Lição 7 Benignidade: Um Escudo Protetor contra as Porfias
Introdução: Na lição de hoje estudaremos mais um aspecto do
fruto do Espírito, a benignidade e mais um aspecto das obras da carne, a
porfia. Veremos que o crente cheio do Espírito tem um coração benigno e procura
ter relacionamentos saudáveis, evitando discussões, disputas e polêmicas. O
conselho de Paulo a Timóteo foi para que ele fugisse das discussões, polêmicas
e debates acerca da lei, pois tais discussões são inúteis e não acrescentam
nada à fé dos irmãos (Tt 3.9).
Nota: Não está contido neste artigo, a lição da revista, mas somente os subsídios, as reflexões, os comentários dela. A revista ou as lições que vamos estudar neste trimestre, você encontra nas livrarias evangélicas, ou pela Internet.
O comentarista desta revista é o Pastor Osiel Gomes: Formado em teologia, filosofia, direito, pedagogia, psicanálise e pós graduado em docência do ensino superior, lecionou grego no seminário Batista e Hebraico. Atualmente está concluindo o mestrado na EST.
Subsídio, estudo, reflexão
#1. A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR
1. O que é benignidade?: Do grego, chrestotes, que segundo o
comentarista, significa índole boa, bom caráter, benevolência, humanidade e
bondade; Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, no seu estudo sobre “As obras
da carne e o fruto do Espírito Santo” na página 1803, descreve que benignidade,
é não querer magoar ninguém, nem provocar dor. A benignidade em nossas vidas,
nos faz sermos pessoas amigáveis, gentis, educadas, de presença agradável.
2. Jesus, exemplo de benignidade: O comentarista na
argumentação desse subtópico, falando a respeito da benignidade de Jesus,
menciona a história de Jesus e a mulher cananéia, esta mulher estava com sua
filha terrivelmente endemoninhada, esta clamou a Jesus pedindo que expulsasse o
demônio de sua filha, Jesus provou sua fé, e esta por sua vez foi aprovada, e
mesmo não sendo uma israelita, pois era de origem siro fenícia, os fenícios
descendiam dos cananeus e mesmo sendo uma pagã, pois era grega, Jesus a
atendeu, ele não conseguiu ficar indiferente ao sofrimento daquela mulher, ao
contrário dos discípulos que pediram a Jesus que a despedisse, sem se
importarem com a aflição daquela mulher (Mc.7.24-30).
3. A benignidade na prática: Existe uma poderosa ferramenta
de mensagem, se chama bom testemunho, é quando nós vivemos em conformidade com
a fé que cremos e pregamos, como cristãos devemos primeiramente vivermos os
ensinos de Jesus Cristo e depois ensiná-los, o que tem acontecido é que muitos
não tem autoridade para ensinarem, pregam o amor de Jesus, mas odeiam, invejam,
são estúpidos, mal educados, arrogantes, e isso bloqueia o anúncio do
evangelho. Jesus quando esteve aqui na terra, mesmo sendo o santo Filho de
Deus, tratou bem a todos pecadores, ele era querido por todos e estava sempre
rodeado pela multidão, ele alcançou os corações dos mais desprezíveis da
sociedade, como o leproso, a mulher do fluxo de sangue, o cego Bartimeu, o
paralítico do tanque de Betesda, a mulher samaritana, o publicano Zaquel, o
endemoninhado de Gadara, meretrizes como Maria Madalena e o ladrão da cruz.
Temos que termos esse entendimento, se maltratarmos as pessoas, agir com
indiferença para com elas, como as ganharemos para Cristo? Lembremos que o ide
de Jesus é por todo mundo e a toda criatura (Mc.16.15).
#2. A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO
1. Inimizade e porfia: Segundo o
Comentarista: Embora estas duas palavras pareçam ter o mesmo
significado, elas são distintas. Segundo o Dicionário Houaiss, inimizade é
ódio, indisposição e malquerença; porfia significa contendas de palavras,
discussão, disputa e polêmica. Embora tenham significados distintos, elas são
obras da carne, da velha natureza, por isso, devemos fugir de tais ações (Gl 5.20,21).
2. Evódia e Síntique: Segundo o
Comentarista: Eram irmãs valorosas que serviam a Deus na igreja de
Filipos (Fp 4.2). Tudo indica que essas irmãs se deixaram levar pela velha
natureza e estavam envolvidas em alguma porfia. Não sabemos ao certo o motivo
da diferença entre elas. Alguns autores dizem que foram questões pessoais,
outros que se tratava de uma disputa por questões eclesiásticas. Porém, tal
atitude era reprovável. Então, Paulo exorta ambas para que acabem de uma vez
por todas com as diferenças. O apóstolo, como líder daquela igreja, não
procurou saber quem estava com a razão, mas com amor e firmeza ordenou que elas
parassem com tal atitude. Em meio às porfias não existem vencedores. Todos
acabam perdendo e dando lugar ao Diabo (Ef 4.27).
Temos que entendermos que Deus nos fez distintos uns dos
outros, cada um tem seu jeito, seu temperamento, suas convicções e etc; Mas em
Cristo somos um só corpo (1Co.12.12), devemos unirmos nossas forças e deixarmos
nossas diferenças de lado para a promoção do Reino de Deus, o que acontece
hoje, é que as pessoas são muito imaturas, pois não sabem discutir ideias e opiniões
sem “levarem” pro lado pessoal, não discutem para chegarem em um acordo, mas
para provarem que estão com a razão e são “melhores” que os demais, o problema
é que nestes casos, os ânimos se afloram, as pessoas se iram, e atacam verbalmente
e em muitos casos até fisicamente. Portanto algumas instruções:
a) Ame e respeite seu próximo, pois ele é imagem e semelhança
de Deus, filho de Deus, irmão em Cristo.
b) Controle seu temperamento, tente conversar sem se irar e não
haja ou fale irado.
c) Qual é o assunto que está sendo discutido é de grande
relevância ou fútil.
d) Em assuntos religiosos, leia o texto (2Tm.2.23-26).
e) Em casos de verdadeiro confronto, em você não pode se
omitir, ore a Deus para que Ele te dê graça e sabedoria para falar e resolver
aquela situação (Ester.4.15-16; 5.4-8; 7.3-6).
