Conhecendo o termo "Bíblia Sagrada"
Os escritores egípcios desde três mil anos a.C, usavam o papiro para os seus registros, como era este procedimento?
Sobre isto trago um artigo de
Lucas Ferreira (Graduado e Pós-Graduado em História pela UNIASSELVI – SC, com
ênfase no Antigo Egito) no site: antigoegito.org; No qual ensina como fazer um
folha, semelhante que era usada naquele tempo. https://antigoegito.org/papiro-como-fazer-o-papel-do-antigo-egito/
Procedimento:
Convém no quarto dia trocar a toalha (o papiro já
estará praticamente pronto, porém um pouco úmido).
O pastor Antônio Gilberto em sua
célebre obra “A Bíblia através dos Séculos - CPAD” diz que no consenso geral
dos estudiosos a palavra “Bíblia” foi primeiramente aplicado às Sagradas
Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no Século IV.
O renomado pastor Claudionor de
Andrade em sua contribuição autoral na obra “Teologia Sistemática Pentecostal –
CPAD” afirma:
“Atribui-se
a João Crisóstomo a disseminação do uso desse vocábulo para se referir à
Palavra de Deus. No Ocidente, a palavra em questão foi introduzida por Jerônimo
— tradutor da Vulgata —, o qual, costumeiramente, chamava o Sagrado Livro de
Biblioteca Divina”.
O termo Bíblia Sagrada:
A Bíblia é uma pequena
biblioteca, pois ela agrega um conjunto de 66 livros escrito por cerca de 40
escritores, num período de 1600 anos.
E ela é Sagrada pois foi escrita
por divina inspiração do Espírito Santo: A Bíblia Sagrada apesar de ter sido escrita
por homens, ela foi escrita por inspiração do Espírito Santo (2Pe 1.20-21),
podemos então afirmar que ela é um livro Divino-Humano, ela é a própria palavra
de Deus, sua inspiração é divina, plena, única, harmônica e completa e útil
para normatizar toda a vida humana, seja moral, social ou espiritual (2Tm
3.15-17)
A Bíblia é inerrante, não contêm
erros, Ela é a verdade, sua veracidade a cada dia tem sido comprovado pela
ciência como a geografia, biologia, física, medicina e arqueologia.
A dificuldade de entender é nossa:
O pré-reformador John Wycliffe (1328 — 1384) defendia a
autoridade da Bíblia Sagrada acima das tradições da Igreja Católica Romana e
dos dogmas papais, ele queria que a Bíblia Sagrada (na época em latin e só os
clérigos tinham acesso e domínio da interpretação) fosse traduzida na língua do
povo inglês para que todos a lessem, interpretassem e fossem tremendamente
abençoados pelos seus ensinos.
É bom entendermos que todas as pessoas devem ter acesso a
Bíblia Sagrada e que boa parte dos seus ensinamentos serão compreendidos,
porém, existem textos de difícil compreensão e um leitor leigo não absorverá
todo o conteúdo e pode se embaraçar nas aparentes contradições; Por isso Deus
capacitou homens com o dom do ensino, estes desenvolveram métodos de
interpretação das Escrituras e possuem fluidez na exposição da mesma (At
8.26-40); (Ef 4.11-14)
Essas aparentes contradições encontradas na Bíblia Sagrada
se dá por causa dos abismos que já estudamos anteriormente, daí a necessidade
de usarmos as ferramentas da interpretação (Hermenêutica), para que possamos distinguir
os gêneros literários (literalidade, metáfora, poesia, parábola, fábula,
hipérbole), diferenciar o que é normativo ou descritivo, analisar o contexto do
texto e o contexto geral e etc; É necessário também conceituarmos as suas
palavras em seu original e fazer uma pesquisa em bons livros para entendermos a
cultura da época; Isto e muito mais servem para que façamos uma interpretação
correta das Escrituras Sagradas e venhamos aplica-la de forma coerente em
nossas vidas.
Nossa limitação interpretativa
diante das aparentes contradições nela registrada, se dão pelo fato dos
“abismos” entre nós e a Bíblia Sagrada, o teólogo Roy. B. Zuck foi quem os
listou e comento agora sobre eles:
1. Abismo cronológico: A Bíblia
Sagrada foi escrita há muitos e muitos anos atrás, sua compilação se estende
por um período de aproximadamente 1600 anos, seu registro mais recente tem
aproximadamente quase dois mil anos atrás; Muitos críticos usam deste fato para
dizer que como a Bíblia Sagrada foi escrito há muito tempo, seus ensinamentos
acerca dos valores sociais e morais estão ultrapassados, contudo, ao lermos o
Livro de Deus vemos que ele é atual (Mt 24); (2Tm 3).
