Lição 2 O Único Deus Verdadeiro e a Criação
INTRODUÇÃO: A doutrina de Deus é vasta, e nem mesmo os
grandes tratados de teologia conseguem esgotar o assunto. O enfoque da presente
lição é a unidade de Deus, o monoteísmo judaico-cristão e a obra da criação.
Nosso objetivo é mostrar que há um abismo intransponível entre o criacionismo e
o evolucionismo. Não há na Bíblia espaço para a teoria da evolução nas suas
diversas versões.
Comentarista: Pastor Esequias Soares é líder da Assembleia de Deus em Jundiaí – SP, graduado em Letras (Hebraico) pela Universidade de São Paulo, Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs
Mackenzie, professor de Hebraico, Grego e Apologia Cristã. Conferencista e palestrante em diversas eventos e igrejas no Brasil e no exterior, sempre alertando contra as falsas doutrinas e seitas. https://youtu.be/2Evr_JGD7Fs
Subsídio, estudo, reflexão
#1.O ÚNICO DEUS VERDADEIRO
1.O Shemá: É o imperativo de um verbo hebraico que significa
"ouvir, obedecer", o qual inicia o versículo que se tornou, ao longo
dos séculos, a confissão de fé dos judeus: "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso
Deus, é o único SENHOR" (Dt 6.4). A cláusula final "é o único
SENHOR" também se traduz por "o SENHOR é um" (Cl 3.20), conforme
as versões espanhola Reina-Valera judaica, conhecida no Brasil como Bíblia
Hebraica. A construção hebraica aqui permite ambas as traduções, de acordo com
a declaração de Jesus: "o Senhor é um só!" (Mc 12.29, Tradução
Brasileira). Há aqui um significado teológico importante, porque a mensagem não
se restringe apenas ao monoteísmo, mas a ideia de existir um só Deus, e de Deus
ser um só, diz respeito tanto à "singularidade" quanto à
"unidade" de Deus (Zc 14.9; Sl 86.10).
*Só existe um Deus, os outros
“chamados deuses”, na verdade são meras imaginações da mente humana, pois não
passam de fábulas, são ídolos feitos por mãos humanas.
(Rm.1. 21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como
Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração
insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 E
mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
(1Co.8. 4 Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos
ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro
Deus, senão um só. 5 Porque, ainda que haja também alguns que se chamem
deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), 6 Todavia
para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um
só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
(Gl.4.8 Mas, quando não conhecíeis a
Deus, servíeis aos que por natureza não são deuses.
(Jo.17.3 E a vida eterna é esta: que
te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a
quem enviaste).
(Ef.4.5 Um só SENHOR, uma só
fé, um só batismo; 6 Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e
por todos e em todos vós).
2. O monoteísmo: É a crença em um só Deus e se distingue do
politeísmo, a crença em vários deuses. As principais religiões monoteístas do
planeta são o judaísmo (Dt 6.4; 2 Rs 19.15; Ne 9.6), o cristianismo (Mc 12.29;
1Co 8.6) e o islamismo. Mas o monoteísmo islâmico não é bíblico. O deus Alá dos
muçulmanos é outro deus, e não o mesmo Deus Javé da Bíblia. Alá era um dos
deuses da Meca pré-islâmica, deus da tribo dos coraixitas, de onde veio Maomé,
que o adotou como a divindade de sua religião. O nome Alá não vem da Bíblia e
nunca foi conhecido dos patriarcas, nem dos reis, nem dos profetas do Antigo
Testamento, menos ainda dos apóstolos do Senhor Jesus. Os teólogos muçulmanos
se esforçam para fazer o povo crer que Alá é uma forma alternativa do nome do
Deus Javé de Israel, mas evidências históricas e arqueológicas provam que Alá
não veio dos judeus nem dos cristãos.
*Não precisamos de vários
deuses, um pra cada área de nossa vida, Deus o Senhor é único e suficiente
Todo-Poderoso e supre toda as áreas de nossa vida.
3. O monoteísmo judaico-cristão: Jesus não somente ratificou
o monoteísmo judaico do Antigo Testamento como também afirmou que o Deus
Javé de Israel, mencionado em Deuteronômio 6.4-6, é o mesmo Deus que Ele
revelou à humanidade (Jo 1.18), a quem todos os cristãos servem e amam
acima de todas as coisas (Mc 12.29,30). Assim, o Deus de Israel é o mesmo
Deus do cristianismo; é o nosso Deus. O apóstolo Paulo pregava para os
judeus e gentios o mesmo Deus revelado por Jesus: "O Deus de nossos
pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele
Justo, e ouças a voz da sua boca" (At 22.14).
(Jo.17.3 E a vida eterna é esta: que
te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste).
(At.17. 23 Porque, passando eu e
vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO
DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu
vos anuncio.
24 O Deus que fez o mundo e tudo que
nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos
de homens;
25 Nem tampouco é servido por mãos
de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a
todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
26 E de um só sangue fez toda a
geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os
tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação).
