quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Lição 7 - A Necessidade do Novo Nascimento


                  Lição 7 - A Necessidade do Novo Nascimento

INTRODUÇÃO: O tema da presente lição é de suma importância porque muitas pessoas estão equivocadas nas coisas concernentes à salvação, assim como Nicodemos também estava. As boas ações, um padrão de vida exemplar e até mesmo a prática de uma religiosidade sincera não conduzem ninguém à vida eterna. O diálogo de Jesus com Nicodemos, um líder religioso honesto e sincero, revela a necessidade do novo nascimento para entrar no Reino dos Céus.

Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs 

                                            
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#1.UM LÍDER RELIGIOSO BEM-INTENCIONADO

1. Quem era Nicodemos?: Muito pouco se sabe a respeito dele. Seu nome é grego e significa "vencedor do povo". Era fariseu, um príncipe do povo (Jo 3.1) e membro do sinédrio (Jo 7.50). Nicodemos viu em Jesus algo que não existe em nenhum dos seres humanos, mas ainda assim parece que não queria serviste pelo povo conversando com o Mestre. Talvez isso justifique o fato de ter ido à noite se encontrar com o Senhor (v.2). Nicodemos nunca mais foi o mesmo depois desse encontro com Jesus (Jo 7.51; 19.39). Esse diálogo impressiona as pessoas ainda hoje, pois nele está o que consideramos ser o texto áureo da Bíblia (Jo 3.16).

*Sinédrio: Esta palavra foi alterada pelos aramaicos, tendo derivado do grego sunedrion, que significa "conselho" ou "sessão de assembléia". As duas partes da palavra são sun (com) + edra (assento). "Sentar junto" para um propósito específico (isto é, entrar em conselho) CHAMPLIN

2. Os fariseus: Representavam o povo e, apesar de serem minoria na sociedade pré-cristã, exerciam forte influência na comunidade judaica. Eram membros do sinédrio e tornaram-se inimigos implacáveis de Jesus. Esse grupo formava uma seita (At 15.5). O apóstolo Paulo declara que o grupo dos fariseus, ao qual Nicodemos pertencia antes de sua conversão, era a mais severa seita do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5). Os Evangelhos estão repletos de provas do comportamento negativo dos fariseus e de suas hipocrisias. Tanto que a palavra "fariseu" tornou-se sinônimo de hipócrita e fingido, até os dias de hoje. Felizmente, Nicodemos era diferente deles (Jo 7.50,51).

*Farizeus: Sempre foram um grupo minoritário. Nos dias de Herodes eles eram um pouco mais de 6 mil indivíduos (Josefo, Anti. 17:2,,4). O grupo não era totalmente homogêneo. Shammai (vide) foi uma figura severa que interpretava tudo de acordo com O rigor da letra. Era de uma família rica e aristocrática, Hilel (vide), em contraste, era homem do povo, e interpretava as questões com brandura, favorecendo as debilidades do povo. A maioria dos escribas pertencia ao partido dos fariseus, e deles foram surgindo aqueles ensinos exagerados que circundavam a lei e as observâncias legalistas. Eles determinaram que a lei contém seiscentos e treze mandamentos, dos quais duzentos e quarenta e oito positivos e trezentos e sessenta e cinco negativos. Além disso, cercaram essas leis com um complexo e, com freqüência, exagerado sistema de interpretação, que fazia pesar consideravelmente sobre os homens as suas responsabilidades morais e religiosas. CHAMPLIN

3. Os sinais efetuados por Jesus: Pouco tempo depois das bodas de Cana da Galileia, Jesus retornou à Judeia, subindo a Jerusalém (Jo 2.13). Era a sua primeira aparição pública na capital quando Nicodemos lhe procurou. Nessa ocasião, Jesus operou muitos milagres e, "estando ele em Jerusalém pela Páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome" (Jo 2.23). Esses milagres atraíram Nicodemos. Talvez ele tenha se referido a esses feitos milagrosos quando se dirigiu a Jesus, pois disse que "ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele" (v.2).

*Os milagres e sinais que Jesus operava, era pra confirmar sua identidade como Filho de Deus (Jo.5.16-23); (Jo.9.26-33) e Messias (Mt.11.1-5), que era tão esperado pela nação de Israel.

