Introdução:
A) Sábado em Hebraico é shabbat, em Grego é
sabbaton, ambas as essas expressões significam repouso, cessação, aponta pro sétimo dia que Deus descansou de sua obra
(Gn 2.1-3)
B) A observação do Sábado
pelos israelitas, imitando a Deus, em não trabalhar no dia de Sábado, transformou-se
no sinal do Pacto Mosaico e no quarto dos dez mandamentos (Ex 20.8-11)
C) Era um dos sinais externos
da aliança de Deus com Israel (Ex 31.12-18); Após a morte de José, os israelitas
viraram escravos, trabalhavam incansavelmente dia após dia sem descanso algum,
sendo maltratados, afligidos por Faraó, essa foi um dos motivos que o povo clamou
a Deus e Ele os atendeu (Ex 1.8-14/ Ex 2.23-25); (Dt 5.12-15).
D) O Sábado tinha como propósito
o descanso social e uma devoção espiritual.
E) O quarto mandamento era
guardar o Sábado, os anciãos e escribas judeus, desenvolveram o moed que era a segunda ordem do mishná, continha 39 preceitos sobre o Sábado, não
pode isso, não pode aquilo, e inclusive não podiam andar mais que 1 km pois era
considerado esforço, trabalho (At 1.12 – 2 mil côvados ou 940 mts).
Jesus Senhor do Sábado (Mt 12.1-8)
Vs.1: Ao caminhar pelas searas, os discípulos de Jesus
estavam com fome e exerceram seu privilégio legal de colher e comer as espigas
(Dt 23.25)
Vs.2: Para os fariseus, que deviam estar passeando pelos
mesmos campos, o ato pareceu ilícito porque envolvia a quebra do Sábado.
Rabinicamente interpretado, colher espigas era trabalho (Ex 20.10) Até então pareciam estarem certos; Jesus então aceita o debate.
Vs.3-4: A primeira réplica de Cristo cita Davi e os pães da
proposição (1Sm 21.1-6). Embora a Lei divina restringisse os pães da proposição
aos sacerdotes (Lv 24.9), a extrema necessidade humana invalidava este
regulamento, e os rabis o compreendiam assim.
Ezequias Soares- Jesus
ensina que é uma lei cerimonial, coloca na mesma categoria dos pães da
preposição (Mt 12.2-4), (Ex 29.32-33); (Lv 22.10); (1Sm 21.3-6) falava a
respeito de onde Davi fica sem culpa pois estava faminto e ninguém o
recriminou.
Vs.5-6: Uma segunda ilustração mostra que a lei do descanso
sabático não era absoluta, pois dos sacerdotes se exigia pela própria lei que
trabalhassem no sábado (Nm 28.9-10). O argumento é, se os sacerdotes não são culpados
ao trabalhar no sábado para promoção da adoração no templo, quanto menos culpa
têm os discípulos em usar o Sábado para a obra de Cristo, que é a realidade
para a qual o Templo apontava.
Ezequias Soares- Os
sacerdotes violam o Sábado e ficam sem culpa (Mt 12.5), pois tinham que
sacrificar animais (Nm 28.9), se os sacerdotes não tinham culpa, quanto mais seus
discípulos que tinham como Mestre o Senhor do Sábado.
Esequias Soares- Circuncisão
no Sábado (Jo 7.19-24) Jesus coloca o Sábado como lei cerimonial, coloca-a
abaixo da circuncisão, se fosse uma lei moral, não poderia ser quebrada por uma
lei cerimonial que é a circuncisão.
Vs.7: O terceiro argumento de Cristo aponta a má
interpretação farisaica de (Os 6.6) "Misericórdia
quero e não holocausto" (Mt 9.13).
Deus quer corações quebrantados e não formalistas religiosos
(1Sm 15.22); (Sl 51.16-19); (Is 1.11-17)
Vs.8: Considerando que Jesus, como
Filho do Homem, é o Senhor do Sábado, os discípulos que usaram no dia de Sábado o seguiram, faziam-no de maneira apropriada.
O Sábado no Novo Testamento:
1. " Não terás outros deuses diante de
mim" (Ex 20.3).
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1.
"...vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, e a
terra..." (At 14.15).
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2. "Não farás para ti imagem de
escultura" (Êx 20.4).
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2.
"Filhinhos, guardai-vos dos ídolos" (Jo 5.21).
