Lição 1 – Parábola: Uma Lição para a
Vida
INTRODUÇÃO: Quando estudamos as parábolas de Jesus,
com os corações abertos e dispostos a aprender como discípulos verdadeiros, em
busca de sabedoria e entendimento das verdades espirituais profundas, nos
deparamos com as sábias lições que Ele nos deixou para sermos bem-sucedidos em
nossa vida aqui no mundo. Estudar este conteúdo, como disse Jesus aos seus
primeiros discípulos, é um privilégio: "Bem-aventurados são os olhos que
veem o que vós vedes, pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o
que vós vedes e não o viram; e ouvir o que ouvis e não o ouviram" (Lc
10.23,24).
Assim, as parábolas do Senhor possuem preciosas promessas de
bênçãos para todos quantos acolhem sua mensagem e se dispõem a compreender as
verdades que elas ensinam.
Comentarista da Revista: Wagner
Tadeu dos Santos Gaby, é Presidente da Assembleia de Deus em Curitiba;
substituindo o saudoso pastor José Pimentel de Carvalho. Wagner Tadeu dos
Santos Gaby é Mestre em Teologia; Mestre em Educação; Membro da Academia Evangélica
de Letras do Brasil; Membro Fundador da Casa de Letras Emílio Conde; É
advogado, Major Capelão R/1 do Exército Brasileiro e Escritor: “Manual Cívico
Jurídico do Cristão” (CELUZ), “Relações Públicas e Humanas para Líderes
Cristãos” (CPAD), “Teologia Sistemática Pentecostal” Tema: Angelologia (CPAD),
“As Doenças do Século” (CPAD), “Planejamento e Gestão Eclesiástica” (CPAD).
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Comentário
TEXTO ÁUREO: "E sem parábolas nunca lhes falava, porém
tudo declarava em particular aos seus discípulos." (Mc 4.34)
VERDADE PRÁTICA: As parábolas são uma forma instrutiva para
se ensinar grandes lições, e delas podemos extrair as inspirações e os
ensinamentos divinos para a vida cristã.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: (Mateus 13.10-17)
10 E, acercando-se dele os
discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas?
11 Ele, respondendo, disse-lhes:
Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não
lhes é dado;
12 Porque àquele que tem, se dará, e
terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
13 Por isso lhes falo por parábolas;
porque eles, vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem.
14 E neles se cumpre a profecia de
Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, E, vendo, vereis,
mas não percebereis.
15 Porque o coração deste povo está
endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos;
Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o
coração, E se convertam, E eu os cure.
16 Mas, bem-aventurados os vossos
olhos, porque vêem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.
17 Porque em verdade vos digo que
muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir
o que vós ouvis, e não o ouviram.
#1. O QUE É PARÁBOLA
1. Conceito: Parábola, no hebraico mashal, dependendo
do contexto, refere-se a um dito profético, um provérbio, uma analogia, um
enigma, um discurso, um poema, um conto, um símile. Essa palavra ocorre
aproximadamente quarenta vezes no Antigo Testamento, sendo normalmente
traduzida como "provérbio". A palavra grega traduzida como parábola,
em o Novo Testamento, é parabolé, "por ao lado de", com o
sentido de "comparar" como ilustração de alguma verdade ou ensino.
Nesse sentido, torna-se um instrumento didático. Ela é usada cinquenta vezes
no Novo Testamento, sendo duas para indicar uma fala figurativa (Hb 9.9;
11.19) e quarenta e oito vezes traduzida no singular ou no plural, sempre se
referindo às histórias de Jesus. Em síntese, parábola significa,
literalmente, "comparação", e como tal, comumente utilizada
para indicar uma história breve, um exemplo esclarecedor para ilustrar uma
verdade.
Para ilustrar a respeito do
significado do conceito de parábola dentro do contexto; No sermão de Jesus
sobre o bom pastor em (Jo.10), o evangelista João denomina-o como parábola,
naquele contexto o sermão do bom pastor é uma analogia.
CONHEÇA MAIS
O que É uma Parábola?
