Lição 6 Paciência Evitando as Dissensões
Introdução: A impaciência é uma das características da vida
moderna. As pessoas, a cada dia, estão mais ansiosas, o que contribui para o
aumento das dissensões. Basta ler os noticiários para vermos casos de brigas e
confusões. Muitos desses casos acabam em tragédia e famílias destruídas. Por
isso, podemos de imediato perceber a relevância da lição de hoje para os nossos
dias. Estudaremos a respeito da paciência, como fruto do Espírito, e as
dissensões, como obra da carne.
Nota: Não está contido neste artigo, a lição da revista, mas somente os subsídios, as reflexões, os comentários dela. A revista ou as lições que vamos estudar neste trimestre, você encontra nas livrarias evangélicas, ou pela Internet.
O comentarista desta revista é o Pastor Osiel Gomes: Formado em teologia, filosofia, direito, pedagogia, psicanálise e pós graduado em docência do ensino superior, lecionou grego no seminário Batista e Hebraico. Atualmente está concluindo o mestrado na EST.
Subsídio, estudo, reflexão
#1.Paciência, Ato de Resistência à Ansiedade
1. A Paciência como fruto do Espírito: O termo paciência no
grego é makrothümia , traduz como perseverança, que demora a irar-se, daí se
traduz em algumas traduções como longanimidade; A paciência, fruto do Espírito,
nos habilita a suportar as provações e nos leva a sermos complacentes com as
falhas dos outros. O nosso Deus é longânimo (2Pd.2.9) e como filhos dele,
devemos sermos assim também e somente com ajuda do Espírito Santo podemos
sermos pacientes, longânimos e perseverantes.
2. A Paciência e a Ansiedade: Segundo
o Comentarista: Muitos cristãos vivem sofrendo por antecipação, pois se
esquecem do que Jesus nos ordenou: “[...] Não andeis cuidadosos quanto à vossa
vida [...]” (Mt 6.25). A ansiedade é uma perturbação interior causada pela
incerteza, pelo medo. Ela gera angústia e sofrimento, porém Deus não quer que
seus filhos vivam com o coração perturbado, ansioso (Jo 14.1). A paciência,
fruto do Espírito, nos ajuda a enfrentar as lutas e os sofrimentos da vida sem
desanimar. Os sofrimentos não são para nos destruir, mas servem para nos
lapidar, para nos tornar mais pacientes e perseverantes (Hb 12.7-11).
Precisamos aprender a esperar com paciência e tranquilidade em Deus, tendo a
certeza de que todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28). Lancemos
diante do Senhor tudo aquilo que nos aflige, pois Ele é bom e tem cuidado de
nós (1Pe 5.7);
3. Jó, Exemplo de Paciência em meio a dor: Eis aí um dos
grandes exemplos de paciência para nós, o patriarca Jó; Como é de conhecimento
nosso, o patriarca Jó, em um só dia perdeu seus 10 filhos e todos os seus bens
(Jó.1.13-19), logo depois, perdeu sua saúde (Jó.2.7-8), como bem disse o
comentarista, Jó perdeu tudo, mas não perdeu sua fé! Todas as investidas do
diabo, as aflições e tribulações de nossa vida, são com o intuito de roubar a nossa
fé, pois é a nossa fé em Deus, que nos faz crer, acreditar, perseverar nos
caminhos do Senhor com a esperança viva, que Ele agirá ao nosso favor
(Jó.19.25); (Tg.5.7-11)
#2.Dissensões, Resultado da Impaciência
1.Exemplos Bíblicos de Impaciência: Segundo
o comentarista: A falta de paciência sempre é perigosa, pois nos faz
tomar atitudes erradas e a falar o que não devemos. Na Bíblia encontramos
exemplos de pessoas que foram extremamente pacientes e impacientes. A primeira
da lista é Sara. Devido à sua esterilidade e idade avançada, ela é tomada pela
impaciência e decide agir por conta própria, oferecendo sua escrava Agar a
Abraão para que ele tivesse um filho com a escrava (Gn 16.1-4). Esperar com
paciência até que as promessas de Deus se cumpram não é fácil. Por isso,
precisamos estar cheios do Espírito Santo a fim de que não venhamos a tomar
decisões por nossa conta (Ef 5.18). Outro episódio de impaciência e que serve
de lição para nós é o caso de Saul. O Senhor havia ordenado que Ele ficasse em
Gilgal até a chegada de Samuel (1Sm 13.1-9). Saul esperou durante sete dias,
mas depois perdeu a paciência e ofereceu ele mesmo os holocaustos. Essa era uma
tarefa exclusiva dos sacerdotes (Hb 9.7). O texto bíblico afirma que, acabando
ele de oferecer sacrifício, Samuel chegou (1Sm 13.10). A impaciência de Saul e
a sua desobediência o levaram a perder o trono e a alma (1Sm 13.11-14).
