sábado, 11 de novembro de 2017

Lição 7 A Salvação pela Graça


                              Lição 7 A Salvação pela Graça

INTRODUÇÃO: A Lei no Antigo Testamento tem a função de instruir e ensinar ao povo o que Deus estabeleceu aos israelitas a fim de eles terem um convívio próspero, pacífico e harmonioso na terra de Canaã. Os mandamentos contêm preceitos indispensáveis de moral, de ética e de vida religiosa, sem os quais o povo viveria num caos. Entretanto, na impossibilidade de os seres humanos cumprirem plenamente a Lei para tornarem-se justos, Deus nos outorgou a sua maravilhosa graça.

Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).


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COMENTÁRIO

#1. LEI E GRAÇA

1. O propósito da Lei: A Lei tem o propósito espiritual de mostrar quão terrível é o pecado - "pela lei vem o conhecimento do pecado." (Rm 3.20) , bem como o propósito concreto de preservar o povo de Israel do pecado. Mais tarde, a Lei também revelaria quão grande é a necessidade do ser humano, pela graça, obter a salvação, pois era impossível cumprir plenamente a Lei de Deus no Antigo Testamento (Rm 7.19; Tg 2.10). Entretanto, sob o ponto de vista dos aspectos morais da Lei, há princípios que continuam vigorando até os dias atuais. Esses princípios, conforme resumidos no Decálogo - os Dez Mandamentos -, representam nossas obrigações éticas para com Deus e com o próximo (Êx 20.1-17). Esse é o caminho traçado pelo Altíssimo para nós no processo de santificação efetivado pelo Espírito Santo (Jo 14.15; Jo 16.8-10). Nesse sentido, a própria lei moral de Deus é uma expressão de sua graça que representa a revelação clara de sua vontade santa, justa e boa (Rm 7.12).

*A Lei dada por Deus a nação de Israel, revela seu caráter e vontade e denuncia o pecado, Deus queria que os israelitas vivessem diferentes dos demais povos que eram idólatras, imorais, violentos, corruptos e etc. Diante da Lei de Deus, vemos como somos pecadores e a necessidade de termos nossos pecados perdoados, e sermos transformados para vivermos uma vida que agrada a Deus, mas por nós mesmos não temos nenhuma condição para tal, por isso carecemos do Salvador Jesus Cristo juntamente com seu Espírito Santo para operar em nós essa tão grande obra.

SUBSIDIO TEOLÓGICO

A Finalidade da Lei

Talvez em nenhuma outra passagem da Escritura o objetivo da lei esteja tão bem explicado como na carta aos Galatas. O apóstolo Paulo pergunta para que é a lei, e em seguida responde: 'Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro'. E mais adiante: 'De maneira que a lei serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados'(Gl 3.19,24).

Do texto bíblico, e à luz de todo o contexto, percebe-se que a lei, embora ordenada para o bem, não conseguiu justificar ninguém. Pelo contrário, foi alvo de muitas transgressões e culpas que deveriam levar o homem a conhecer a sua própria miséria e impotência e, partindo daí, a se humilhar diante de Deus, arrepender-se e a ser salvo mediante a fé. Todavia, em si mesmo, a lei não tinha poder algum para levar o homem ao Criador: 'E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé' (Gl 3.11).

A lei, portanto, serviu ao israelita, a quem foi dada, como um pedagogo, ou aio, até que a fé viesse. Mas depois que a fé veio, não estamos mais sujeitos ao pedagogo. Em outras palavras, o objetivo último da lei é fazer que o pecador sinta a necessidade de justificação e perdão, e levá-lo, ao final, a confiar em Jesus Cristo e a recebê-lo como seu único Salvador e Senhor, recebendo dele a salvação do pecado e da consequência deste, a morte espiritual (ALMEIDA, Abraão. O Sábado, a Lei e a Graça. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 46,47).

2. A Lei nos conduziu a Cristo: A Lei foi uma espécie de guia para encontrarmos a Cristo por meio da graça (Gl 3.24). Ela nos convence, pela impossibilidade de ser cumprida, de que não podemos alcançar a salvação sem Cristo. Desse modo, quando a Lei se faz a própria justiça do homem, como mérito dele, ela se torna depreciativa, impossibilitando o ser humano de alcançar a salvação que só é possível mediante o evangelho da graça de Deus (Ef 2.8).

