Lição 4 Salvação - O Amor e a Misericórdia de Deus
INTRODUÇÃO: A salvação é obra do imenso amor de Deus e de
sua maravilhosa misericórdia. Essa obra só foi possível porque o Pai amou tanto
a humanidade a ponto de dar o seu próprio Filho para morrer no lugar dela.
Assim, por intermédio de sua misericórdia, Deus concedeu perdão ao pecador,
fazendo deste seu filho por adoção, dando-lhe vida em abundância.
Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).
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COMENTÁRIO
#1.O MARAVILHOSO AMOR DE DEUS
1. Deus é amor: Se é difícil dimensionar o amor da mãe pelos
filhos, imagine o amor de Deus, que é mais profundo e incomensurável (Is
49.15)! Nesse sentido, Deus usou o profeta Oseias para demonstrar o verdadeiro
amor pelo seu povo, ainda que os israelitas se apresentassem indiferentes a
esse amor (Os 11.1-4). Ora, amar reflete a natureza do próprio Deus, pois Ele é
amor (1Jo 4.8,16). Sendo o Pai a própria essência do amor, nós, seus filhos, somos
apenas dotados por Ele com a capacidade de amar (1Jo 4.19). Assim, a maior
demonstração do amor de Deus pelo mundo foi quando Ele; entregou vicariamente o
seu amado Filho (Rm 5.8; 2 Co 5.14; Gl 2.20). Logo, o objeto desse amor vai
muito além da Criação, pois tem, na humanidade, seu valor monumental (Jo 3.16).
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O Amor de Deus
Sem menosprezar a paciência,
misericórdia e graça de Deus, a Bíblia associa mais frequentemente o desejo de
Deus em nos salvar ao seu amor. No Antigo Testamento, o enfoque primário recai
sobre o amor segundo a aliança, como se vê em Deuteronômio 7.
Com respeito à redenção segundo a
aliança, diz o Senhor: 'Com amor [heb, 'ahavah'] eterno te amei [heb. 'ohev'];
também com amável benignidade [heb, chesedh] te atrai" (Jr 31.3). A
despeito da apostasia e idolatria de Israel, Deus amava com amor eterno.
O Novo Testamento emprega agapaõ ou
ágape para referir-se ao amor salvífico de Deus, No grego pré-bíblico, essas
palavras tinham pouca relevância. No Novo Testamento, porém, são óbvios o seu
poder e valor. "Deus é ágape' (Jo 3.16). Por isso, ele deu seu Filho
unigênito' (Jo 3.16) para salvar a humanidade. Deus tem demonstrado seu amor
imerecido para conosco 'em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores
(Rm 5.8). O Novo Testamento dá amplo testemunho do fato de que o amor de Deus
impeliu-o a salvar a humanidade perdida. Por isso, estes quatro atributos de
Deus — a paciência, a misericórdia, a graça e o amor—demonstram a sua bondade
ao promover a nossa redenção" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática:
Uma perspectiva pentecostal 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp.
345,346).
2. Um amor que não se pode conter: Deus sempre amou o ser
humano. A criação do homem e da mulher, por si mesma, é a prova deste amor
divino (Gn 1.26,27). Nesse aspecto, o amor de Deus pela humanidade é
incondicional, ou seja, não há nada que o ser humano possa fazer para
aumentá-lo ou diminuí-lo (2 Pe 3.9; 1Tm 2.4). Entretanto, há uma tensão entre o
amor de Deus e a sua justiça. Como conciliar isso? As Escrituras mostram que o
ser humano escolhe abandonar esse ato de amor, de modo que o Altíssimo,
respeitando o livre-arbítrio do homem, o entrega à sua própria condição (Rm
1.18-32). Assim, o amor e a justiça de Deus se conciliam.
* “Porque Deus amou o mundo de
tal maneira”. São palavras do próprio Jesus Cristo pregando a Nicodemos, que
mesmo sendo o Filho de Deus não conseguiu dimensionar o tamanho do amor de Deus
Pai, ou seja, seu amor vai além do que podemos imaginar.