Fica para nós o Salmo 40 e o verso 1: “ESPEREI com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim,
e ouviu o meu clamor”.
2. Deixe de Lado toda Dissensão: Segundo
o Comentarista: Se em uma igreja há brigas e divisões, isso mostra que
os crentes são carnais (1Co 3.3). Quem é guiado pelo Espírito não incentiva e
nem faz parte de discussões e contendas. Quantos ministérios já foram
despedaçados e as ovelhas dispersadas por causa de contendas. Paulo, em Romanos
16.17, exorta os crentes a ficarem atentos àqueles que estavam promovendo
dissensões e escândalos a fim de se apartarem deles. Não se associe com aqueles
que promovem disputas. Siga a recomendação de Paulo e fuja destes. Onde há
dissensões não existe vencedor, pois todos saem perdendo. Jesus disse que todo
reino dividido não subsistirá, por isso, tenhamos cuidado (Mt 12.25). Ser
paciente e manso não é um sinal de fraqueza como alguns erroneamente acreditam,
mas paciência e mansidão são exemplos de força e maturidade.
3. Evitando o partidarismo: Segundo
o Comentarista: Em toda a forma de partidarismo, existe sempre
interesses que visam apenas o bem de alguns. O partidarismo quebra a unidade da
igreja e impede a presença de Deus. Jesus não morreu na cruz por uma igreja
dividida, mas para formar um só corpo a fim de que os perdidos possam se voltar
para o Pai (Jo 17.21). Que venhamos a fazer todo o possível para manter o
vínculo da paz, e não deixar que as disputas e partidarismos venham macular a
Igreja do Senhor.
Na igreja de Corinto, os irmãos começaram a se dividir e
formar partidos em torno de Paulo, Apolo e Cefas. Uns diziam que pertenciam a
Paulo, enquanto outros a Apolo (1Co 1.12). Paulo dá fim à discussão e às
inimizades perguntando aos irmãos: “Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado
por vós?” (1Co 1.13). O apóstolo exorta-os para o fato de que pertencemos
unicamente a Cristo. E se pertencemos a Ele não podemos aceitar as inimizades e
as facções. A inimizade é obra da carne e seu alvo é destruir a unidade na
Igreja do Senhor, mas o crente que tem o fruto do Espírito busca o bem de
todos, procurando manter o vínculo da perfeição, estendendo as mãos para ajudar
e tratando a todos com amor e respeito (Cl 3.13,14). Que você como Filho de
Deus possa se revestir de entranhas de misericórdia e de benignidade como
recomenda as Escrituras Sagradas (Cl 3.12).
#3.Paciência, Prova de Espiritualidade e Maturidade Cristã
1. Pacientes até a volta de Jesus: Segundo
o Comentarista: Tiago consolou os
irmãos que estavam sofrendo com a opressão dos ricos injustos, afirmando que a
vinda de Jesus estava próxima. Se você está sofrendo e enfrentando alguma
situação de injustiça, não se desespere, pois em breve Jesus voltará e dará fim
a toda a dor, sofrimento e injustiça (Tg 5.7). Um dia todo sofrimento chegará
ao fim, pois o Justo Juiz voltará para julgar toda a injustiça. Para fazer os
irmãos crescerem em esperança e longanimidade, Tiago utiliza também o exemplo
do agricultor. O lavrador cultiva a terra e lança nela a semente, mas ele
precisa esperar com paciência até que a semente germine, a árvore cresça e
apareçam os frutos.