*A Lei nos conduz para Cristo, é necessário cumprir a lei, mas somos pecadores desde nossa concepção, o pecado está arraigado em nós e impossibilita-nos de cumprirmos a Lei por mais que nos esforcemos e observemos muitos pontos da Lei, se tropeçarmos em um só ponto mesmo assim seremos condenados; Para isto Deus enviou Jesus Cristo, o qual foi concebido sem pecado, viveu e morreu sem pecar, cumprindo toda a Lei e satisfazendo toda justiça de Deus, Jesus Cristo tomou sobre si todos nossos pecados, morreu por nós, em nosso lugar, portanto, o que precisamos é cremos em Cristo, aceitarmos o sacrifício Dele por nós, dessa forma, a salvação não é por obras, esforço ou mérito pessoal, mas sim pela fé e graça em Cristo Jesus.

3. A graça revela que a Lei é imperfeita: Paulo constata a superioridade do Espírito em relação à Lei (Gl 5.18) e, que por isso, morremos para a Lei (Rm 7.4; Gl 2.19). Assim, o escritor aos Hebreus revela que a Lei é imperfeita (Hb 8.6,7,13) e o apóstolo João afirma que foi Cristo quem trouxe a graça e a verdade (Jo 1.17). Sim, a graça é superior à lei! Logo, segundo as Escrituras, só existe a Lei por causa do pecado e para apontá-lo: "Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei" (Rm 7.7).

#2.O FAVOR IMERECIDO DE DEUS

1. Superabundante graça: Não há pecador, por pior que seja, que não possa ser alcançado pela graça divina, pois onde abundou o pecado, que foi exposto pela Lei, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20). Por meio da compreensão dessa maravilhosa graça, o apóstolo João escreveu: "se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1Jo 2.1).

*(Rm.5.15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. 16 E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 17 Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. 18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. 19 Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. 20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; 21 Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.

2. Fé e graça: A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus. Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça, o presente imerecido de Deus; a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo. Nesse sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua mediante a fé do crente no Filho de Deus (Rm 3.28; 5.2; Fp 3.9).

*Monergismo ou Sinergismo: Muitos se discutem, dizendo que a salvação na perspectiva arminiana é errônea, segundo os calvinistas, os arminianos defendem que a salvação é obra humana e não divina, pelo fato de dizermos que o ser humano tem o livre arbítreo, ou seja, o direito de escolha, de receber ou rejeitar a salvação em Cristo, mas esse conceito arminiano é mal interpretado por eles, pois só podemos exercermos fé na obra de Cristo ou rejeitá-la, porque Deus primariamente executou sua graciosa obra de salvação por meio de seu Filho Jesus Cristo, ou seja, a salvação então, é obra divina, pois foi Ele que deu o primeiro passo, e nós somente correspondemos, só podemos amá-lo porque Ele nos amou primeiro (1Jo.4.19).

3. A graça não é salvo conduto para pecar: Segundo o ensino das Sagradas Escrituras, a graça jamais pode ser vista como um salvo conduto para a prática do pecado ou da libertinagem (Gl 5.13). Pelo contrário, a graça de Deus nos convoca à obediência ao doador da graça, pois quando se ama fazemos de tudo para agradar a pessoa amada. Por isso, o amor de Cristo nos "constrange" (2 Co 5.14) a fazer algo que agrade ao Pai (1Ts 4.1). Logo, quem é alcançado pela graça compreende o quanto somos devedores a Deus e aos irmãos (Rm 13.8) e, por isso, desejamos amar o outro como Cristo amou (Jo 13.35). Os que estão sob a liberdade da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado (Rm 6.11,13).

(Rm.6.1 QUE diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? 2 De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?)

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

Graça

As palavras mais frequentemente usadas no Antigo Testamento para transmitir a ideia de graça são chanan ('demonstrar favor' ou 'ser gracioso') e suas formas derivadas (especialmente chên) e chesedh ('bondade fiel' ou 'amor infalível'). A primeira refere-se usualmente ao favor de livrar o seu povo dos inimigos (2 Rs 13.23) ou aos rogos pelo perdão de pecados (SI 41.4). Isaías revela que o Senhor anseia por ser gracioso com o seu povo (Is 30.18). Mas a salvação pessoal não é o assunto de nenhum desses textos. O substantivo chen aparece principalmente na frase 'achar favor aos olhos de alguém' (dos homens; Gn 30.27; 1 Sm 20.29; de Deus: Êx 34.9; 2 Sml5.25). Chesedh contém sempre um elemento de lealdade às alianças e promessas, expresso espontaneamente em atos de misericórdia e amor. É um 'conceito central que expressa mais claramente seu modo de entender o evento da salvação... demonstrando livre graça imerecida. O elemento da liberdade... é essencial'. Paulo enfatiza a ação de Deus, e a graça concretizada na cruz de Cristo'. Em Efésios 1.7, Paulo afirma: 'Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, pois 'pela graça sois salvos' (Ef 2.5,8)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 344,345).