O problema de muitos é pensar que amar alguém, é aceitar e concordar com tudo o que ela faz, tomamos o
exemplo de nós que somos pais, que amando nossos filhos muitas das vezes os
disciplinamos, fazendo que eles “sofram” com as consequências de suas desobediências,
Deus é o Pai que nos ama, e porque nos ama quer nosso bem, e Ele sabe
exatamente tanto o que é bom e mal para nós, por isso, que para o nosso
bem, nos orienta com suas ordenanças a não tomarmos atitudes que será para o
nosso malefício (Dt.30.19)
Porque Deus amava Adão e Eva e
queria o bem deles, ordenou para que não comessem da árvore da ciência do bem e
do mal que estava no meio do Jardim do Éden, pois o dia em que comessem
morreriam, Deus não queria que esse mal sucedesse a eles, por causa disso os
proibiu, mas Adão e Eva desobedeceram a voz de Deus, comeram do fruto da árvore
por livre e espontânea vontade e Deus mesmo os amando, os disciplinou, pois Deus
é amor, mas é justiça também.
# Justiça Divina (Rm.3.23) #Justiça em Amor pela fé (Rm.3.24-26).
#Amor(Bondade) e
Justiça(Severidade) Divina - (Rm.11.17-22); (Gl.6.7-8)
3. A certeza do amor de Deus: As relações humanas,
infelizmente, implicam trocas, por isso certa dificuldade de compreendermos a
gratuidade do amor de Deus. Pensamos que quando o decepcionamos com nossas
atitudes e pecados, Ele vira as costas para nós, como fazem as pessoas as quais
frustramos com nossas ações. Ora, havendo quebrantamento de coração (SI 51.17),
verdadeiro arrependimento (Pv 28.13) e atitude de retorno sincero, Deus jamais
abandona os seus filhos, ainda que estes o tenham ofendido (Lc 15.11-32).
Assim, Ele nos convida a experimentar do seu perdão e a desfrutar do seu amor
como filhos mui amados. Isso tudo acontece porque o amor do Altíssimo não se
baseia no ser humano, objeto de seu amor, mas nEle mesmo (Dt 7.6,7), a fonte
inesgotável de amor.
*O Amor de Deus é adimensional e
incondicional, ou seja, não tem: “Enquanto”,
“Quando”, “Se”, “Porque”. (Jo.3.16); (Rm.5.8); (Ef.2.1-6). Cada Ser Humano pode
acreditar nessa verdade: Deus me ama e deu prova disso entregando seu único
Filho para morrer em meu lugar, para que eu crendo Nele não pereça, mas venha ter a vida eterna”.
#2.UM DEUS MISERICORDIOSO
1. O que é misericórdia?: É a fidelidade de Deus mediante a
aliança de amor estabelecida com a humanidade (SI 89.28), apesar da
infidelidade dela. Por conseguinte, a misericórdia do Pai torna-se favor
imerecido para com o pecador, que merecia a condenação eterna, a fim de
livrá-lo tanto da morte física quanto da espiritual (Lm 3.22). Quão permeadas
de misericórdia são as obras de Deus (SI 145.9)!
* A misericórdia de Deus é fruto
do seu amor, da sua bondade e fidelidade, ou seja, porque Deus é amoroso e
bondoso, Ele se compadece e age, isso é graça.
No original hebraico e grego não
existe a palavra misericórdia, pois essa é de origem latina, é formada pela
junção de miserere (ter compaixão), e cordis (coração). "Ter compaixão do
coração", significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa
sente, aproximar seus sentimentos dos sentimentos de alguém, ser solidário com
as pessoas); Misericórdia portanto, é um sentimento de compaixão, despertado
pela desgraça ou pela miséria alheia.
No hebraico é hesedh, sua tradução mais próxima é bondade,
podendo também ser traduzida como bondade e fidelidade, como no Salmo 136, onde
relata o cuidado divino com a nação de Israel, expressando seu amor, bondade e
fidelidade pela aliança feita a eles.
O outro termo para misericórdia no
hebraico é raham, usado no Salmo
103.4, onde diz que Deus coroa de benignidade e misericórdia, a palavra hebraica, a tradução mais próxima é compaixão, o
ventre materno abrigando, amando o feto, os autores do Antigo Testamento criam
que o ventre ou as entranhas era a sede das emoções, trazendo o mesmo
significado da palavra misericórdia no grego (Cl.3.12).
