente: “Aquele que é salvo em Cristo não fez nada para ser salvo, pois sua salvação foi totalmente propiciada por Deus; ele apenas recebeu, passivamente, confiantemente e de mãos vazias, aquilo que de graça foi feito por Deus em seu favor, algo que ele não podia fazer por si mesmo. E ele só pôde receber a salvação porque Deus, pela sua graça, ativou seu livre-arbítrio para as coisas espirituais, sua capacidade de responder positivamente ao chamado divino para ser salvo, a qual havia sido comprometida após a Queda. Tudo vem de Deus”.

Ou seja, a diferença entre semipelagianos e arminianos consiste apenas no que diz respeito ao entendimento sobre o nível de corrupção herdada pelo homem após a Queda e, consequentemente, sobre a indispensabilidade ou não de uma ação preveniente da graça para a cooperação do ser humano com a graça. Para os semipelagianos, essa corrupção é parcial: o livre-arbítrio para as coisas de Deus foi minimamente preservado por Ele, de maneira que o homem pode responder ao chamado divino, cooperando com a graça. Já para os arminianos, essa corrupção é total: o livre-arbítrio para as coisas de Deus foi totalmente comprometido após a Queda do homem, de maneira que o homem só pode responder ao chamado divino porque Deus, em um ato precedente de sua graça, restaura o seu livre-arbítrio para as coisas espirituais. Só assim é que o ser humano pode cooperar com a graça – e, mesmo assim, no momento da conversão, essa cooperação se dá mais passivamente do que ativamente.

Não por acaso, o termo “sinergismo” foi aplicado pela primeira vez para designar tanto a posição semipelagiana como a arminiana exatamente pelos opositores dessas duas posições. Ele foi cunhado por luteranos monergistas radicais do final do século 16 para designar pejorativamente os luteranos filipistas, fiéis seguidores do luterano de linha arminiana Felipe Melanchthon, 1 contra os quais os luteranos monergistas radicais se opunham veementemente. Foi um termo cunhado por opositores, em meio ao calor de um debate e com o propósito claro de exagerar a posição adversária para desacreditá-la. Para piorar, o termo “semipelagianismo” – igualmente impróprio, além de fortemente pejorativo – foi utilizado nesse mesmo período pelos mesmos indivíduos para designar, juntamente com o termo “sinergismo”, tanto a posição dos monges cassianistas opositores de Agostinho (sobre os quais falaremos no próximo capítulo e que não poderiam ser classificados de semipelagianos de forma alguma – aliás, nem mesmo o bispo de Hipona os via dessa forma) 2 como a posição não-cassianista dos luteranos arminianos, seguidores de Melanchton. Lembrando que o termo “semipelagianismo” fora cunhado pelo calvinista rígido Teodoro Beza em 1556 para se referir à doutrina católica romana esposada em seus dias. Inicialmente, Beza nem pensou em aplicá-lo aos seguidores da posição de Melanchthon. Foi com os luteranos monergistas radicais que começou essa aplicação. Eles começaram a usar injustamente esse termo para se referir à mecânica da Salvação melanchthoniana, o que depois cairia no gosto calvinista.

Os teólogos arminianos como J. Matthew Pinson, presidente do Welch College em Nashville, Tennessee (EUA); Robert E. Picirilli, professor de Grego e Novo Testamento no Welch College e no Free Will Baptist Bible College; F. Leroy Forlines, professor emérito do Welch College; Kenneth Donald Keathly, professor senior de Teologia do Southeastern Baptist Theological Seminary; Jeremy A. Evans, professor de Filosofia no mesmo seminário; o teólogo batista Mark Ellis; o teólogo e historiador holandês William den Boer; o teólogo, professor de Filosofia, Religião e Teologia Histórica, e historiador nazareno Carl Bangs (1922- 2002), autor da melhor biografia de Armínio já escrita; Richard Cross, professor de Filosofia da Universidade de Notre Dame; o pastor e teólogo metodista Arthur Skevington Wood (1917-1993); e até o pastor presbiteriano norte-americano Gregory Graybill, em sua obra Evangelical Free Will (originalmente uma monografia para conclusão de seu curso de Filosofia na Universidade de Oxford), preferem chamar o sinergismo arminiano de “monergismo condicional” ou “monergismo com resistibilidade da graça”, o qual definem como uma “recepção passiva do mérito ao invés de uma ativa obra cooperativa que ganharia o mérito”, posto tratar-se de uma “relação na qual a vontade e a obra de Deus dentro do homem são bem-vindas numa atitude de confiança e submissão”.

Há ainda o caso do teólogo arminiano Roger Olson, que, mesmo mantendo o termo “sinergismo” para designar o arminianismo, faz a seguinte distinção: há, de um lado, um sinergismo herético ou humanista, e do outro, um sinergismo evangélico. No sinergismo herético ou humanista, o pecado original é negado e “as habilidades humanas morais e naturais são elevadas” para que a pessoa possa ter uma “vida espiritualmente completa” (pelagianismo); ou então, o pecado original é suavizado para que o homem possa ter a habilidade de, “mesmo em seu estado caído, iniciar a salvação ao exercer uma boa vontade para com Deus” (semipelagianismo). Já o sinergismo evangélico “afirma a preveniência da graça para que todo ser humano exerça uma boa vontade para com Deus” (arminianismo), sendo, portanto, bastante diferente dos demais tipos de sinergismo. 4 Todas essas especificações, volto a frisar, decorrem do fato de que o termo “sinergismo”, se tomado em seu sentido estritamente literal, que sugere implicitamente uma relação fifty-fifty (50% a 50%), se torna extremamente impróprio para designar o arminianismo, de forma que, mesmo quando esse termo é usado, precisa ser diferenciado, como o faz Olson. Afinal, o homem coopera, sim, mas passivamente e após o auxílio divino. 

Apesar disso, como a maioria das pessoas já está acostumada com essas nomenclaturas tradicionais, resolvi mantê-las neste livro. Poderia ter cunhado novos termos para substituí-las ou usar unicamente os já propostos “monergismo condicional” ou “monergismo com resistibilidade da graça” para se referir ao arminianismo, mas não tomei nenhuma dessas medidas para não causar, a alguns poucos leitores mais desatentos, eventuais confusões quanto a que grupo teológico estou me referindo, já que os rótulos tradicionais estão cristalizados na cultura teológica popular. O que farei, no máximo, é usar alternadamente os termos “monergismo condicional” e “sinergismo” para se referir à corrente arminiana. Ademais, creio no bom discernimento da maioria dos meus leitores que, com certeza, após esse alerta, lerão esses rótulos (“sinergismo” e “semipelagianismo”) tendo em mente não as sugestões equivocadas que passam, mas o real conteúdo por trás deles, mal expresso por essas nomenclaturas tradicionais tendenciosas.

Pais da Igreja X Calvinismo

 

Pais da Igreja X Calvinismo

Os 400 primeiros anos da História da Igreja o conceito filosófico determinista que foi denominado de “Calvinismo” não existia, pois ele só veio posteriormente com Agostinho de Hipona e ganhou mais notoriedade com João Calvino.

Texto Extraído do Livro:

Silas Daniel - Arminianismo: A Mecânica da Salvação; Uma Exposição Histórica, Doutrinária e Exegética sobre a Graça de Deus e a Responsabilidade Humana – CPAD; 2017

Declarações dos Pais pré-Agostinho ou coevos dele sobre livre-arbítrio, expiação, graça resistível e eleição.

Vejamos a seguir, só a título de amostra, algumas declarações dos Pais da Igreja pré-Agostinho sobre a realidade do livre-arbítrio, da expiação ilimitada, da resistibilidade da graça e da eleição condicional. Os trechos selecionados aqui não seguem uma ordem por assunto, mas apenas uma ordem cronológica. Ei-los:

“Agora, pois, como seja certo que tudo é por Ele visto e ouvido, temamos e abandonemos os execráveis desejos de más obras, a fim de sermos protegidos por sua misericórdia nos juízos vindouros. Porque ‘para onde algum de nós poderá fugir de sua poderosa mão?’ Que mundo acolherá os que deserdam de Deus?” (Clemente de Roma [35-97], 1 Coríntios, XXVIII, 1 e 2).