2. Abismo geográfico: A Bíblia
Sagrada foi escrita em várias regiões no mundo em que muitos de nós
desconhecemos e muitos dos contextos geográficos já não existem mais; Muitos
estudiosos usam disto para criticar o Livro de Deus, mas com o passar do tempo
os achados arqueológicos confirmam a veracidade dos registros geográficos.
3. Abismo cultural: A Bíblia
Sagrada foi escrita obviamente por homens, estes por sua vez pertenciam à um
povo e a cultura é um dos pilares de uma sociedade, como já vimos, apesar da
inspiração divina nos registros bíblicos, o Espírito Santo usou os diversos homens
que transmitiram a mensagem divina na cultura em que estavam inseridos e isto
nos é um grande desafio, para compreendermos melhor o Livro de Deus é
necessários entendermos os diversos contextos culturais da época.
4. Abismo linguístico: Já vimos
que a Bíblia Sagrada foi escrita por homens que estavam inseridos dentro da sua
cultura e os idiomas estão intrínsecas nela, as revelações de Deus foram dadas
e registradas nos idiomas Hebraico e Aramaico (Antigo Testamento) e o Grego
(Novo Testamento), estes idiomas estão bem afastados do nosso idioma que é o
Português-Brasil e sem contar que estes idiomas foram modernizados, ou seja, os
idiomas usados no período bíblico já não são mais usados hoje.
5. Abismo literário: Como a
Bíblia Sagrada foi escrita por homens que estavam inseridos em uma cultura,
obviamente registraram as revelações divinas dentro de diversos estilos
literários e nos é um grande desafio ao lermos algum texto do Livro de Deus,
compreendermos qual o estilo literário em que ele está formatado, isso com
certeza nos ajudará na melhor compreensão e aplicação da mensagem ali
registrada.
6. Abismo sobrenatural: Como já
vimos a Bíblia Sagrada é a expressa vontade de Deus, mas não somente isto, é
também o registro das muitas maravilhas de Deus manifesta aos homens, ela
“recheada” de acontecimentos sobrenaturais como sinais, prodígios, milagres e
mistérios; Nossa mente é limitada e não podemos compreendermos o Livro de Deus
simplesmente pela razão, é necessário a fé e a iluminação do Espírito Santo para
absorvermos todo o conteúdo nele contido.
O uso da razão é importante, mas
não suficiente; Não podemos enquadrar o Senhor Deus e todos os seus feitos
“dentro de uma caixa de sapatos”, não podemos submetê-los a um laboratório e
querermos provar tudo cientificamente e explicar tudo racionalmente, pois isto
é tolice! Isto é uma artimanha de Satanás para colocar em descrédito a Bíblia
Sagrada, pois desta forma o homem não poderá verdadeiramente conhecer à Deus e
nem e se relacionar com Ele, com isso o homem entrará em eterna condenação (Jo
17.3).
Infelizmente as raízes
filosóficas racionalistas e iluministas adentraram as Universidades e passou a
fazer parte da cultura, coadunando com esta realidade surgiu o “Liberalismo
Teológico” que nega a inspiração divina, alegoriza os milagres, duvida dos
fatos sobrenaturais e relativiza seus ensinamentos normativos, principalmente
os morais.
Mas a Bíblia Sagrada é verdadeira
e fidedigna, não que ela precise disto, mas ela vem se confirmando dia após dia
através da Arqueologia, Biologia, Medicina e tantas outras áreas do
conhecimento humano, como por exemplo as diversas profecias registradas na
Bíblia Sagrada que tiveram seu cumprimento cabal e são confirmados pela
História:
*Ciro o Persa (Is 44.28); (Is
45.1)
*Profecias Messiânicas (Gn
49.10); (Is 7.14); (Is 53); (Dn 9.24-26); (Mq 5.2); (Zc 9.9); (Sl 22)
*Profecias sobre Israel (Lv
26.14,32-33); (Dt 4.25-27); (Dn 28.15,64); (Is 66.8); (Jr 23.3); (Jr 30.3); (Ez
11.17); (Ez 36-37); (Is 60.9); (Is 61.6).
*Os quatro últimos impérios
mundiais (Dn 2); (Dn 7) (Babilônico/Medo-Persa/Grego/Romano).
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