Misericórdia no grego eleos, a palavra mais próxima é
compaixão, no sentido ativo da palavra e não somente um sentimento passivo, em (Isaías
60.10 LXX); (Mc.5.19); (Ef.2.4) onde fala que Deus teve ou agiu com misericórdia,
está dizendo que Deus teve compaixão e agiu com bondade, da mesma forma quando
pessoas aflitas clamavam por misericórdia, eles clamavam para que Jesus tivesse
compaixão delas e agisse bondosamente para com elas (Mt.20.30; (Mc.10.47)
2. O Pai da misericórdia: A Bíblia afirma que Deus é o Pai da
misericórdia (2 Co 1.3; Êx 34.6; Jn 4.2). Pelo fato de conhecer a estrutura
humana, pois Ele mesmo a criou, o Altíssimo exerce a sua misericórdia,
demorando a irar-se e não nos tratando segundo as nossas iniquidades (SI
103.8-12); pois Deus "conhece a nossa estrutura" e "lembra-se de
que somos pó" (SI 103.14). Baseado na expressão dessa misericórdia, o
pecador arrependido pode tranquilizar o seu coração e, no lugar de sentir-se
perturbado e aflito, descansar no perdão e na reconciliação de Deus (1Jo 2.1). Jesus
Cristo, o Filho de Deus, manifestou na prática de seu ministério a divina
misericórdia do Pai. A compaixão demonstrada pelo Filho aos pecadores (Mt
15.32; 20.34; Mc 8.2) e o olhar terno de Jesus diante do sofrimento humano (Lc
7.13; 15.20; Jo 8.10,11) expressam a imagem do Pai da misericórdia (Hb 1.1-3).
3. Misericórdia com o
pecador: De nada adiantaria a misericórdia divina se não fosse o seu impacto
sobre a vida cotidiana do pecador. Logo, a misericórdia de Deus pode ser
experimentada a cada dia, pois ela nunca acaba (SI 136.1 - ARA). O Altíssimo é
longânimo para com o pecador, dando-lhe sempre novas chances de perdão e
libertação do poder do pecado (Rm 6.18). Mediante a misericórdia divina somos
libertos dos adversários (Ne 9.27), livres da destruição (Ne 9.31), cercados e
coroados cuidadosamente pelo Todo-Poderoso (SI 23.6; 32.10; 103-4). Assim,
apesar da situação dramática do pecador, a misericórdia de Deus pode alcançá-lo
milagrosamente.
*As misericórdias (as ações
bondosas) de Deus são a causa de nós não sermos consumidos (Lm.3.22).
A misericórdia (compaixão) de
Deus somada ao seu amor, opera em nós pela fé a obra da salvação (Ef.2.4);
A palavra riquíssimo em (Ef.2.4)
no original grego platyno, conota a
ideia de amplo, de largo, que se expande; Assim podemos associarmos as
seguintes expressões bíblicas: “e faço misericórdia em milhares” (Ex.20.6); “porque
as suas misericórdias não tem fim” e “Novas são cada manhã (Lm.3.22-23).
#3.AMOR,
BONDADE E COMPAIXÃO NA VIDA DO SALVO
1. Amor como
adoração a Deus: O pecador não alcançado pela graça divina, por natureza, é
inimigo de Deus (Rm 5.10), chegando até mesmo a odiá-lo (Lc 19.14). Mas, por
intermédio da reconciliação que Cristo operou na cruz, o próprio Deus tomou a
iniciativa e capacitou o salvo a amá-lo (1Jo 4.11,19). Por isso, o mandamento
bíblico convida o ser humano a amar o Senhor Deus acima de todas as coisas (Dt
6.5; Mc 12.29,30). Isso não é apenas uma lei moral, mas um sentimento de
profunda devoção de coração; uma necessidade concedida pelo Altíssimo ao homem
para que este desfrute do deleite de sua presença (Dt 30.6). Logo, mediante o
amor divino, o salvo em Cristo é levado a demonstrar, em atitudes e palavras, o
quanto ele ama a Deus, sabendo que isso só foi possível porque o Pai amou-o
primeiro (l Jo 4.19).
*O amor de Deus por nós é
altruísta, abnegado e ímpar. E a única coisa que Ele nos pede é que também
venhamos a amá-lo com todo o nosso coração: [...] "Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração [...]" (Mt 22.37). Como podemos expressar
nosso amor a Deus? De diferentes formas: sendo fiéis em nossos dízimos e
ofertas, louvores, orações, lendo a Bíblia, etc. Mas a melhor maneira de
expressar nosso amor a Deus é abandonar o pecado e procurar ter uma vida santa.