“Olhemos fielmente para o sangue de Cristo e vejamos quão precioso esse sangue é para Deus, que, tendo sido derramado por nossa salvação, conquistou para todo o mundo a graça do arrependimento” (Clemente de Roma, 1 Coríntios, VII).

“Vigiai sobre a vossa vida; não deixai que vossas lâmpadas se apaguem, nem afrouxai vossos cintos. Ao contrário, estai preparados porque não sabeis a hora em que virá o Senhor. Reuni-vos frequentemente, procurando o que convém a vossas almas; porque de nada vos servirá todo o tempo a vossa fé se não fordes perfeitos no último momento” (Didaquê [primeiro século], XVI, 1 e 2).

“Portanto, eis que temos sido remodelados, como novamente Ele diz em outro profeta: ‘Eis, diz o Senhor, que vou tirar destes’, isto é, daqueles a quem o Espírito do Senhor previu, ‘os seus corações de pedra, e eu vou colocar corações de carne dentro deles’, porque Ele era para ser manifestado em carne, e para peregrinar entre nós. Pois, meus irmãos, a morada do nosso coração é um templo consagrado ao Senhor” (Epístola de Barnabé [segundo século], VI).

“‘Que você possa contemplar’, acrescentou, ‘a grande misericórdia do Senhor, que é grande e glorioso, e deu Seu Espírito para aqueles que são dignos de arrependimento’. Disse eu: ‘Por que, então, senhor, não fez Ele com que todos se arrependessem?’. Ele respondeu: ‘Para aqueles cujos corações Ele viu que se tornariam puros e obedientes a Ele, deu o poder de se arrependerem de todo o coração. Mas para aqueles cujo engano e maldade Ele percebeu, e viu que tinham a intenção de arrepender-se hipocritamente, ele não concedeu o arrependimento, para que não profanassem novamente o seu nome’” (O Pastor de Hermas [segundo século], Livro III, 8, VI).

“Como Salvador O enviou, e com vocação para persuadir, não para compelir-nos; porque violência não tem lugar no caráter de Deus” (Epístola a Diogneto [120 d.C.], Exórdio, VII).

“Mas Aquele que ressuscitou dentre os mortos nos ressuscitará também, se fizermos a Sua vontade, e caminharmos em Seus mandamentos e amarmos o que Ele amou, mantendo-nos afastados de toda injustiça” (Policarpo [100- 150], Filipenses, II).

“Deus, no desejo de que homens e anjos seguissem sua vontade, resolveu criá-los livres para praticar a retidão. Se a Palavra de Deus prediz que alguns anjos e homens certamente serão punidos, isso é porque ela sabia de antemão que eles seriam imutavelmente ímpios, mas não porque Deus os criou assim. De forma que quem quiser, arrependendo-se, pode obter misericórdia” (Justino Mártir [100-165], Diálogos, CXLI).

“Mas agora Ele nos persuade e nos conduz à fé para que sigamos o que lhe é grato por livre escolha, através das potências racionais com as quais Ele mesmo nos presenteou” (Justino Mártir, Apologia Primeira, XI, 4).

“Do que dissemos anteriormente, ninguém deve tirar a conclusão de que afirmamos que tudo o que acontece, acontece por necessidade do destino, pelo fato de que afirmamos que os acontecimentos foram conhecidos de antemão. Por isso, resolveremos também essa dificuldade. Nós aprendemos dos profetas e afirmamos que esta é a verdade: os castigos e tormentos, assim como as boas recompensas, são dadas a cada um conforme as suas obras. Se não fosse assim, se tudo acontecesse por destino, não haveria absolutamente livre-arbítrio. Com efeito, se já está determinado que um seja bom e o outro mau, nem aquele merece elogio, nem este vitupério. Se o gênero humano não tem poder de fugir, por livre determinação, do que é vergonhoso e escolher o belo, ele não é responsável por nenhuma ação que faça. Mas que o homem é virtuoso e peca por livre escolha, podemos demonstrar pelo seguinte argumento: vemos que o mesmo sujeito passa de um contrário a outro. Ora, se estivesse determinado ser mau ou bom, não seria capaz de coisas contrárias, nem mudaria com tanta frequência. Na realidade, nem se poderia dizer que uns são bons e outros maus, desde o momento que afirmamos que o destino é a causa de bons e maus, e que realiza coisas contrárias a si mesmo, ou que se deveria tomar como verdade o que já anteriormente insinuamos, isto é, que a virtude e maldade são puras palavras, e que só por opinião se tem algo como bom ou mau. Isso, como demonstra a verdadeira razão, é o cúmulo da impiedade e da iniquidade. Afirmamos ser destino ineludível que aqueles que escolheram o bem terão digna recompensa e os que escolheram o contrário, terão igualmente digno castigo. Com efeito, Deus não fez o homem como as outras criaturas. Por exemplo: árvores ou quadrúpedes, que nada podem fazer por livre determinação. Nesse caso, não seria digno de recompensa e elogio, pois não teria escolhido o bem por si mesmo, mas nascido já bom; nem, por ter sido mau, seria castigado justamente, pois não o seria livremente, mas por não ter podido ser algo diferente do que foi” (Justino Mártir, Apologia Primeira, XLIII).

“Aqueles que foram conhecidos de antemão [por Deus] que seriam injustos, sejam homens ou anjos, não são feitos maus por culpa de Deus, mas cada um por sua própria culpa” (Justino Mártir, Diálogo com Trifão, CXL).

“Viva para Deus e, apreendendo-o, coloque de lado sua velha natureza. Não fomos criados para morrer, mas morremos por nossa própria falha. Nosso livre-arbítrio nos destruiu, nós que fomos livres nos tornamos escravos; fomos vendidos pelo pecado. Nada de mal foi criado por Deus; nós próprios manifestamos impiedade; mas nós, que a temos manifestado, somos capazes de rejeitá-la novamente” (Taciano, o Sírio [120-180], Cartas, XI).

“Deus fez o homem livre, e esse poder sobre si mesmo [...] Deus lhe concede como um dom por filantropia e compaixão, quando o homem lhe obedece. Pois como o homem, desobedecendo, atraiu morte sobre si mesmo, assim, obedecendo à vontade de Deus, aquele que deseja é capaz de obter para si mesmo a vida eterna” (Teófilo de Antioquia [120?-186], Livro a Autólico, I, 27).

“A expressão: ‘Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos [...] mas vocês não quiseram’ ilustra bem a antiga lei da liberdade do homem, porque Deus o fez livre desde o início, com vontade e alma para consentir nos desejos de Deus sem ser coagido por Ele. Deus não faz violência, e o bom conselho o assiste sempre, por isso dá o bom conselho a todos, mas também dá ao homem o poder de escolha, como o tinha dado aos anjos, que são seres racionais, para que os que obedecem recebam justamente o bem, dado por Deus e guardado para eles. [...] Se não dependesse de nós o fazer e o não fazer, por qual motivo o apóstolo, e bem antes dele o Senhor, nos aconselhariam a fazer coisas e a nos abster de outras? Sendo, porém, o homem livre na sua vontade, desde o princípio, e livre é Deus, à semelhança do qual foi feito, foi-lhe dado, desde sempre, o conselho de se ater ao bem, o que se realiza pela obediência a Deus” (Ireneu de Lião [130-202], Contra as Heresias, IV, 37, 1 e 4).

“Por isso, dizia aquele presbítero: não devemos nos sentir orgulhosos nem reprovar os antigos; ao contrário, devemos temer; não ocorra que, depois de conhecermos a Cristo, façamos aquilo que não agrada a Deus e, consequentemente, já não nos sejam perdoados os nossos pecados, nos excluindo de seu Reino. Paulo disse a este propósito: ‘Se não perdoou os ramos naturais, tampouco te perdoará, pois sois oliveira silvestre enxertada nos ramos da oliveira e recebes da sua seiva’” (Ireneu de Lião, Contra as Heresias, IV, 27, 2).

