quarta-feira, 8 de abril de 2020

Eleição: Condicional ou Incondicional?


2. Eleição:


Obs: Essa abreviação - (Vol.) – Se refere aos livros “As Obras de Armínio”- CPAD. https://www.youtube.com/watch?v=XdDRKaPlORw


Obs: Essa abreviação – (AD.) – Se refere à “Declaração de Fé das Assembleias de Deus”- CPAD https://www.youtube.com/watch?v=KUOhdWipy3M

“Eleição” e “escolha” são apenas um termo, no original: ecloge. A eleição “olha” para o aspecto passado da nossa salvação (I Pe 1.2; Ef 1.4). Eleição divina é pois, a nossa escolha para a salvação, feita por Deus. Antônio Gilberto – Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD

# Arminianismo: Eleição Condicional: Antes da fundação do mundo, Deus em sua presciência previu e elegeu aqueles que receberiam a salvação em Cristo. (1Pe 1.2; Ef 1.4).

* Calvinismo: Eleição Incondicional: Deus elegeu alguns para a salvação em Cristo, reprovando os demais. Aos eleitos Deus manifesta a Sua misericórdia e aos reprovados a Sua justiça. (Ml 1:2-3; Jo 6:65; 13:18; 15:6; 17:9; At 13:48; Rm 8:29, 30-33; 9:16; 11:5-7; Ef 1:4-5; 2:8-10; 2Ts 2:13; 1Pe 2:8-9; Jd 1:4)

* A) Deus age unicamente mediante a sua “soberania”, e pelo seu decreto, salva ou condena as pessoas.

# A) Deus age mediante ao exercício do livre-arbítrio humano, e pela sua justiça, salva ou condena as pessoas.

“A livre-escolha do homem é uma realidade inconteste. A Bíblia acentua a cada passo a responsabilidade do homem no tocante à sua salvação. Deus oferece a salvação e, mediante o seu Espírito, convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo O homem aceita a salvação ou rejeita-a” (Is 1.19,20; Js 24.15; Dt 30.19; Jo 1.11,12; 3.15,16,19; Ap 22.17; Lc 13.34; At 7.51; I Rs 18.21; I Tm 4.1; 2 Cr 15.2; Mc 16.16; Hb 2.3; 3.12; 12.25). Antônio Gilberto – Teologia Sistemática 
Pentecostal - CPAD

* B) Deus decretou de forma soberana a eleição dos homens. Existem dois pensamentos entre os calvinistas:


https://www.youtube.com/watch?v=Rk3CXqv2pbM- Augustus Nicodemos X Hernandes Dias Lopes

Infralapsarianismo                              Supralapsarianismo
1.Deus e fez toda sua Criação                1.Deus antes da Criação (Dupla Predestinação)

2.Deus Permitiu a queda                         2.Deus e fez toda sua Criação

3.(Eleição e Preterição)                            3.Permitiu a queda

4.Salvação em Cristo                                4.Salvação em Cristo

5.Espírito Santo (aplicar a salvação)      5.Espírito Santo (aplicar a salvação)

# B) O decreto da nossa eleição para a salvação é eterno, mas só começou a se cumprir quando Cristo veio (2 Tm 1.9; Rm 8.28; 9.11,23,24; 16.25; Ef 1.9; 3.11). Antônio Gilberto – Teologia Sistemática Pentecostal – CPAD

A eleição e predestinação divina é coletiva (em Cristo) e somente para a salvação, e o é pela presciência de Deus (Rm 1.16-17); (Rm 8.1); (Rm 8.28-30); (2Co 5.17); (Ef 1.4-5,11-13); (1Pe 1.2); (Vol.1; 227); (AD.110);

“Deus não elege uns para a salvação, e outros, para a perdição. O homem é capaz de fazer a livre-escolha. E a graça de Deus não é irresistível, como muitos ensinam, valendo-se do falacioso chavão “Uma vez salvo, salvo para sempre”. Antônio Gilberto – Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD

* C) O Deus soberano pelo seu decreto preteriu ou predestinou alguns para a condenação.

# C) Essa afirmação é algo inconcebível, pois nos transmite a ideia de um “Deus Mal” que ama alguns e rejeita outros. Deus não preteriu nem predestinou a condenação de nenhum homem, mas sim pela sua presciência, previu suas atitudes e preparou a salvação por Jesus Cristo (Ef 1.4); (1Pe 1.18-21); (Ap 13.8); Essa sim nos transmite a ideia de um Deus Amoroso, pois nos amou preparando-nos a salvação em Jesus Cristo, mesmo sabendo de tudo o que iria acontecer.