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3. "Não tomaras o nome do Senhor teu Deus em
vão" (Ex 20.7).
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3. "... não jureis nem pelo Céu, nem pela
terra" (Tg 5.12).
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4.
"Lembra-te do dia do sábado, para o santifícar" (Ex 20.8).
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4. (Não há este mandamento no Novo Testamento)
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5. "Honra a teu pai e a tua mãe" (Êx
20.12).
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5.
"Filhos, obedecei a vossos pais" (Ef 6.1).
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6. "Não matarás" (Êx 20.13).
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6. "Não matarás" (Rm 13.9).
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7. "Não adulterarás" (Êx 20.14).
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7. "Não adulterarás" (Rm 13.9).
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8. "Não furtarás" (Êx 20.15).
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8. "Não furtarás" (Rm 13.9).
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9. "Não dirás falso testemunho" (Êx
20.16).
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9. "Não mintais uns aos outros" (Cl
3.9).
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10. "Não cobiçarás" (Êx 20.17).
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10. "Não cobiçarás" (Rm 13.9).
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O Novo Testamento repete pelo menos:
• 50 vezes o dever de adorar somente a Deus;
• 12 vezes a advertência contra a idolatria;
• 4 vezes a advertência para não tomar o nome do Senhor em vão;
• 6 vezes a advertência contra o homicídio;
• 12 vezes a advertência contra o adultério;
• 6 vezes a advertência contra o furto;
• 4 vezes a advertência contra o falso testemunho;
• 9 vezes a advertência contra a cobiça.
Em nenhum
lugar do Novo Testamento encontra-se o mandamento de guardar o Sábado.
No concílio
em Jerusalém ficou estabelecido que os cristãos gentios não deveriam observar as leis cerimoniais do judaísmo (At 15.19-20, 28-29).
Naturalmente a igreja
inicial especialmente na Palestina, celebrava o Sábado, pois essa prática
descendia das raízes judaicas; Houve um período de transição da antiga à nova
ordem. À medida que a igreja se espalhava aos países gentios, a celebração do
sábado perdeu força e praticamente desapareceu. (Ap 1.10) mostra que mesmo na
época dos apóstolos, o Domingo era o dia do Senhor substituía o sábado antigo.
Os Pais da
Igreja: Ainda sobre o domingo como dia de festa semanal da Igreja, veja o que
escreveram os seguintes
• Barnabé:
"De maneira que nós observamos o domingo com regozijo, o dia em que Jesus
ressuscitou dos mortos".
• Justino
Mártir: "Mas o domingo é o dia em que todos temos nossa reunião comum,
porque é o primeiro dia da semana, e Jesus Cristo, nosso Salvador, neste mesmo
dia ressuscitou da morte".
• Inácio:
"Todo aquele que ama a Cristo, celebra o Dia do Senhor, consagrado à
ressurreição de Cristo como o principal de todos os dias, não guardando os
sábados, mas vivendo de acordo com o Dia do Senhor, no qual nossa vida se
levantou outra vez por meio dele e de sua morte. Que todo amigo de Cristo
guarde o dia do Senhor!"
• Dionísio
de Corinto: "Hoje observamos o dia santo do Senhor, em que lemos sua
carta".
• Vitorino:
"No Dia do Senhor acudimos para tomar nosso pão com ações de graça, para
que não se creia que observamos o sábado com os judeus, o qual Cristo mesmo, o
Senhor do sábado, aboliu em seu corpo".
Champlin-
Clemente de Alexandria e Hipólito também falaram do Domingo como dia de
adoração dos cristãos primitivos.
Didaquê - São os escritos dos cristãos primitivos, era usada na catequese para os novos
convertidos, era uma espécie de manual de princípios morais para a igreja
primitiva, onde relata que o dia de adoração era no Domingo.
Portanto o
que o Imperador Constantino fez foi tão somente confirmar uma prática que já
vinha a tempos no cristianismo primitivo.
Fontes:
Comentário Bíblico Moody – BATISTA REGULAR
Comentário Bíblico R. N. Champlin - CANDEIA
Comentário Bíblico Beacon - CPAD
Os 10 mandamentos – Ezequias Soares - CPAD
Seitas e Heresias – Raimundo de Oliveira – CPAD
Comentário Histórico Cultural – Lawrence O. Richards - CPAD
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