“O Senhor, pois, nos remiu através de seu sangue, dando sua vida em favor da nossa vida, sua carne por nossa carne. Derramou o Espírito do Pai para que fosse possível a comunhão de Deus e do homem. Trouxe Deus aos homens mediante o Espírito, e levou os homens a Deus mediante sua encarnação” (Ireneu de Lião, Contra as Heresias, V, 1, 2).

“Justamente como homens que possuem liberdade de escolha assim como virtude e defeito (porque você não honraria tanto o bom quanto puniria o mau, a menos que o defeito e a virtude estivessem em seu próprio poder, e alguns são diligentes nos assuntos confiados a eles, e outros são infiéis), assim são os anjos” (Atenágoras de Atenas [133-190], Apelo em Favor dos Cristãos, XXIV).

“Mas nós, que temos ouvido pelas Escrituras que a escolha autodeterminadora e a recusa foram dadas pelo Senhor ao ser humano, descansamos no critério infalível da fé, manifestando um espírito desejoso, visto que escolhemos a vida e cremos em Deus através de sua voz” (Clemente de Alexandria [150-215], Stromata, II, 4).

“Cristo livremente traz [...] Salvação a toda a raça humana” (Clemente de Alexandria, Pedagogo, XI).

“Como é que Deus não nos fez de modo que não pecássemos e não incorrêssemos na condenação? Se o ser humano fosse feito assim, não teria pertencido a si mesmo, mas seria instrumento daquele que o moveu. [...] E como, nesse caso, diferiria de uma harpa, sobre a qual outro toca; ou de um navio, que outra pessoa dirige, onde o louvor e a culpa residem na mão do músico ou do piloto, [...] eles sendo somente instrumentos feitos para uso daquele em quem está a habilidade? Mas Deus, em sua benignidade, escolheu fazer assim o ser humano; pela liberdade ele o exaltou acima de muitas de suas criaturas” (Bardesano, o Sírio [154-222], encontrado em fragmentos).

“Acho, então, que o ser humano foi feito livre por Deus, senhor de sua própria vontade e poder, indicando a presença da imagem de Deus e a semelhança com Ele [...] Você verá que, quando Ele coloca diante do ser humano o bem e o mal, a vida e a morte, o curso total da disciplina está disposto em preceitos pelos quais Deus chama o ser humano do pecado, ameaça e exorta-o; e isso em nenhuma outra base, senão pela fato de o ser humano ser livre, com vontade ou para a obediência ou para a resistência [...] Portanto, tanto a bondade quanto o propósito de Deus são revelados no dom da liberdade dado ao ser humano por Sua vontade” (Tertuliano [160-220], Contra Marcião, II, 5).

“Ora, deve ser conhecido que os santos apóstolos, na pregação da fé de Cristo, pronunciaram-se com a maior clareza sobre certos pontos que eles criam ser necessários para todo mundo. [...] Isso também é claramente definido no ensino da Igreja de que cada alma racional é dotada de livre arbítrio e volição” (Orígenes de Alexandria [185-253], Sobre os Princípios, Prefácio).

“Quando Deus se comprometeu no início a criar o mundo, como nada que vem a ser o é sem uma causa, cada uma das coisas que haveriam de existir foram apresentadas à Sua mente. Ele viu no que resultaria quando cada uma dessas coisas fossem produzidas; e quando o resultado fosse completado, o que mais iria acompanhar; e o que mais seria resultado dessas coisas quando elas fossem acontecer; e assim por diante até a conclusão da sequência de eventos, Ele sabia o que seria, sem ser totalmente a causa do que vem a ser de cada uma das coisas que Ele sabia que aconteceriam” (Orígenes de Alexandria, Comentários sobre Gênesis, Livro III, 6).

“Há, de fato, inúmeras passagens nas Escrituras que estabelecem com extrema clareza a existência da liberdade da vontade” (Orígenes de Alexandria, Sobre os Princípios, III, 1).

“O homem possui a capacidade de autodeterminação, na medida em que ele é capaz de querer e não querer, e é dotado com o poder de fazer as duas coisas” (Hipólito de Portus [terceiro século], Refutação de Todas as Heresias, X, 29).

“Ora, aqueles que decidem que o ser humano não possui livre-arbítrio e afirmam que ele é governado pelas necessidades inevitáveis do destino [...] são culpados de impiedade para com o próprio Deus, fazendo-O ser a causa e o autor dos males humanos” (Metódio de Olimpos [250-311], O Banquete das Dez Virgens, XVI. Lembrando que Metódio escreveu ainda uma obra inteira em defesa do livre-arbítrio do homem, intitulada Concernente ao Livre-Arbítrio).

“Mais ainda, meu oponente diz que, se Deus é poderoso, misericordioso, desejando salvar-nos, que mude as nossas disposições e nos force a confiar em suas promessas. Isso, então, é violência, não é amabilidade nem generosidade do Deus supremo, mas uma luta vã e pueril na busca da obtenção do domínio. Pois o que seria tão injusto como forçar homens que são relutantes e indignos, reverter suas inclinações; imprimir forçadamente em suas mentes o que eles não estão desejando receber, e têm horror de receber?” (Arnóbio de Sica [250?-330], Contra os Pagãos, Livro II, 65).

“O conhecimento prévio dos eventos não é a causa de que tenham ocorrido. As coisas não ocorrem porque Deus sabe. Quando as coisas estão para ocorrer, Deus o sabe” (Eusébio de Cesaréia [265-339], Preparação para o Evangelho, VI, 11).

“Era necessário que o Cordeiro de Deus fosse oferecido pelos outros cordeiros cuja natureza Ele assumiu e por toda raça humana” (Eusébio de Cesareia, Demonstração do Evangelho, Prefácio, X).

“Todos os homens estavam sujeitos à corrupção da morte. Substituindo a todos nós, o Verbo tomou um corpo semelhante ao nosso, entregando a si mesmo à morte por nós todos como um sacrifício a Seu Pai. (...) Dessa maneira, morrendo todos nEle, pode ser abolida a lei universal da mortalidade humana. A exigência da morte foi satisfeita no corpo do Senhor e, doravante, deixa de atingir os homens feitos semelhantes a Cristo. Aos homens que se haviam entregue à corrupção foi restituída a incorrupção e, mediante a apropriação do corpo de Cristo e de Sua ressurreição, os homens são redivivos da morte” (Atanásio de Alexandria [296-373], Da encarnação, VIII).

“O Filho de Deus veio ao mundo [...] remir todos os homens [...] sofrendo em seu corpo em favor de todos os homens” (Atanásio de Alexandria, Sermão contra os Arianos).

“Portanto, desejando ajudar os homens, Ele, o Verbo, habitou com os homens tomando forma de homem, tomando para si mesmo um corpo semelhante ao dos outros homens. Através das coisas sensoriais, isto é, mediante as ações de seu corpo, Ele os ensinou que os que estavam privados de reconhecê-lo, mediante sua orientação e providência universais, podem por meio das ações de seu corpo reconhecer a Palavra de Deus encarnada e através dEle vir ao conhecimento do Pai” (Atanásio de Alexandria, Da encarnação, XIV).

“Porque, conforme o Evangelho, muitos são os chamados e poucos os escolhidos [...] A eleição, portanto, não é questão de juízo acidental. É uma distinção feita por intermédio de uma seleção baseada no mérito. Feliz, então, aquele a quem Deus elege: bendito em razão de ele ser digno da eleição” (Hilário de Poitiers [300-368], Tratado Sobre os Salmos, 64, V).

“Não há um tipo de alma pecando por natureza e outro praticando justiça por natureza; ambas agem por escolha, a substância da alma sendo de uma espécie somente e igualmente em tudo” (Cirilo de Jerusalém [313-386], Leituras, IV).