“Normalmente definida como uma
ilustração em função da ‘falácia de raiz’ de se derivar o sentido de paraballo,
que significa, literalmente, ‘atirar ao lado’. Nenhuma definição se mostrará completamente
eficaz, pois qualquer uma ampla o suficiente para englobar todas as formas
acaba se revelando tão imprecisa a ponto de se mostrar praticamente inútil”.
Para conhecer mais leia Compreendendo todas as Parábolas de Jesus, CPAD, p.32.
SUBSÍDIO ETIMOLÓGICO
"Entre as formas literárias
encontradas na Bíblia, a mais conhecida, talvez, seja a parábola. O fato é
especialmente verdade em se tratando das parábolas de Jesus, tais como a do bom
samaritano, do filho pródigo, das dez virgens e do semeador. Porém, definir
exatamente o que é uma parábola no Antigo Testamento [mashal] ou no Novo
(parabole) é difícil.
Em ambos os casos, os termos podem referir-se a um
provérbio (1 Sm 24.13; Ez 18.2,3; Lc 4.23; 6.39); uma sátira (Sl 44.11; 69.11;
Is 14.3,4; Hc 2.4); uma charada (5149.4; 78.2; Pv 1.6); um dito simbólico (Mc
7.14,17; Lc 5.36,38); um símile extensa ou similitude (Mt 13.33; Mc 4.30,32; Lc
15.8-10); uma parábola histórica (Mt 25.1- 13; Lc 14.16,24; 15.11-32; 16.1-8);
um exemplo de parábola (Mt 18.23-25; Lc 10.29-37; 12.16-21; 16.19-31); e, até
mesmo, uma alegoria (Jz 9.7-20; Ez 16.1- 5; 17.2-10; 20.49-21.5; Mc 4.3-
9,13-20; 12.1-11). Esses dois termos bíblicos possuem vasta extensão de
significados, mas o sentido básico de cada um é a comparação entre duas coisas
diferentes. Algo parecido com algo que não é" (STEIN, Robert H. Guia
Básico de Interpretação da Bíblia, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999, p.143).
SUBSÍDIO HERMENÊUTICO
"Parábola, do grego parabolé,
significa 'colocar ao lado de', e leva a ideia de colocar uma coisa ao lado de
outra com o objetivo de comparar. A parábola envolve uma contradição aparente
apresentada em forma de narração, relatando fatos naturais ou acontecimentos
possíveis, sempre com objetivo de declarar ou ilustrar uma ou várias verdades
importantes" (BENTHO, Esdras Costa. Hermenêutica Fácil e Descomplicada.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.321).
2. Distinção entre a parábola e outras figuras de
linguagem: A Bíblia Sagrada emprega várias figuras de linguagem que são
necessárias para ilustrar verdades divinas e profundas. Algumas delas são o
símile, o provérbio, a metáfora, a alegoria, a fábula e o tipo, e é importante
não confundi-las com a parábola. É oportuno destacar que a parábola também
não é um mito, tendo em vista que ele narra uma história como se fosse
verdadeira, mas não adiciona nem a probabilidade e nem a verdade. Já a
parábola ilustra verdades por meio de símbolos: "o campo é o mundo",
"o inimigo é o Diabo", "a boa semente são os filhos do
reino", etc.
Símile: Significa analogia, semelhança, comparar uma coisa semelhante
ou diferente que tem características semelhantes.
(Paternidade humana x
Paternidade espiritual); (Amor de mãe x Amor de Deus); (O pastor de ovelha x
Jesus como pastor das almas)
Provérbio: Sentença ou máxima expressa em poucas palavras.
Metáfora: Figura de linguagem usada para se comparar com diversos
símbolos, do reino animal e vegetal, objetos etc.
“Debaixo das minhas asas”; “Eu
sou a videira verdadeira”; “Eu sou o pão da vida”; “Vós sois o sal da terra e
luz do mundo”.
Alegoria:
Extrair de modo figurado, lições de coisas diferentes.
(Atleta, lutador, soldado, trabalhador, águia x
Cristão);
Fábula: Narração imaginária de uma história em que seres
irracionais e inanimados aparecem falando, agindo, expondo seus pensamentos e
emoções, a fim de ensinar algumas verdades.
