Lição 7 A Salvação pela Graça
INTRODUÇÃO: A Lei no Antigo Testamento tem a
função de instruir e ensinar ao povo o que Deus estabeleceu aos israelitas a
fim de eles terem um convívio próspero, pacífico e harmonioso na terra de
Canaã. Os mandamentos contêm preceitos indispensáveis de moral, de ética e de
vida religiosa, sem os quais o povo viveria num caos. Entretanto, na impossibilidade
de os seres humanos cumprirem plenamente a Lei para tornarem-se justos, Deus
nos outorgou a sua maravilhosa graça.
Comentarista: Claiton Ivan Pommerening é Ministro do Evangelho, congrega na Assembleia de Deus de Joinvile (SC) e é graduado em Ciência Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte. Possui especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia e é Doutor e Mestre pela Faculdade EST. Atualmente é o Diretor da Faculdade Refidim e do Colégio Evangélico Pr. Manoel G. Miranda; vice-presidente da CEEDUC - Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinvile (SC); e editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais da Faculdade Refidim de Joinvile (SC).
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COMENTÁRIO
#1. LEI E
GRAÇA
1. O
propósito da Lei: A Lei tem o propósito espiritual de mostrar quão terrível é o
pecado - "pela lei vem o conhecimento do pecado." (Rm 3.20) , bem
como o propósito concreto de preservar o povo de Israel do pecado. Mais tarde,
a Lei também revelaria quão grande é a necessidade do ser humano, pela graça,
obter a salvação, pois era impossível cumprir plenamente a Lei de Deus no
Antigo Testamento (Rm 7.19; Tg 2.10). Entretanto, sob o ponto de vista dos
aspectos morais da Lei, há princípios que continuam vigorando até os dias
atuais. Esses princípios, conforme resumidos no Decálogo - os Dez Mandamentos
-, representam nossas obrigações éticas para com Deus e com o próximo (Êx
20.1-17). Esse é o caminho traçado pelo Altíssimo para nós no processo de
santificação efetivado pelo Espírito Santo (Jo 14.15; Jo 16.8-10). Nesse
sentido, a própria lei moral de Deus é uma expressão de sua graça que
representa a revelação clara de sua vontade santa, justa e boa (Rm 7.12).
*A Lei dada por Deus a nação de
Israel, revela seu caráter e vontade e denuncia o pecado, Deus queria que os
israelitas vivessem diferentes dos demais povos que eram idólatras, imorais,
violentos, corruptos e etc. Diante da Lei de Deus, vemos como somos pecadores e
a necessidade de termos nossos pecados perdoados, e sermos transformados para
vivermos uma vida que agrada a Deus, mas por nós mesmos não temos nenhuma condição
para tal, por isso carecemos do Salvador Jesus Cristo juntamente com seu
Espírito Santo para operar em nós essa tão grande obra.
SUBSIDIO TEOLÓGICO
A Finalidade da Lei
Talvez em nenhuma outra passagem da
Escritura o objetivo da lei esteja tão bem explicado como na carta aos Galatas.
O apóstolo Paulo pergunta para que é a lei, e em seguida responde: 'Foi
ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a
promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro'. E
mais adiante: 'De maneira que a lei serviu de aio, para nos conduzir a Cristo,
para que, pela fé, fôssemos justificados'(Gl 3.19,24).
Do texto bíblico, e à luz de todo o
contexto, percebe-se que a lei, embora ordenada para o bem, não conseguiu
justificar ninguém. Pelo contrário, foi alvo de muitas transgressões e culpas
que deveriam levar o homem a conhecer a sua própria miséria e impotência e,
partindo daí, a se humilhar diante de Deus, arrepender-se e a ser salvo
mediante a fé. Todavia, em si mesmo, a lei não tinha poder algum para levar o
homem ao Criador: 'E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante
de Deus, porque o justo viverá da fé' (Gl 3.11).