“A alma é autogovernada: e embora o Demônio possa sugerir, ele não tem o poder de obrigar a vontade. Ele lhe pinta o pensamento da fornicação, mas você pode rejeitá-lo, se quiser. Pois se você fosse fornicador por necessidade, por que razão Deus preparou o inferno? Se você fosse praticante da justiça por natureza, e não pela vontade, por que preparou Deus coroas de glória inefável? A ovelha é afável, mas ela nunca foi coroada por sua afabilidade; visto que sua qualidade de ser afável lhe pertence por natureza, não por escolha” (Cirilo de Jerusalém, Leituras, IV).

“Sois feitos partícipes de uma videira santa: se permaneces na videira, crescerás como um cacho frutífero; porém, se não permaneces, serás consumido pelo fogo. Assim, pois, produzamos fruto dignamente. Que não nos suceda o mesmo que aquela videira infrutífera; não ocorra que, ao vir Jesus, a maldiga por sua esterilidade. Que todos possam, ao contrário, pronunciar estas palavras: ‘Eu, porém, como oliveira verde na casa de Deus, confio no amor de Deus para todo o sempre’. Não se trata de uma oliveira sensível, mas inteligível, portadora da luz. O que é próprio dEle é plantar e regar; a ti, porém, cabe frutificar. Por isso, não desprezes a graça de Deus: guardai-a piedosamente quando a receberdes” (Cirilo de Jerusalém, Catequese, I, 4).

“Não maravilha que o mundo todo foi resgatado, porque Ele não foi apenas um homem, mas o Unigênito Filho de Deus” (Cirilo de Jerusalém, Catequese, XIII, 2).

“Eles, então, que foram selados pelo Espírito até o dia da redenção e preservaram puros e intactos os primeiros frutos que receberam do Espírito, ouvirão as palavras: ‘Muito bem, servos bons! Como fostes fiéis no mínimo, tomai o governo de muitas coisas’. Da mesma forma, os que ofenderam o Espírito Santo pela maldade de seus caminhos, ou não forjaram para si o que Ele lhes deu, serão privados do que receberam e sua graça será dada a outros; ou, conforme um dos evangelistas, serão totalmente cortados em pedaços, cujo significado é ser separado do Espírito” (Basílio Magno [329-379], Sobre o Espírito Santo, XVI, 40).

“Mas uma coisa foi encontrada que era equivalente a todos os homens, [...] o santo e precioso sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, o qual foi derramado por nós todos” (Basílio Magno, Sobre Salmos 49,VII, 8, seção 4).

“...os detratores de tudo o que é louvável, entenebrecedores da luz, inculturados em relação à sabedoria, por quem Cristo morreu em vão” (Gregório de Nazianzo [329-389], Sermão 45, Segundo Sermão da Páscoa, XXVI).

“O sacrifício de Cristo é uma expiação imperecível pelo mundo inteiro” (Gregório de Nazianzo, Sermão 2 para Páscoa).

“Sendo à imagem e semelhança […] do Poder que governa todas as coisas, o ser humano manteve também na questão do livre-arbítrio esta semelhança a ele cuja vontade domina tudo” (Gregório de Nissa [330-395], Sobre a Virgindade, XII).

“Então, falando do Pai, Ele acrescentou ‘Para quem estiver preparado’, para mostrar que o Pai também não está acostumado a dar atenção apenas aos pedidos, mas aos méritos; pois Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34). Por isso também o apóstolo diz: ‘Os que dantes conheceu, também os predestinou’ (Rm 8.29). Ele não predestinou-os antes de os conhecer, mas Ele predestinou à recompensa aqueles cujos méritos de antemão Ele conheceu” (Ambrósio de Milão [337-397], Sobre a Fé, Livro V, 6, 82).

“Apesar de Cristo ter padecido por todos, Ele padeceu especialmente por nós” (Ambrósio de Milão, Exposição do Evangelho de Lucas, VI, 7). “Este místico Sol da Justiça foi levantado por todos, veio para todos; Cristo padeceu por todos e ressuscitou por todos. Mas se alguém não crê em Cristo, está privando a si mesmo desse benefício universal, [...] o benefício comum do perdão divino e da remissão dos pecados [o qual] não pertence [...] aos anjos caídos. [...] Cristo veio para salvação de todos, Ele empreendeu a redenção para todos, na medida em que Ele trouxe um remédio pelo qual todos pudessem escapar, apesar de haver alguns [...] que não desejam ser curados” (Ambrósio de Milão, Sobre Salmos 118, Sermão VIII).

“Esses que são chamados de acordo com a promessa são aqueles que Deus sabia que seriam verdadeiros crentes no futuro, pois eles antes mesmo de crerem já eram conhecidos [por Deus]. [...] Da mesma forma, [Deus] condenou Faraó pelo Seu pré-conhecimento, pois sabia que este não se consertaria, e escolheu o apóstolo Paulo quando ele ainda estava perseguindo a Igreja, pois sabia que ele não deixaria de ser bom mais tarde” (Ambrosiaster [370 d.C.], Comentário às Treze Epístolas de São Paulo, trechos em que comenta as passagens de Romanos 8.28 e 9.14)

“Para respondermos a todos que insistem em perguntar ‘Como podemos ser salvos sem contribuir com nada nessa salvação?’, Paulo nos mostra que, de fato, temos uma grande dose de contribuição nela: entramos com a nossa fé!” (João Crisóstomo [347-407], Homilia em Efésios).

“Porquanto Deus pôs em nosso poder o bem e o mal, deu-nos o livre arbítrio da escolha, e quando não queremos não nos força; quando, porém, queremos, nos abraça” (João Crisóstomo, Homilia sobre a Traição de Judas, I, 3).

“Disse alguém: ‘Então é suficiente crer no Filho para se ganhar a vida eterna?’ De maneira nenhuma. Escuta esta declaração do próprio Cristo, dizendo: ‘Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus’; e a blasfêmia contra o Espírito é suficiente para lançar um homem no inferno” (João Crisóstomo, Homilia sobre o Evangelho de João, XXXI, 1).

“Isto é o que Marcião pergunta, e todo o grupo de hereges que mutilam o Antigo Testamento, com a maior parte de seu argumento girando em torno de algo como isto: ou Deus sabia que o homem, colocado no Paraíso, transgrediria Sua ordem, ou Ele não sabia. Se Ele sabia, o homem não tem culpa, pois não pôde evitar a presciência de Deus, pois Aquele que o criou o fez de tal forma que ele não poderia escapar do conhecimento de Deus. E se Ele não sabia, estará privando-o da Sua presciência, então também estará tirando Sua divindade. Mediante essa mesma argumentação, Deus será merecedor de culpa por escolher Saul, que se provaria um dos piores dos reis. E o Salvador deve ser condenado seja por ignorância ou por injustiça, na medida em que Ele disse no Evangelho: ‘Não vos escolhi a vós os doze, e um de vós é um diabo?’. Pergunte a Ele por que escolheu Judas, um traidor? Por que Ele confiou a ele a bolsa, quando Ele sabia que ele era um ladrão? Devo dizer-lhe a razão? Deus julga o presente, não o futuro. Ele não faz uso de sua presciência para condenar um homem que Ele sabe que vai mais à frente desagradá-lo; mas essa é a Sua bondade e misericórdia indizível, que Ele escolhe um homem que, Ele sabe, vai, entretanto, ser bom e, quem sabe, vai acabar mal, dando-lhe assim a oportunidade de ser convertido e de se arrepender. Esse é o significado das palavras do apóstolo, quando ele diz: ‘Tu não sabes que a bondade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, com a dureza e impenitência do teu coração, acumulas ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras’. Adão não pecou porque Deus sabia que ele faria assim, mas Deus, justamente pelo fato de ser Deus, sabia de antemão o que Adão faria pela sua livre escolha” (Jerônimo [347-420] Contra os Pelagianos, Livro III, 6).