Quem ama a Deus não tem prazer na prática do pecado. Quem se encanta com o
pecado não ama ao Senhor e nunca o conheceu. Por isso, Jesus afirmou que muitos
dirão naquele Dia: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E,
em teu nome, não expulsamos demônios? (Mt 7.22). A resposta do Senhor para
estes é apenas uma: [...] "Nunca vós conheci [...]" (Mt 7.23).
“Aquele que tem os meus mandamentos
e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama, será amado de meu Pai, e
eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21)
(1Jo.3.6 Qualquer que permanece nele
não peca (não vive na prática do pecado); qualquer que peca não o viu nem o
conheceu.7 Filhinhos, ninguém vos engane. Quem pratica justiça é justo, assim
como ele é justo.8 Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o
princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do
diabo.9 Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado (não vive na prática
do pecado); porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é
nascido de Deus.10 Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do
diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de
Deus).
(Dt.6.5) Ame o Senhor, o seu Deus,
de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças.
1. Coração: A porção mais
interior do ser; mente (intelecto, entendimento), emoções e vontade.
2. Alma: A totalidade do homem
interior, com toda sua vida.
3. Força: Todas as
potencialidades do homem, poder, veemência, aplicar – se ao amor a Deus com propósito
e determinação.
Esses três vocábulos indicam
tudo quanto somos, temos e podemos fazer.
2. Amar ao próximo: "Porque o amor de Cristo nos constrange"
(2 Co 5.14), escreveu o apóstolo Paulo. Essa é a razão de o crente amar o seu
irmão. Esse amor nos constrange a amar o próximo (Mt 5.43-45; Ef 5.2; 1Jo 4.11)
porque Cristo morreu por ele igualmente (Rm 14.15; 1Co 8.11) e quando fazemos o
bem a quem precisa fazemos ao próprio Senhor (Mt 25.40). De acordo com a
parábola do Bom Samaritano, devemos amar o nosso próximo, não a quem
escolhemos, mas a quem aparece diante de nós durante a caminhada da vida.
Embora as relações sociais estejam precárias no contexto moderno, devemos amar
o outro sem esperar algo em troca (Mt 22.39). Assim, evitaremos a frustração, o
rancor e a exigência além do que se pode dar. O nosso desafio é simplesmente
amar!
* Para amar o próximo com o amor
ágape é preciso amar a Deus primeiramente. O apóstolo João diz que Deus é amor,
quem não ama, jamais o conheceu (l1Jo 4.7,8,12,20). Certa vez, um fariseu
perguntou a Jesus qual era o grande mandamento da lei, então o Mestre ensinou
que amar ao Senhor de todo o coração e ao próximo é um resumo de todos os
mandamentos (Mt 22.37-40). É importante ressaltar que amor não é somente
sentimento, mas ação. Não basta amar somente de palavras. O amor como fruto do
Espírito faz que eu queira para os outros aquilo que desejo para mim. Faz com
que eu tenha prazer em doar meu tempo, meus dons e talentos para o bem do
próximo.
"Um novo mandamento vos dou:
Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos
outros vos ameis." (Jo.13.34)
Como Deus e Jesus nos amou?
A) Amor voluntário: “porque Deus amou”:
#Deus: Ele decidiu amar
primeiro, sem esperar algo em troca, Deus nos amou quando estávamos mortos em
pecado, o que um morto pode fazer, ou retribuir? (Rm.5.8); (Ef.2.1)
Deus nos amou quando éramos seus
inimigos, porque fazíamos o que não lhe agradava (Rm.5.9) (Ef.2.2-3) (Cl.1.21)
*Nós: amamos quando, se, porque
(Pv.25.24-25); (Mt.5.43-48)
B) Amor universal: “o mundo”:
#Deus: Amou todas as pessoas,
boas ou más, ricas ou pobres, pois Deus não faz acepção de pessoas, porque
diante de Deus todos nós estávamos na mesma situação de pecado.