*Nenhum milagre realizado por Deus tem um fim em si mesmo, ou seja, Deus tem objetivos maiores, do que somente curar, suprir e impressionar as pessoas. Vejamos alguns:

Porque Deus faz maravilhas? (Sl.40.1-3)

1° Crermos mais Nele e somente Nele: (Mc.16.17-20); (Jo.2.11,23); (Jo.4.48; 9,16; 12.37); (At.8.13); ( Morte e ressurreição de Lázaro no Evangelho de João 11)

2° Para seu Nome ser glorificado: Pois é o único digno (Mt.9.8); (Sl.66.1-5; 107.15)

3° Sermos sempre agradecidos: Retribuirmos servindo a Ele de todo coração (Sl.116.1-14); (10 leprosos).

4° Fazer seu nome conhecido e temido: (Js.2.9-11); (Jr.5.21-22).

Fariseus
Era um dos principais grupos de liderança religiosa em Israel no período de Jesus. Os fariseus eram mais interessados na religião, ao passo que os saduceus se interessavam mais pela política.

CARACTERÍSTICAS POSITIVAS
- Estavam interessados em obedecer à lei de Deus.
- Eram admirados por sua piedade.
- Acreditavam em uma ressurreição física e na vida eterna.
- Acreditavam em anjos e demônios.

CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS
- Comportavam-se como se suas próprias regras religiosas fossem tão importantes quanto à lei de Deus.
- Sua piedade frequentemente era hipócrita e eles admoestavam os outros para que vivessem segundo os padrões que eles mesmos não conseguiam cumprir.
- Estavam mais preocupados em parecer ser bons que em obedecer a Deus.

#2.O NOVO NASCIMENTO

1. É necessário nascer de novo (v.7): Talvez Nicodemos esperasse uma resposta elogiosa como retribuição das boas e sinceras palavras ditas a Jesus. Mas ele se surpreendeu com a declaração do Mestre: "aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (v.3). O que essas palavras significam? Nascer de novo é nascer da água e do Espírito (v.5), e isso significa regeneração. É o início de uma nova vida, quando o pecador se torna nova criatura (2 Co 5.17) criada em Cristo Jesus (Ef 2.10). Trata-se de uma experiência profunda com Jesus, e não de mera mudança de religião.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

O novo nascimento no Evangelho de João

Encontramos a única menção explícita ao novo nascimento na conversa de Jesus com Nicodemos (3.1-21). Jesus fala a Nicodemos: 'Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus' (v. 3). A réplica de Nicodemos: 'Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?' (v, 4), indica que ele entendeu o comentário de Jesus na esfera humana, física. A interpretação errônea de Nicodemos fornece a Jesus a oportunidade de esclarecer o que queria dizer. Ele fala da necessidade de um novo nascimento espiritual, não de um segundo nascimento físico (vv, 6-8). A interpretação errônea e o esclarecimento resultante dela são refletidos em um jogo de palavras no versículo 3 (repetidas no v, 7). A palavra grega aõthen, traduzida por ‘novo’, na NVI, pode querer dizer 'de novo' ou de cima'. Contudo, o fato de Nicodemos entendê-la com o sentido de 'de novo' leva-o a concluir que Jesus fala de um segundo nascimento físico, mas a resposta de Jesus, registrada nos versículos 6-8, mostra que Ele se refere à necessidade de um nascimento espiritual, um nascimento 'de cima'. Esse novo nascimento não é resultado de nenhum ato humano (v, 6), é obra do Espírito Santo (v. 8). É necessária a atividade sobrenatural do Espírito de Deus para realizar esse novo nascimento espiritual no indivíduo. Ele não consiste apenas em percepção ou compreensão mais excelente, mas na completa transformação do indivíduo ( 2 Co 5.17) (ZUCK, Roy B, Teologia do Novo Testamento, 1.ed, Rio de Janeiro, CPAD, 2008, pp, 245-6).