Tipo: É a representação de pessoas ou algo espiritual por
pessoas (Tipos pessoais) ou algo material (Tipos, ritos e coisas)
(Adão, Abel, Moisés, Davi são
alguns tipos de Cristo).
(O altar do holocausto, o
candelabro, a arca, a rocha de Horebe, o cordeiro, são tipos de Cristo).
3. Aplicação de uma parábola: Ao se dirigir aos
discípulos e aos fariseus, seus adversários, Jesus adotou o método de ensino
por parábolas com a finalidade de convencer aqueles e condenar estes. Em Mateus
13.10, os discípulos perguntaram a Jesus o porquê de Ele falar por parábolas.
Jesus usava esse método em razão da diversidade de caráter, de nível espiritual
e de percepção moral de seus ouvintes (Mt 13.13). Em Marcos 4.10-12, ao ser
inquirido sobre o uso de parábolas, Jesus respondeu que as usava nos seus
ensinamentos por duas razões distintas: para ilustrar a verdade para aqueles
que estavam dispostos a recebê-la, e para obscurecer a verdade daqueles que a
odiavam. Assim, para que a parábola seja explicada e aplicada,
primeiramente é indispensável examinar sua relação com o que a precede e a
segue, e descobrir, com base nisso, antes de qualquer outra coisa, a sua ideia
principal.
#2. CONTEXTO SOCIAL E LITERÁRIO
1. Galileia no tempo de Jesus: A Galileia compreendia
todo o território ao Norte de Samaria até ao Monte Líbano, estendendo-se de
leste a oeste, entre o Mar da Galileia e o Mar Mediterrâneo e Fenícia.
Situava-se nas grandes rotas comerciais que cruzavam o Oriente Próximo, e
muitos estrangeiros atravessavam a área. A conservação de peixes pela salgadura
e sua exportação para todos os lugares do Império Romano era a principal
indústria. Era uma região muito mais próspera que a Judeia e abrigava uma
grande população.
Importante para a região era o mar da Galileia, um extenso
lago de água doce, localizado ao norte da Palestina, também conhecido como mar
de Tiberíades ou lago de Genesaré (Mt 4.18; Lc 5.1). Esse lago, que
ficava cerca de 96 quilômetros ao norte de Jerusalém, ajudava a determinar o
tipo de vida que se levava em toda a região ao derredor. As ocupações dos
habitantes incluíam a agricultura, a fruticultura, a pecuária, o tingimento
de tecidos, o curtume, a pesca e a fabricação de embarcações. Na Galileia,
Jesus reforçou seu ensino com parábolas memoráveis, ilustrando o amor de Deus
pelos pecadores, a necessidade de confiança na misericórdia de Deus, o amor que
devemos ter uns aos outros, a maneira como a Palavra de Deus vem e o Reino de
Deus cresce, a responsabilidade de o discípulo desenvolver seus dons e o
julgamento daqueles que rejeitam o evangelho (Mt 4.23; 13.1-52).
Vemos aqui a simplicidade de Jesus,
que mesmo sendo ovacionado por muitos como Mestre, pois discutia com os
fariseus, escribas, saduceus e ninguém o podia resistir, mas ao mesmo tempo
ensinava de maneira tão simples, que as pessoas mais humildes da sociedade
podiam compreender a mensagem de Jesus.
SUBSÍDIO SOCIOLÓGICO
"A Galileia era um região muito
mais próspera que a Judeia e abrigava uma grande população. Os galileus eram
menosprezados pelos líderes religiosos de Jerusalém. Muitos não eram de
descendência judaica, pois seus antepassados foram violentamente convertidos
por Alexandre Janeu. Os galileus estavam mais estreitamente em contato com a
realidade diária do Império Romano, visto que a Galileia situava-se nas grandes
rotas comerciais que cruzavam o Oriente Próximo, e muitos estrangeiros
atravessavam a região" (DOWLEY, Tim. Pequeno Atlas Bíblico, 1.ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2005, p.73).
