INTRODUÇÃO: A salvação é um processo imediato (conversão) e contínuo na vida do crente (santificação). É necessário que o nascido de novo conheça todos os benefícios que essa dádiva, por intermédio da morte de Cristo, outorgou-lhe na cruz. A vida plena, a paz, a alegria, a misericórdia, a graça e a bondade que o crente desfruta provêm do milagre da salvação.
Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).
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COMENTÁRIO
#1.O CONCEITO BÍBLICO DE SALVAÇÃO
1. O conceito: O significado bíblico de salvação compreende
cura, redenção, remédio, completude, inteireza, integralidade, saúde física,
mental e emocional. No sentido espiritual, salvação quer dizer que Cristo fez a
expiação pelo pecador, ocupando o lugar dele na cruz (passado), regenerando e
santificando sua vida (presente), a fim de um dia "glorificar" o
corpo dele plenamente (futuro). Assim, a salvação só é possível por causa da
obra de Cristo consumada na cruz (Hb 2.10). No sentido prático, salvação
significa livramento da condenação eterna, apaziguamento e felicidade na vida
de quem aceita Jesus como Senhor e Salvador. Essa pessoa é nova criatura e, por
isso, se esforça para compartilhar e implantar as virtudes do Reino de Deus no
mundo.
*Vemos que a salvação não
implica somente no futuro com a vida eterna, ela implica também no passado e no
presente de nossas vidas.
2. Salvação no Antigo Testamento: No Antigo Testamento, a
salvação está relacionada ao escape das mãos dos inimigos, à libertação da
escravidão e ao estabelecimento de qualidades morais e espirituais para a vida
de quem tem Deus como seu Senhor (Is 33.22-24). Nessa perspectiva, diante das
calamidades naturais (Êx 15.25), da perseguição (Jz 15.18; 2 Sm 22.3), da
escravidão, das doenças e da morte, o Altíssimo prometeu salvação ao seu povo
no sentido de libertá-lo (Êx 14.13; 15.2,13), livrá-lo e curá-lo (Is 38.16;
58.8) para viver uma vida longe das injustiças. Contudo, o ápice da salvação no
Antigo Testamento (AT) se deu com a profecia de Isaías sobre a vida e a morte
do "Servo Sofredor" (Is 53). O Antigo Testamento aponta os
sacrifícios de animais para o sacrifício substitutivo de Jesus Cristo na cruz
do Calvário (Hb 10.11,12); um evento vaticinado por vários profetas daquela
época. Era o oferecimento de um inocente no lugar de um culpado; uma morte não
merecida, mas aceita diante de Deus para remir os nossos pecados (Hb 9.22).
*No sentido de salvação da alma
no Antigo Testamento, Deus instituiu a lei do sacrifício para a expiação dos
pecados, que futuramente teria seu ápice no sacrifício de Cristo, para que assim a humanidade pudesse ter
comunhão com Ele, a salvação no AT portanto, implicava em conhecer a Deus,
temê-lo e obedecê-lo e orar, adorar e sacrificar somente ao Senhor único Deus.
3. Salvação em o Novo Testamento: A salvação não é alcançada
por mérito humano (Tt 2.11), pois é oferecida por Deus ao que crê pela graça
(Ef 2.8,9). Nas suas epístolas, o apóstolo Paulo é um dos que mais esclarece os
conceitos de salvação em o Novo Testamento (NT), mostrando que essa dádiva não
ocorre por intermédio da Lei, nem por meio do esforço humano, mas única e
exclusivamente pela graça divina (Gl 2.16). Pela fé, cabe ao homem confiar em
Cristo a fim de que seja redimido e justificado por meio de sua crucificação,
bem como permitir que seja santificado até o fim, tendo tal esperança por meio
de sua ressurreição (Rm 4.25). Ainda que o pecador não mereça, por intermédio
do Filho de Deus, o Pai o justifica, o perdoa, o reconcilia consigo (Rm 5.11),
o adota em sua família (Gl 4.5), o sela com o Espírito Santo da promessa (Ef
1.13) e faz dele uma nova criatura (2 Co 5.17). Assim, o Espírito Santo
capacita o crente a viver em santidade, mortificando a força do pecado,
assemelhando-o com Cristo, a fim de que o nascido de novo espere, com
confiança, pela salvação plena e gloriosa (Fp 3.21).
