quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Lição 1 – Parábola Uma Lição para a Vida

Lição 1 – Parábola: Uma Lição para a Vida

INTRODUÇÃO: Quando estudamos as parábolas de Jesus, com os corações abertos e dispostos a aprender como discípulos verdadeiros, em busca de sabedoria e entendimento das verdades espirituais profundas, nos deparamos com as sábias lições que Ele nos deixou para sermos bem-sucedidos em nossa vida aqui no mundo. Estudar este conteúdo, como disse Jesus aos seus primeiros discípulos, é um privilégio: "Bem-aventurados são os olhos que veem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram" (Lc 10.23,24).
Assim, as parábolas do Senhor possuem preciosas promessas de bênçãos para todos quantos acolhem sua mensagem e se dispõem a compreender as verdades que elas ensinam.


Comentarista da Revista: Wagner Tadeu dos Santos Gaby, é Presidente da Assembleia de Deus em Curitiba; substituindo o saudoso pastor José Pimentel de Carvalho. Wagner Tadeu dos Santos Gaby é Mestre em Teologia; Mestre em Educação; Membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil; Membro Fundador da Casa de Letras Emílio Conde; É advogado, Major Capelão R/1 do Exército Brasileiro e Escritor: “Manual Cívico Jurídico do Cristão” (CELUZ), “Relações Públicas e Humanas para Líderes Cristãos” (CPAD), “Teologia Sistemática Pentecostal” Tema: Angelologia (CPAD), “As Doenças do Século” (CPAD), “Planejamento e Gestão Eclesiástica” (CPAD).


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Comentário


TEXTO ÁUREO: "E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos." (Mc 4.34)

VERDADE PRÁTICA: As parábolas são uma forma instrutiva para se ensinar grandes lições, e delas podemos extrair as inspirações e os ensinamentos divinos para a vida cristã.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: (Mateus 13.10-17)

10 E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
12 Porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
13 Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.
14 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis, mas não percebereis.
15 Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure.
16 Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17 Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.

#1. O QUE É PARÁBOLA

1. Conceito: Parábola, no hebraico mashal, dependendo do contexto, refere-se a um dito profético, um provérbio, uma analogia, um enigma, um discurso, um poema, um conto, um símile. Essa palavra ocorre aproximadamente quarenta vezes no Antigo Testamento, sendo normalmente traduzida como "provérbio". A palavra grega traduzida como parábola, em o Novo Testamento, é parabolé, "por ao lado de", com o sentido de "comparar" como ilustração de alguma verdade ou ensino. Nesse sentido, torna-se um instrumento didático. Ela é usada cinquenta vezes no Novo Testamento, sendo duas para indicar uma fala figurativa (Hb 9.9; 11.19) e quarenta e oito vezes traduzida no singular ou no plural, sempre se referindo às histórias de Jesus. Em síntese, parábola significa, literalmente, "comparação", e como tal, comumente utilizada para indicar uma história breve, um exemplo esclarecedor para ilustrar uma verdade.

Para ilustrar a respeito do significado do conceito de parábola dentro do contexto; No sermão de Jesus sobre o bom pastor em (Jo.10), o evangelista João denomina-o como parábola, naquele contexto o sermão do bom pastor é uma analogia.

CONHEÇA MAIS

O que É uma Parábola?

“Normalmente definida como uma ilustração em função da ‘falácia de raiz’ de se derivar o sentido de paraballo, que significa, literalmente, ‘atirar ao lado’. Nenhuma definição se mostrará completamente eficaz, pois qualquer uma ampla o suficiente para englobar todas as formas acaba se revelando tão imprecisa a ponto de se mostrar praticamente inútil”. Para conhecer mais leia Compreendendo todas as Parábolas de Jesus, CPAD, p.32.

