LIÇÃO 2 A SALVAÇÃO NA PÁSCOA JUDAICA
INTRODUÇÃO: Na Páscoa, os israelitas relembram o modo
milagroso pelo qual Deus operou a salvação de seu povo, livrando-o da opressão,
do sofrimento, da angústia e da escravidão promovida pelos egípcios. Era a
lembrança da fidelidade de Deus à sua promessa, do seu amor libertador e do
cuidado, sem igual, em favor do seu povo. Nesta lição, estudaremos os
aspectos-chave e simbólicos da Páscoa e o novo significado que tão importante
celebração assumiu com a morte e a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo.
Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).
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COMENTÁRIO
#1.A INSTÍTUIÇÃO DA PÁSCOA
1. O livramento nacional: Para o povo de Israel, a Páscoa
representa o que o dia da independência significa para um país colonizado por
uma metrópole. Mais ainda, essa magna celebração significa a verdadeira
libertação experimentada por uma nação, expressada pela liberdade espiritual do
povo para servir ao Deus Criador (Êx 12.1-13,16). Historicamente, foi o último
juízo sobre o Egito e a provisão do sacrifício pascal que possibilitaram o
livramento da escravidão e a peregrinação do povo judeu rumo à Terra Prometida
(Êx 12.29-51).
A PÁSCOA e o SEU SIGNIFICADO
Para os egípcios: Significava o
juízo divino sobre o Egito.
Para os israelitas: A saída do
Egito, a passagem para a liberdade.
Para os cristãos: É a passagem da
morte dos nossos pecados para a vida de santidade em Cristo.
2. A libertação da escravidão: Os israelitas habitaram por
aproximadamente 430 anos no Egito (Êx 12.40). Na maior parte desse tempo, eles
experimentaram a dominação, a escravidão e a humilhação. Ser escravo no Antigo
Oriente era estar sob a dependência política, econômica e social de outra
nação. A religião a ser professada pelo povo escravo era a da nação dominadora,
logo, não havia dignidade nacional para a escrava. Entretanto, no caso dos
israelitas, o Deus Todo-Poderoso ouviu “o gemido dos filhos de Israel, aos
quais os egípcios escravizam”, e lembrou-se de sua aliança (Êx 6.5). Do
sofrimento da escravidão, o clamor do povo chegou a Deus que lhe proveu o
livramento.
*Após José se revelar aos seus
irmãos, traz seu pai e todos seus irmãos e todos seus familiares para habitarem
no Egito, num total 66 pessoas, mais José e sua família, total 70 pessoas (Gn.46.26-27).
Com o passar dos anos, se
multiplicaram grandemente, que povoaram toda terra do Egito, levantou -se
também um novo Faraó que não conhecia José e seus feitos, e afligiram os filhos
de Israel com grande dureza (Ex.1.1-14).
Tudo isso, nos dias de Abraão,
Deus já tinha antecedido a escravidão da descendência de Abraão, assim também
como sua libertação para herdarem a terra que Deus havia prometida ao patriarca
e a sua descendência. ( Gn.15.13-16).
3. A nova celebração judaica: A Páscoa passou a ser a nova
festa religiosa dos israelitas, pois essa
celebração foi instituída por Deus,
mediante o legislador Moisés, e um novo ano religioso começou (Êx 12.1-20). Os
israelitas passavam oito dias comendo pães sem fermento, o matzá, isto é,
fatias de pães asmos. Tudo isso para trazer à memória a grande fuga do Egito
que fora tão rápida, a ponto de não haver tempo para deixar o pão caseiro
crescer, pois esse pão deveria ser consumido antes de a massa levedar (Êx
12.39,40).
*Deus ouviu o clamor dos filhos
de Israel (Ex.2.23-25) e escolheu e protegeu Moisés desde sua infância, para
ser o libertador do povo de Israel, no tempo determinado, Deus chama Moisés no
meio de uma sarça ardente que não se consumia, e o nomeia para libertar os
israelitas, mesmo relutando se sentindo incapaz, Deus o capacita e diz que
seria com ele para essa tão grande obra (ÊXODO Capítulos 3 e 4).