= No Novo Testamento, a salvação
é “fruto”:
A) Fruto do Amor, misericórdia e
graça de Deus (Ef.2.1-7).
B) Fruto do sacrifício perfeito,
santo, único, insubstituível e eterno de Jesus Cristo (Hebreus Capítulos 9 e
10)
C) Fruto da obra do Espírito
Santo, convencendo, regenerando e santificando o pecador.
= Para que hoje a humanidade
receba essa salvação, é necessário que:
1° Crer, ter fé em Deus
que por amor enviou seu único Filho e crer no sacrifício de Jesus Cristo:
(Jo.3.16-18); (At.4.12); (At.16.31); (Ef.2.8).
2° Arrepender de seus pecados:
(At.2.37-38); (At.17.30)
3° Confessar Jesus como seu
único e suficiente Salvador:
*Pessoalmente: (Rm.10.8-10) e *Publicamente: (Mc.16.15-16); (At.2.37-38)
4° Viver uma nova vida em
obediência a Deus revelada na sua palavra (Bíblia Sagrada): (2Co.5.17);
(Gl.5.19-22); (Ef.4.17- Ef.5.1-11); (Cl.3.1-17); (1Jo.2.6)
5° Perseverar até morte ou até o
arrebatamento da igreja: Mt.24.13; (1Tss.4.13-18); (Hb.10.36-39); (Ap.2.10).
SUBSÍDIO LEXICOGRÁFICO
Vários termos que designam a
salvação ocorrem frequentemente ao longo da Bíblia, No Antigo Testamento, a
raiz mais importante em hebraico é yasha, que significa liberdade daquilo que
prende ou restringe. Portanto, o verbo significa soltar, liberar, dar
comprimento e largura a algo ou a alguém. Os vários substantivos derivados
desta raiz significam tanto o ato de libertar quanto o de resgatar (1Sm 11,9),
além de transmitir o estado resultante de segurança, bem-estar, prosperidade e
de vitória sobre os adversários (2 Sm 23.10,12). O particípio deste verbo é a
palavra traduzida como 'Salvador', moshia, da qual vem o nome Josué, e sua
forma grega, Jesus; ambas significam 'Yahweh salva.
[...] No cristianismo, o verbo
passou a ser utilizado com o significado de salvar uma pessoa da condenação
eterna, e conduzi-la à vida eterna (Rm 5.9). No texto de 2 Timóteo 4.18 este
termo transmite a ideia de levar alguém com segurança ao reino celestial de
Cristo. No Novo Testamento soteria só é encontrado em conexão com Jesus Cristo
como Salvador, e não em qualquer sentido físico ou temporal. A salvação traz a
justiça de Deus para o homem, quando este cumpre a condição de ter fé em Cristo
(Rm 1.16,17; 1Co 1.12)" (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, 2009, p. 1744).
#2.A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO
1. A grandeza da salvação: Embora haja, na vida do crente,
um momento de conversão, de ruptura com a velha vida e de nascimento para a
nova vida em Cristo, é necessário ter o desejo de conhecer mais a verdade de
Deus (1Tm 2.4). Nesse sentido, deve-se tomar o capacete da salvação (Ef 6.17),
ou seja, proteger a mente com as verdades salvíficas, a fim de estarmos livres
das investidas de Satanás que busca nos colocar dúvidas e assim compreendermos
os conceitos fundamentais dessa gloriosa doutrina, tais como: propiciação,
expiação, adoção, regeneração, santificação, perdão.
2. Para compreender o que Jesus fez: A salvação abrange
todas as dimensões da vida, por isso, embora tão simples de ser vivenciada -
pois para isso basta aceitarmos a Cristo (Rm 10.10) muitas vezes seu processo é lento e requer
compreensões maiores. É o que se denomina "aperfeiçoamento dos
santos". Ora, embora a salvação seja um processo imediato alcançado por
meio do sacrifício de Cristo, esse aperfeiçoamento se dá por meio da
assimilação e da vivência constante na dependência de Deus em todas as áreas da
vida. Esse processo chama-se "santificação".