CONHEÇA MAIS

Graça

Uma das maneiras de Deus demonstrar sua bondade é através da graça salvífica. No Antigo Testamento, a ênfase da graça recai sobre o favor demonstrado ao povo da aliança, embora as demais nações também estejam incluídas. No Novo Testamento, a graça, como dom imerecido mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos escritos de Paulo." Leia mais em Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, por Stanley Horton, CPAD, pp. 344,45.

#3.O ESCÂNDALO DA GRAÇA

1. Seria a graça injusta? Se comparada com a humana, a justiça divina é imensamente perdoadora. Logo, sob a ótica humana, a graça se torna injusta. Por esse motivo, a graça é considerada um escândalo (Cl 2.14; Ef 2.8,9). Pelo fato de não haver merecimento por parte do recebedor, o apóstolo enfatiza a impossibilidade de a graça e a lei "andarem juntas", pois ambas são excludentes: "porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada" (Gl 2.16); pois como diz Atos dos Apóstolos: "mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo" (15.11). Logo, pela lei é impossível o pecador se salvar, mas dependendo única e exclusivamente da maravilhosa graça de Deus, ele encontrará descanso para a alma (Mt 11.28-30).

SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72

Uma acusação comum aos pentecostais é que não conhecemos a graça de Deus. Acusa-nos de legalistas porque em pleno século XXI preservamos costumes -como os que de quaisquer igrejas evangélicas também são conservados, embora diferente dos nossos - em detrimento da graça de Deus, dizem eles.

Nesse assunto, os pentecostais também concordam com a teologia arminiana, em que o fundamento essen­cial na dinâmica da salvação é o da graça preveniente e que toda salvação é fruto inteiramenteda graça de Deus. Retomando mais uma vez o auxílio do teólogo arminiano Roger Olson, passamos a conceituar graça previniente.

A graça proveniente é uma doutrina elevada da graça
Com graça proveniente se quer dizer o chamado de Deus no sentido de ser dEle a iniciativa do começo de relação com uma pessoa que é livre para responder a esse chamado com arrependimento e fé. Esse processo proveniente da graça, segundo Roger Olson, inclui ao menos quatro aspectos: chamada, convicção, iluminação e capacitação. Por isso, alinhado à visão arminiana, o pentecostal não tem dificuldade de pregar a graça de Deus e, ao mesmo tempo, reconhecer que a chamada para a salvação pode ser rejeitada pela pessoa. É muito claro para o pentecostal que nenhuma pessoa pode arrepender-se, crer e ser salva sem o auxílio sobrenatural do Espírito Santo. Este age do início ao fim do processo salvífico. Entretanto, é preciso que a pessoa não resista ao Espírito, como fizeram os fariseu são resistirem ar­duamente à mensagem de Jesus Cristo (Mt 12.22-32), mas coopere com o Espírito reconhecendo a própria condição de pecador e crendo no único Salvador.

O que pensava Armínio acerca da graça de Deus na salvação?
Segundo Roger Olson, a teologia de Armínio sem­pre foi compromissada com a graça de Deus e o teólogo holandês jamais atribuiu qualquer eficácia salvífica à bondade ou à força de vontade do ser humano. Isso é importante destacar, pois é um equívoco pensar que quem afirma que o ser humano pode resistir a graça de Deus está dizendo que o que define a salvação é a vontade humana. Nada mais injusto!

Não havia dúvida para Armínio que a salvação era de graça, provinha de Deus, era um presente incomensurável do Altíssimo para o homem. Entretanto, o problema para Armínio, e o mesmo para os pentecostais, era que "de acordo com as escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida".

2. A divina graça incompreendida: Nos dias do apóstolo Paulo, muitos não compreenderam seus ensinamentos sobre a graça de Deus (2 Pe 3.15,16). Por isso, ao longo da história da Igreja, dois extremos estiveram presentes acerca da compreensão da graça:

(1) Liberdade total para pecar (Rm 6.1,2); (2) a impossibilidade de receber tão valioso presente (Gl 5.4,5). O primeiro, naturalmente, leva a pessoa à libertinagem. Entretanto, a Palavra de Deus mostra que maior castigo sobrevirá sobre os que profanarem o sangue do pacto e ultrajarem o Espírito da graça (Hb 10.29). O segundo extremo se refere ao perigo do legalismo, à ideia de que para ser salvo por Deus é preciso dar algo em troca. Tal atitude pode levar o crente ao orgulho espiritual (Ef 2.8-10) e gerar toda sorte de comportamentos hipócritas (Mt 23-23).