SUBSÍDIO ETIMOLÓGICO

"Entre as formas literárias encontradas na Bíblia, a mais conhecida, talvez, seja a parábola. O fato é especialmente verdade em se tratando das parábolas de Jesus, tais como a do bom samaritano, do filho pródigo, das dez virgens e do semeador. Porém, definir exatamente o que é uma parábola no Antigo Testamento [mashal] ou no Novo (parabole) é difícil.

 Em ambos os casos, os termos podem referir-se a um provérbio (1 Sm 24.13; Ez 18.2,3; Lc 4.23; 6.39); uma sátira (Sl 44.11; 69.11; Is 14.3,4; Hc 2.4); uma charada (5149.4; 78.2; Pv 1.6); um dito simbólico (Mc 7.14,17; Lc 5.36,38); um símile extensa ou similitude (Mt 13.33; Mc 4.30,32; Lc 15.8-10); uma parábola histórica (Mt 25.1- 13; Lc 14.16,24; 15.11-32; 16.1-8); um exemplo de parábola (Mt 18.23-25; Lc 10.29-37; 12.16-21; 16.19-31); e, até mesmo, uma alegoria (Jz 9.7-20; Ez 16.1- 5; 17.2-10; 20.49-21.5; Mc 4.3- 9,13-20; 12.1-11). Esses dois termos bíblicos possuem vasta extensão de significados, mas o sentido básico de cada um é a comparação entre duas coisas diferentes. Algo parecido com algo que não é" (STEIN, Robert H. Guia Básico de Interpretação da Bíblia, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.143).

SUBSÍDIO HERMENÊUTICO

"Parábola, do grego parabolé, significa 'colocar ao lado de', e leva a ideia de colocar uma coisa ao lado de outra com o objetivo de comparar. A parábola envolve uma contradição aparente apresentada em forma de narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades importantes" (BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.321).

2. Distinção entre a parábola e outras figuras de linguagem: A Bíblia Sagrada emprega várias figuras de linguagem que são necessárias para ilustrar verdades divinas e profundas. Algumas delas são o símile, o provérbio, a metáfora, a alegoria, a fábula e o tipo, e é importante não confundi-las com a parábola. É oportuno destacar que a parábola também não é um mito, tendo em vista que ele narra uma história como se fosse verdadeira, mas não adiciona nem a probabilidade e nem a verdade. Já a parábola ilustra verdades por meio de símbolos: "o campo é o mundo", "o inimigo é o Diabo", "a boa semente são os filhos do reino", etc.

Símile: Significa analogia, semelhança, comparar uma coisa semelhante ou diferente que tem características semelhantes.

(Paternidade humana x Paternidade espiritual); (Amor de mãe x Amor de Deus);                        (O pastor de ovelha x Jesus como pastor das almas)

Provérbio: Sentença ou máxima expressa em poucas palavras.

Metáfora: Figura de linguagem usada para se comparar com diversos símbolos, do reino animal e vegetal, objetos etc.

“Debaixo das minhas asas”; “Eu sou a videira verdadeira”; “Eu sou o pão da vida”; “Vós sois o sal da terra e luz do mundo”.

 Alegoria: Extrair de modo figurado, lições de coisas diferentes.                                                         

(Atleta, lutador, soldado, trabalhador, águia x Cristão);

Fábula: Narração imaginária de uma história em que seres irracionais e inanimados aparecem falando, agindo, expondo seus pensamentos e emoções, a fim de ensinar algumas verdades. 

Tipo: É a representação de pessoas ou algo espiritual por pessoas (Tipos pessoais) ou algo material (Tipos, ritos e coisas)

(Adão, Abel, Moisés, Davi são alguns tipos de Cristo).

(O altar do holocausto, o candelabro, a arca, a rocha de Horebe, o cordeiro, são tipos de Cristo).