*A salvação é a “ferramenta”
usada por Deus para restaurar o ser humano na totalidade do seu ser, corpo,
alma e espírito e também em toda a sua existência, passado, presente e futuro.
http://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2006/2006-04-09.htm
3. Para se apropriar dos benefícios da salvação: Como a
salvação pode ser negligenciada (Hb 2.3), devemos nos esforçar para conhecer e
se apropriar de todos os seus benefícios, dentre os quais destacamos: o
livramento da condenação do inferno, a libertação do poder do pecado e do poder
das trevas (Cl 1.13), o experimentar da redenção em Cristo (1 Pe 1.18,19), a
vida segundo o Espírito (Rm 8.1), o novo nascimento (Jo 3.5) e a participação
da manifestação de Cristo em glória (Cl 3.4).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
A salvação baseia-se na morte de
Cristo para a remissão dos pecados de acordo com os justos requisitos de um
Deus santo e abençoador (Rm 3.21-26). As bênçãos da salvação incluem,
basicamente, a redenção, a reconciliação, e a propiciação. A redenção significa
a completa libertação através do pagamento de um resgate (2 Pé 2.1; Gl 3.13). A
reconciliação significa que, por causa da morte de Cristo, o relacionamento
humano com Deus foi modificado de um estado de inimizade passando a um estado
de comunhão (Rm 5.10). A propiciação significa que a ira de Deus foi retirada
através da oferta de Cristo (Rm 3.25).
Quando uma pessoa crê no Senhor
Jesus Cristo, ela é salva (At 16.31), e assim já está justificada, redimida,
reconciliada e limpa (Jo 13.10; 1Co 6.11). Além disso, a salvação é também
progressiva (1 Co 1.18) e o homem precisa da obra santificadora do Espírito
Santo no aperfeiçoamento de sua salvação (Rm 8.13). Além disso, a salvação em
sua plenitude, deverá ser realizada no futuro, quando Cristo voltar (Hb 9.28)"
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1744).
CONHEÇA MAIS
Salvação
A salvação é uma milagrosa
transformação espiritual, operada na alma e na vida - no caráter - de toda
pessoa que, pela fé, recebe Jesus Cristo como seu único Salvador [...] A
salvação abarca todos os atos e processos redentores, bem como transformadores da
parte de Deus para com o ser humano e o mundo, através de Jesus Cristo nesta
vida e na outra. Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática Pentecostal,
CPAD, p.334
#3.A SALVAÇÃO PROMETIDA NO ÉDEN
1. O pecado humano: A partir do momento em que Adão e Eva
pecaram, a raça humana passou a expressar e a vivenciar a maldade (Gn 3.6,7 cf.
4.8-26). Enquanto vivia o período da inocência, o primeiro casal relacionava-se
plenamente entre si e com Deus (Gn 2.23-25). Mas a partir do advento do pecado,
o casal passaria a enfrentar conflitos entre si e com o Criador, passando a
encobrir a maldade do seu coração. A obra de Cristo, porém, realizada no
Calvário não nos permite viver hipocritamente, mas em verdade e sinceridade. Em
Jesus, a maldade do coração é substituída pela capacidade de amar, realizar
boas obras, pela fé, manifestar a bondade de Deus e cuidar do próximo. Esses
atos são consequências da salvação (Ef 2.10).
*A salvação só pode ser
entendida, recebida e vivida se entendermos a doutrina do pecado, só podemos
desejarmos a salvação, se entendermos quão perdidos estamos. SAIBA MAIS: https://tiagoluispereira.blogspot.com.br/2017/08/licao-6-pecaminosidade-humana-e-sua.html
2. A transferência da culpa: Após pecarem contra Deus, e
serem questionados pelo Criador, Adão e Eva deram respostas que mostraram a
incapacidade deles em resolver o problema do pecado, pois ambos transferiram
suas culpas para terceiros (Gn 3.12,13). Nesse contexto, Deus havia
providenciado uma solução que foi ao encontro do drama do casal: cobrir a sua
nudez com a pele de um animal (Gn 3.21). Naquele instante, o Criador
"transferiu" a culpa pelo pecado dos nossos primeiros pais para um
animal inocente, cujo ato simbolizava o sacrifício perfeito de Cristo para
salvar a raça humana, "cobrindo a nudez" do pecado do homem (Hb
9.22b).