*O Comentarista nos expõe duas interpretações errôneas e extremas a respeito da Graça de Deus manifesta em Cristo Jesus.

#Liberdade total para pecar: Não somos salvos pelas obras, mas fomos salvos para as boas obras (Ef.2.8-10), Deus odeia o pecado, a obra da salvação visa nos livrar do pecado e todas as suas implicações, inclusive nos libertar do poder do pecado, afim de que sejamos novas criaturas, andando em novidade de vida (2Co.5.17).

(1Co.6.9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, 10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus).

(Gl.6.7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna).

#Impossibilidade de receber: Esse é um dos pontos que Satanás usa para impedir as pessoas de alcançarem a salvação em Cristo, pois ele quer anular a obra de Cristo, e fazer com que a pessoa pense que ela é tão pecadora, que não é digna de receber a salvação pela obra de Cristo, mas pelos seus próprios esforços, dessa forma ainda que a pessoa esteja vivendo uma religiosidade em devoção profunda com intuito de ir ao céu, está junto com os demais pecadores dando passos largos para o inferno, era essa situação do “Grande Reformador” Martinho Lutero, do “Grande Teólogo” John Wesley, que ao serem iluminados pelo Espírito Santo de Deus puderam achar descanso para suas almas na MARAVILHOSA GRAÇA DE DEUS.

3. Se deixar presentear pela graça: Humanamente é impossível ao crente, alcançado pela graça, retribuir a Deus tão grande salvação. Se fosse possível, já não seria graça, favor imerecido; mas mérito pessoal que tiraria de Deus a autoria divina da salvação. Em nosso relacionamento com Ele, quem tem mérito é seu Filho, Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Assim, os que compreendem o favor inefável de Deus, mediante sua graça, devem deixar-se presentear por ela. Quem compreende o que significa ser justificado por Deus se permite "embalar nos braços de amor e de perdão" do Pai. Para os filhos de Deus, cônscios do valor da graça do Pai, tudo é presente, tudo é dádiva, tudo é favor imerecido! Portanto, deixe-se presentear pela graça de Deus!

SUBSÍDIO DIDÁTICO-TEOLÓGICO

Professor (a), para ajudar seus alunos a terem uma compreensão melhor a respeito da graça, reproduza o quadro abaixo e discuta com eles cada um dos tópicos.

MARAVILHOSA GRAÇA

Deus escolheu um povo para si mesmo, Israel. O Senhor não era obrigado a fazer isso; Ele fez pela graça (Dt 7.7,8).

Deus fez um acordo, uma aliança de amizade, com seu povo. Sua graça signi­ficava que Ele permanecia leal a Israel, mesmo quando seu povo foi infiel a Ele (SI 25.14).

Deus demonstra sua graça, acima de tudo, em sua 'operação de resgate', sua salvação dos pecadores (Ef 2.5).

Deus torna sua graça conhecida dos pecadores quando seus pecados são perdoados e absolvidos. Mais uma vez, essa graça é totalmente imerecida. "O amor demonstrado por aqueles passíveis de não ser amados" (Ef 2.1-10).

Deus, por intermédio de sua graça, faz os pecadores responderem a Ele e serem pessoas transformadas (At 2.37-41). E os pecadores, salvos pela graça, conhecem cada vez mais a Deus por meio da graça (começando com Gl 4.9).

A graça do Senhor Jesus Cristo que é importante, em especial a graça demons­trada em sua morte na cruz (Gl 1.3,4).

A graça nos chama. Passamos a conhecer essa salvação porque Deus, em sua graça, escolheu-nos (Gl 1.15). Lançamos mão dessa graça pela fé (Gl 2.16). Assim, somos salvos pela graça para nos transformar em uma nova pessoa (G1 6.15).

CONCLUSÃO: Na lição desta semana, estudamos a relação da Graça e a Lei; vimos que a graça é favor imerecido; e compreendemos que ela chega a ser um escândalo para os que não creem. Portanto, estamos cônscios de que o que nos salva é a graça de Deus mediante a fé somente (Ef 2.8). E o livre-arbítrio? É possível perder a salvação? São assuntos que veremos nas próximas lições.

Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missões)

Cristais – Mg 11/11/17



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