A lei, portanto, serviu ao
israelita, a quem foi dada, como um pedagogo, ou aio, até que a fé viesse. Mas
depois que a fé veio, não estamos mais sujeitos ao pedagogo. Em outras
palavras, o objetivo último da lei é fazer que o pecador sinta a necessidade de
justificação e perdão, e levá-lo, ao final, a confiar em Jesus Cristo e a
recebê-lo como seu único Salvador e Senhor, recebendo dele a salvação do pecado
e da consequência deste, a morte espiritual (ALMEIDA, Abraão. O Sábado, a Lei e
a Graça. 19.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 46,47).
2. A Lei nos
conduziu a Cristo: A Lei foi uma espécie de guia para encontrarmos a Cristo por
meio da graça (Gl 3.24). Ela nos convence, pela impossibilidade de ser
cumprida, de que não podemos alcançar a salvação sem Cristo. Desse modo, quando
a Lei se faz a própria justiça do homem, como mérito dele, ela se torna
depreciativa, impossibilitando o ser humano de alcançar a salvação que só é
possível mediante o evangelho da graça de Deus (Ef 2.8).
*A Lei nos conduz para Cristo, é
necessário cumprir a lei, mas somos pecadores desde nossa concepção, o pecado
está arraigado em nós e impossibilita-nos de cumprirmos a Lei por mais que nos
esforcemos e observemos muitos pontos da Lei, se tropeçarmos em um só ponto
mesmo assim seremos condenados; Para isto Deus enviou Jesus Cristo, o qual foi
concebido sem pecado, viveu e morreu sem pecar, cumprindo toda a Lei e
satisfazendo toda justiça de Deus, Jesus Cristo tomou sobre si todos nossos
pecados, morreu por nós, em nosso lugar, portanto, o que precisamos é cremos em
Cristo, aceitarmos o sacrifício Dele por nós, dessa forma, a salvação não é por
obras, esforço ou mérito pessoal, mas sim pela fé e graça em Cristo Jesus.
3. A graça
revela que a Lei é imperfeita: Paulo constata a superioridade do Espírito em
relação à Lei (Gl 5.18) e, que por isso, morremos para a Lei (Rm 7.4; Gl 2.19).
Assim, o escritor aos Hebreus revela que a Lei é imperfeita (Hb 8.6,7,13) e o
apóstolo João afirma que foi Cristo quem trouxe a graça e a verdade (Jo 1.17).
Sim, a graça é superior à lei! Logo, segundo as Escrituras, só existe a Lei por
causa do pecado e para apontá-lo: "Que diremos, pois? É a lei pecado? De
modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei" (Rm 7.7).
#2.O FAVOR
IMERECIDO DE DEUS
1.
Superabundante graça: Não há pecador, por pior que seja, que não possa ser
alcançado pela graça divina, pois onde abundou o pecado, que foi exposto pela
Lei, superabundou a graça de Deus (Rm 5.20). Por meio da compreensão dessa
maravilhosa graça, o apóstolo João escreveu: "se alguém pecar, temos um
Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo" (1Jo 2.1).
*(Rm.5.15 Mas não é assim o dom
gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito
mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo,
abundou sobre muitos. 16 E não foi assim o dom como a
ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade,
para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 17 Porque, se pela ofensa de um só,
a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do
dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo. 18 Pois assim como por uma só ofensa
veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato
de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. 19 Porque, como pela desobediência
de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um
muitos serão feitos justos. 20 Veio, porém, a lei para que a
ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; 21 Para que, assim como o pecado
reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por
Jesus Cristo nosso Senhor.
2. Fé e
graça: A graça opera mediante a fé no sacrifício vicário de Cristo Jesus.
Ambas, fé e graça, atuam juntamente na obra de salvação: a graça, o presente
imerecido de Deus; a fé, a contrapartida humana à obra de Cristo. Nesse
sentido, não é a fé que opera a salvação, mas a graça de Deus que atua mediante
a fé do crente no Filho de Deus (Rm 3.28; 5.2; Fp 3.9).