3. Aplicação de uma parábola: Ao se dirigir aos discípulos e aos fariseus, seus adversários, Jesus adotou o método de ensino por parábolas com a finalidade de convencer aqueles e condenar estes. Em Mateus 13.10, os discípulos perguntaram a Jesus o porquê de Ele falar por parábolas. Jesus usava esse método em razão da diversidade de caráter, de nível espiritual e de percepção moral de seus ouvintes (Mt 13.13). Em Marcos 4.10-12, ao ser inquirido sobre o uso de parábolas, Jesus respondeu que as usava nos seus ensinamentos por duas razões distintas: para ilustrar a verdade para aqueles que estavam dispostos a recebê-la, e para obscurecer a verdade daqueles que a odiavam. Assim, para que a parábola seja explicada e aplicada, primeiramente é indispensável examinar sua relação com o que a precede e a segue, e descobrir, com base nisso, antes de qualquer outra coisa, a sua ideia principal.

#2. CONTEXTO SOCIAL E LITERÁRIO

1. Galileia no tempo de Jesus: A Galileia compreendia todo o território ao Norte de Samaria até ao Monte Líbano, estendendo-se de leste a oeste, entre o Mar da Galileia e o Mar Mediterrâneo e Fenícia. Situava-se nas grandes rotas comerciais que cruzavam o Oriente Próximo, e muitos estrangeiros atravessavam a área. A conservação de peixes pela salgadura e sua exportação para todos os lugares do Império Romano era a principal indústria. Era uma região muito mais próspera que a Judeia e abrigava uma grande população. 

Importante para a região era o mar da Galileia, um extenso lago de água doce, localizado ao norte da Palestina, também conhecido como mar de Tiberíades ou lago de Genesaré (Mt 4.18; Lc 5.1). Esse lago, que ficava cerca de 96 quilômetros ao norte de Jerusalém, ajudava a determinar o tipo de vida que se levava em toda a região ao derredor. As ocupações dos habitantes incluíam a agricultura, a fruticultura, a pecuária, o tingimento de tecidos, o curtume, a pesca e a fabricação de embarcações. Na Galileia, Jesus reforçou seu ensino com parábolas memoráveis, ilustrando o amor de Deus pelos pecadores, a necessidade de confiança na misericórdia de Deus, o amor que devemos ter uns aos outros, a maneira como a Palavra de Deus vem e o Reino de Deus cresce, a responsabilidade de o discípulo desenvolver seus dons e o julgamento daqueles que rejeitam o evangelho (Mt 4.23; 13.1-52).

Vemos aqui a simplicidade de Jesus, que mesmo sendo ovacionado por muitos como Mestre, pois discutia com os fariseus, escribas, saduceus e ninguém o podia resistir, mas ao mesmo tempo ensinava de maneira tão simples, que as pessoas mais humildes da sociedade podiam compreender a mensagem de Jesus.

SUBSÍDIO SOCIOLÓGICO

"A Galileia era um região muito mais próspera que a Judeia e abrigava uma grande população. Os galileus eram menosprezados pelos líderes religiosos de Jerusalém. Muitos não eram de descendência judaica, pois seus antepassados foram violentamente convertidos por Alexandre Janeu. Os galileus estavam mais estreitamente em contato com a realidade diária do Império Romano, visto que a Galileia situava-se nas grandes rotas comerciais que cruzavam o Oriente Próximo, e muitos estrangeiros atravessavam a região" (DOWLEY, Tim. Pequeno Atlas Bíblico, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.73).

2. Jerusalém no tempo de Jesus: Jerusalém é uma das mais antigas cidades do mundo. É a mais sagrada cidade da Palestina e tem existido como cidade e como capital, além de lugar sagrado, há mais de três mil anos. À época de Jesus, Jerusalém contava com uma superpopulação, sendo que a maioria das pessoas estava desesperada em decorrência da opressão do Império Romano, da miséria, da opressão aos pequenos produtores que estavam praticamente falidos, tendo de pagar elevados impostos a Roma. Nessa época, grande parte da população dependia de esmolas do Templo. Enquanto o povo comum estava vivendo em situação de extrema pobreza, padecendo por terríveis privações, os grandes produtores, os grandes comerciantes e as famílias mais abastadas estavam satisfeitas com o sistema vigente controlado pelo governo de Roma. Diante desse contexto, o povo judeu aguardava com ansiedade o Messias que viria em glória, conforme profetizado por Zacarias (Zc 14.4).