“‘Talvez’, diz Ele, ‘eles podem ouvir e serem convertidos’ (Jr 26.3). A incerteza da palavra ‘talvez’ não pode pertencer à majestade do Senhor, mas é falado por conta de nossa condição, para que o livre-arbítrio do homem possa ser preservado, para que não suponham que, em vista de Sua presciência, existe, por assim dizer, uma espécie de necessidade, quer de fazer algo ou de não o fazer” (Jerônimo, Comentários sobre Jeremias, V, 35, 5).

“Tal qual uma pena utilizada para escrever ou uma flecha que precisa de um agente que dela faça uso, também a graça de Deus tem a necessidade de corações crentes” (Cirilo de Alexandria [375-444], Leituras Catequéticas, I, 1).

“A morte de uma carne é suficiente para o resgate de toda a raça humana, porque aquela pertenceu ao Logos, o Unigênito de Deus Pai” (Cirilo de Alexandria, Sermão sobre a “Recta Fide”, II, 7).

“A parte de Deus é derramar graça, mas a vossa é aceitá-la e guardá-la” (Cirilo de Alexandria, Leituras Catequéticas, I, 1). “Aqueles cuja intenção Deus previu, Ele predestinou desde o princípio. Aqueles que predestinou, Ele chamou e justificou pelo batismo. Os que foram justificados, Ele glorificou, chamando-os filhos. (...) Que ninguém diga que a presciência de Deus foi a causa unilateral dessas coisas. Não foi sua presciência que justificou as pessoas, mas Deus sabia o que aconteceria, porque Ele é Deus” (Teodoreto de Cirro [393-466], Interpretação de Romanos, trecho onde comenta Romanos 8.30).

“Quando o cabeça da raça [Adão] foi condenado, toda a raça foi condenada com ele; e então, quando o Salvador destruiu a maldição, a natureza humana ganhou liberdade” (Teodoreto de Cirro, Diálogos, III).

São muitos os textos dos Pais da Igreja pré-Agostinho e contemporâneos dele que poderiam ainda ser citados neste capítulo comprovando a posição sinergista de todos eles nesse período, mas não me deterei aqui nessa tarefa, pois já considero-a razoavelmente realizada aqui. Passarei agora, até porque esta obra foca no arminianismo, a frisar alguns Pais da Igreja pré-Agostinho que eram arminianos em seu entendimento da mecânica da Salvação, posto serem sinergistas que criam na precedência da graça.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Principais Inimigos da Igreja do Senhor Jesus

 

Principais Inimigos da

Igreja do Senhor Jesus

Pb.Tiago Luis Pereira – Cachoeira – Boa Esperança – Mg

 

1.Perseguições:

Consiste num conjunto de ações repressivas realizadas por um grupo específico sobre outro, do qual se demarca por determinadas características religiosas, culturais, políticas ou étnicas.

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/perseguicoes-contra-igreja-crista.html

Assista o vídeo: Pr.Décio e Pb.Tiago


2.Seitas e heresias:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/seitas-e-heresias.html

Assista o Vídeo Abaixo:



3.Paganização Católica Romana:

Religiosidade vã

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/10/a-reforma-protestante.html



4.Racionalismo:

Formalismo

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/racionalismo-x-cristianismo.html

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/pentecostalismo-x-racionalismo.html



5.Iluminismo:

Antropocentrismo/ Relativismo/ Pluralismo/ Secularismo

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/04/o-iluminismo.html

Lançou as bases para o Deísmo/ Liberalismo Teológico/ Marxismo Cultural

6.Deísmo e Liberalismo Teológico:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/deismo.html

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/teologia-liberal.html

7.Marxismo Cultural:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/04/guerra-cultural-marxismo-cultural-x.html


8.Neopentecostalismo:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2020/08/o-neopentecostalismo-e-seus-males.html

9.Mundanismo:

A) A Separação Espiritual do Cristão diante do Sistema Pecaminoso deste Mundo: https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/03/a-separacao-espiritual-do-cristao.html

B) Os Males do Carnaval e A Batalha da Carne e do Espírito:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/02/os-males-do-carnaval-e-batalha-da-carne.html

C) O Pecado em Forma de Entretenimento:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/03/o-pecado-em-forma-de-entretenimento.html

D) As Consequências de Nossas Escolhas:

https://tiagoluispereira.blogspot.com/2019/03/as-consequencias-de-nossas-escolhas.html

O Neopentecostalismo e Seus Males

 

O Neopentecostalismo

e Seus Males

Pb.Tiago Luis Pereira – Cachoeira – Boa Esperança - MG


Introdução:

O avivamento pentecostal mundial é classificado por Barrett em três ondas, onde a primeira onda é a renovação pentecostal, a segunda onda a renovação carismática, e a terceira onda a renovação neocarismática (ou neopentecostal) – Pr.Altair Germano

O termo neopentecostalismo, ou a expressão Terceira Onda do Pentecostalismo, designam a terceira onda do movimento pentecostal. É um movimento dentro do cristianismo que surgiu em meados dos anos 1970 e 1980, algumas décadas após o movimento pentecostal do início do século XX, ocorrido em 1906. Dissidente do evangelicalismo que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais (batistas, presbiteriana, metodistas, etc), o neopentecostalismo é considerado um movimento sectário.

No Brasil, alguns dos maiores e mais representativos grupos dessa corrente são a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Apostólica Fonte da Vida, Comunidade Cristã Paz e Vida, Igreja Plenitude do Reino de Deus e tantas outras.

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Creem que apóstolos, bispos e pastores ou missionários presidentes norteiam o rumo de suas igrejas no País e pelo mundo. Possuem um evangelismo massivo (boa parte delas possuem ou se utilizam de TVs, rádios, jornais, editoras ou literaturas próprias e portais ou sites). Assim como nos Estados Unidos, os neopentecostais brasileiros passaram por um sincretismo entre os movimentos evangélicos tradicionais e as religiões de matrizes africanas como o candomblé e a umbanda.

São adeptos da "confissão positiva" que pode ser legitimamente interpretada de várias maneiras. O mais significativo de tudo é que a expressão "confissão positiva" se refere literalmente a trazer à existência o que declaramos com nossa boca, uma vez que a fé é uma confissão, é dela que sai a famosa e destruidora TEOLOGIA DA PROSPERIDADE.

A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: Um dos seus maiores idealistas é o pr. Kenneth Erwin Hagin que escreveu diversos livros; Um dos maiores propagadores da teologia de Kenneth Erwin Hagin no Brasil foi o Missionário R. R. Soares.

Fazem um terrível sincretismo religioso: Vendem sal grosso ungido, vassoura ungida, rosa ungida, óleo ungido, lenço ungido, água ungida, feijão ungido e etc; E as chamadas “Campanhas” servem como mercado para a venda destas mercadorias.

Também possuem um “frenesi” com a afamada GUERRA ESPIRITUAL: Que tem confronto espiritual direto com os demônios, quebra de maldições hereditárias, possessão de crentes (domínio demoníaco sobre as pessoas, resultando em doenças ou fracasso) e etc.

Estes líderes são falsos profetas, lobos disfarçados de ovelhas e mercadejantes da fé; São egoístas, avarentos, gananciosos e fanfarrões gospel.

Os males causados por estes líderes e estes movimentos são terríveis, dentre muitos destacamos alguns:

A) Heresias: Desprezam o ensino teológico (“a letra mata”; “esfria o crente”; “Deus é quem dá a palavra”)/ Não fazem uma boa exegese (a pregação é alegórica; não olham o contexto; não olham a cultura)/ Dizem ter uma “nova revelação”/ torcem a Bíblia e etc.

B) Falsos irmãos: Não pregam o Evangelho de Jesus (renúncia, cruz, santidade e etc); As pessoas estão em “busca da bênção”, são materialistas e por isto frequentam estas igrejas.

Contudo, há muitas pessoas sinceras, humildes e verdadeiras servas do Senhor Jesus nestas igrejas.

C) Escândalos: Exageros nas emoções, causando desordens; Adeptos do Mundanismo e Secularismo; Escândalos envolvendo imoralidades, injustiça, corrupção, dinheiro etc.