*Monergismo ou Sinergismo: Muitos se discutem, dizendo que
a salvação na perspectiva arminiana é errônea, segundo os calvinistas, os
arminianos defendem que a salvação é obra humana e não divina, pelo fato de dizermos
que o ser humano tem o livre arbítreo, ou seja, o direito de escolha, de
receber ou rejeitar a salvação em Cristo, mas esse conceito arminiano é mal
interpretado por eles, pois só podemos exercermos fé na obra de Cristo ou rejeitá-la,
porque Deus primariamente executou sua graciosa obra de salvação por meio de
seu Filho Jesus Cristo, ou seja, a salvação então, é obra divina, pois foi Ele
que deu o primeiro passo, e nós somente correspondemos, só podemos amá-lo porque Ele nos
amou primeiro (1Jo.4.19).
3. A graça não
é salvo conduto para pecar: Segundo o ensino das Sagradas Escrituras, a graça
jamais pode ser vista como um salvo conduto para a prática do pecado ou da
libertinagem (Gl 5.13). Pelo contrário, a graça de Deus nos convoca à
obediência ao doador da graça, pois quando se ama fazemos de tudo para agradar
a pessoa amada. Por isso, o amor de Cristo nos "constrange" (2 Co
5.14) a fazer algo que agrade ao Pai (1Ts 4.1). Logo, quem é alcançado pela
graça compreende o quanto somos devedores a Deus e aos irmãos (Rm 13.8) e, por
isso, desejamos amar o outro como Cristo amou (Jo 13.35). Os que estão sob a
liberdade da graça vivem a santidade que reflete a beleza de Cristo no homem
interior, onde este se revela vivo para Deus, mas morto para o pecado (Rm
6.11,13).
(Rm.6.1 QUE diremos pois?
Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? 2 De modo nenhum. Nós, que
estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?)
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Graça
As palavras mais frequentemente
usadas no Antigo Testamento para transmitir a ideia de graça são chanan
('demonstrar favor' ou 'ser gracioso') e suas formas derivadas (especialmente
chên) e chesedh ('bondade fiel' ou 'amor infalível'). A primeira refere-se
usualmente ao favor de livrar o seu povo dos inimigos (2 Rs 13.23) ou aos rogos
pelo perdão de pecados (SI 41.4). Isaías revela que o Senhor anseia por ser
gracioso com o seu povo (Is 30.18). Mas a salvação pessoal não é o assunto de
nenhum desses textos. O substantivo chen aparece principalmente na frase 'achar
favor aos olhos de alguém' (dos homens; Gn 30.27; 1 Sm 20.29; de Deus: Êx 34.9;
2 Sml5.25). Chesedh contém sempre um elemento de lealdade às alianças e
promessas, expresso espontaneamente em atos de misericórdia e amor. É um
'conceito central que expressa mais claramente seu modo de entender o evento da
salvação... demonstrando livre graça imerecida. O elemento da liberdade... é
essencial'. Paulo enfatiza a ação de Deus, e a graça concretizada na cruz de
Cristo'. Em Efésios 1.7, Paulo afirma: 'Em quem temos a redenção pelo seu sangue,
a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça, pois 'pela graça sois
salvos' (Ef 2.5,8)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
perspectiva pentecostal, 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, pp. 344,345).
CONHEÇA MAIS
Graça
Uma das maneiras de Deus demonstrar
sua bondade é através da graça salvífica. No Antigo Testamento, a ênfase da
graça recai sobre o favor demonstrado ao povo da aliança, embora as demais
nações também estejam incluídas. No Novo Testamento, a graça, como dom imerecido
mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos escritos de
Paulo." Leia mais em Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal,
por Stanley Horton, CPAD, pp. 344,45.
#3.O
ESCÂNDALO DA GRAÇA
1. Seria a
graça injusta? Se comparada com a humana, a justiça divina é imensamente
perdoadora. Logo, sob a ótica humana, a graça se torna injusta. Por esse
motivo, a graça é considerada um escândalo (Cl 2.14; Ef 2.8,9). Pelo fato de
não haver merecimento por parte do recebedor, o apóstolo enfatiza a
impossibilidade de a graça e a lei "andarem juntas", pois ambas são
excludentes: "porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será
justificada" (Gl 2.16); pois como diz Atos dos Apóstolos: "mas cremos
que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo" (15.11). Logo, pela
lei é impossível o pecador se salvar, mas dependendo única e exclusivamente da
maravilhosa graça de Deus, ele encontrará descanso para a alma (Mt 11.28-30).
SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Ensinador Cristão – n° 72
Uma acusação comum aos pentecostais
é que não conhecemos a graça de Deus. Acusa-nos de legalistas porque em pleno
século XXI preservamos costumes -como os que de quaisquer igrejas evangélicas
também são conservados, embora diferente dos nossos - em detrimento da graça de
Deus, dizem eles.
Nesse assunto, os pentecostais
também concordam com a teologia arminiana, em que o fundamento essencial na
dinâmica da salvação é o da graça preveniente e que toda salvação é fruto
inteiramenteda graça de Deus. Retomando mais uma vez o auxílio do teólogo
arminiano Roger Olson, passamos a conceituar graça previniente.
A graça proveniente é uma doutrina
elevada da graça
Com graça proveniente se quer dizer
o chamado de Deus no sentido de ser dEle a iniciativa do começo de relação com uma
pessoa que é livre para responder a esse chamado com arrependimento e fé. Esse
processo proveniente da graça, segundo Roger Olson, inclui ao menos quatro
aspectos: chamada, convicção, iluminação e capacitação. Por isso, alinhado à
visão arminiana, o pentecostal não tem dificuldade de pregar a graça de Deus e,
ao mesmo tempo, reconhecer que a chamada para a salvação pode ser rejeitada
pela pessoa. É muito claro para o pentecostal que nenhuma pessoa pode
arrepender-se, crer e ser salva sem o auxílio sobrenatural do Espírito Santo.
Este age do início ao fim do processo salvífico. Entretanto, é preciso que a
pessoa não resista ao Espírito, como fizeram os fariseu são resistirem
arduamente à mensagem de Jesus Cristo (Mt 12.22-32), mas coopere com o Espírito
reconhecendo a própria condição de pecador e crendo no único Salvador.
O que pensava Armínio acerca da
graça de Deus na salvação?
Segundo Roger Olson, a teologia de
Armínio sempre foi compromissada com a graça de Deus e o teólogo holandês
jamais atribuiu qualquer eficácia salvífica à bondade ou à força de vontade do
ser humano. Isso é importante destacar, pois é um equívoco pensar que quem
afirma que o ser humano pode resistir a graça de Deus está dizendo que o que
define a salvação é a vontade humana. Nada mais injusto!
Não havia dúvida para Armínio que a
salvação era de graça, provinha de Deus, era um presente incomensurável do
Altíssimo para o homem. Entretanto, o problema para Armínio, e o mesmo para os
pentecostais, era que "de acordo com as escrituras, que muitas pessoas
resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida".
2. A divina
graça incompreendida: Nos dias do apóstolo Paulo, muitos não compreenderam seus
ensinamentos sobre a graça de Deus (2 Pe 3.15,16). Por isso, ao longo da história
da Igreja, dois extremos estiveram presentes acerca da compreensão da graça:
(1) Liberdade
total para pecar (Rm 6.1,2); (2) a impossibilidade de receber tão valioso
presente (Gl 5.4,5). O primeiro, naturalmente, leva a pessoa à libertinagem.
Entretanto, a Palavra de Deus mostra que maior castigo sobrevirá sobre os que
profanarem o sangue do pacto e ultrajarem o Espírito da graça (Hb 10.29). O
segundo extremo se refere ao perigo do legalismo, à ideia de que para ser salvo
por Deus é preciso dar algo em troca. Tal atitude pode levar o crente ao
orgulho espiritual (Ef 2.8-10) e gerar toda sorte de comportamentos hipócritas
(Mt 23-23).
*O Comentarista nos expõe duas
interpretações errôneas e extremas a respeito da Graça de Deus manifesta em
Cristo Jesus.
#Liberdade total para pecar: Não
somos salvos pelas obras, mas fomos salvos para as boas obras (Ef.2.8-10), Deus
odeia o pecado, a obra da salvação visa nos livrar do pecado e todas as suas
implicações, inclusive nos libertar do poder do pecado, afim de que sejamos
novas criaturas, andando em novidade de vida (2Co.5.17).