3. Miriã e Arão: Segundo o
Comentarista: Moisés havia sido escolhido pelo Senhor para conduzir o
seu povo até Canaã, e uma das suas características mais marcantes era a
mansidão e a humildade (Nm 12.3). Todo líder precisa dessas duas
características para que tenha uma liderança bem-sucedida. Certo dia, Miriã e
Arão, irmãos de Moisés, ficaram indignados pelo fato de ele ter se casado com
uma mulher cuxita (Nm 12.1). Eles não estavam preocupados com Moisés, mas, por
trás da porfia, também havia outro sentimento, a inveja. Eles certamente desejavam
a liderança do irmão. Um sentimento carnal traz consigo outros sentimentos,
despertando o que há de pior em cada pessoa. As consequências da inveja e da
porfia foram terríveis para Miriã e para todo o povo, pois tiveram que ficar
retidos, em um lugar, até que Miriã pudesse se ajuntar novamente à congregação
(Nm 12.15). Tenha cuidado com a porfia, pois ela trará prejuízos a você e ao
povo de Deus.
#3. REVISTAMO-NOS DE BENIGNIDADE
1. Retirando as vestes velhas: A cultura deste mundo é
demoníaca e humanista, começando por Satanás, que desejou, cobiçou ser igual,
semelhante a Deus (Is.14.12-14), contudo não teve êxito e foi lançado fora do
monte de Deus (Ez.28.16); Este não satisfeito com a sua queda, quis também a
queda da humanidade, no jardim do Édem tentou a Eva, com toda astúcia, disse a
ela que Deus não permitiu que eles comessem do fruto, porque no dia que eles
assim fizesse seriam como Deus, sabendo o bem e o mal (Gn.3.1-5), Eva foi
atraída por sua concupiscência e cedeu a tentação (Gn.3.6), na expressão
“arvore desejável para dar entendimento”, vemos esse “ar” de orgulho, soberba,
o desejo de superioridade, “de querer ser igual, melhor e maior”; Essa é uma
marca forte do pecado, que todo ser humano possui (Rm.5.12), isso é natureza
humana, carnal e não agrada a Deus (Rm.8.8) é necessário nos despirmos do velho
homem com suas concupiscências, e nos revestirmos a cada dia do novo homem, que
é gerado pelo Espírito Santo em nós, sigamos o exemplo de nosso SENHOR E
SALVADOR JESUS CRISTO (Fl.2.5-11) e a recomendação do apóstolo Paulo (Fl.2.3-4,
14-15).
2. Sede benignos: Segundo o
comentarista: A benignidade é um antídoto e um escudo contra as porfias.
Tornamo-nos benignos porque fomos perdoados e justificados por Jesus Cristo e
agora o Espírito Santo habita em nós e nos ajuda a viver de modo santo e justo.
Fomos perdoados por Cristo. Por isso, precisamos também conceder o perdão
àqueles que nos ofendem e magoam (Mt 6.12,14,15). De certa forma, é até fácil
agir com bondade com aqueles que agem conosco dessa mesma forma, mas precisamos
ser benignos com aqueles que nos odeiam e nos maltratam. Jesus nos ensinou a
amarmos até mesmo os nossos inimigos (Mt 5.44).
3. Imitando a conduta de Paulo: Segundo
o comentarista: O apóstolo Paulo
tinha uma vida ilibada, e como líder, era um exemplo para os crentes de
Corinto. Sua maneira de viver era tão santa que ele desafiou os crentes a serem
seus imitadores (1Co 11.1). Sua família, seus amigos e seus irmãos em Cristo podem
imitar seus atos e suas ações? Paulo seguia o exemplo de Jesus. Precisamos
também seguir o exemplo do Mestre e nos tornarmos semelhantes a Ele. Não
podemos nos esquecer que ser cristão é ser semelhante a Cristo. Jesus deve ser
o padrão para o nosso viver. Ele tinha uma vida social intensa; ia a casamentos
(Jo 2.1-12), jantares na casa dos amigos (Jo 12.1-11), mas não se deixou
seduzir pelas coisas desse mundo.
Leia o texto (1Co.9.1-17) e vai notar a humildade e o
desinteresse de Paulo de se vangloriar e de se autopromover, ainda que tivesse
direito, pois entendia que fora chamado para promover o Evangelho de Jesus
Cristo (At.9.15-16); (1Co.9.12,15); (Gl.1.10-16), que juntos possamos fazer das
palavras de João Batista, as nossas palavras “Importa que Ele CRESÇA e eu
diminua" (Jo.3.30).
Conclusão: Se realmente desejamos expressar um cristianismo
vivo, autêntico, precisamos excluir do nosso meio as porfias, pois são obras da
carne e maculam corpo de Cristo. Precisamos seguir o exemplo de Jesus Cristo,
que, com sua benignidade, atraía as pessoas para se reconciliarem com Deus.
Jesus manifestou sua benignidade curando os enfermos, libertando os oprimidos
pelo Diabo e morrendo na cruz pelas nossas ofensas e delitos.
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)
Cristais – Mg 08/02/17
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