2. Jerusalém no tempo de Jesus: Jerusalém é uma das
mais antigas cidades do mundo. É a mais sagrada cidade da Palestina e tem
existido como cidade e como capital, além de lugar sagrado, há mais de três mil
anos. À época de Jesus, Jerusalém contava com uma superpopulação, sendo que a
maioria das pessoas estava desesperada em decorrência da opressão do Império
Romano, da miséria, da opressão aos pequenos produtores que estavam praticamente
falidos, tendo de pagar elevados impostos a Roma. Nessa época, grande parte da
população dependia de esmolas do Templo. Enquanto o povo comum estava vivendo
em situação de extrema pobreza, padecendo por terríveis privações, os grandes
produtores, os grandes comerciantes e as famílias mais abastadas estavam
satisfeitas com o sistema vigente controlado pelo governo de Roma. Diante desse
contexto, o povo judeu aguardava com ansiedade o Messias que viria em glória,
conforme profetizado por Zacarias (Zc 14.4).
Através das parábolas, Jesus
ensinou as multidões a respeito do Reino de Deus e de sua justiça amor, graça e
poder, trazendo consolo, paz e esperança aos corações aflitos.
3. Contexto literário: os Evangelhos: Os quatro
primeiros livros do cânon do Novo Testamento, chamados de Evangelhos, são os
registros escritos das primeiras pregações das Boas Novas a respeito de Cristo.
Eles constituem um tipo distinto de literatura. Não são biografias completas,
pois não tentam narrar todos os fatos da carreira de Jesus; nem são apenas
histórias; nem são sermões, embora incluam pregações e discursos; também não
são apenas relatos de notícias. Os três primeiros Evangelhos - Mateus, Marcos e
Lucas - são chamados sinóticos, termo que vem do grego synoptikos, que
significa "ver junto", "ver da mesma perspectiva",
"vistos de um ponto de vista comum". Os Sinóticos apresentam a vida,
os ensinamentos e a significação de Jesus do mesmo ponto de vista, em contraste
com o Evangelho de João, o qual se limita quase inteiramente ao que Jesus disse
e fez na área de Jerusalém.
Os evangelistas Mateus, Marcos e
Lucas registram cerca de 40 parábolas que Jesus ensinou, sendo que o
evangelista Lucas registra pelo menos 14 parábolas que se encontram só no seu
evangelho. Os temas são dos mais diversos, Jesus usou as parábolas para ensinar
acerca de: O amor e a graça de Deus, o Reino de Deus, amor para com Deus, amor
para com o próximo, ensinos para o discipulado, em relação a Israel, em relação
as finanças, em relação ao futuro.
#3. COMO LER UMA PARÁBOLA
1. Entendendo a narrativa como a síntese das experiências
cotidianas: Uma das questões mais importantes ao ler uma parábola é
procurar entender os elementos culturais operados em cada uma delas, pois
apesar de elas serem uma síntese das experiências humanas, são histórias
contadas a partir de outra cultura e tempo. Torna-se impossível entender
as parábolas sem vinculá-las ao seu contexto social, pois elas se referem às
experiências de pessoas que viveram na época de Jesus. Para tanto, torna-se
necessário identificar a conexão com as estruturas daquela sociedade. Quase
um terço dos ensinamentos de Jesus foi realizado através de parábolas. Ele
contou parábolas sobre a natureza (Mt 13.24-30), trabalho e salário (Lc
17.7-10), e até sobre casamentos e festas (Mt 25.1-13). Jesus não falava de
forma genérica acerca da busca de Deus pelo perdido, mas sempre através de
histórias de experiências cotidianas, tais como a história sobre uma mulher que
perdera uma de suas dez moedas de prata, e que não descansou até encontrá-la
(Lc 15.8-10).
Mediante a isso, para melhor
compreensão das parábolas, é bom possuirmos livros que tratam a respeito do
contexto histórico-cultural dos judeus, não podemos interpretarmos os ensinos
de Jesus dentro de nossa cultura ocidental, pois se assim fizermos, corremos o
risco de aplicar e ensinar de forma errônea acarretando muitos problemas de
ordem teológica e social e espiritual.
2. Procurar as declarações explícitas e implícitas do agir
de Deus no contexto literário: Tendo a parábola o objetivo de transmitir
uma mensagem e, no caso específico, tal comunicação procede de Deus, é
imperioso que o leitor procure as declarações explícitas e implícitas do agir
de Deus em tal contexto literário. Somente após esse exercício é possível
pensar na aplicação da parábola (Mt 15.15,16).