*É que chamamos na Teologia de
“sacrifício vicário de Cristo” ou sacrifício expiatório, é o sacrifício substituto
de Jesus Cristo pelo pecado do homem (humanidade) na cruz.
Subsídio Teológico
O Dia da Expiação
“E o sacerdote... fará a expiação...
expiará o santo santuário; também expiará a tenda da congregação e o altar;
semelhantemente fará expiação pelos sacerdotes e por todo o povo da
congregação.” Lv 16.32,33
A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO.
A palavra “expiação” (heb. kippurim,
derivado de kaphar, que significa “cobrir”) comunica a idéia de cobrir o pecado
mediante um “resgate”, de modo que haja uma reparação ou restituição adequada
pelo delito cometido (note o princípio do “resgate” em Êx 30.12; Nm 35.31; Sl
49.7; Is 43.3).
(1) A necessidade da expiação surgiu do
fato que os pecados de Israel (16.30), caso não fossem expiados, sujeitariam os
israelitas à ira de Deus (cf. Rm 1.18; Cl 3.6; 1Ts 2.16). Por conseguinte, o
propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de amplitude ilimitada,
por todos os pecados que porventura não tivessem sido expiados pelos
sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa maneira, o povo
seria purificado dos seus pecados do ano precedente, afastaria a ira de Deus
contra ele e manteria a sua comunhão com Deus (16.30-34; Hb 9.7).
(2) Porque Deus desejava salvar os
israelitas, perdoar os seus pecados e reconciliá-los consigo mesmo, Ele proveu
um meio de salvação ao aceitar a morte de um animal inocente em lugar deles
(i.e., o animal que era sacrificado); esse animal levava sobre si a culpa e a
penalidade deles (17.11; cf. Is 53.4,6,11) e cobria seus pecados com seu sangue
derramado.
A CERIMÔNIA DO DIA DA EXPIAÇÃO.
Levíticos 16 descreve o Dia da
Expiação, o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo
sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um
banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados
do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A
seguir, tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: um tornava-se o bode
do sacrifício, e o outro tornava-se o bode expiatório (16.8). Sacrificava o
primeiro bode, levava seu sangue, entrava no Lugar Santíssimo, para além do
véu, e aspergia aquele sangue sobre o propiciatório, o qual cobria a arca
contendo a lei divina que fora violada pelos israelitas, mas que agora estava
coberta pelo sangue, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira
(16.15,16). Como etapa final, o sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos
sobre a sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o
enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para
fora do arraial para serem aniquilados no deserto (16.21, 22).
(1) O Dia da Expiação era uma
assembléia solene; um dia em que o povo jejuava e se humilhava diante do Senhor
(16.31). Esta contrição de Israel salientava a gravidade do pecado e o fato de
que a obra divina da expiação era eficaz somente para aqueles de coração
arrependido e com fé perseverante (cf. 23.27; Nm 15.30; 29.7).
(2) O Dia da Expiação levava a efeito a
expiação por todos os pecados e transgressões não expiados durante o ano
anterior (16.16, 21). Precisava ser repetido cada ano da mesma maneira.
CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO.
O Dia da Expiação está repleto de
simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. No NT,
o autor de Hebreus realça o cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia
da Expiação (ver Hb 9.6—10.18)
(1) O fato de que os sacrifícios do AT
tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam
para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo
permanente todo o pecado confessado (cf. Hb 9.28; 10.10-18).
(2) Os dois bodes representam a
expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação consumados por Cristo. O
bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo
pelos pecadores, como remissão pelos seus pecados (Rm 3.24-26; Hb 9.11, 12,
24-26). O bode expiatório, conduzido para longe, levando os pecados da nação,
tipifica o sacrifício de Cristo, que remove o pecado e a culpa de todos quantos
se arrependem (Sl 103.12; Is 53.6,11,12; Jo 1.29; Hb 9.26).