CONHEÇA MAIS

Conversão

[Do hb. sub, voltar atrás; do gr. metanoeo, voltar; e, do lat. conversionem, transformação] Mudança que Deus opera na vida do que aceita Cristo como o seu Salvador pessoal, modificando-lhe radicalmente a maneira de ser, pensar e agir.
A conversão é o lado objetivo e externo do novo nascimento. Por intermédio dela, o pecador arrependido mostra ao mundo a obra que Cristo operou em seu interior: a regeneração. Em suma: o novo nascimento tem dois lados: um subjetivo e outro objetivo. Para conhecer mais, leia Dicionário Teológico, CPAD, p.115.

2. Regeneração: O termo significa literalmente "gerar novamente" e só aparece duas vezes no Novo Testamento: a primeira no sentido escatológico (Mt 19.28), ao se referir à restauração de todas as coisas; e a outra como sinônimo de novo nascimento, cujo sentido é de salvação em Cristo (Tt 3.5). Isso significa ser gerado da semente incorruptível (1 Pe 1.23). Os reencarnacionistas costumam usar essa passagem para fundamentar a doutrina da reencarnação. Mas essa não é a questão aqui. Jesus deixou claro ao príncipe dos judeus: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito" (v.6). Jesus não está falando em renascimento nem em reencarnação; essas coisas nunca fizeram parte da tradição judaica.

*Regeneração: é nascer de novo, não é nascer, morrer e nascer novamente como dizem os espíritas em sua doutrina da reencarnação, mas sim nascer de novo em vida, ou seja, não é nascer fisicamente, mas sim no espírito. No tópico 3.1 vamos falar mais a respeito disso.

3. A perplexidade de Nicodemos: Muita gente pensa que Deus está preocupado com religião. Mas essas pessoas estão enganadas, pois a vontade de Deus é a comunhão com as suas criaturas inteligentes. O problema é que existe uma barreira que se chama pecado (Is 59.2). Foi de Deus a iniciativa de comunicação com Adão logo após a Queda (Gn 3.8-10). Quando Deus mandou Moisés levantar o tabernáculo, manifestou o desejo de habitar no meio do seu povo (Êx 25.8). Por fim, Deus assumiu a forma humana," e o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14). O novo nascimento é a restauração da comunhão com Deus, e não significa seguir um conjunto de regras religiosas ou éticas. Isso estava muito longe da forma de pensar de Nicodemos e de muitos religiosos ainda hoje.


#3. UMA NECESSIDADE

1. O estado humano: A Bíblia ensina, e a experiência humana confirma, que todos os seres humanos estão mortos "em ofensas e pecados" (Ef 2.1). O ensino paulino sobre a universalidade do pecado veio diretamente do Senhor Jesus (Cl 1.11,12), e sua base está em muitas passagens do Antigo Testamento (Rm 3.10-12; SI 51.5; 58.3). Nicodemos, como "mestre em Israel" (v.10), deveria estar inteirado sobre o assunto. Além disso, Jesus usou a linguagem bíblica ao lhe comunicar a necessidade do novo nascimento (Ez 11.19; 18.31; 36.26). Trata-se de uma necessidade imperiosa porque todas as pessoas estão mortas e precisam reviver, receber vida espiritual (vv.6,7). Precisamos de uma experiência nova com Cristo.

*O ser humano é um ser tricotômico, ou seja é “composto” de corpo, alma e espírito, o espírito é o que diferencia o homem das demais criaturas (Pv.20.27); (Jó.32.8), é por ele que nos relacionamos com Deus (Rm.8.16); (1Co.2.9-12).

Todos nascemos em pecado, afastados de Deus e destituídos da sua glória Dele (Rm.3.23), pois herdamos a natureza adâmica embora nascemos com vida “na carne”, todavia nosso espírito está “morto” para com Deus, é que chamamos de morte espiritual, ou seja, a pessoa está viva fisicamente, mas não tem vida espiritual, não tem comunhão com Deus (Ef.2.1-3); (Ef.4.17-24); (Cl.2.13). 

E só podemos ter vida espiritual, se nos reconciliarmos com Deus, se recebermos Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, tendo nossos pecados perdoados pelo sangue de Jesus, sendo assim, recebemos o Espírito Santo que há de nos “gerar de novo”, nos fazendo uma nova criação, e é aí então, que nos tornamos filhos de Deus. (Jo.1.11-13); (Rm.5.8-11); (2Co.5.17); (Ef.2.4-5); (1Jo.4.13).