Moisés e Arão se apresentam a
Faraó, mas Faraó se recusa a libertar o povo, Deus fere o Egito com 10 pragas,
a décima praga era a da morte de todos os primogênitos dos egípcios e para que
os primogênitos israelitas não fossem mortos, Deus ordena a Moisés que os
israelitas imolassem um cordeiro e com sangue marcassem os umbrais da porta, e
quando Deus enviasse a praga, a casa que estivesse marcada com sangue seria
poupada, Deus passaria por cima da marca e não mataria o primogênito, daí
então, a expressão
páscoa do hebraico, pesah que significa literalmente pular além da marca,
passar por cima ou poupar. (Ex.12.1-13)
Após essa praga, Faraó permite os
israelitas partirem, livrando-os da escravidão (Ex.12.29-51), agora libertos, deveriam
se lembrar sempre desse glorioso dia, para isso Deus ordenou a Moisés que os
israelitas deveriam todos o anos, de geração a geração celebrarem a páscoa
(Ex.12.13-20).
#2.O CORDEIRO DA PÁSCOA
1. O cordeiro no Antigo Testamento: No Antigo Testamento, o
cordeiro constituía parte fundamental dos sacrifícios oferecidos para remissão
dos pecados. Ele foi introduzido na cultura dos israelitas quando Deus libertou
o seu povo, conforme nos relata Êxodo 12.3-10. Para oferecer o cordeiro em
sacrifício, o sacerdote e o povo deveriam observar algumas exigências: o animal
deveria ser completamente limpo, não poderia haver manchas nem outros defeitos,
ser imaculado e plenamente saudável (Lv 4.32; Nm 6.14). Todo esse simbolismo
apontava para Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal.
*Como vimos na lição passada,
Deus sacrificou um animal no lugar de Adão e Eva, e os cobriu com túnicas de
peles (Gn.3.21), após a libertação do Egito, Moisés conduz o povo de Israel até
o monte Sinai, e ali Deus ministra a Moisés e ao povo os seus mandamentos e
entre eles estava a lei sobre o sacrifício de animais, onde o sangue inocente
era derramado e Deus perdoava os pecados do povo, podendo assim então ter comunhão
com eles. (Levítico).
2. Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal: A páscoa cristã é o
memorial de como Deus substituiu os sacrifícios temporários por um único e
definitivo. Nesse aspecto, o cordeiro do Antigo Testamento era sombra do
apresentado no Novo, “morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8). Por isso, ao
comemorarmos a Páscoa, devemos atentar seriamente para o glorioso feito de
Jesus na cruz. Cristo é o fundamento, a essência da Páscoa; se não atentarmos
para Ele, nossa Páscoa torna-se vazia de sentido. Além disso, somos chamados a
celebrar o verdadeiro Cordeiro com alegria e gratidão, pois por intermédio dEle
a nossa culpa foi anulada definitivamente. Deus nos purificou e nos fez dignos
de “assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Ef 2.6). Agora, uma vez
em Cristo, somos santificados, justificados e perdoados (Rm 5.1,2; 8.1).
*Com passar do tempo, o
sacrifício de animais, virou apenas um ritual onde as pessoas sacrificavam
qualquer animal, manco, aleijado, doente (Ml.1.6-14). Essa passagem é do último
livro do AT, da antiga aliança. Deus estava enfadado com tudo isso. Por isso
foi necessário estabelecer um novo concerto, uma nova aliança através de Jesus
Cristo.
(Hb.10. 1 PORQUE tendo a lei a
sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos
sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a
eles se chegam. 2 Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque,
purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado. 3
Nesses sacrifícios, porém, cada ano se faz comemoração dos pecados, 4 Porque
é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. 5 Por
isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me
preparaste; 6 Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. 7
Então disse: Eis aqui venho (No princípio do livro está escrito de mim), Para
fazer, ó Deus, a tua vontade. 8 Como acima diz: Sacrifício e oferta, e
holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se
oferecem segundo a lei). 9 Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a
tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo. 10 Na qual
vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita
uma vez. 11 E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e
oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os
pecados; 12 Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício
pelos pecados, está assentado à destra de Deus).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O cordeiro da Páscoa no Êxodo 12
deveria ser morto e comido na noite da Páscoa, e o seu sangue deveria ser
espargido nos umbrais das portas. O Senhor Jesus Cristo associou a Santa Ceia à
festa da Páscoa judaica (Mt 26.17-19). Dessa forma, a Páscoa está tipificando
que Cristo é a nossa Páscoa (1Co 5.7).