(3) Os sacrifícios no Dia da Expiação
proviam uma “cobertura” pelo pecado, e não a remoção do pecado. O sangue de
Cristo derramado na cruz, no entanto, é a expiação plena e definitiva que Deus
oferece à raça humana; expiação esta que remove o pecado de modo permanente
(cf. Hb 10.4, 10, 11). Cristo como sacrifício perfeito (Hb 9.26; 10.5-10) pagou
a inteira penalidade dos nossos pecados (Rm 3.25,26; 6.23; Gl 3.13; 2Co 5.21) e
levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de Deus, que nos
reconcilia com Ele e que restaura nossa comunhão com Ele (Rm 5.6-11; 2Co
5.18,19; 1Pe 1.18,19; 1Jo 2.2).
(4) O Lugar Santíssimo onde o sumo
sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação, representa o trono de Deus
no céu. Cristo entrou nesse “Lugar Santíssimo” após sua morte e, com seu
próprio sangue, fez expiação para o crente perante o trono de Deus (Êx 30.10;
Hb 9.7,8,11,12,24-28).
(5) Visto que os sacrifícios de animais
tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado e que se cumpriram no
sacrifício de Cristo, não há mais necessidade de sacrifícios de animais depois
da morte de Cristo na cruz (Hb 9.12-18). (Bíblia de Estudo
Pentecostal CPAD – O Dia da Expiação págs. 209 e 210)
3. Satanás esmagado e o pecado vencido: Deus anunciou no
Éden o que se denomina de protoevangelho, isto é, a primeira vez na história em
que é proclamado o projeto definitivo de Deus para a salvação do ser humano. O
Altíssimo jamais abandonaria o ser humano à própria sorte. Embora Satanás
tentasse eliminar o homem de vez, seu intento não passou de uma simples tentativa
de "morder o seu calcanhar" (Gn 3.15). Mas, por intermédio da
salvação outorgada na cruz. Cristo esmagou a cabeça da "Serpente"
provendo a solução definitiva para o estado caído do ser humano. A peçonha do
pecado que Satanás tentou passar à humanidade foi aniquilada pela morte
redentora de Cristo. O Criador prometeu salvação e deseja que todo ser humano
seja salvo (1Tm 2.3,4), apesar da condição de rebelado, de pecador e de inimigo
de Deus.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
O protoevangelho
A semente da serpente, que Jesus
relaciona aos ímpios (Mt 13.38,39; Jo 8.44), e a semente da mulher têm ambas
sentido fortemente pessoal. Deus disse à serpente: A Semente da mulher te
ferirá a cabeça. Compare a referência de Paulo a isto em Romanos 16.20. A
serpente só poderia ferir o calcanhar da Semente da mulher. De fato, ferir não
é forte o bastante para traduzir o termo hebraico, que pode significar moer,
esmagar, destruir. Uma cabeça esmagada que leva à morte é contrastada com um
calcanhar esmagado que pode ser curado. O versículo 15 é chamado de
'protoevangelho', pois contém uma promessa de esperança para o casal pecador. O
mal não tem o destino de ser vitorioso para sempre; Deus tinha em mente um
Vencedor para a raça humana. Há um forte caráter messiânico neste versículo. Em
Gênesis 3.14,15, vemos o Calcanhar Ferido.
1) O Salvador prometido era a
Semente da mulher—o Deus-Homem;
2) Esta Semente Santa feriria a
cabeça da serpente — conquistar o pecado;
3) A serpente feriria o calcanhar do
Salvador — na cruz, Ele morreu (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 1. 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p. 41).
CONCLUSÃO: Embora o homem tenha contrariado o plano divino,
desprezando o grande cuidado de Deus dispensado a ele no Éden, o Criador
imediatamente lhe providenciou um substituto através da morte de um animal,
apontando, dessa forma, para Cristo. Portanto, no Éden, Deus apresenta
duplamente o Redentor:
(1) proferindo a promessa de redenção (Gn 3.15);
(2) sacrificando o animal para vestir Adão e Eva (Gn 3.21).
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica
Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)
Cristais – Mg 25/09/17
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