D) Desilusão: Geram pessoas frustradas com pastores, igrejas e até mesmo com Deus; Muitos se acham desfavorecidas por Deus porque não receberam a cura, milagre, prosperidade, cumprimento da “profecia-Profetada”.

Nestas igrejas está a causa de muitos desigrejados e pessoas afastadas dos caminhos do Senhor.

1.Para meditarmos mais sobre este assunto trago o artigo do Prof.Gutierres Siqueira editor do Blog: Teologia Pentecostal.

Neo-pós-pseudo-pentecostalismo! Parte 01 https://teologiapentecostal.blog/2007/11/06/neo-pos-pseudo-pentecostalismo-parte-01/

6 de novembro de 2007/ Gutierres Fernandes Siqueira

O objetivo dessas observações é mostrar a tragédia que o movimento neopentecostal fez e está fazendo no meio evangelical, seja no pentecostalismo clássico, seja nas igrejas fundamentalistas-reformadas.

A expressão “neo-pós-pseudo-pentecostalismo” ¹ foi cunhado por Robinson Cavalcanti e designa muito bem o movimento neopentecostal ou carismático². O neopentecostalismo erra em muitos pontos e se afasta a cada dia do protestantismo histórico. É bom observar que há teólogos respeitados, como Luís Sayão, que acreditam em uma restauração doutrinária dos neopentecostais, Sayão comentou que: “Todo o mundo critica o movimento neopentecostal. Devemos avaliá-lo sociologicamente. Em breve eles sofrerão mudanças e buscarão uma sedimentação”³. É de se esperar que essa sedimentação aconteça logo e tomara que realmente aconteça! A abordagem desse texto é mostrar os principais defeitos no neopentecostalismo.

a) O neopentecostalismo desenvolve uma espiritualidade sem vínculo.

A excessiva valorização de catedrais, mega-ajuntamentos, grandes eventos , cultos midiáticos e similares; mostra que o neopentecostalismo desenvolve um espiritualidade sem ligação eclesiástica, ou seja, as pessoas vão a igreja como se fossem ao shopping-center, vão buscar algo e não entregar, tem vínculos mercantilistas e não comunitários. Ricardo Gondim fez uma ótima observação em relação ao assunto:

Os neopentecostais desenvolveram uma espiritualidade “templista”, sem vínculos comunitários. Sacralizam-se os prédios, valorizam-se os mega ajuntamentos, mas não se promovem relacionamentos. As pessoas se sentem sozinhas e autônomas no meio de uma multidão. Vão à igreja como quem vai a qualquer lugar público, sem sentimento de pertencimento.4

Dentro desse contexto é muito comum o trânsito religioso. Hoje o sujeito é de uma igreja, amanhã já de outra denominação. Há líderes neopentecostais que chegaram a fundar duas denominações diferentes.

Há não somente uma falta de vínculo comunitário, mas também, falta vínculo doutrinário, litúrgico, de ethos (costumes) e tradições. Sendo que o maior perigo é a falta de base teológica e ou doutrinária. Muitos neopentecostais, continuam com crenças herdadas de uma religião ou seita que anteriormente ele tenha participado. A falta de discipulado, infelizmente, é comum em todos os ramos do evangelicalismo, principalmente no neopentecostalismo, e

ainda há um desprezo muito grande pelo ensino da Palavra. Os neo pentecostais não investem em escola dominical, cultos de ensino, classes de discipulado, seminários teológicos etc.

b) o neopentecostalismo desenvolve um pregador arrecadador e não doador.

A principal preocupação para um bom “pregador” neopentecostal, não é o seu domínio das ciências bíblicas, juntamente com uma vida devocional exemplar, mas sim, o seu domínio na retórica da oferta. Em uma famosa denominação neopentecostal no Brasil, você só pode ser ordenado ao ministério pastoral, se a sua congregação arrecadar mais de 5 mil reais por mês em dízimos e ofertas. Qual será a pregação principal de um sujeito sob tamanha pressão? Certamente que será ofertas, dízimos, desafios de fé e teologia da prosperidade. Uma congregação de bairro de não dá “lucro”, é fechada imediatamente pelos “bispos” de algumas denominações neopentecostais. Será que a construção de templos é uma preocupação evangelísticas e de bem-estar da igreja local ou mais uma fonte de arrecadação? Não é nem preciso responder! A absurda compra de “cura-divina” por meio de ofertas, é comum em algumas igrejas neopentecostais. São cartões de oferta com valores de 10, 20, 50, 100 reais, sendo que os valores mais altos recebem “orações mais fortes”. Não seria essa prática uma indulgência moderna? Esses “profetas” neopentecostais sem aproximam a cada dia do sectarismo.

Em que consiste alguns cursos para líderes em igrejas neopentecostais? As matérias principais de muitos desse cursos, não é teologia sistemática ou exegese, mas sim, técnicas de marketing.

O papel pastor-ovelha, dentro desse contexto “templista”, é substituído pelo modelo empreendedor-cliente. Igrejas neopentecostais, normalmente, não possuem seminários, mas apenas cursos esporádicos de retórica ou métodos de marketing, como acima observado. O obreiro neopentecostal não é uma pessoa treinada para ser líder de uma igreja local, mas sim, de ser o mais persuasivo com aqueles que o visitam. Não existe ovelha, e os pastores nem podem ser chamados de pastores, pois normalmente são itinerantes. Um itinerante não tem a possibilidade de ter ovelhas, logo, não é um pastor.

c) o neopentecostalismo tem, a teologia da prosperidade, como a principal pregação.

O conceito de “Deus papai-noel”, cunhado no passado pelo teólogo alemão Dietrich Bonhoeffer, homem que lutou contra o secularismo eclesiástico de seu tempo, expressa muito bem a realidade materialista do movimento neopentecostal. A cosmovisão neopentecostal tem dificuldades de contemplar o futuro, o céu, a salvação, a redenção; palavras com esperança, espera, paciência, perseverança não fazem parte do vocabulário imediatista dos neopentecostais. Imediatismo é a filosofia dos pregadores do aqui-e-agora, é a bênção rápida e eficaz em pregações pragmáticas, ou seja, “pregações que funcionam”.

Sempre a teologia da libertação é colocada como uma visão comunista do cristianismo, da mesma forma, a teologia da prosperidade é uma versão capitalista de um evangelho distorcido, que busca riqueza e bens terrenos, em detrimento do que os bens celestiais. Junto com a teologia da prosperidade há um mal igual, que é o triunfalismo. O triunfalismo não aceita derrotas, infortúnios, doenças, perdas, pois é o evangelho do “só vitória”. Infelizmente, alguns pregadores que dizem ser pentecostais, são triunfalistas de carteirinha, sendo essa uma característica neopentecostal que tenta deturpar o pentecostalismo clássico.

d) o neopentecostalismo prega o ter em vez do ser.

A pregação sobre moralidade, santidade, caráter, Fruto do Espírito são deficientes no meio neopentecostal. O ter é mais valorizado do que o ser. É muito difícil pregar contra a ambição, a sedução das riquezas, o engodo da soberba nos púlpitos “universais”. O verdadeiro cristão na cosmovisão neopentecostal é aquele que passou da pobreza para a riqueza. Será a riqueza evidência de prosperidade? A prática mostra que não, pois o segundo homem mais rico do mundo, o bilionário Bill Gates, é um ateu! Será que Gates é mais espiritual que um pobre cristão africano sem almoço para esse dia?

e) o neopentecostalismo valoriza excessivamente a sua liderança.

Ouvir rádio evangélica, com poucas exceções, pode ser uma verdadeira tortura para aquele que busca a ortodoxia no cristianismo. É comum, na vasta programação neopentecostal, ouvir liderados referir-se a sua liderança como: “o apóstolo da fé, grande homem de Deus, o maior evangelista do século, o nosso bispo primaz, o homem que faz e acontece etc”. É uma verdadeira idolatrização da liderança, que se segue sem um senso crítico, mas em um caminho cego.