Assim é a carreira cristã, do início ao fim, a vitória está
na perseverança (Mt.24.13); (Lc.21.19); (Hb.10.36-39); Jesus é nosso grande
exemplo (Hb.12.1-2).
2. Quando a paciência é provada. Sabemos que existem
momentos em que a nossa paciência e fé são testadas, mas quem acredita e
aguarda a vinda gloriosa de Cristo não se exaspera. O Senhor prova a paciência
e a fé dos seus filhos. Ele provou a paciência e a fé de seu amigo, Abraão. O
patriarca teve que esperar muitos anos até que a promessa de ter um filho com
Sara se cumprisse. Depois, ele foi novamente provado quando o Senhor pede que
ele lhe ofereça Isaque em holocausto (Gn 22.2,3).
No auge da provação, Abraão estava com sua fé firme,
perseverante no Senhor, suas atitudes revelam isto, vejamos algumas:
a) Gn.22.3: Abraão ao ouvir a ordem de Deus, logo se
prontifica para obedecer, a semelhança de sua chamada(Gn.12.1-4), não ficou
retardando, demorando, isso indica a expressão “Então, se levantou Abraão”.
b) Gn.22.4: A Jornada até o monte Moriá durou 3 dias, nesse
período, Abraão poderia ter desistido e voltado atrás, mas não o fez.
c) Gn.22.5: No pé do Monte disse aos moços que lhes
acompanhavam, que ele(Abraão) e o moço (Isaque) iriam ao monte para a adorar e
tornariam a eles, perceba que o verbo está no plural. Abraão cria que após
sacrificar seu filho Isaque, Deus poderia ressuscitá-lo. (Hb.11.17-18).
d) Gn.22.7-8: Na subida do monte, ao ser interrogado pelo
filho a respeito do cordeiro para o holocausto, Abraão responde: “o cordeiro
para si Deus proverá”. Isso que é fé (Hb.11.1)
3. Maturidade cristã. A paciência é uma característica da
maturidade e do crescimento espiritual. O crente que não ora, não jejua e não
medita na Palavra de Deus não pode alcançar a maturidade cristã. Sem
disciplina, o crente permanece imaturo (Ef 4.14). Infelizmente, muitos estão
sofrendo de “raquitismo espiritual”. Estes, além de não experimentarem um
desenvolvimento espiritual saudável, estão sempre envolvidos em confusão, pois
são impacientes. O crente maduro permanece firme diante das perseguições e
aflições. Tomemos como exemplo os profetas do Antigo Testamento, pois alguns
deles sofreram terríveis perseguições por causa do nome do Senhor. Jeremias
muito sofreu, mas permaneceu firme, não perdendo sua esperança e crendo nas
misericórdias de Deus (Lm 3.21,26).
Somente os cristãos maduros entendem o texto bíblico abaixo:
(Rm.5.3 E não somente isto, mas também nos gloriamos
nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, 4 E a paciência a experiência, e a experiência
a esperança).
A tribulação fortifica o cristão, a tribulação é
uma espécie de luta na carreira de um lutador, quanto mais luta mais preparado
ele fica, e então adquire paciência (perseverança, resistência) que é a
capacidade de lutar, sofrer e suportar as aflições da luta e não desiste, com
isso o cristão adquire experiência, assim como o lutador experiente que
já enfrentou vários adversários, gerando então a esperança, porque sabe que em todas lutas, tribulações que enfrentou, Deus esteve
ao seu lado e não o desamparou, assim temos esperança, sabendo que Deus não nos
desamparará.
Conclusão: Que venhamos crescer em graça e sabedoria,
buscando desenvolver o fruto do Espírito e deixando de lado toda discussão e partidarismo,
pois em breve o Senhor Jesus voltará. Os que primaram por uma vida cheia do
Espírito Santo receberão o seu galardão. Cultivemos o fruto do Espírito.
Por: Pb. Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – missões)
Cristais – Mg 03/02/17
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