Antônio Gilberto – Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD

“Predestinação divina e livre-escolha humana. Na Bíblia temos tanto a predestinação divina como a livre-escolha humana, em relação à salvação; mas não uma predestinação em que uns são destinados à vida eterna, e outros, à perdição eterna. Mas a Palavra de Deus não apresenta uma livre-escolha humana como se a salvação dependesse de obras, esforços e méritos humanos.

Os extremos nesse assunto (e noutros) é que são maléficos, propalando ensinos que a Bíblia não contém. A ênfase inconsequente à soberania de Deus no tocante à salvação leva a pessoa a crer que a sua conduta e procedimento nada têm com a sua salvação. Por outro lado, a ênfase inconsequente à livre-vontade (livre-arbítrio) do homem conduz ao engano de uma salvação dependente de obras, conduta e obediência humanas.

Ora, somos salvos, não por aquilo que fazemos ou deixamos de fazer para Deus, mas pelo que Jesus já fez por nós, uma vez para sempre. Há muitos por aí tendo a salvação dependente de suas obras, obediência, conduta, santidade, etc. Não é de admirar que os tais caiam e não se levantem, e que quando pequem duvidem da sua salvação.

Na realidade, parece incoerente e irreconciliável que algo predestinado por Deus admita livre-escolha ou livre-vontade. Mas, só porque não entendemos algo, ou entendemo-lo apenas em parte, deixa ele de existir? A conversão, por exemplo, tem muito de misterioso:
“Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso? Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso”? (Jo 3.1-10).

Há muitas coisas com as quais convivemos em nosso dia-a-dia, e que não as entendemos bem, ou quase nada, e, contudo, não queremos passar sem elas: o sono (semi-hibernação), os sonhos (o mundo onírico), o metabolismo basal, a teoria eletrônica, a eletricidade, o vento, a água suspensa no espaço (infinitas toneladas!), etc.

Há quem afirme que uma pessoa verdadeiramente salva não poderá jamais perder-se. Mas, quanto a isso, precisamos ver o que realmente a Bíblia diz, não esquecendo os são princípios da exegese bíblica, e o que essas pessoas deduzem do que a Bíblia diz.

Calvinismo e Arminianismo. Muitos têm seguido cegamente a João Calvino — teólogo francês, radicado na Suíça, falecido em 1564 —, o qual pregava a predestinação como uma eleição arbitrária de indivíduos; como graça irresistível e impossibilidade de perda da salvação.

Outros têm seguido as ideias de Jacobus Arminius, teólogo holandês falecido em 1609, o qual pregava doutrinas conflitantes quanto à salvação e a sua segurança. Um perigo fatal a que pode levar o arminianismo é o crente depender de suas obras, de sua conduta, de seu porte, de sua obediência pessoal, para a sua salvação (Hb 9.12). Nesse extremo campeia a falsa santidade, sendo o homem enganado pelo seu próprio coração (Jr 17.9).

No caso da predestinação e da livre-escolha, no tocante à salvação, a tendência humana é rejeitar uma ou outra. Os arminianistas extremistas rejeitam a predestinação, e os calvinistas extremistas rejeitam o livre-arbítrio.

Entretanto, um exame atento e livre de preconceito da Palavra de Deus mostra que, através da obra redentora de Jesus, Deus destinou de antemão (predestinou) todos os homens à salvação: “quem quiser, tome de graça da água da vida” (Ap 22.17; Is 45.22; 55.1; Mt 11.28,29; 2 Co 6.2; I Tm 2.4). 

De acordo com João 12.32, todos podem ser atraídos a Cristo. Mas nem todos querem seguir a Cristo.
A Bíblia é contrária ao predestinalismo. A Palavra de Deus não afirma que Cristo morreu apenas pelos eleitos. Cristo morreu por todos, e não somente pelos eleitos (I Tm 2.4,6; I Jo 2.2; 2 Pe 3.9; At 2.21; I0.43; Tt 2.11; Hb 2.9; Jo 3.15,16; 2 Co 5.14; Ap 22.17). Ora, aqui não se trata somente de “eleitos”, mas de “todos” que quiserem ser salvos. O falso ensino de que Cristo teria morrido apenas pelos eleitos pode conduzir a um desinteresse pela evangelização, haja vista Deus já ter separados os perdidos que vão para o inferno.

Qualquer pessoa que crê em Jesus torna-se um dos escolhidos de Deus, pois somos eleitos em Cristo (Ef 1.4). Em Mateus 22.1-14, vemos que todos os convidados foram “chamados”; porém “escolhidos” foram os que aceitaram o convite do rei. No versículo 14, a expressão “muitos são chamados, mas poucos escolhidos” revela, portanto, que das multidões que ouvem o evangelho apenas uma pequena parte crê em Cristo e o segue.