*Nós: Fazemos acepção (Tg.2.1-8)
C) Amor inexplicável: “de tal maneira”:
#Deus: Nem Jesus, o Filho de
Deus não achou palavras para descrever, dimensionar o amor de Deus (Jo.15.13);
(2.Co.5.14); (Ef.3.19)
*Nós: De nós mesmos não temos
capacidade, isso vem de Deus (Rm.5.5);
(Gl.5.22).
D) Amor doador: “que deu”:
#Deus: não é egoísta, avarento,
ele é generoso, quem ama dá, é o amor não só de palavras, mas na prática.
(Rm.5.8); (1Jo.4.9)
*Nós: Egoístas, indiferentes (Tg.2.14-17);
(1Jo.3.17-18).
E) Amor sofredor: “seu filho unigênito”:
#Deus: Deu seu tudo, seu melhor,
Cristo abriu mão de sua vontade em benefício do outro (Jo.10.11); (Mt.26.38-39)
*Nós: Devemos renunciarmos
nossas vontades, nossos direitos, e perdoarmos (2Co.12.15); (Fl.1.23-24);
(1Jo.3.16). O amor sofredor de Deus salvou a humanidade, nosso amor sofredor
(perdoar, suportar, pregar e orar) também pode contribuir para a salvação dos
outros.
3. Amor como serviço diaconal: Quando Jesus lavou os pés dos
discípulos, Ele ensinou, na prática, um estilo de vida que deveria caracterizar
seus discípulos (Jo 13.14), ou seja, o de um servir ao outro. O serviço em
favor do próximo, uma vida sacrificai em favor de quem está perto de nós,
demonstra, na prática, a grandeza do amor de Deus. Os que estão em nossa volta
reconhecem isso (At 2.46,47). "Amar uns aos outros" é a maneira mais
eficaz de demonstrar ao mundo que somos seguidores de Jesus (Jo 13.35). A
Palavra de Deus nos ensina que expressar afeto de misericórdia é um estado de
bem-aventurança que o Pai nos concede, pois igualmente podemos ser objeto dessa
mesma misericórdia (Mt 5.7).
*Só podemos amar e servir o
próximo se atentarmos para esse texto bíblico: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 24.9).
Vivemos dias difíceis, nos quais
o egoísmo tem imperado em nossa sociedade, precisamos demonstrar ao mundo o
amor de Deus mediante as nossas ações. Na parábola registrada na narrativa de
Lucas (Lc.10.25-37), Jesus ensina a um doutor da lei sobre amor ao próximo e
como manifestar esse amor, pois não devemos amar só de palavras, mas em
atitudes também.
Vejamos a atitude do Bom
Samaritano:
a) Vs.33: “chegou ao pé dele”:
Não passou de largo como o sacerdote e o levita (vs.31-32), isso revela que o
bom samaritano não era preconceituoso, arrogante, mas humilde.
b) Vs.33: “vendo-o, moveu-se de
íntima compaixão”: o bom samaritano não era indiferente a dor do outro
(vs.31-32), era um homem de coração bondoso.
c) Vs.34: O bom samaritano não
fica só no “abstrato”, ele vai pro “concreto”, não fica somente no sentimento e
parte para a ação, isso revela a genuinidade do amor e da bondade dele, a
expressão “e cuidou dele”, revela que ele gastou seu tempo cuidando do ferido,
pois não era egoísta, deu uma “pausa” na sua viagem, para ficar com alguém que
nem conhecia.
d) Vs.35: O bom samaritano agora
investe seu dinheiro, para beneficiar o ferido, isso demonstra sua generosidade
e liberalidade, pois não era avarento.
(1Jo.3.16 Conhecemos o amor nisto:
que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. 17 Quem,
pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas
entranhas, como estará nele o amor de Deus? 18 Meus filhinhos, não amemos de
palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade).
CONCLUSÃO: O
amor e a misericórdia de Deus extrapolam a compreensão humana, pois ainda que
se usem os melhores recursos linguísticos, estes não seriam capazes de
descrever quão incomensuráveis são essas virtudes divinas. Nem mesmo o amor de
uma mãe pelo seu filho é capaz de sobrepor o amor e a misericórdia de nosso
Deus. Por isso, resta-nos expressar esse amor em nossa relação com cada
criatura.
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica
Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missões)
Cristais – Mg 19/10/17
Gmail: tiagoluispereira1@gmail.com