2. Saulo de Tarso: Ninguém no mundo nasce cristão; todos os seres humanos nascem pecadores (Rm 3.23; 5.12). A salvação é individual e pessoal. Por isso, até mesmo aquele que nasceu num lar cristão, apesar do privilégio de ter sido criado num ambiente cristão e de ter recebido uma valiosa herança espiritual dos pais, precisa receber a Jesus como Salvador pessoal para se tornar filho de Deus (Jo 1.12). Ninguém é salvo simplesmente por pertencer a uma religião ou seguir a tradição de seus antepassados. Saulo de Tarso é um bom exemplo, pois ele mesmo declara ser extremamente religioso; e não um religioso qualquer, mas um praticante inveterado do judaísmo (At 26.5; Gl 1.14; Fp 3.5). Depois de sua experiência com Jesus, ele se considerou o principal entre os pecadores (1Tm 1.15) e descreveu o seu estado de miséria diante de Deus igualando-se aos demais pecadores: "insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros" (Tt 3.3).

*Para alcançarmos a salvação da nossa alma e termos vida eterna, não basta ser uma “boa pessoa”, ou nascer num lar cristão e até mesmo ser um religioso piedoso, é necessário “nascer de novo”, ter um encontro pessoal com Jesus, uma experiência real e marcante, ao qual você sinta como pecador és e quão longe de Deus você está, necessitando urgentemente de um salvador que perdoe seus pecados e o reconcilie com Deus, que transformará a sua vida e assim poder então, experimentar quão misericordioso, bondoso, compassivo e amoroso o Senhor é, e gozar então de suas ricas bênçãos (Ef.1.3-6) e a maior delas a vida eterna. 

3. O centurião Cornélio: Não existe salvação sem Jesus (Jo 14.6). Nicodemos e Paulo eram israelitas e professavam a religião dos seus antepassados, Abraão, Isaque, Jacó, Samuel, Davi e outros patriarcas, reis e profetas do Antigo Testamento. Mas Cornélio era romano e, mesmo assim, talvez por influência da religião judaica, era "piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus" (At 10.2). Observe que essas atitudes de Cornélio tinham a aprovação divina (At 10.4). Mas ninguém é salvo pelas obras (Gl 2.16). Por isso o apóstolo Pedro foi enviado para falar a Cornélio sobre a salvação em Cristo. A descrição bíblica da conduta de Cornélio se repete ao longo da história humana nas mais diversas culturas e civilizações. A conversão envolve fé, arrependimento e regeneração. A salvação é um dom de Deus mediante a fé em Jesus (Ef 2.8,9).

*As pessoas podem ser “boazinhas”, dizendo: “Não mato, não roubo, não bebo, não fumo, sou fiel ao meu cônjuge, sou um bom pai, uma boa mãe, vou sempre a igreja e etc. A questão é que muitas pessoas não recebem Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas, porque não se acham pecadoras suficientes ao ponto de serem excluídas do céu e condenadas ao inferno; Tais pessoas se julgam a esse ponto, porque se comparam contras pessoas que eles denominam como más e ruins, mas se nós nos compararmos com Deus, veremos quão santo Ele é e quão pecadores somos e que não há nada que podemos fazer pra nos justificarmos diante Dele, a não ser crer no seu único Filho, o qual Ele entregou para morrer em nosso lugar, para perdoar nossos pecados e conceder-nos a vida eterna, a salvação da nossa alma (Jo.3.16).

(Rm.3.23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

24 Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.

25 Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus;

26 Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.

27 Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé.

28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei).

(Ef.2.8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9 
Não vem das obras, para que ninguém se glorie).

CONCLUSÃO: Há ainda hoje muitas pessoas religiosas e sinceras como Cornélio e pessoas bem-intencionadas como Nicodemos, mas elas precisam nascer de novo, da água e do Espírito para herdarem o Reino de Deus. É nossa tarefa como cristãos e comunicadores do evangelho falar sobre a necessidade do novo nascimento não somente ao pecador contumaz, mas também aos muitos "Nicodemos" e "Cornélios" que estão à nossa volta.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)

Cristais – Mg 10/08/17

Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com


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