Deus elegeu para si um povo chamado Igreja, e não indivíduos, isoladamente. Somos predestinados porque somos parte da Igreja de Deus; não somos parte da Igreja porque fomos antes, individualmente, predestinados. Se, na Igreja, como Corpo de Cristo, alguém individualmente se desvia, e não volta, a eleição da Igreja não se altera.


O verdadeiro significado da predestinação. Em I Timóteo 2.4, está escrito: “[Deus] quer que todos os homens se salvem”. Nisto está incluído o mundo inteiro que queira. De fato, todos os que verdadeiramente creem, se salvam; somos testemunhas disso. O Senhor predestinou à salvação todo aquele que aceitar a Jesus. A própria aceitação já é um dom de Deus, para que ninguém se glorie julgando que assim contribuiu para a sua salvação. O termo original de onde provém a nossa palavra “predestinação” (gr. proorizo) significa “destinar de antemão”, “predeterminar”, “preestabelecer”, “prefixar”, “preeleger”, etc.

Esse vocábulo aparece seis vezes no Novo Testamento, variavelmente traduzido, dependendo da versão utilizada. Na versão Revista e Corrigida (ARC), a palavra aparece nas seguintes passagens:

• Atos 4.28 — “anteriormente determinado”.
• Romanos 8.29 — “predestinou”.
• Romanos 8.30 — “predestinou”.
• I Coríntios 2.7 — “ordenou antes”.
• Efésios 1.5 — “predestinou”.
• Efésios I.I I — “predestinados”.

A predestinação que a Bíblia realmente ensina não é a de uns para a vida eterna e a de outros para a perdição eterna. A predestinação é para os que quiserem ser salvos, conforme lemos em 2 Tessalonicenses 2.13 e 2 Timóteo 2.10: “Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação”; “Escolhidos para que também alcancem a salvação”.

Eleição é o ato divino pelo qual Deus escolhe ou elege um povo para si, para salvá-lo (2Ts 2.13). Predestinação é o ato de Deus determinar o futuro desse povo. No Novo Testamento, esse povo é a Igreja, o Corpo de Cristo, o povo salvo (Ef 1.22,23).

Na predestinação de Deus para a Igreja está a sua conformação à imagem do Filho de Deus (Rm 8.29), a sua chamada para a salvação (Rm 8.30), a sua justificação (Rm 8.30) e a sua glorificação (Rm 8.30). Essa conformação depende de chamada, justificação e glorificação do crente. E depende, ainda, da santidade de Deus (Ef 1.4) e da adoção de filhos (Ef 1.5).
Outrossim, a eleição divina não consiste somente na soberania de Deus, mas também na sua graça (Rm 11.5).

Conclusão. A doutrina da predestinação como ensinada pelo calvinismo só leva em conta a soberania de Deus, e não a sua graça (Rm I I.5; Tt 2.11) e a sua justiça (SI 145.17; Rm 3.21; I.I7; 10.3). Em Ezequiel 18.23 e 33.11 vemos que Deus quer que o ímpio se converta, e não apenas os eleitos e predestinados. Deus jamais predestinaria alguém ao inferno sem lhe dar oportunidade de salvação. Isso aviltaria a natureza dEle.

Se todos já estão predestinados quanto ao seu destino eterno, então não há lugar para escolha, decisão ou livre-arbítrio por parte do homem. Entretanto, temos essa escolha mencionada e exposta em vários textos bíblicos, como vimos.
Que Deus nos conceda cada dia uma visão espiritual cada vez mais ampla e profunda, a fim de compreendermos a sublimidade da gloriosa salvação que Jesus Cristo consumou; da qual, pela graça de Deus, já somos participantes. Glória, pois, a Ele!

A doutrina da predestinação situando o crente na presciência de Deus não está na Bíblia para motivar choques de ideias, especulações ou coisas semelhantes; mas para, de modo carinhoso, Deus encorajar o crente. Através dela, o Senhor está mostrando que antes que o mundo existisse, e o homem nascesse, Ele antecedeu- se e antecipou-se a tudo, prevendo problemas e dificuldades em nosso caminho e nos mostrando que é poderoso para nos levar a salvo para o seu Reino celestial (2Tm 4.18, ARA).

Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo (Fp 1.6).

Ora àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria) perante a sua glória (...) seja glória e majestade; domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém! (Jd vv.24,25), Antônio Gilberto – Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD



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