O cordeiro a ser oferecido não
deveria ter manchas ou defeitos (Êx 12.5) e nenhum osso deveria estar quebrado
(Êx 12.45), o que nos mostra que nenhum osso de Cristo seria quebrado em sua morte
na cruz.
O conceito do Cordeiro de Deus foi
tão completamente desenvolvido em Isaías 53 que estava claro para os santos do
Antigo Testamento que Ele não era outro senão o Servo do Senhor. Parece que
Isaías 53 é o capítulo que contém mais referências cruzadas com o Novo
Testamento em toda a Bíblia Sagrada.
O Cordeiro de Deus no Novo
Testamento
No primeiro capítulo de seu
Evangelho, João registra como João Batista aponta para Jesus como o ‘Cordeiro
de Deus que tira o pecado do mundo’ (Jo 1.29,36). Pedro, em sua primeira
epístola, diz que Cristo foi o cordeiro conhecido antes da fundação do mundo
(1Pe 1.19, 20). Portanto, o conceito do Antigo Testamento do cordeiro
sacrificial revela tipicamente e profeticamente o plano de Deus para oferecer
Cristo como o sacrifício propiciatório pelos pecados do homem (Dicionário
Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 454).
#O SANGUE DO CORDEIRO
1. O significado do sangue: A primeira abordagem da Bíblia
acerca dos sacrifícios está no livro de Gênesis (Gn 3.21; 4.1-7). O sacrifício
de animais era uma forma de lidar com os problemas do pecado, quando este
destruiu a paz entre Deus e a humanidade (Is 59.2). O sacrifício era oferecido
para expiação dos pecados do transgressor, em que este era perdoado e, mediante
essa expiação, tinha a sua relação com Deus restabelecida. O maior símbolo, e
principal elemento desse ritual, era o sangue do animal sacrificado. Isso
porque “sangue”, na Bíblia, representa a vida; e a vida do animal, “derramada”
no sacrifício, era o que restabelecia a paz entre Deus e o ser humano (Lv 17.11
cf. Hb 9.23-28).
2. O sangue do cordeiro pascal: Antes do advento da última
praga sobre os egípcios. Deus ordenou aos judeus que preparassem um cordeiro
para cada família (Êx 12.3). A orientação era a seguinte: após matarem o
cordeiro, os israelitas deveriam passar o sangue da vítima nas ombreiras e no
umbral da porta de suas casas (Êx 12.7). Isso serviria de sinal para que quando
o Senhor passasse e ferisse os primogênitos do Egito, conservasse a vida dos
israelitas intacta (Êx 12.13). Assim, a orientação divina protegeu os
primogênitos israelitas e o sangue do cordeiro pascal foi o símbolo de proteção
deles diante da morte. Nesse sentido, o sangue de Jesus Cristo, o verdadeiro
Cordeiro, nos protege da morte eterna e da maldição originada pelo pecado (l Jo
1.7). Tal como o sangue do cordeiro pascal que livrou o povo da morte, assim
também o sangue de Jesus nos livra da morte espiritual e da condenação eterna.
*O sangue do cordeiro nos
umbrais da porta, era para livrar os israelitas do juízo de Deus, da
mesma forma, quando confessamos Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas, o
sangue de Jesus nos justifica (perdoa nossos pecados, nos torna justos diante
de Deus), sendo assim, somos reconciliados com Deus (tornamo-nos filhos de
Deus) e somos livres de sua ira que está reservado para os pecadores.
(Rm.5. 8 Mas Deus prova o seu amor
para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. 9 Logo
muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, seremos
por ele salvos da ira. 10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos
reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido
já reconciliados, seremos salvos pela sua vida. 11 E não somente isto, mas
também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora
alcançamos a reconciliação).