Para aplicarmos um ensino
bíblico, faz-se necessário entendermos algumas regras da Hermenêutica
(Ciência de interpretação).
A) Interpretar uma palavra na sua língua original (Hebraico e Grego),
para compreender o verdadeiro significado.
Exemplo: Muitos dizem: “Estou contando isso para os irmãos,
porque a Bíblia diz: Comunicai com os santos na suas necessidades”.
(Rm.12.13).
A palavra comunicai, do verbo
comunicar na língua grega é koinoneo
que significa compartilhar, repartir, distribuir e não falar, contar, como na
nossa língua (Português-Brasil). Então “comunicar com os santos”, não é contar
nossos problemas aos santos, mas sim repartir o que temos com os santos atendendo
suas necessidades.
B) Ler e entender o texto, a passagem bíblica, a parábola, analisando o
contexto em que está inserida:
· Pra quem está
falando.
·
Qual é o assunto que
está sendo tratado.
·
O porquê (causa,
motivo) que está sendo falado.
·
Qual é o propósito
do que está sendo falado.
C) Analisar qual a figura de linguagem das palavras: (Literal/
Simbólico/ Figurativo)
Leia (Jo.13.8-10) Pedro entende
“o lavar” não como algo figurativo, mas de forma literal.
(Mt.5.29-30) Jesus não fala de
forma literal, mas figurativo, ensinando a respeito de uma atitude radical.
(Mt.16.24) Tomar a cruz, é uma
linguagem simbólica, de dor, sofrimento, é estar disposto a seguir a Jesus,
mesmo passando por aflições e tribulações, renunciando sua vontade para fazer a
vontade de Deus.
(Lc.18.24-25) Jesus não fala de
forma literal, é uma figura de linguagem usada para ensinar como os ricos estão
apegados pelo amor as suas riquezas.
D) Entender qual o simbolismo correto dos elementos (A parábola do semeador Mt 13.1-23)
É importante entendermos que nem
todos os elementos da parábola retrata, representa algum personagem ou uma
lição espiritual, pois cada parábola tem um tema central.
Por exemplo:
O juiz
iníquo (Lc.18) não pode representar Deus; O adversário da viúva (Lc.18.3) não
representa ninguém, a ideia está centrada na perseverança da viúva.
As bolotas (Lc.16.16) e um dos
servos (Lc.16.26) não representam ninguém; A parábola quer transmitir aos
ouvintes o amor, a misericórdia e a graça de Deus para com o mais vil pecador
arrependido.
3. Identificar a aplicação prática da parábola: Uma
vez que a maneira predileta de Jesus ensinar era através de parábolas, tais
textos contêm lições profundas e de aplicação prática no campo da ética e da
vida espiritual das pessoas. Por meio de suas parábolas Jesus levou aos seus
ouvintes a mensagem de salvação, conclamando-os a se arrependerem e a crerem.
Aos crentes, desafiava-os a colocarem a fé em prática, exortando seus
seguidores à vigilância. Quando seus discípulos tinham dificuldade para
entenderas parábolas, Jesus as interpretava (Mc 4.13-20). Assim, uma boa
maneira de identificar a aplicação prática de uma parábola é fazer as seguintes
perguntas: Para quem a parábola foi contada? Por que a parábola foi contada?
Qual é a moral da parábola? Existe algum ponto culminante na parábola? Alguma
interpretação é dada na passagem para a parábola?
CONCLUSÃO: Não há como perceber, nem entrar, no Reino
de Deus, sem ter nascido de novo (Jo 3.3-8), por isso, a salvação da alma é
parte integrante das parábolas. Você já renasceu? Já se arrependeu dos seus
pecados e confiou em Jesus Cristo e em seu sacrifício pelos seus pecados? Você
conhece o Rei deste Reino? Seu coração já se prostra diante deste Rei? Ou vive
em rebeldia contra Ele ainda? Os verdadeiros súditos reconhecem a soberania do
Rei e submetem-se a ela.
Pb.Tiago
Luis Pereira – Cachoeira – Boa Esperança – Mg
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