Muitos líderes, sem caráter, no neopentecostalismo, são acusados dos mais diversos crimes, como estelionato, curanderismo, lavagem de dinheiro etc. Os fiéis dessas igrejas, na maioria das vezes, são indiferentes as claras acusações e preferem atribuir esses problemas a perseguição da Rede Globo ou do próprio Diabo. É comum, alguns desses líderes, se compararem aos apóstolos, que foram perseguidos por causa do evangelho. Um sofisma que muitas vezes funciona, infelizmente!

Em denominações neopentecostais não há conselhos de doutrina, concílios para decidir os rumos da denominação. Em uma denominação neopentecostal, o líder-fundador é quem decide tudo, desde da forma litúrgica, passando pela doutrina e até o destino das finanças. É uma liderança incontestável, um líder que está acima de tudo e todos, que não presta contas a ninguém. Uns mais espirituais, dizem que ninguém pode tocar “nos ungidos de Deus”, ou seja, se colocam acima dos demais espiritualmente. Os pastores e obreiros menores nessas denominações imitam a oratória, os gestos, a maneira de se vestir dos seus líderes.

A “renovação apostólica” é um novo modismo que mostra a colocação acima da crítica dos líderes neopentecostais. Primeiro veio os bispos, quebrando uma tradição protestante de não inventar cleros acima de leigos, como no catolicismo romano. Depois veio as bispas(sic) e agora tem os “apóstolos”, há notícias de pastores que agora são chamados de “arcanjo”. É muita aberração para pouco espaço! Um famoso pastor disse certa vez: “Daqui a pouco temos o vice-Deus”.

Outra novidade é a chamada “cobertura espiritual”. Líderes que ameaçam seus liderados, dizendo que elas necessitam da cobertura deles, como apóstolos. Cobertura é uma falácia, pois biblicamente, não há cobertura espiritual da parte dos homens, mas somente de Deus.

Hoje, no meio neopentecostal, há uma febre por títulos teológicos. São muitos que dizem ser Doutor em Divindades(D.D) e fizeram curso por correspondência de, no máximo, um ano. A internet está cheia desses falsos cursos, que é uma malandragem de compra e venda de diplomas. Com 2 mil dólares, qualquer pessoa pode comprar um título de doutor em divindade nos Estudos Unidos, ficando até mais chique. Para ser um doutor em teologia, em uma faculdade séria, se estuda em média dez anos e há uma dedicação acadêmica, isso por parte do discente. Estudar bacharel de teologia em um ano é como estudar medicina em dois anos, é um grave erro e nada se aprende, sendo assim um falso curso. Gutierres Siqueira

Para saber mais sobre o Neopemtecostalismo:

Leia a parte 2 do Artigo do Gutierres Siqueira: https://teologiapentecostal.blog/2007/11/12/neo-pos-pseudo-pentecostalismo-parte-02/

Acesse estes Vídeos do Pastor Paulo Romeiro

Neopentecostalismo e o Novo Nascimento: https://www.youtube.com/watch?v=KuSNeAzcKdc&list=PL5YVca0SKAXquJ-5MIPdYAjiWFHBBa6gt&index=7

Ainda existe Apóstolos: https://www.youtube.com/watch?v=WZ-HNs__f_4&list=PL5YVca0SKAXquJ-5MIPdYAjiWFHBBa6gt&index=13

Neopentecostalismo e Religiões Afros: https://www.youtube.com/watch?v=aIru7WEYdgY&list=PL5YVca0SKAXquJ-5MIPdYAjiWFHBBa6gt&index=21

Diferenças entre a IURD e as Igrejas Evangélicas - Augustus Nicodemus: https://www.youtube.com/watch?v=nkjjTUprbFQ&list=PL5YVca0SKAXquJ-5MIPdYAjiWFHBBa6gt&index=23

2.É baseado neste falso cristianismo e pentecostalismo, que os Reformados Calvinistas Cessacionistas disparam suas críticas; Muitos deles sabem diferenciar uma Igreja Pentecostal Clássica das Igrejas Neopentecostais; Outros por sua vez julgam todas iguais; Infelizmente isto tem acontecido em muitas igrejas. 

Não podemos apenas apontar o dedo para os outros; É necessário sermos sinceros, humildes e corajosos e fazer uma Auto-Crítica, infelizmente muitas Igrejas do Pentecostalismo Clássico estão se neopentecostalizando, mas porquê? Sobre isto trago o artigo do Pr.Ciro Sanchez Zibordi que é colunista do CPAD NEWS: 

Por que muitas Assembleias de Deus estão se neopentecostalizando e consequentemente estão se tornando Pós-Pentecostal? http://www.cpadnews.com.br/blog/cirozibordi/apologetica-crista/163/por-que-muitas-assembleias-de-deus-estao-se-neopentecostalizando.html /

Qua, 30/09/2015 por Ciro Sanches Zibordi

Em muitas Assembleias de Deus, o tempo da exposição da Palavra de Deus tem sido suprimido ou reduzido por causa de shows de coreografia ou peças teatrais. Além disso, pregações sobre a obra expiatória do Senhor Jesus e as ministrações do Espírito Santo têm cedido espaço à falaciosa Teologia da Prosperidade e ao aberrante “reteté”. A exposição das Escrituras sob a unção do Espirito não é mais suficiente. É preciso animar auditório, recorrer a práticas bizarras, como derramar jarras de azeite sobre a cabeça, ou empregar técnicas para emocionar as pessoas, como o famigerado fundo musical.

É triste, mas em muitas Assembleias de Deus o culto não é mais para Deus e faz-se de tudo um pouco para agradar as pessoas e massagear seus egos. Capoeira, “gospel funk”, street dance, “festa jesuína” e outras formas de entreter o povo têm sido adotadas como estratégias de “evangelização”. Está essa igreja pentecostal centenária se neopentecostalizando? A bem da verdade, o Deus da Assembleia tem as suas reservas na terra. Há pastores e expoentes das Escrituras que têm cuidado de si mesmo e da doutrina (1 Tm 4.16) e não se deixaram influenciar pelo místico neopentecostalismo. Mas muitos líderes que se dizem assembleianos já se neopentecostalizaram — infelizmente —, a fim de agradarem a uma multidão de interesseiros.

Todos os líderes da Assembleia de Deus deveriam saber que o modelo de culto pentecostal não está nas igrejas neopentecostais — que propagam um culto pseudopentecostal —, e sim na Palavra de Deus, mais precisamente em 1 Coríntios 14. Esta passagem bíblica apresenta, pelo menos, sete características para o culto genuinamente pentecostal.

1. O propósito principal da manifestação multíplice do Espírito Santo em um culto coletivo a Deus é a edificação do seu povo (vv. 4,5,12). Risos intermináveis e supostas quedas de poder edificam em quê?

2. A faculdade do intelecto não pode ser desprezada no culto em que o Espírito Santo, de fato, age (vv. 15,20). Ninguém genuinamente usado pelo Espírito deixa de raciocinar normalmente, em um culto coletivo a Deus.

3. Um culto a Deus não deve levar os incrédulos a pensarem que os crentes estão loucos (v. 23). O que pensam os não-crentes que assistem a certos vídeos disponíveis no YouTube, nos quais vemos pessoas caindo ao chão, rindo sem parar, rosnando, latindo, mugindo, rugindo, uivando e rolando umas sobre as outras?

4. O culto coletivo deve ter ordem e decência; tudo deve ocorrer a seu tempo: louvor, exposição da Palavra, manifestações do Espírito (vv. 26-28,40). Um culto que não tem ordem nem decência é dirigido pelo Espírito?

5. No culto genuinamente pentecostal deve haver julgamento — segundo a reta justiça, conforme João 7.24 —, discernimento, a fim de se evitar falsificações (v. 29). Leia também 1 Coríntios 2.15 e 1 João 4.1.

6. Haja vista o espírito do profeta estar sujeito ao próprio profeta, é inadmissível que aconteçam manifestações consideradas do Espírito Santo em que pessoas fiquem fora de si (v. 32).