Através das parábolas, Jesus ensinou as multidões a respeito do Reino de Deus e de sua justiça amor, graça e poder, trazendo consolo, paz e esperança aos corações aflitos.

3. Contexto literário: os Evangelhos: Os quatro primeiros livros do cânon do Novo Testamento, chamados de Evangelhos, são os registros escritos das primeiras pregações das Boas Novas a respeito de Cristo. Eles constituem um tipo distinto de literatura. Não são biografias completas, pois não tentam narrar todos os fatos da carreira de Jesus; nem são apenas histórias; nem são sermões, embora incluam pregações e discursos; também não são apenas relatos de notícias. Os três primeiros Evangelhos - Mateus, Marcos e Lucas - são chamados sinóticos, termo que vem do grego synoptikos, que significa "ver junto", "ver da mesma perspectiva", "vistos de um ponto de vista comum". Os Sinóticos apresentam a vida, os ensinamentos e a significação de Jesus do mesmo ponto de vista, em contraste com o Evangelho de João, o qual se limita quase inteiramente ao que Jesus disse e fez na área de Jerusalém.

Os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas registram cerca de 40 parábolas que Jesus ensinou, sendo que o evangelista Lucas registra pelo menos 14 parábolas que se encontram só no seu evangelho. Os temas são dos mais diversos, Jesus usou as parábolas para ensinar acerca de: O amor e a graça de Deus, o Reino de Deus, amor para com Deus, amor para com o próximo, ensinos para o discipulado, em relação a Israel, em relação as finanças, em relação ao futuro.

#3. COMO LER UMA PARÁBOLA

1. Entendendo a narrativa como a síntese das experiências cotidianas: Uma das questões mais importantes ao ler uma parábola é procurar entender os elementos culturais operados em cada uma delas, pois apesar de elas serem uma síntese das experiências humanas, são histórias contadas a partir de outra cultura e tempo. Torna-se impossível entender as parábolas sem vinculá-las ao seu contexto social, pois elas se referem às experiências de pessoas que viveram na época de Jesus. Para tanto, torna-se necessário identificar a conexão com as estruturas daquela sociedade. Quase um terço dos ensinamentos de Jesus foi realizado através de parábolas. Ele contou parábolas sobre a natureza (Mt 13.24-30), trabalho e salário (Lc 17.7-10), e até sobre casamentos e festas (Mt 25.1-13). Jesus não falava de forma genérica acerca da busca de Deus pelo perdido, mas sempre através de histórias de experiências cotidianas, tais como a história sobre uma mulher que perdera uma de suas dez moedas de prata, e que não descansou até encontrá-la (Lc 15.8-10).

Mediante a isso, para melhor compreensão das parábolas, é bom possuirmos livros que tratam a respeito do contexto histórico-cultural dos judeus, não podemos interpretarmos os ensinos de Jesus dentro de nossa cultura ocidental, pois se assim fizermos, corremos o risco de aplicar e ensinar de forma errônea acarretando muitos problemas de ordem teológica e social e espiritual.

2. Procurar as declarações explícitas e implícitas do agir de Deus no contexto literário: Tendo a parábola o objetivo de transmitir uma mensagem e, no caso específico, tal comunicação procede de Deus, é imperioso que o leitor procure as declarações explícitas e implícitas do agir de Deus em tal contexto literário. Somente após esse exercício é possível pensar na aplicação da parábola (Mt 15.15,16).