(1Co.6.9 Não sabeis que os injustos
não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os
idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, 10 nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os
roubadores herdarão o reino de Deus).
(Gl.6.7 Não erreis: Deus não se
deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 8
Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que
semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna).
#Impossibilidade de receber:
Esse é um dos pontos que Satanás usa para impedir as pessoas de alcançarem a
salvação em Cristo, pois ele quer anular a obra de Cristo, e fazer com que a
pessoa pense que ela é tão pecadora, que não é digna de receber a salvação pela
obra de Cristo, mas pelos seus próprios esforços, dessa forma ainda que a
pessoa esteja vivendo uma religiosidade em devoção profunda com intuito de ir
ao céu, está junto com os demais pecadores dando passos largos para o inferno,
era essa situação do “Grande Reformador” Martinho Lutero, do “Grande Teólogo”
John Wesley, que ao serem iluminados pelo Espírito Santo de Deus puderam achar
descanso para suas almas na MARAVILHOSA GRAÇA DE DEUS.
3. Se deixar
presentear pela graça: Humanamente é impossível ao crente, alcançado pela
graça, retribuir a Deus tão grande salvação. Se fosse possível, já não seria
graça, favor imerecido; mas mérito pessoal que tiraria de Deus a autoria divina
da salvação. Em nosso relacionamento com Ele, quem tem mérito é seu Filho,
Jesus Cristo (Fp 2.9-11). Assim, os que compreendem o favor inefável de Deus,
mediante sua graça, devem deixar-se presentear por ela. Quem compreende o que
significa ser justificado por Deus se permite "embalar nos braços de amor
e de perdão" do Pai. Para os filhos de Deus, cônscios do valor da graça do
Pai, tudo é presente, tudo é dádiva, tudo é favor imerecido! Portanto,
deixe-se presentear pela graça de Deus!
SUBSÍDIO DIDÁTICO-TEOLÓGICO
Professor (a), para ajudar seus
alunos a terem uma compreensão melhor a respeito da graça, reproduza o quadro
abaixo e discuta com eles cada um dos tópicos.
MARAVILHOSA GRAÇA
Deus escolheu um povo para si mesmo,
Israel. O Senhor não era obrigado a fazer isso; Ele fez pela graça (Dt 7.7,8).
Deus fez um acordo, uma aliança de
amizade, com seu povo. Sua graça significava que Ele permanecia leal a Israel,
mesmo quando seu povo foi infiel a Ele (SI 25.14).
Deus demonstra sua graça, acima de tudo,
em sua 'operação de resgate', sua salvação dos pecadores (Ef 2.5).
Deus torna sua graça conhecida dos
pecadores quando seus pecados são perdoados e absolvidos. Mais uma vez, essa
graça é totalmente imerecida. "O amor demonstrado por aqueles passíveis de
não ser amados" (Ef 2.1-10).
Deus, por intermédio de sua graça,
faz os pecadores responderem a Ele e serem pessoas transformadas (At 2.37-41).
E os pecadores, salvos pela graça, conhecem cada vez mais a Deus por meio da
graça (começando com Gl 4.9).
A graça do Senhor Jesus Cristo que é
importante, em especial a graça demonstrada em sua morte na cruz (Gl 1.3,4).
A graça nos chama. Passamos a
conhecer essa salvação porque Deus, em sua graça, escolheu-nos (Gl 1.15).
Lançamos mão dessa graça pela fé (Gl 2.16). Assim, somos salvos pela graça para
nos transformar em uma nova pessoa (G1 6.15).
CONCLUSÃO: Na
lição desta semana, estudamos a relação da Graça e a Lei; vimos que a graça é
favor imerecido; e compreendemos que ela chega a ser um escândalo para os que
não creem. Portanto, estamos cônscios de que o que nos salva é a graça de Deus
mediante a fé somente (Ef 2.8). E o livre-arbítrio? É possível perder a
salvação? São assuntos que veremos nas próximas lições.
Por: Pb.
Tiago Luis Pereira (Professor da Escola Bíblica Dominical da Igreja Evangélica
Assembleia de Deus – Missões)
Cristais – Mg
11/11/17