3. O sangue da Nova Aliança: Em o Novo Testamento, ao celebrar
a Páscoa na última ceia, Jesus afirmou que o seu sangue era o símbolo da Nova
Aliança (Lc 22.14-20); era o real cordeiro, bem como o verdadeiro sacerdote,
sendo o sacrifício e o oficiante ao mesmo tempo. Por essa razão, o livro de
Hebreus afirma que Cristo é o mediador da Nova Aliança e, mediante seu sangue,
redime de modo efetivo ao que crê (Hb 12.24). Nesse sentido, o sangue da Nova
Aliança deu acesso direto do ser humano ao trono da graça (Hb 4.16) e
autoridade exclusiva a Jesus como o único e verdadeiro mediador entre Deus e os
homens (1 Tm 2.5). Desse modo Cristo fez da Igreja um povo de verdadeiros
sacerdotes com autoridade e legitimidade para partilhar da intimidade com Deus,
para interceder uns pelos outros e anunciar as boas novas dessa Nova Aliança
(1Pe 2.9).
Na nova aliança Jesus Cristo foi
tanto o sacerdote como o sacrifício, portanto, a obra de Jesus Cristo foi
perfeita, única, insubstituível e eterna.
*JESUS SACERDOTE SEGUNDO A ORDEM
DE MELQUISEDEQUE, SAIBA MAIS: https://tiagoluispereira.blogspot.com.br/2017/04/licao-3-melquisedeque-o-rei-de-justica.html
PORQUE
JESUS CRISTO FEZ ISSO:
(Hb.9.11 Mas, vindo Cristo, o
sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo,
não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 Nem por sangue de bodes e
bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo
efetuado uma eterna redenção. 13 Porque, se o sangue dos touros e bodes, e
a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à
purificação da carne, 14 Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito
eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas
consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?) 15 E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões
que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da
herança eterna. 16 Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a
morte do testador.
NÓS
PODEMOS ISSO:
(Hb.10.19 Tendo, pois, irmãos,
ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, 20 Pelo novo e vivo
caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 E tendo um
grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 Cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má
consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23 Retenhamos firmes a confissão
da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O sangue
O sangue também desempenhou um papel
significativo nas práticas religiosas do Antigo Testamento.
Vale a pena
observar que o sangue não representava nenhum elemento básico nos sacrifícios,
nem tinha alguma função especial ou significado nos rituais de quaisquer outros
povos do antigo Oriente Próximo ou do Mediterrâneo. O sistema de sacrifícios da
lei, baseado nos primitivos sacrifícios de animais do período patriarcal,
exigia a morte da vítima em nome do pecador e consistia na aspersão do sangue
ainda morno pelo sacerdote como prova de sua morte pela expiação dos pecados
(Lv 17.11,12). Nos sacrifícios, era exigida a morte da vítima para que sua vida
fosse oferecida a Deus como substituto da vida do pecador arrependido. Dessa
maneira, o pecador era limpo e a culpa era removida (Hb 9.22).
Esse cenário forma a base para a
presença do sangue de Cristo no Novo Testamento. O derramamento do sangue de
Jesus, na cruz, encerrou sua vida terrena, pois Ele, voluntariamente,
ofereceu-se para morrer em nosso lugar, como o Cordeiro de Deus que foi
assassinado para nos redimir (1Pe 1.18-20); e a aspersão desse sangue trouxe o
perdão de todos os pecados dos homens (Rm 3.25). Seguindo o padrão do Dia da
Expiação dos judeus (Lv 16), Cristo é o nosso sacrifício expiatório (Hb
9.11-14) e também a nossa oferta pelo pecado (l Pé 1.18,19). Assim como Moisés
selou o pacto entre Deus e a antiga nação de Israel, no Sinai, com a aspersão
do sangue (Êx 24.8), também o novo pacto de Jeremias (31.31-34) foi selado pelo
sangue de Cristo (Hb 9.14). Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus falou do
cálice como ‘o Novo Testamento [ou aliança]’ no seu próprio sangue (1Co 11.25)
(Dicionário Bíblico Wycliffe. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 1758).
CONCLUSÃO: A Páscoa para os judeus é a memória da ação
salvadora de Deus. Para nós, os cristãos, é a recordação da ação redentora de
Jesus em favor da humanidade. Cristo é a nossa verdadeira Páscoa, o Cordeiro
único e o Sumo Sacerdote por excelência. Seu sacrifício foi definitivo e
completo. Por isso, ao lermos sobre a Páscoa, devemos celebrar a Nova Aliança
manifesta em Cristo Jesus. Hoje somos filhos de Deus mediante a nova e perfeita
aliança no sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica
Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missões)
Cristais – Mg 04/10/17
Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com
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