Para aplicarmos um ensino bíblico, faz-se necessário entendermos algumas regras da Hermenêutica (Ciência de interpretação).

A) Interpretar uma palavra na sua língua original (Hebraico e Grego), para compreender o verdadeiro significado.

Exemplo: Muitos dizem: “Estou contando isso para os irmãos, porque a Bíblia diz: Comunicai com os santos na suas necessidades”. (Rm.12.13).

A palavra comunicai, do verbo comunicar na língua grega é koinoneo que significa compartilhar, repartir, distribuir e não falar, contar, como na nossa língua (Português-Brasil). Então “comunicar com os santos”, não é contar nossos problemas aos santos, mas sim repartir o que temos com os santos atendendo suas necessidades.

B) Ler e entender o texto, a passagem bíblica, a parábola, analisando o contexto em que está inserida:
·         Pra quem está falando.
·         Qual é o assunto que está sendo tratado.
·         O porquê (causa, motivo) que está sendo falado.
·         Qual é o propósito do que está sendo falado.

C) Analisar qual a figura de linguagem das palavras: (Literal/ Simbólico/ Figurativo)

Leia (Jo.13.8-10) Pedro entende “o lavar” não como algo figurativo, mas de forma literal.

(Mt.5.29-30) Jesus não fala de forma literal, mas figurativo, ensinando a respeito de uma atitude radical.

(Mt.16.24) Tomar a cruz, é uma linguagem simbólica, de dor, sofrimento, é estar disposto a seguir a Jesus, mesmo passando por aflições e tribulações, renunciando sua vontade para fazer a vontade de Deus.

(Lc.18.24-25) Jesus não fala de forma literal, é uma figura de linguagem usada para ensinar como os ricos estão apegados pelo amor as suas riquezas.

D) Entender qual o simbolismo correto dos elementos (A parábola do semeador Mt 13.1-23)

É importante entendermos que nem todos os elementos da parábola retrata, representa algum personagem ou uma lição espiritual, pois cada parábola tem um tema central.

Por exemplo:
O juiz iníquo (Lc.18) não pode representar Deus; O adversário da viúva (Lc.18.3) não representa ninguém, a ideia está centrada na perseverança da viúva.

As bolotas (Lc.16.16) e um dos servos (Lc.16.26) não representam ninguém; A parábola quer transmitir aos ouvintes o amor, a misericórdia e a graça de Deus para com o mais vil pecador arrependido.

3. Identificar a aplicação prática da parábola: Uma vez que a maneira predileta de Jesus ensinar era através de parábolas, tais textos contêm lições profundas e de aplicação prática no campo da ética e da vida espiritual das pessoas. Por meio de suas parábolas Jesus levou aos seus ouvintes a mensagem de salvação, conclamando-os a se arrependerem e a crerem. Aos crentes, desafiava-os a colocarem a fé em prática, exortando seus seguidores à vigilância. Quando seus discípulos tinham dificuldade para entenderas parábolas, Jesus as interpretava (Mc 4.13-20). Assim, uma boa maneira de identificar a aplicação prática de uma parábola é fazer as seguintes perguntas: Para quem a parábola foi contada? Por que a parábola foi contada? Qual é a moral da parábola? Existe algum ponto culminante na parábola? Alguma interpretação é dada na passagem para a parábola?

CONCLUSÃO: Não há como perceber, nem entrar, no Reino de Deus, sem ter nascido de novo (Jo 3.3-8), por isso, a salvação da alma é parte integrante das parábolas. Você já renasceu? Já se arrependeu dos seus pecados e confiou em Jesus Cristo e em seu sacrifício pelos seus pecados? Você conhece o Rei deste Reino? Seu coração já se prostra diante deste Rei? Ou vive em rebeldia contra Ele ainda? Os verdadeiros súditos reconhecem a soberania do Rei e submetem-se a ela.

Pb.Tiago Luis Pereira – Cachoeira – Boa Esperança – Mg

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