#2.CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO
1. O modelo criacionista: O criacionismo é a posição que
propõe ser a origem do Universo e da vida resultado de um ato criador
intencional. Essa cosmovisão é encarada com suspeita porque a comunidade
científica incrédula a considera uma proposta meramente religiosa. É verdade
que a explicação religiosa tem por base a fé (Hb 11.3), enquanto a explicação
científica se fundamenta na evidência empírica. Mas existem variações em ambas
as propostas. Descobertas ao longo dos séculos confirmam que causas
inteligentes empiricamente detectáveis são necessárias para explicar as
estruturas biológicas ricas em informação e a complexidade da natureza. Esse
conceito é conhecido como Design Inteligente. Criacionismo e Design Inteligente
podem ser interligados, mas não são a mesma coisa. A proposta e a metodologia
de ambos não são iguais, pois nem todo criacionista aceita a Teoria do Design
Inteligente e vice-versa. O modelo científico do Design Inteligente propõe que
o mundo foi criado, mas não tem como provar em laboratório que Deus o criou.
*Físico Adauto Lorenço www.youtube.com/watch?v=h0S3UE2dWFo
(Um Grande Criador e Uma Grande Criação Design
Inteligente)
2. O modelo evolucionista: É uma teoria que nunca se
sustentou cientificamente, apesar de sua aparência científica (1 Tm 6.20). Tem
por base pressupostos naturalistas, entre os quais a proposta darwinista da
seleção natural se destaca como o principal mecanismo evolutivo. O naturalismo,
a hipótese mais aceita para explicar o evolucionismo, ensina que organismos
biológicos existentes evoluíram em um longo processo através das eras. É a
cosmovisão favorável à ideia de que o universo e a vida vieram à existência por
meio de processos de geração espontânea, sem intervenção de um ato criador,
isto é, eles teriam evoluído até a complexidade atual por meio da seleção
natural, a teoria da sobrevivência dos mais fortes. Mas tudo isso não passa de
mera teoria que nunca pôde ser confirmada. O evolucionismo ateu exclui Deus da
criação.
*Querem negar a existência e o
poder de Deus, o apóstolo Paulo mencionou isso:
(Rm.1.18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus
sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em
injustiça. 19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta,
porque Deus lho manifestou. 20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a
criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem,
e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem
inescusáveis; 21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como
Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu
coração insensato se obscureceu. 22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos).
#3.A CRIAÇÃO
1. A criação do Universo: Deus criou o universo do nada; é a
chamada creatio ex nihilo da teologia judaico-cristã revelada na Bíblia. A
narrativa do primeiro capítulo de Gênesis é entendida à luz do contexto
bíblico. O ponto de partida da criação é: "No princípio criou Deus os céus
e a terra" (Gn 1.1). O verbo hebraico "criou" é bará, e este
apresenta características peculiares: o sujeito da afirmação é sempre Deus, o
Deus de Israel, e nunca foi aplicado a deuses estranhos; é um termo próprio
para referir-se à ação criadora de Deus a fim de distinguir-se de toda e qualquer
realização humana. Essa ideia do fiat divino, ou seja, do "faça-se",
é apoiada em toda a Bíblia. Deus trouxe o universo à existência do nada e de
maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade (SI 33.9; Hb 11.3; Ap
4.11).
Ex nihilo nihil fit é uma expressão
latina que significa nada surge do nada. É uma expressão que indica um
princípio metafísico segundo o qual o ser não pode começar a existir a partir
do nada. (Wikipédia)
2. A narrativa da criação em Gênesis 1: No primeiro dia.
Deus trouxe à existência a luz (Gn 1.3); no segundo, criou a expansão ou
firmamento (vv.6-8); e, no terceiro, "disse Deus: Ajuntem-se as águas
debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca" (v.9). A essa porção
seca Ele chamou terra e ao ajuntamento das águas, mares (v.10). Ainda no
terceiro dia, surgiram os continentes com seus relevos e a vegetação (vv.9-13).
Os corpos celestes: o sol, a lua e as estrelas aparecem no quarto dia
(vv.14-19). As aves e os animais marinhos surgem no quinto dia (vv.20-23).
3. A criação
do ser humano. A raça humana teve sua origem em Deus, através de Adão (At
17.26; 1Co 15.45). O ser humano foi criado no sexto dia, como a coroa de toda a
criação, e recebeu de Deus a incumbência de administrar a terra e a natureza. O
homem não é meramente um animal racional, mas um ser espiritual criado à imagem
e semelhança de Deus. A frase "Façamos o homem" (Gn 1.26), quer
dizer: "Vamos fazer o ser humano", pois o termo hebraico usado para
"homem" é adam, que significa "gênero humano". O ser humano
criado por Deus se constitui em "macho e fêmea" (v.27). Esse ser
humano recebeu diretamente de Deus o sopro em suas narinas (Gn 2.7). Em outro
lugar, a Bíblia revela que Deus o fez um pouco menor do que os anjos (SI 8.5).
*Físico Adauto Lourenço, tem vários
vídeos no youtube. Criacionismo x Evolucionismo www.youtube.com/watch?v=fOcyHqFEPew
CONCLUSÃO: Os ensinos inadequados sobre Deus e o Senhor
Jesus Cristo exigiram da Igreja desde muito cedo uma definição sobre o assunto.
Os principais credos iniciam declarando que Deus é o Criador de todas as coisas
no céu e na terra. Trata-se de um resumo do que ensina a Bíblia desde Gênesis
até Apocalipse. Era uma resposta aos diversos conceitos errôneos dos gnósticos
sobre Deus. O contexto hoje exige uma resposta similar, pois são muitos os
nossos desafios. Devemos estar preparados para combater a indiferença religiosa
e o ceticismo à nossa volta que tanto têm contaminado vizinhos, colegas de
escola e também do trabalho.
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)
Cristais – Mg 06/07/17
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