7. O Deus que se manifesta no culto coletivo não é Deus de confusão, senão de paz (v. 33). Quando um showman como Benny Hinn derruba pessoas carentes de uma bênção ou os seus supostos opositores com golpes de seu paletó, além da confusão que se instala no “culto”, tal atitude não é nada pacificadora. E quem recebe a glória, indutivamente, é o próprio showman.

Diante dos princípios apresentados, não há como considerar o “cair no Espírito” e a “unção do riso” como manifestações genuinamente do Espírito Santo! Não nos enganemos. O verdadeiro avivamento só ocorre quando há submissão à Palavra de Deus e ao Deus da Palavra. Lembremo-nos de que, se alguém cuida ser profeta ou espiritual, deve reconhecer os mandamentos do Senhor (1 Co 14.37).

Seitas e Heresias

 

Seitas e Heresias

1.Introdução: Para saber mais sobre Seitas e Heresias acesse a Playlist: https://www.youtube.com/watch?v=wRTf8EjtiUs&list=PL5YVca0SKAXquJ-5MIPdYAjiWFHBBa6gt

                                                                Assista o Vídeo Abaixo


A) Fundador do engano: o próprio Diabo (Gn 3.1-7) (Jo 8.44); (2Co 11.3-5)

B) No Antigo testamento já havia idolatria, paganismo e falsos profetas

C) No Novo Testamento nos tempos de Jesus, os mais conhecidos eram os fariseus e saduceus (os judaizantes)

D) Nos tempos dos apóstolos haviam os judaizantes e o gnosticismo.

E) Na Igreja Primitiva: As perseguições não se deram não somente de forma física, mas também na teologia, nas crenças cristãs.

Surgiram os Pais da Igreja: Homens que levaram fielmente e firmemente os ensinos de Cristo e dos apóstolos.

Características:

Antiguidade: do 2° ao 6° séculos.

Devoção: Piedade, comunhão com Deus e com a igreja

Ortodoxia: Compromisso com a sã doutrina (Inspiração das Escrituras / Trindade)

Aprovação Eclesiástica: Reconhecidos pela igreja

Pais Apostólicos: Os “Pais Apostólicos” foram homens que tiveram contato direto com os apóstolos, ou que foi citado por alguns deles. Para três indivíduos – Clemente de Roma, Inácio e Policarpo – esta titulação é regularmente aplicada. Principalmente Policarpo, para o qual existem evidências de contato direto com os apóstolos. Pregavam a santidade, o arrependimento, a piedade, o amor e etc.

1°Clemente de Roma: / 2°Pastor de Hermas: / 3°Inácio de Antioquia: / 4°Policarpo: / 5°Autor da Epístola de Barnabé:/ 6°Papias de Hireápolis/ 7°Autores da Epístola de Diogneto/ 8°Autores da Didaquê.

Surgiram diversos ataques:

Ataques do Povão: Calúnias do contexto das perseguições imperiais (Imoralidade/ Anti-Sociais/ Ateus/ Canibalismo/ Rebeldes)

Ataques dos Intelectuais Céticos: Encarnação / Ressurreição

Ataques das Heresias, distorções doutrinárias dentro da igreja acerca de várias doutrinas (Trindade / Deidade de Cristo / Deidade do Espírito Santo e etc.)

*Principais Heresias:

Judaísmo/ Farizeus/ Saduceus/ Gnoticismo/ Ebionismo / Marcionismo / Montanista / Sabelianismo / Arianismo / Nestorianismo / Apolinarismo/ Euquitianismo/ Maniqueismo / Donatismo / Pelagianismo

Pais Apologistas: Dedicaram suas vidas com todas as suas habilidades literárias em defesa do Cristianismo perante as heresias e as perseguições do Império. São eles:

A) Pais da Católicos: Clemente de Roma / Inácio de Antioquia / Policarpo de Esmirna

B) Padres gregos: Irineu de Lyon / Clemente de Alexandria/ Orígenes de Alexandria / Atanásio de Alexandria / Cirilo de Alexandria / João Crisóstomo / Padres da Capadócia: Basílio de Cesareia / Gregório de Níssa /Pedro de Sebaste / Gregório Nazianzeno

C) Padres latinos: Tertuliano/ Cipriano de Cartago / Ambrósio de Milão / Jerónimo de Estridão/ Agostinho de Hipona/ Leão, o Grande/ Gregório, o Grande

D) Padres do Deserto: Antônio, o Grande/ Abba Pacômio

2.Um dos sinais do tempo do fim:

Os falsos ensinos dos falsos profetas (Mt 24.11) (2Co 11.3-5); (1Tm 4.1-5); (2Tm 4.3-4); (1Jo 4.1-3); (2Jo 7-11)

3.Características do Falsos Profetas:

A) Surgem do nosso meio: (At 20.30); (1Jo 2.18-19)

B) Jesus fala do seu destrutivo (Mt 7.15)

C) Falam mentiras Fazem más obras (Mt 7.16-20)

D) Fazem até boas obras, mas são maus (Mt 7.21-23)

E) Buscam fama, poder e glória (2Co 11.12-13)

F) Buscam Riquezas: Gananciosos Pedro: (2 Pe 2.1-3,15).

Devemos rejeita-los, ainda que (Gl 1.8-9); (2Co 11.14)

4.Discernindo as Seitas e Heresias:

A) Heresia: deriva da palavra grega háiresis e significa: "escolha", "seleção", "preferência".

Seita: Facção, partido separatista Grupo pequeno pessoas que propagam heresias

B) Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos seguintes assuntos:

·         A Palavra de Deus é a verdade:

·         A Bíblia Sagrada (temos outras fontes)

·         Pessoa de Deus (deturpação do caráter)

·         A queda do homem e o pecado (não afetou completamente)

·         A Pessoa e a obra de Cristo (negação e deturpação do caráter)

·         A salvação (meritória)

·         O porvir (aplicação equivocada)

5.O Líder de uma Seita:

A) O líder recebeu revelação especial de Deus.

B) É frequentemente carismático 

C) O líder reivindica ser a encarnação de uma deidade, anjo, ou mensageiro especial.

D) O líder reivindica ser designado por Deus para uma missão

E) O líder reivindica ter habilidades especiais

6.Como se comportam as Seitas?

A) Normalmente buscam fazer boas obras

B) Parecem boas moralmente, piedade

C) Muitas vezes, quando usam a Bíblia em seus ensinos, utilizam também "escrituras" ou livros complementares.

D) A Bíblia, quando usada, é sempre distorcida, com interpretações próprias, que vão de encontro à filosofia da seita.

E) São pescadores de “aquários”.

F) Tem usos, costumes e ensinos que só eles praticam, e outras igrejas não praticam são erradas.

G) Produz divisão e apostasia

7.Religiões e Seitas mais Conhecidas:

A) Falsas Religiões: Islamismo, Budismo, Judaísmo, Confucionismo, Hinduísmo.

B) Seitas mais conhecidas na Igreja Hodierna: Seitas e falsas Religiões que ainda ameaçam o verdadeiro Cristianismo e são um desafio para a evangelização.

A) Falsas Religiões: Islamismo/ Budismo / Judaísmo / Confucionismo/ Hinduísmo/ Satanismo

B) Seitas mais conhecidas:

•Orientais: Sheicho-no-iê/ Hare Krishna

•Ocultistas: Espiritismo Kardecista / Legião da Boa Vontade / Racionalismo Cristão/ Esoterismo

•Afro-brasileiras: Macumbaria / Umbanda / Quimbanda / Candomblé.

•Secretas: Maçonaria.

Segmentos Filosóficos: Ateísmo /Deísmo / Teísmo / Panteísmo

C) Pseudocristãs: Catolicismo Romano / Testemunhas de Jeová / Adventista do Sétimo Dia e Mórmãos/ Tabernáculo da fé

Religiões: Afro-Brasileira/ Budismo/ Hinduísmo/ Islamismo/ Maçonaria / Ateísmo.

Fontes:

Seitas e Heresias - Raimundo de Oliveira – CPAD

Heresiologia – Curso Básico em Teologia - IBADEP